Fé bahá'í: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Pequenos ajustes.
Linha 6:
Na fé bahá'i, a história religiosa da humanidade é vista como tendo sido manifestada através de uma série de mensageiros divinos, cada um dos quais estabeleceu uma religião adequada às necessidades de seu tempo e à capacidade das pessoas de então. Esses mensageiros vão de figuras [[religiões abraâmicas|abraâmicas]] como [[Moisés]], [[Jesus]], [[Maomé]] às [[darma|dármicas]] como [[Krishna]] e [[Buda]]. Para os bahá'is, os mensageiros mais recentes são o [[Báb]] e [[Bahá'u'lláh]]. Segundo os ensinamentos bahá'ís, cada mensageiro profetizou sobre os próximos, e a vida e os ensinamentos de Bahá'u'lláh completou as promessas [[escatologia|escatológicas]] das escrituras anteriores. A humanidade é entendida como fazendo parte de um processo de evolução coletiva e a necessidade do tempo atual é o estabelecimento de paz, justiça e unidade a uma escala global.<ref name="PSmith107">Smith, Peter (2008). [http://books.google.com.br/books?id=z7zdDFTzNr0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0 ''An Introduction to the Baha'i Faith'']. Cambridge: Cambridge University Press. p.107-9. ISBN 0-521-86251-5</ref>
 
== Etimologia ==
A palavra ''Bahá'í'' é usada tanto quanto um adjetivo para se referir à fé bahá'í quanto um termo para se referir aos seguidores de Bahá'u'lláh.<ref name="RLeBron" /> A palavra não é um substantivo que significa a religião como um todo.<ref>Stockman, Robert H. (2006). "The Baha'is of the United States". In Gallagher, Eugene V.; Ashcraft, W. Michael.[http://books.google.com.br/books?id=oZiScvbS6-cC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false ''Introduction to New and Alternative Religions in America: Asian Traditions''].'''4'''. Westport: Greenwood Press. p. 209. ISBN 0-275-98712-4.</ref> É derivada do [[língua árabe|árabe]] ''[[Simbolos bahá'ís#Bahá'|Bahá']]'' (بهاء), que significa "glória" ou "esplendor".<ref name="RLeBron" /><ref>Os bahá'ís preferem as ortografias ''Bahá'í'', ''Bahá'ís'', ''o Báb'', ''Bahá'u'lláh'' e ''`Abdu'l-Bahá'', utilizando uma transcrição das línguas árabe e [[língua persa|persa]] em publicações. "Bahai", "Bahais", "Baha'i", "o Bab", "Bahaullah" e "Baha'u'llah" são normalmente utilizados quando os diacríticos não estão disponíveis.</ref> O termo "bahaísmo" (ou "baha'ísmo") também é usado, embora de maneira pejorativa.<ref>Hatcher, W.S.; Martin, J.D. (1998). [http://books.google.com.br/books?id=IZmkG1ASirgC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false ''The Bahá'í Faith: The Emerging Global Religion'']. Nova York: Harper & Row. p. xiii. ISBN 0-06-065441-4.</ref><ref>{{citar livro|titulo= A Journalist's Guide to the Baha'i Faith | autor = Centre for Faith and the Media | local = Calgary, Alberta | url = http://www.faithandmedia.org/cms/uploads/files/8_guide-bahai.pdf | editora = Centre for Faith and the Media | pagina=3 | arquivourl =https://web.archive.org/web/20120425091536/http://www.faithandmedia.org/cms/uploads/files/8_guide-bahai.pdf | arquivodata =25 de abril de 2012}}</ref>
 
Linha 28:
As noções bahá'ís da revelação religiosa gradual resulta na aceitação da validade das religiões mais bem conhecidas do mundo, cujos fundadores e figuras centrais são vistas como Manifestações de Deus.<ref name="RLeBron" /> A história religiosa é interpretada como uma série de [[dispensacionalismo|dispensações]], onde cada manifestação traz uma revelação mais ampla e avançada, adequada ao tempo e ao local no qual é expressada.<ref name="britannica" /> Ensinamentos religiosos específicos, tais como a direção das orações ou restrições dietárias, podem ser revogados por uma manifestação subsequente para que uma exigência mais apropriada para o tempo e local seja estabelecida.<ref name="Albin">Albin, Barry. ''[https://books.google.com.br/books?id=SJv5zn1z0CkC&pg=PA143&lpg=PA143&dq=The+social+teachings+of+each+religion,+such+as+which+direction+to+pray,+may+be+revoked&source=bl&ots=fLjgzUfLg0&sig=KHOSt6xOIa41_J3krwelT_5We60&hl=pt-BR&sa=X&ei=RDKVVL6LGYSlNuzGgLgK&ved=0CFQQ6AEwBw#v=onepage&q=The%20social%20teachings%20of%20each%20religion%2C%20such%20as%20which%20direction%20to%20pray%2C%20may%20be%20revoked&f=false A Spiritual History of the Western Tradition]''. Lulu.com. 2008. p. 143.</ref> Por outro lado, certos princípios gerais (por exemplo, companheirismo ou caridade) são vistos como universais e consistentes.<ref name="Albin" /> Na crença Bahá'í, este processo de revelação gradual não vai acabar; acredita-se que seja cíclico.<ref name="RLeBron" /> Os bahá'ís não esperam a aparição de uma nova manifestação de Deus nos próximos mil anos a partir da revelação de Bahá'u'lláh.<ref name="RLeBron" /><ref>McMullen, Michael D. (2000). ''[http://books.google.co.uk/books?id=lF0UquZAZW8C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0 The Baha'i: The Religious Construction of a Global Identity]''. Atlanta, Georgia: Rutgers University Press. p.7 ISBN 0-8135-2836-4.</ref>
 
