Constituição do Dominato: diferenças entre revisões

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=== Corte imperial ===
O governo central do império Romano era a corte imperial. No topo do governo central estava o próprio imperador. De sua existência toda a autoridade imperial fluía, tanto para os civis como militares. Os decretos do imperador eram vinculativa para todas pessoas em todo o Império. Para apoiar o Imperador na administração do império, o imperador era assistido por numerosos funcionários judiciários ([[comes]] ouconde (Roma Antiga)|conde]]).<ref>Ana Teresa Marques Gonçalves, [http://www.cerescaico.ufrn.br/mneme/pdf/mneme06/002-p.pdf As Festas Imperiais Na Roma Antiga: Os Decennalia e os Jogos Seculares de Septímio Severo]. ''Mneme - Revista de Humanidades''. Centro de Ensino Superior do Seridó, Departamento de História e Geografia, [[Universidade Federal do Rio Grande do Norte]], v. 3, nº 6, out./nov. de 2002. ISSN ‐1518‐3394; disponível em
www.cerescaico.ufrn.br/mneme.</ref><ref>[http://ebooks.cambridge.org/chapter.jsf?bid=CBO9780511482939&cid=CBO9780511482939A015 The imperial court of the late Roman empire, C. AD 300–C. AD 450 pp. 157-232] em "The Court and Court Society in Ancient Monarchies" por A. J. S. Spawforth publicado por "Cambridge University Press" (2007) ISBN 9780511482939</ref> O mais importante desses funcionários judiciais era o chanceler imperial ([[mestre dos ofícios]]).{{sfn|Kelly|2006|p=188-189}} Criado por Constantino, o Grande, em 320, o chanceler funcionava como o chefe de governo para o império. Classificado como um conde do império, o chanceler supervisionava todo o serviço público. O portfólio da chanceler incluem um número significativo de funções manipulados por funcionários do governo modernos. O chanceler foi responsável pela realização de cerimônias judiciais e regulação das audiências com a imperador.
 
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=== Condes ===
Administradores civis e militares do final do império eram geralmente classificado como [[ComesConde (roma Antiga)|condes]] ("Comes"{{notaNT| ComesConde significa "companheiro do imperador"}}). A patente do Conde começava como título dado a funcionários de confiança do imperador como uma marca de confiança imperial, e, mais tarde tornando-se um posto formal. "Conde" não era um título hereditário como o encontrado no [[feudalismo]], mas sim uma classificação associada dentro de uma posição distinta no âmbito da administração imperial.<ref>Olivetti, Enrico. ''Dizionario Latino:'' [http://www.dizionario-latino.com/dizionario-latino-italiano.php?lemma=COMES100 ''cŏmĕs'']; [http://www.dizionario-latino.com/dizionario-latino-italiano.php?lemma=COMITATUS100# ''cŏmĭtātŭs'']</ref> Todos os condes eram automaticamente membros da Ordem Senatorial, no entanto, a medida que o sistema imperial expandiu, novos gabinetes foram necessários e isso resultou no desenvolvimento de três classes dentro do posto de conde: o conde de primeira classe, ''[[Vir illustris|homem ilustre]]'' ("Vir illustris"); o conde de segunda classe, ''[[homem admirável''espetacular]] ("vir spectabilis"); e o conde de terceira classe, o ''[[homem mais nobre''claríssimo]] ("Vir clarissimus").
 
As mais importantes posições da corte imperial, os comandantes militares do alto escalão e o camareiro imperial, eram todas dadas a condes de primeira classe. Os condes de segunda classe eram os vários procônsules, vigários das dioceses, comandantes militares provinciais, entre outros. Condes de terceira classe era a qualificação básica para obter a entrada no senado e inclusive no cargo de governador de uma província e outros cargos inferiores.
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No interior do império oriental romano, havia mestres dos soldados na [[Ilírico (província romana)|Ilíria]], [[Trácia (província romana)|Trácia]], e no Oriente. Cada um desses três mestres exerciam comando independente sobre um dos três exércitos de campo do império do oriente.<ref>[http://www.upcitemdb.com/upc/9781488856136 Roman Empire 217 Success Secrets - 217 Most Asked Questions On Roman Empire - What You Need To Know] por Laura Grant publicado por "Emereo Publishing" em 14 de outubro de 2014</ref> Havia também dois "mestres dos soldados presentes" que acompanharam o imperador oriental e que cada um comandava metade das tropas do palácio. Cada um dos cinco mestres eram mutuamente em patente iguais entre si.
 
No império ocidental romano, havia um mestre dos dois exércitos ("''magister utriusque militiae''") e um [[mestre da cavalaria]]. O Mestre dos dois exércitos era o comandante supremo militar do ocidente, patenteado apenas abaixo do imperador e, acima de todos os outros comandantes militares, comandante da metade das tropas palácio. O mestre da cavalaria tinha o comando de metade das tropas do palácio e do exército de campo de [[Cultura galo-romana|Gália]], mas ainda sob o comando do mestre dos dois exércitos. Para apoiar os mestres dos soldados, o império criou diversos condes dos assuntos militares (''comes militaris rei''"). Eram seis os tais condes militares em todo o império. Os condes militares, eram condes de segunda classe.
 
No oriente, havia apenas um conde militar: o [[conde dos assuntos militares]] do [[Egito romano|Egito]] ("''Comes rei militaris aegypti''"). Ao contrário dos condes militares do ocidente, esse conde comandava as tropas estacionadas na fronteira [[Diocese do Egito|Egito]] e respondia diretamente ao imperador oriental{{sfn|Amiano Marcelino|397|loc=XXX.1.18-21}}.
 
No ocidente, havia seis condes militares, um para cada um dos cinco exércitos de campo. Na Ilíria, [[África (província romana)|África]], [[Mauritânia Tingitana]], [[Hispânia]], e [[Britânia (província romana)|Britânia]]. O sexto conde militar era o conde da [[costa saxônica]] ("''Comes litoris Saxonici per Britannias''"), comandava as tropas da fronteira ao longo de ambos os lados do [[canal da Mancha]] e respondia ao conde da Britannia. Os cinco condes militares normais reportavam ao Mestre dos dois exércitos.
 
As várias tropas de fronteira estavam sob o comando de [[Duque (Roma Antiga)|duques]] ("''duces limitis''") ou "comandantes de fronteira". A maioria dos duques tinham o comando das forças em uma única [[Província romana|província]], mas alguns controlavam mais de uma província. No oriente, os duques eram subordinados ao mestre dos soldados de seu distrito enquanto que, no ocidente, eles respondiam aos seus respectivos condes militares{{sfn|name=Kazh659|Kazhdan|1991|p=659}}.