Henrique VI de Inglaterra: diferenças entre revisões

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Henrique era filho do rei [[Henrique V de Inglaterra]] e da sua rainha consorte [[Catarina de Valois]], princesa de França. Devido à morte prematura do seu pai, foi filho único e subiu ao trono com poucos meses. A regência foi assumida pelos tios [[João, Duque de Bedford]] e [[Humphrey, Duque de Gloucester]] e a sua mãe foi afastada da corte e da sua educação. Henrique foi coroado rei da Inglaterra aos oito anos de idade, na [[Abadia de Westminster]] a [[6 de Novembro]]. De acordo com o [[tratado de Troyes]], foi também rei da França, sendo coroado na [[Catedral de Notre-Dame de Paris]] a 16 de Dezembro de 1431. No entanto, Henrique não foi aceito pela maioria da nobreza francesa, que reconheciam ao invés dele [[Carlos VII da França]] como seu monarca, e não é contabilizado como rei deste país.
 
A subida ao trono de Henrique representou um revés para a política externa da Inglaterra, nomeadamente na questão da [[guerra dos cem anos]], até então governada pelo competente e agressivo Henrique V. O regente e duque de Bedford assumiu o controle da frente francesa e obteve em nome de Henrique VI alguns sucessos, até ao aparecimento de [[Joana d’Arc]] e ao repúdio do sobrinho pelos franceses. Depois da morte de Bedford em 1435, uma sucessão de erros militares e diplomáticos custou a perda dos territórios dominados pelos ingleses na França, nomeadamente o [[Ducado da Aquitânia]] (em 1449). Em 1453, depois da derrota na [[Batalha de Castillon|batalha de Castillon]], a [[guerra dos cem anos]] acaba com a derrota de Henrique VI. Ao atingir a maioridade, o rei mostrou-se um rei inseguro, pouco pragmático e muito influenciável, mais interessado em assuntos de religião que de governo. Em 1445, Henrique casou com [[Margarida de Anjou]], uma mulher ambiciosa que depressa se tornou na verdadeira mão atrás das suas decisões. À medida que a situação na França piorava de dia para dia, aumentou também a instabilidade política na Inglaterra. Vários nobres desagradados com a personalidade do rei e com a influência de Margarida de Anjou, começaram a conspirar para a sua substituição, apoiando a [[casa de York]] nas suas crescentes pretensões à coroa. Este fato não passou despercebido a Henrique VI. Em 1453, na época em que a Inglaterra perdeu definitivamente a guerra dos cem anos, o rei encontrava-se à beira da depressão e a sua incapacidade ditou a escolha de [[Ricardo, Duque de York]] como regente. Para piorar a situação, corria o rumor que o seu filho recém nascido, [[Eduardo de Westminster]], era ilegítimo e que o rei era impotente.
 
Em 1455, Henrique sente-se restabelecido e retira todos os cargos a Ricardo de York. Esta decisão precipita o confronto aberto; pouco depois as forças de York e os partidários do rei defrontam-se na batalha de St. Albans, considerada como o início da [[guerra das rosas]] que havia de durar até 1487. Em 1460 os York comandados por [[Ricardo Neville|Ricardo Neville, Conde de Warwick]] conquistam Londres e a 4 de Março de 1461, depois da vitória na [[batalha de Mortimer’s Cross]], Henrique VI é deposto e substituído pelo primo [[Eduardo IV da Inglaterra|Eduardo de York]], que se torna Eduardo IV da Inglaterra. Henrique VI é aprisionado na [[Torre de Londres]], sem qualquer influência na vida pública, mas os seus partidários, em particular Margarida de Anjou, continuam a opôr-se aos York.