As crenças bahá'ís são ocasionalmente descritas como combinações [[sincretismo|sincréticas]] das primeiras crenças religiosas.<ref>{{citar livro | título = A Resource Guide for the Scholarly Study of the Bahá'í Faith | sobrenome = Stockman | nome = Robert | capítulo = The Baha'i Faith and Syncretism | ano = 1997 | url = http://bahai-library.com/stockman_bahai_syncretism}}</ref> Os bahá'ís, no entanto, asseguram que a sua religião é uma tradição distinta, com suas próprias [[Literatura Bahá'í|escrituras]], [[ensinamentos bahá'ís|ensinamentos]], [[leis bahá'ís|leis]] e [[História Bahá'í|história]].<ref name="britannica" /><ref name="EoI">{{citar enciclopédia | título=Bahais | enciclopédia=Encyclopaedia of Islam Online | url = http://www.brillonline.nl/public/demo#islam | acessodata=3 de maio de 2007| arquivourl= https://web.archive.org/web/20070507043610/http://www.brillonline.nl/public/demo| arquivodata= 7 de maio de 2007 <!--DASHBot-->| deadurl= no}}</ref> Inicialmente a religião foi vista como uma seita do Islã, mas atualmente a maioria dos teólogos a vêem como uma religião independente que tem como pano de fundo o [[Xiismo|islamismo xiita]] e cuja origem é análoga ao contexto judaico em que o cristianismo foi estabelecido.<ref name="vyer">{{citar livro | nome = J.D. | sobrenome = Van der Vyer | editora= Martinus Nijhoff Publishers | ano= 1996 | isbn = 90-411-0176-4 | título = Religious human rights in global perspective: religious perspectives | página= 449}}</ref> As instituições e o clero muçulmano, tanto [[sunismo|sunita]] quanto xiita, consideram os bahá'ís como desertores ou apóstatas da fé islâmica, o que tem levado à perseguição de bahá'ís.<ref>{{citar livro | nome = Kevin | sobrenome = Boyle | nome2= Juliet | sobrenome2 = Sheen | título = Freedom of religion and belief: a world report | editora = Routledge |ano = 1997 | isbn = 0-415-15978-4 | página = 29}}</ref><ref>{{citar livro | nome = Reza | sobrenome = Afshari | página = 119–120 | título = Human rights in Iran: the abuse of cultural relativism | editora = University of Pennsylvania Press | ano = 2001 | isbn = 0-8122-3605-X}}</ref> Os próprios bahá'ís atestam que sua fé é uma religião independente, que se difere das outras tradições no que diz respeito a sua idade e aos ensinamentos de Bahá'u'lláh num contexto moderno.<ref name="lundberg">{{citar livro | título = Baha'i Apocalypticism: The Concept of Progressive Revelation | nome = Zaid | sobrenome = Lundberg | data = 1996–2005 | url = http://bahai-library.com/lundberg_bahai_apocalypticism | acessodata =1 de maio de 2007 | capítulo = The Concept of Progressive Revelation | editora = Department of History of Religion at the Faculty of Theology, Lund University }}</ref> Acredita-se que Bahá'u'lláh tenha completado as [[escatologia|expectativas messiânicas]] das fés precursoras.<ref name="buck_eschatologic">{{citar livro|título=Studies in Modern Religions, Religious Movements and the Bābī-Bahā'ī Faiths|editor=Sharon, Moshe|capítulo=The eschatology of Globalization: The multiple-messiahship of Bahā'u'llāh revisited|nome=Christopher|sobrenome=Buck|isbn=90-04-13904-4|página=143–178|local=Boston|editora=Brill|ano=2004|url=http://bahai-library.com/buck_eschatology_globalization}}</ref>
|título = Studies in Modern Religions, Religious Movements and the Bābī-Bahā'ī Faiths
|editor = Sharon, Moshe
|capítulo = The eschatology of Globalization: The multiple-messiahship of Bahā'u'llāh revisited
|nome = Christopher
|sobrenome = Buck
|isbn = 90-04-13904-4
|página = 143–178
|local = Boston
|editora = Brill
|ano = 2004
|url = http://bahai-library.com/buck_eschatology_globalization
}}</ref>
 
