Bolsa de valores: diferenças entre revisões

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Segundo alguns historiadores, a origem das bolsas de valores remonta ao ''collegium mercatorum'' da [[Roma antiga]]; segundo outros, as bolsas de valores se desenvolveram a partir do ''empórion'' (praça do comércio marítimo), da [[Grécia antiga]] ou dos ''funduks'' (bazares palestinos), onde os comerciantes se reuniam para tratar de negócios. Mas, certamente, na sua origem todos esses mercados tinham características muito diferentes das bolsas atuais.
 
As primeiras bolsas com características modernas surgiram em meados do século XV, na esteira da expansão comercial. Em [[Bruges]], na Bélgica, no ano de 1487, a palavra 'bolsa' ganhou seu sentido comercial e financeiro, quando mercadores e comerciantes passaram a se reunir na casa de um certo senhor Van der Burse (cujo brasão continha o desenho de três bolsas), a fim de realizar seus negócios: compra e venda de [[moeda]]s, [[letra de câmbio|letras de câmbio]] e [[metais preciosos]]. Mais tarde, já durante a [[Revolução Comercial]], são criadas, em 1561, as bolsas de [[Antuérpia]], também na Bélgica, e [[Amsterdam]], nos Países Baixos; em 1595, surgem as bolsas de [[Lyon]], [[Bordeaux]] e [[Marseille]], na França. A [[bolsa de Londres]] (''Royal Exchange''') foi criada na segunda metade do século XVI; a bolsa de Paris, em 1639. Mas o comércio de ações só apareceria no século XIX, quando algumas bolsas mantiveram a função de negociar mercadorias, enquanto outras voltaram-se para o comércio de [[valores mobiliários]]. <ref name=HBV2>{{citar jornal|url=http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/viewFile/633/422|titulo=A Bolsa de Valores brasileira como fonte de informações financeiras|autor=Fátima Rocha Gomes|data=1997}}</ref>
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comercial]], são criadas, em 1561, as bolsas de [[Antuérpia]], também na Bélgica, e [[Amsterdam]], nos Países Baixos; em 1595, surgem as bolsas de [[Lyon]], [[Bordeaux]] e [[Marseille]], na França. A [[bolsa de Londres]] (''Royal Exchange''') foi criada na segunda metade do século XVI; a bolsa de Paris, em 1639. Mas o comércio de ações só apareceria no século XIX, quando algumas bolsas mantiveram a função de negociar mercadorias, enquanto outras voltaram-se para o comércio de [[valores mobiliários]]. <ref name=HBV2>{{citar jornal|url=http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/viewFile/633/422|titulo=A Bolsa de Valores brasileira como fonte de informações financeiras|autor=Fátima Rocha Gomes|data=1997}}</ref>
 
A Bolsa de Nova York surgiu em 17 de maio de 1792, quando, diante concorrência de um grupo de poderosos comerciantes de [[títulos da dívida pública]], que haviam reduzido as taxas de comissão, vinte e quatro corretores se reuniram sob um grande [[plátano]], em frente ao n° 68 da [[Wall Street]] e assinaram o ''Buttonwood Agreement'' (Acordo do Plátano). O acordo criou uma espécie de clube fechado, cujos membros concordaram em negociar apenas entre si e em manter uma comissão de 0,25%. Um ano mais tarde, o grupo passou a se reunir também na Tontine Coffee House, mas só quando o tempo ficava muito ruim.<ref>[http://www.business.illinois.edu/broker/course/lesson09/x1a.htm History of the New York Stock Exchange]</ref> Mas, em geral, as negociações eram feitas ao ar livre. Em 1817, os 24 corretores abriram a [[New York Stock Exchange]], sob a presidência de Nathan Prime<ref name= "p.20"> Geiss, Charles R. [http://books.google.com.br/books?id=GDMmB3nEtL0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false ''Wall Street: A History : from Its Beginnings to the Fall of Enron''], p. 20</ref>. O grupo trabalhava na cotação de ações de dez bancos e 13 empresas de seguros, todos locais. <ref name="p.13">Geiss, Charles R. [http://books.google.com.br/books?id=GDMmB3nEtL0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false ''Wall Street: A History : from Its Beginnings to the Fall of Enron''], p. 13</ref> Em 1827, já eram 12 bancos e 19 empresas de seguros<ref>''Socializing Capital: The Rise of the Large Industrial Corporation in America''], William G. Roy, {{p.|123}}</ref>, além de 8 títulos da dívida pública.
 
Até meados do século XIX, no entanto, as ações respondiam por uma pequena parte dos negócios das bolsas de valores, embora a França, os Estados Unidos e a Bélgica se utilizassem da bolsa para financiar bancos centrais e empresas construtoras de canais, que, nos Estados Unidos, eram 70% financiadas pelo poder público,<ref>[http://www.newhistory.org/CH05.htm#48 "Rise of the Capitalist Class, 1790-1865"]. Por Meyer Weinberg.</ref>Já as empresas industriais eram raras. O Estado liderava a expansão ferroviária, seja como operador (na Bélgica), proprietário de terras (na França) ou regulador (nos países anglo-saxões). Na Inglaterra, o Estado respondia por 95% das ações, a partir de 1853. Graças ao dinamismo dos inúmeros pequenos bancos da [[Nova Inglaterra]], os Estados Unidos tornaram-se o segundo país (depois da Bélgica) onde as ações desempenhavam o papel mais importante nos negócios da bolsa.
 
==Pregão==