Revolta da Vacina: diferenças entre revisões

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→‎Primeiras manifestações: correção ortográfica!
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As agitações se iniciaram por volta das seis da tarde, quando um grupo de estudantes começou uma manifestação no largo de São Francisco, onde ficava a [[Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro|Escola Politécnica]], fazendo discursos humorísticos e rimados. O grupo desceu a rua do Ouvidor, onde o orador, o estudante Jayme Cohen, pregou a resistência à vacina. Um delegado de polícia o intimou a ir até a delegacia. Houve reação popular contra a prisão. O grupo, ao chegar perto da praça Tiradentes, deu de frente com praças de cavalaria da polícia, prorrompendo em vaias e em gritos de "Morra a polícia! Abaixo a vacina!". Houve, a seguir, conflito com as forças policiais e tentativas de arrebatar o preso. No final, quinze pessoas foram presas, entre elas cinco estudantes e dois funcionários públicos. Às 7:30 da noite a situação se normalizou, permanecendo a polícia em guarda na Praça Tiradentes.{{Sfn|Carvalho|2005|p=101}}
 
No dia 11, manifestantes se reuniram novamente no largo de São Francisco, convocados pela Liga Contra a Vacina Obrigatória. Como os líderes da Liga não compareceram, oradores populares proferiram discursos improvisados. As autoridades policiais receberam ordem de intervir e, ao aproximar-se da manifestação, foram alvo de vaias e provocações. Quando a polícia tentou realizar as prisões, iniciaram-se os confrontos. Os manifestantes utilizaram-se de escombros das reformas em curso e se armaram de ferros, paus e pedras.{{Sfn|Sevcenko|1999|p=11}} Houve correria e perseguição da polícia, estendendo-se a movimentação até a praça Tiradentes e o largo do Rosário. Dezoito pessoas foram prezaspresas por uso de armas proibidas.{{Sfn|Carvalho|2005|p=101}}
 
No dia 12, houve nova reunião para discutir e aprovar as bases da Liga. A reunião estava marcada para as oito da noite, na sede do Centro das Classes Operárias à rua do Espírito Santo, perto da Praça Tiradentes.{{Sfn|Carvalho|2005|p=101}} Desde as cinco da tarde, manifestantes começaram a aglomerar-se no largo de São Francisco. Um grupo de garotos operários começou ludicamente as manifestações. Montados em pedaços de madeira retirados das obras, passaram a representar os acontecimentos da véspera, simulando o espancamento da população pela cavalaria da polícia. Às oito, todos se dirigiram ao Centro. Segundo o ''Correio da Manhã'', estavam presentes na reunião cerca de quatro mil pessoas de todas as classes sociais, desde comerciantes, operários, moços militares e estudantes.{{Sfn|Carvalho|2005|p=102}} Lauro Sodré e Barbosa Lima tentaram garantir para si a liderança do movimento popular, atribuindo um sentido político à revolta. Junto aos líderes do Centro das Classes Operárias, eles conspiravam para derrubar o governo através de um golpe de Estado.{{Sfn|Sevcenko|1999|p=12}}{{Sfn|Carvalho|2005|p=123}} No entanto, o movimento foi tomando um caráter cada vez mais dispersivo e espontâneo.{{Sfn|Sevcenko|1999|p=13}}