=== Humanidade ===
Linha 47 ⟶ 35:
{{Ver artigo principal|[[Fé Bahá'í e a unidade da humanidade]]}}
 
Os bahá'ís acreditam que o ser humano possui uma "alma racional", que provê à espécie uma capacidade única de reconhecer a Deus e a relação da humanidade com seu criador.<ref>[http://reference.bahai.org/en/t/ab/SAQ/saq-55.html "SOUL, SPIRIT AND MIND"]. Bahá'í Reference Library. s/d. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.</ref><ref name="CBPort" /> Todo ser humano é considerado possuidor do dever de reconhecer a Deus através de seus [[Manifestação de Deus|Mensageiros]] e dos ensinamentos deles.<ref name="CBPort" /><ref>{{citar livro |nome=Michael D. |sobrenome=McMullen |ano=2000 |título=The Baha'i: The Religious Construction of a Global Identity |editora=Rutgers University Press |local=Atlanta |isbn= 0-8135-2836-4 |página= 57–58 |url = http://books.google.com/books?id=lF0UquZAZW8C}}</ref> Através do reconhecimento e da obediência, serviço à humanidade e práticas espirituais, os bahá'ís acreditam que a alma pode se aproximar de Deus, o ideal da crença.<ref name="CBPort">[http://www.bahai.pt/info/11 "O que é a Religião Bahá'í?"]. Comunidade Bahá'í de Portugal. 2010. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.</ref> Quando um ser humano morre, a alma continua existindo no mundo espiritual, onde seu desenvolvimento espiritual no mundo físico torna-se base para julgamento e progresso no mundo espiritual.<ref name="RLeBron" /><ref name="CBPort" /> O céu e o inferno são vistos como estados espirituais de proximidade ou distância de Deus, sendo indicadores da relação nesse mundo e no próximo, e não lugares físicos de recompensa e punição atingidos após a morte.<ref name="lafd">{{citar livro | título = Life After Death: A study of the afterlife in world religions | sobrenome = Masumian | nome = Farnaz | editora = Oneworld Publications | local = Oxford | ano = 1995 | isbn = 1-85168-074-8}}</ref>
 
Os textos bahá'ís enfatizam a igualdade essencial dos seres humanos e a abolição de todos os tipos de preconceito.<ref name="RLeBron" /> A humanidade é considerada essencialmente una, embora diversificada; esta diversidade de raça e cultura é considerada merecedora de apreciação e tolerância.<ref>[http://info.bahai.org/article-1-3-2-14.html "Abandoning Prejudice"]. Bahá'í Topics. s/d. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.</ref> Doutrinas de racismo, nacionalismo, castas, e classes sociais são impedimentos artificiais da unidade.<ref name="eor" /> Os ensinamentos bahá'ís declaram que a unificação da humanidade deve ser assunto principal sobre as condições religiosas e políticas no tempo presente.<ref name="britannica" />
Linha 58 ⟶ 46:
[[Shoghi Effendi]], nomeado o chefe da religião de 1921 a 1957, escreveu a seguinte síntese do que ele considerava ser os princípios distintivo dos ensinamentos de Bahá'u'lláh, a qual, segundo ele, constitui ao lado das leis e regulamentos do ''[[Kitáb-i-Aqdas]]'' o alicerce da fé bahá'í:
 
{{quote|''A busca independente pela verdade, desalgemada de [[superstição]] ou tradição; a unicidade de toda a [[raça humana]], princípio essencial e doutrina fundamental da fé; a unidade basilar de todas as religiões; a condenação de todas as formas de [[preconceito]], seja ele religioso, racial, de classe ou nacionalidade; a harmonia que deve existir entre a religião e a ciência; a igualdade de homens e mulheres, as duas asas com as quais o pássaro da espécie humana tem a capacidade de voar; a implementação do ensino obrigatório; a adoção de uma [[Fé Bahá'í e língua|língua auxiliar universal]]; a abolição de extremos de riqueza e pobreza; a instituição de um [[governo mundial|tribunal mundial]] para a adjudicação de disputas entre nações; a exaltação do trabalho, realizado em espírito de serviço, ao posto da [[adoração]]; a glorificação da justiça como princípio governante na sociedade humana, e da religião como baluarte para a proteção de todos os povos e nações; e o estabelecimento de uma [[paz mundial|paz permanente e universal]] como a meta suprema de toda a humanidade — estes destacam-se como os elementos essenciais [que Bahá'u'lláh proclamou].''<ref>{{citar livro |nome=Shoghi |sobrenome=Effendi |autorlink=Shoghi Effendi |ano=1944 |título=God Passes By |editora=Bahá'í Publishing Trust |local=Wilmette, Illinois|isbn=0-87743-020-9 |url=http://reference.bahai.org/en/t/se/GPB/gpb-20.html#gr7 | páginas=281–2}}</ref>}}
=== Princípios sociais ===
Os seguintes princípios são frequentemente listados como um breve resumo dos ensinamentos bahá'ís. São derivados de palestras e discursos de `Abdu'l-Bahá durante sua viagem pela Europa e pela América do Norte em 1912.<ref name="CBPort" /><ref name="PSmith52">Smith, Peter (2008). [http://books.google.com.br/books?id=z7zdDFTzNr0C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0 ''An Introduction to the Baha'i Faith'']. Cambridge: Cambridge University Press. p. 52-3. [[Special:BookSources/0521862515|ISBN 0-521-86251-5]]</ref><ref name="bcom">{{citar web | título = Principles of the Bahá'í Faith |publicado= bahai.com |data=26 de março de 2006 | url = http://www.bahai.com/Bahaullah/principles.htm |acessodata=14 de dezembro de 2014|arquivourl= https://web.archive.org/web/20060615022006/http://www.bahai.com/Bahaullah/principles.htm|arquivodata= 14 de dezembro de 2014| deadurl= no}}</ref> Esta lista não é definitiva e uma variedade de outras listas podem ser encontradas em circulação.<ref name="EoI" /><ref name="bcom" /><ref name="iranica2">{{Citar enciclopédia|enciclopédia= Encyclopædia Iranica |ano= 1989 |título=Bahai Faith | nome = Juan | sobrenome = Cole | url = http://www.iranicaonline.org/articles/bahaism-i | arquivourl = https://web.archive.org/web/20080317100238/http://www.iranica.com/newsite/articles/v3f4/v3f4a100a.html| arquivodata = 17 de março de 2008}}</ref>
 
