Franz von Papen: diferenças entre revisões

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Ocupou o cargo de ''Reichskanzler'' ([[Chanceler da Alemanha|Chanceler]] da [[República de Weimar]]), de 1 de junho de 1932 a 17 de novembro de 1932, e de Vice-Chanceler em 1933-1934. Pertenceu ao grupo de conselheiros próximos do presidente [[Paul von Hindenburg]] no final da República de Weimar. Foi em grande parte Papen que persuadiu Hindenburg a nomear Hitler como chanceler em um gabinete que não estava sob o domínio do Partido Nazista. No entanto, Papen e seus aliados foram rapidamente marginalizados por Hitler e ele deixou o governo após a Noite das Facas Longas, episódio durante a qual os nazis mataram alguns pessoas da sua confiança. Posteriormente, Papen serviu como embaixador do Reich alemão em Viena e Ancara.
 
Foi um político apresentado com um caráter dúbio.
Foi um político apresentado com um caráter dúbio.{{Carece de fontes|data=Março de 2019}} Durante a época em que ocupou a chancelaria, para poupar a própria vida e da sua família, em um governo ditatorial e assassino, se disfarçou como um dos seus aliados incondicionais.{{Carece de fontes|data=Março de 2019}}
 
Após a Segunda Guerra Mundial, Papen foi julgado em [[Julgamentos de Nuremberg|Nuremberga]], sendo absolvido de todas as acusações. Mais tarde foi sentenciado na Alemanha por um tribunal de [[Desnazificação|desnazificação,]] mas após recurso foi libertado em 1949.
 
== Biografia ==
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Como ficou cada vez mais óbvio que a manobra de Schleicher para encontrar uma maioria no Reichstag era infrutífera, Papen e o líder do DNVP, [[Alfred Hugenberg]], chegaram a um acordo com Hitler para fazê-lo chanceler de uma coligação de governo com os Nacionalistas com Papen como vice-chanceler. Von Papen usou o seu vínculo pessoal com o idoso presidente von Hindenburg, persuadindo-o para que finalmente em [[30 de janeiro]] de [[1933]] acabasse por despedir Schleicher e nomear Hitler para o posto de chanceler.
 
[[Von Hindenburg]] sempre tinha mostrado ser contra dar tal cargo a Hitler, o que afirmou-o publicamente. Desejava que Papen recuperasse este posto. Mas, a insistência do último em cedê-lo a Hitler, assim como o conselho de Oskar Hindenburg (filho do presidente) e os rumores de um possível golpe de estado, fizeram com que von Hindenburg acabasse por nomear [[Adolf Hitler]] para o cargo de chanceler. Em 20 de julho de 1933, von Papen foi o representante do governo de Hitler no [[Vaticano]] para a assinatura da [[Reichskonkordat]] (concordata) entre a Alemanha e a [[Santa Sé]].
 
Já com [[Adolf Hitler|Hitler]] no poder, von Papen e os seus aliados foram marginalizados rapidamente e este retirado da vice-chancelaria em [[1934]]. Em [[30 de junho]] de 1934, por ocasião da [[noite das facas longas]], quando foram assassinados muitos inimigos de [[Adolf Hitler|Hitler]], tanto de dentro como de fora do partido (incluindo Schleicher), von Papen foi detido e posto em prisão domiciliar durante três dias, mas o seu secretário, [[Herbert von Bose]], e [[Edgar Julius Jung]], que escrevia os seus discursos, foram assassinados.{{Carece de fontes|data=Março de 2019}}
 
MaisApesar tardedestes acontecimentos, von Papen serviria o governo nazista como embaixador na [[Primeira República Austríaca|Áustria]] de 1934 a 1938 e na [[Turquia]] de 1939 a 1944. Neste último país protagonizou o maior êxito da espionagem alemã graças a um informador que trabalhava na embaixada britânica, [[Elyesa Bazna]], popularmente conhecido como ''Cicerone''. A sua principal missão era conseguir a neutralidade do governo turco face às manobras dos aliados, trabalho que lhe foi facilitado pelas informações secretas que recebia. Aí conheceu o então [[núncio apostólico]] [[Angelo Roncalli|Angelo Giuseppe Roncalli]] (futuro Papa João XXIII), que exerceu notavelmente a sua influência na decisão final desse diplomata em libertar muitos judeus que seriam trasladados para os campos de concentração nazistas.{{Carece de fontes|data=Março de 2019}}
 
Von Papen foi capturado pelos aliados depois da guerra e foi um dos acusados nos [[julgamentos de Nuremberga|julgamentos de Nuremberg]], tendo sido absolvido. Após as sentenças, o juiz soviético Nikitschenko expôs a sua opinião divergente, considerando a absolbviçãoabsolbição injustificada, segundo ele porque "lhe corresponde uma grande rewsponsabilidade pelos crimes cometidos durante o regime nazi". <ref>{{citar livro|título=O Julgamento de Nuremberga|ultimo=Heydecker|primeiro=Joe|ultimo2=Leeb|primeiro2=Johannes|editora=Círculo de Leitores|ano=1958|local=|páginas=488|acessodata=}}</ref> Contudo, Monsenhor [[Angelo Roncalli|Angelo Roncalli,]] que mais tarde viria ser nomeado Papa João XXIII, afirmou por escrito ao Tribunal de Nuremberga que Von Papen, de quem era amigo. lhe tinha dado a hipótese, na Turquia, de salvar cerca de 24000 judeus.<ref>{{citar web|url=http://www.raoulwallenberg.net/roncalli/articles-11/pope-john-xxiii-jews/|titulo=Pope John XXIII and the Jews|data=20 de Agosto de 2004|acessodata=|publicado=The International Raoul Wallenberg Foundation|ultimo=D’Hippolito|primeiro=Joseph}}</ref> <ref>{{citar web|url=http://www.raoulwallenberg.net/especial/roncalliyadvashem/synopsiscorregida.pdf|titulo=Angelo Roncalli (John XXIII) -Synopsis of Documents|data=Janeiro de 2011|acessodata=|publicado=The International Raoul Wallenberg Foundation|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
[[Imagem:WallerfangenFriedhof 20090601 Papen01 resized.jpg|200px|miniatura|direita|Sepultura de Franz von Papen em Wallerfangen]]