Afonso Henriques: diferenças entre revisões

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==Ascensão à dignidade régiaː o reconhecimento do reino, 1139-1179==
{{Artigo principal|vt=sVT|Tratado de Zamora|Manifestis Probatum}}
[[Imagem:Manifestis Probatum.jpg|thumb|300px|right|A Bula ''Manifestis Probatum'', que concedeu o tão desejado reconhecimento papal do Reino de Portugal]]
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Realizada a autoproclamação em 1139,{{nota de rodapé|Uma inscrição de 1138 na capela de Santa Luzia de [[Campos (Vila Nova de Cerveira)|Campos]], perto de [[Vila Nova de Cerveira]] não só lhe dá o tratamento de rei como refere que já reinava, pondo em causa a proclamação que se seguiu à Batalha de Ourique.<ref name="NG"/>}}, e consciente da importância das forças que ameaçavam o seu poder, Afonso concentrou os seus esforços em negociações junto da [[Santa Sé]] com um duplo objectivo: alcançar a plena autonomia da Igreja portuguesa e obter o reconhecimento do Condado Portucalense como um Reino.
 
O primeiro documento autêntico onde Afonso aparece com o título de rei é de 10 de abril de 1140,{{Sfn|Mattoso|2014|p=168}} quando assina com a fórmula ''Ego Alfonsus portugalensium Rex''.<ref>{{Citar livro|url= http://books.google.com/books?id=LRumIF1TLVkC&pg=PA138 |título= Las lenguas románicas estándar: historia de su formación y de su uso |página= 138 |sobrenome=Metzeltin|nome=Michael|editora=Academia de la Llingua Asturiana|ano=2004|local=Oviedo}}.</ref>
 
Portugal foi reconhecido pelo [[Reino de Leão]] [[Reino de Castela|e Castela]] através de um acordo, que se deu em [[Zamora]] entre 4 e 5 de outubro de 1143, conhecido como [[Tratado de Zamora]], e deve-se provavelmente ao desejo de [[Afonso VII de Leão e Castela]] em tomar o título de ''imperador de toda a Hispânia'' e, como tal, necessitar de reis [[vassalo]]s. Apesar disso, o tratamento do Imperador ao primo parece mais igualitário, quando comparado ao [[Tratado de Tui]], em que o então infante assumira uma posição mais submissa
 
Em dezembro de 1143, Afonso Henriques iniciou o que viria a ser um longo processo. O monarca entregou ao cardeal [[Guido de Vico]], legado papal, uma carta em latim, intitulada ''Chaves do Reino dos Céus'', na qual prestava homenagem ao Papa e se declarava cavaleiro de [[São Pedro]].<ref name="NG"/> Afonso acabava de ganhar mais um motivo para prosseguir com a conquista de territórioː provar-se valoroso e digno, aos olhos do Papa, de ser reconhecido como ''Reirei de Portugal''.
 
Em 1179, a corte portuguesa recebeu a bula papal ''[[Manifestis Probatum]]'', através da qual o [[Papa Alexandre III]] reconhecia, por fim, a independência de Portugal e Afonso Henriques como o seu primeiro rei, louvando a ferocidade com que o rei se batera em defesa da cristandade contra os inimigos da fé, descrevendo como ''«intrépido destruidor dos inimigos dos cristãos, diligente propagador da fé, bom filho da Igreja e príncipe católico, exemplo digno de imitação para os vindouros''».<ref name="NG"/>
 
==Política militar interna, 1139-1169==