* [[Deus na Fé Bahá'í|A unidade de Deus]].
* [[Fé Bahá'í e as religiões|A unidade da religião]].
* [[Fé Bahá'í e a unidade da humanidade|A unidade da humanidade]].
* A unidade na diversidade.
* [[Fé Bahá'í e igualdade dos géneros|A igualdade entre homens e mulheres]].<ref name="RLeBron" />
* [[Fé Bahá'í e a unidade da humanidade|A eliminação de todas as formas de preconceito]].<ref name="RLeBron" />
* A [[Paz mundial]] e uma [[Nova Ordem Mundial (Bahá'í)|nova ordem mundial]].
* [[Fé Bahá'í e ciência|A harmonia entre a religião e a ciência]].
* A busca independente pela verdade.
* O princípio de que a civilização está sempre em progresso.
* [[Fé Bahá'í e educação|A educação obrigatória universal]].
* [[Fé Bahá'í e língua|A língua auxiliar universal]].<ref>{{citar livro | sobrenome = Meyjes | nome =Gregory Paul P.| editor = T. Omoniyi, J.A. Fishman | título =Explorations in the Sociology of Language And Religion | editora =John Benjamins | series = | volume =Volume 20 of Discourse Approaches to Politics, Society, and Culture | ano =2006 | local = Amsterdã | páginas = 26–41| capítulo =Language and world order: A new paradigm revealed | url =http://books.google.com/books?id=JCeR7RplEy4C&lpg=PR1&pg=PA26#v=onepage&q&f=false| isbn = 9789027227102}}</ref>
* A obediência ao governo e o não -envolvimento em política partidária (a não ser que a submissão à lei seja equivalente à negação da Fé).<ref>Veja como exemplo: [http://www.bahaistudies.net/nonpolitical.html Political Non-involvement and Obedience to Government&nbsp;– A compilation of some of the Messages of the Guardian and the Universal House of Justice]</ref>
* Eliminação dos extremos de riqueza e pobreza.<ref name="RLeBron" />
 
Especificamente em relação à busca pela paz mundial, Bahá'u'lláh prescreveu um acordo de segurança coletiva de âmbito mundial como necessário para o estabelecimento de uma paz duradoura.<ref name="Smith-peace">{{citar enciclopédia |sobrenome= Smith |nome= Peter |enciclopédia= A concise encyclopedia of the Bahá'í Faith |título= peace |ano= 2000 |editora=Oneworld Publications |local= Oxford |isbn= 1-85168-184-1 |páginas= 266–267}}</ref>
 
=== Ensinamentos místicos ===
Linha 212 ⟶ 200:
A partir de sua origem nos Impérios Persa e Otomano, a religião conquistou fiéis no [[Ásia Meridional|Sul]] e [[Sudeste Asiático]], na Europa e na América do Norte até o início do século XX. Durante as décadas de 1950 e 1960, vastas [[pioneirismo (Bahá'í)|viagens]] levaram a fé bahá'í para quase todos os países e territórios do mundo. Durante a década de 1990, os bahá'ís desenvolveram programas de consolidação sistemática em larga escala e o início do século XXI viu grandes influxos de novos fiéis ao redor do mundo. A fé bahá'í é, atualmente, a religião minoritária no Irã,<ref name="fdih1">{{citar web | data = 1 de agosto de 2003 | título = Discrimination against religious minorities in Iran | autor = International Federation for Human Rights | publicado = fdih.org | acessodata =20 de outubro de 2006|url = http://www.fidh.org/IMG/pdf/ir0108a.pdf| arquivourl= https://web.archive.org/web/20061031221624/http://www.fidh.org/IMG/pdf/ir0108a.pdf| arquivodata= 31 de outubro de 2006 | deadurl= no}}</ref> no Panamá<ref>{{citar web | título = Panama | obra =National Profiles > > Regions > Central America >| publicado =Association of Religion Data Archives | ano = 2010 | url =http://www.thearda.com/internationalData/countries/Country_174_2.asp| acessodata = 21 de setembro de 2012}}</ref> e em Belize;<ref>{{citar web | título = Belize |obra = National Profiles > > Regions > Central America >| publicado =Association of Religion Data Archives | ano = 2010 | url =http://www.thearda.com/internationalData/countries/Country_23_2.asp| acessodata = 21 de setembro de 2012}}</ref> é a segunda maior religião internacional na Bolívia,<ref>{{citar web | título = Bolivia |obra =National Profiles > > Regions > Central America >| publicado =Association of Religion Data Archives | ano = 2010 | url =http://www.thearda.com/internationalData/countries/Country_27_2.asp| acessodata = 21 de setembro de 2012}}</ref> na Zâmbia<ref>{{citar web | título = Zambia |obra =National Profiles > > Regions > Eastern Africa >| publicado =Association of Religion Data Archives | ano = 2010 | url =http://www.thearda.com/internationalData/countries/Country_245_2.asp|acessodata = 21 de setembro de 2012}}</ref> e na Papua Nova-Guiné;<ref>{{citar web | título = Papua New Guinea |obra = National Profiles > > Regions > Melanesia > | publicado =Association of Religion Data Archives | ano = 2010 |url =http://www.thearda.com/internationalData/countries/Country_175_2.asp | acessodata = 21 de outubro de 2012}}</ref> e a terceira maior religião internacional no Chade<ref name="prof">{{citar enciclopédia | título = Country Profile: Chad | enciclopédia = Religious Intelligence | editora = Religious Intelligence | url = http://www.religiousintelligence.co.uk/country/?CountryID=122 | arquivourl = https://web.archive.org/web/20071013150725/http://www.religiousintelligence.co.uk/country/?CountryID=122 | arquivodata = 13 de outubro de 2007| acessodata = 17 de novembro de 2008}}</ref><ref name="WCE-05">{{citar web | título = Most Baha'i Nations (2005) | obra = QuickLists > Compare Nations > Religions > | publicado = The Association of Religion Data Archives | ano = 2005| url =http://www.thearda.com/QuickLists/QuickList_40c.asp | acessodata = 4 de julho de 2009}}</ref> e no Quênia.<ref>{{citar web | título = Kenya |obra = National Profiles > > Regions > Eastern Africa >| publicado =Association of Religion Data Archives | ano = 2010 |url =http://www.thearda.com/internationalData/countries/Country_121_2.asp|acessodata = 21 de setembro de 2012}}</ref> Segundo o ''[[The World Almanac and Book of Facts|World Almanac and Book of Facts 2004]]'':
 
{{quote2|A maioria dos bahá'ís mora na Ásia (3,6 milhões), na África (1,8 milhões) e na América Latina (900.000). Segundo algumas estimativas, a maior comunidade bahá'í do mundo está na Índia, com 2,2 milhões de bahá'ís, seguida pelo Irã, com 350.000, os EUA, com 150.000, e o Brasil, com 60.000. Os números variam muito nos demais países. Atualmente, nenhum país possui uma maioria de bahá'ís.<ref>{{citar livro|ano = 2004|título = World Almanac and Book of Facts|editora = World Almanac Books|local = Nova York|isbn = 0-88687-910-8|autor = editado por Ken Park.}}</ref>}}
|ano = 2004
|título = World Almanac and Book of Facts
|editora = World Almanac Books
|local = Nova York
|isbn = 0-88687-910-8
|autor = editado por Ken Park.
}}</ref>}}
A religião bahá'í é listada pelo ''The Britannica Book of the Year'' (1992–atualidade) como a segunda religião independente mais difundida no mundo em número de países alcançados. Segundo esta fonte, a fé bahá'í estava presente em 247 países e territórios em 2002; representando mais de 2.100 grupos étnicos, raciais e tribais; as escrituras bahá'ís foram traduzidas para mais de 800 línguas; possuindo 7 milhões de adeptos em todo o mundo.<ref name="britannica_stats">{{citar web |título=Worldwide Adherents of All Religions by Six Continental Areas, Mid-2002 |autor=Encyclopædia Britannica | publicado = Encyclopædia Britannica |ano = 2002 |acessodata =31 de maio de 2006 |url= http://www.britannica.com/eb/table?tocId=9394911 |arquivourl = https://web.archive.org/web/20071212134124/http://www.britannica.com/eb/table?tocId=9394911 |arquivodata = 12 de dezembro de 2007}}</ref> Em 2007, a fé bahá'í foi apontada pela revista ''[[Foreign Policy]]'' como a segunda religião que mais cresce no mundo, tendo aumento seu número de fiéis em 1,7% em comparação ao ano anterior.<ref>{{citar web | autor = FP Magazine | publicado = FP |título = The List: The World’s Fastest-Growing Religions | data =1 de maio de 2007 | acessodata =5 de maio de 2008 | url = http://www.foreignpolicy.com/story/cms.php?story_id=3835| arquivourl= https://web.archive.org/web/20080501195028/http://www.foreignpolicy.com/story/cms.php?story_id=3835| arquivodata= 1 de maio de 2008 | deadurl= no}}
</ref>
Linha 258 ⟶ 239:
A maioria dos encontros de bahá'ís ocorrem em casas de fiéis, centros bahá'ís ou imóveis alugados, uma vez que não é permitido conversar dentro das Casas de Adoração.<ref name="RLeBron" /> Internacionalmente, existem atualmente sete Casas de Adoração Bahá'í, com uma oitava em construção no [[Chile]]<ref name="RLeBron" /><ref>{{citar web | autor=adherents.com | publicado=adherents.com | título=Baha'i Houses of Worship | url= http://www.adherents.com/largecom/bahai_HoW.html | data = Maio de 2001 | acessodata =14 de junho de 2006| arquivourl= https://web.archive.org/web/20060617050332/http://www.adherents.com/largecom/bahai_HoW.html| arquivodata= 17 de junho de 2006 | deadurl= no}}</ref> e a construção de mais sete sendo planejada em abril de 2012.<ref name="R-2012">{{citar notícia |título=Plans to build new Houses of Worship announced |jornal=Bahá'í World News Service |publicado=Bahá’í International Community |data=22 de abril de 2012 | url = http://news.bahai.org/story/906|acessodata= 22 de abril de 2012}}</ref> As escrituras bahá'ís se referem a uma instituição chamada Ma<u>sh</u>riqu'l-A<u>dh</u>kár (Local nascente da menção de Deus), um complexo de instituições que incluem um hospital, uma universidade, escolas, e assim por diante.<ref name="PSmith194">Smith, Peter (2008).&nbsp;''An Introduction to the Baha'i Faith''. Cambridge: Cambridge University Press. p. 194.&nbsp;ISBN 0-521-86251-5</ref> O primeiro Ma<u>sh</u>riqu'l-A<u>dh</u>kár, localizado em [[Asgabate]], no [[Turcomenistão]] e demolido em 1963, foi a Casa de Adoração mais completa da história da fé bahá'í.<ref name="ency_how">{{citar enciclopédia |sobrenome= Smith |nome= Peter |enciclopédia= A concise encyclopedia of the Bahá'í Faith |título= Mashriqu'l-Adkhar |ano= 2000 |editora=Oneworld Publications |local= Oxford |isbn= 1-85168-184-1 |página=236}}</ref>
 
=== Calendário ===
{{Ver artigo principal|[[Calendário bahá'í]]}}
 
Linha 272 ⟶ 253:
A estrela de cinco pontas é o símbolo da fé bahá'í.<ref>{{citar web |url=http://reference.bahai.org/en/t/se/DG/dg-141.html |título=Bahá'í Reference Library&nbsp;– Directives from the Guardian, Pages 51–52 |publicado=Reference.bahai.org |data=31 de dezembro de 2010 |acessodata=23 de fevereiro de 2012}}</ref><ref>{{citar web |url=http://bahai-library.com/uhj_nine_pointed_star |título=Nine-Pointed Star, The:History and Symbolism by Universal House of Justice 1999-01-24 |publicado=Bahai-library.com |acessodata=23 de fevereiro de 2012}}</ref> Na religião, a estrela é conhecida como ''Haykal'' ({{lang-ar|"templo"}}) e foi iniciada e estabelecida pelo Báb. O Báb e Bahá'ú'lláh escreveram várias de suas obras no formato de [[pentagrama]]s.<ref>{{citar web |url=http://altreligion.about.com/od/symbols/ig/Pentagrams/Haykal.htm |título=Haykal&nbsp;– Baha'i Five Pointed Star Symbol |publicado=Altreligion.about.com |data=14 de novembro de 2011 |acessodata=23 de fevereiro de 2012}}</ref>
 
=== Desenvolvimento socioeconômico ===
Desde seu início, a fé bahá'í teve participação no desenvolvimento socioeconômico, primeiro através da luta pela liberdade das mulheres,<ref name="iranhistory">{{citar web | autor = Momen, Moojan | título = History of the Baha'i Faith in Iran | obra = "A Short Encyclopedia of the Baha'i Faith" | publicado = Bahai-library.com | url =http://bahai-library.com/momen_encyclopedia_iran#9.%20Social%20and%20economic%20development | acessodata =16 de outubro de 2009}}</ref> definindo a promoção da educação feminina como uma preocupação prioritária,<ref>{{citar periódico | ultimo = Kingdon | primeiro = Geeta Gandhi | titulo = Education of women and socio-economic development | jornal = Baha'i Studies Review | volume = 7 | numero = 1 | ano = 1997 | url =http://bahai-library.com/kingdon_education_women_development | ref = harv }}</ref> o que levou à criação de escolas, cooperativas agrícolas, e clínicas voltadas às mulheres.<ref name="iranhistory" />
 
Linha 288 ⟶ 269:
* [[Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente]] (PNUMA)
 
A Comunidade Internacional Bahá'í possui escritórios na ONU em [[Nova Iorque]] e em [[Genebra]] e representações nas comissões regionais da ONU e outros escritórios em [[Addis Ababa]], [[Bangkok]], [[Nairóbi]], [[Roma]], [[Santiago (Chile)|Santiago]] e [[Viena]].<ref name="bic" /> Recentemente um escritório do Programa para o Meio Ambiente e outro para o Fundo de Desenvolvimento para a Mulher foram instituídos como parte do Escritório da ONU da fé baha'í. A Fé Bahá'í também empreendeu programas comuns de desenvolvimento em várias outras agências das Nações Unidas. No [[Objetivos de Desenvolvimento do Milênio|Fórum do Milênio]], um bahá'í foi o único representante não -governamental convidado a discursar.<ref>{{citar web |autor=Bahá'í World News Service | publicado =Bahá'í International Community | título= Bahá'í United Nations Representative Addresses World Leaders at the Millennium Summit|url =http://www.bahai.org/article-1-1-0-3.html | data=8 de setembro de 2000 | acessodata =1 de junho de 2006| arquivourl= https://web.archive.org/web/20060422130330/http://www.bahai.org/article-1-1-0-3.html| arquivodata= 22 de abril de 2006 | deadurl= no}}</ref>
 
== Perseguição ==
Linha 297 ⟶ 278:
| arquivourl= https://web.archive.org/web/20100331231450/http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2009/127348.htm| arquivodata= 31 de março de 2010 | deadurl= no}}</ref> [[Marrocos]],<ref name="RLeBron" /><ref>{{citar web |url=http://www.unhchr.ch/tbs/doc.nsf/(Symbol)/22916182b5219ed6c1256b58004f363e?Opendocument|título=Concluding observations of the Committee on the Elimination of Racial Discrimination: Morocco |publicado=Office of the High Commissioner for Human Rights |data=3 de abril de 1994 |acessodata=3 de março de 2007 |autor=Committee on the Elimination of Racial Discrimination}} ver parágrafos 215 e 220.</ref> [[Romênia]]<ref name="RLeBron" /> e boa parte da [[África subsaariana]].<ref name="smith">{{citar periódico |url=http://bahai-library.com/momen_smith_developments_1957-1988 |titulo=The Bahá'í Faith 1957–1988: A Survey of Contemporary Developments |primeiro2=Moojan |último2=Momen |primeiro=Peter |ultimo=Smith |jornal=Religion |ano=1989 |volume=19 |numero=1 |paginas=63–91 |doi=10.1016/0048-721X(89)90077-8 |ref=harv}}</ref>
 
=== Irã ===
A marginalização dos bahá'ís pelo governo do Irã tem seus laços nos esforços históricos do clero muçulmano em perseguir as minorias religiosas como forma de garantir e ampliar seu poder.<ref>Saiedi, Nader. [http://iranian.com/main/2009/feb/forgetting-they-are-human.html "Forgetting they are human"]. Iranian.com. 24 de fevereiro de 2009. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.</ref> Quando o Báb começou a atrair um grande número de seguidores, o clero esperava parar o movimento através da difusão de que seus seguidores eram inimigos de Deus.<ref name="RLeBron">LeBron, Robyn. ''[https://books.google.com.br/books?id=umep6P6dYLAC&pg=PA290&lpg=PA290&dq=b%C3%A1b+enemy+of+god+clergy&source=bl&ots=Y09EZ_nHux&sig=KBgvKM8EKrn8ZmCAwQFb_ybMiuo&hl=pt-BR&sa=X&ei=ahyVVK2HJ-3asASG3oGQBQ&ved=0CC0Q6AEwAg#v=onepage&q=b%C3%A1b%20enemy%20of%20god%20clergy&f=false ''Searching for Spiritual Unity...Can There Be Common Ground?'']. Nashvill: CrossBooks. 2012. p. 290-303. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.</ref> As diretivas clericais levaram a ataques de fiéis muçulmanos e execuções públicas.<ref name="affolter" /> No início do século XX, além da repressão que impactava indivíduos seguidores da fé bahá'í, foram iniciadas campanhas centralmente dirigidas que tinham como alvo a comunidade bahá'í como um todo e suas instituições.<ref name="ihrdc">{{citar web |autor=Iran Human Rights Documentation Center| publicado=Iran Human Rights Documentation Center|título=A Faith Denied: The Persecution of the Baha'is of Iran|ano=2007|acessodata=1 de maio de 2007|url=http://www.iranhrdc.org/httpdocs/English/pdfs/Reports/A-Faith-Denied_Dec06.pdf| arquivourl= https://web.archive.org/web/20100902191009/http://www.iranhrdc.org/httpdocs/English/pdfs/PressReleases/2008/Press-05-15-08.pdf| arquivodata =2 de setembro de 2010}}</ref> Em um caso, em [[Yazd]], em 1903, mais de 100 bahá'ís foram assassinados.<ref name="nash">{{citar livro | título = Iran's secret pogrom: The conspiracy to wipe out the Bahaʼis | nome = Geoffrey | sobrenome = Nash | editora= Neville Spearman Limited | local = Sudbury, Suffolk | ano = 1982 | isbn = 0-85435-005-5}}</ref> Escolas bahá'ís, como as escolas Tarbiyat para meninos e meninas em [[Teerã]], foram fechadas nos anos 1930 e 1940, os casamentos entre bahá'ís não foram reconhecidos pelas autoridades do Estado iraniano e textos da literatura bahá'í foram censurados.<ref name="ihrdc" /><ref name="sanasarian">{{citar livro | nome = Eliz | sobrenome = Sanasarian| título = Religious Minorities in Iran | local = Cambridge | editora = Cambridge University Press | ano = 2000 | páginas = 52–53 | isbn = 0-521-77073-4 | url = http://www.books.google.com/books?id=mpQCjXm0HAwC}}</ref>
 
Linha 310 ⟶ 291:
O governo iraniano afirma que a fé bahá'í não é uma religião, e sim uma organização política e, portanto, se recusa a reconhecê-la como uma religião minoritária.<ref>{{citar livro |título=Irano nox |nome=Marc |sobrenome=Kravetz |editora=Grasset |ano=1982 |isbn=2-246-24851-5 |local=Paris |páginas=237|língua=fr}}</ref> No entanto, o governo nunca apresentou provas convincentes que dessem apoio à sua caracterização da comunidade bahá'í enquanto organização política.<ref>{{citar livro | título = Crimes Against Humanity: The Islamic Republic's Attacks on the Bahá'ís | editora = Iran Human Rights Documentation Center | autor = Iran Human Rights Documentation Center | páginas = 5 | local = New Haven | url = http://www.iranhrdc.org/httpdocs/English/pdfs/Reports/Crimes-against-Humanity_Nov08.pdf | arquivourl =https://web.archive.org/web/20100902192809/http://www.iranhrdc.org/httpdocs/English/pdfs/Reports/Crimes-against-Humanity_Nov08.pdf | arquivodata = 2 de setembro de 2010 }}</ref> Além disso, as declarações do governo de que os bahá'ís que se converterem terão seus seus direitos restaurados comprovam que os bahá'ís são perseguidos unicamente por sua filiação religiosa.<ref>{{citar livro | título = Community Under Siege: The Ordeal of the Bahá'ís of Shiraz |publicado= Iran Human Rights Documentation Center | autor = Iran Human Rights Documentation Center | página = 9 | local = New Haven | url = http://www.iranhrdc.org/httpdocs/English/pdfs/Reports/Community-Under-Siege_Sep07.pdf|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100902192917/http://www.iranhrdc.org/httpdocs/English/pdfs/Reports/Community-Under-Siege_Sep07.pdf | arquivodata = 2 de setembro de 2010 }}</ref> O governo iraniano também acusa a fé bahá'í de estar associada ao [[sionismo]] pelo fato do Centro Mundial Bahá'í estar localizado em Haifa, Israel.<ref>Statement of the Embassy of the Islamic Republic of Iran, Buenos Aires, 26 September 1979, cited in {{citar web |autor =Iran Human Rights Documentation Center |publicado=Iran Human Rights Documentation Center |título=A Faith Denied: The Persecution of the Baha'is of Iran |ano=2007 |acessodata=3 de março de 2007|url= http://www.iranhrdc.org/files.php?force&file=pdf_en/PressReleases/Press_01_12_07_923191736.pdf |formato= PDF}}</ref> Estas acusações contra os bahá'ís não têm nenhuma base na realidade histórica,<ref name="cooper">{{Citar periódico | titulo = Death Plus 10 years | ultimo = Cooper | primeiro = Roger | editora = HarperCollins | ano = 1993 | isbn = 0-00-255045-8 |paginas = 20 | ref = harv | postscript = <!--None-->}}</ref><ref name="lifting">{{Citar periódico | editora = Hodder & Stoughton Ltd | isbn = 0-340-62814-6 | titulo = Lifting the Veil | ultimo = Simpson | primeiro = John | ultimo2 = Shubart | primeiro2 = Tira | ano = 1995 | paginas =223 | ref = harv | postscript = <!--None-->}}</ref><ref name="tavakoli200">{{citar livro | capítulo = Anti-Baha'ism and Islamism in Iran | título = The Baha'is of Iran: Socio-historical studies | sobrenome = Tavakoli-Targhi | nome = Mohamad | ano = 2008 | editora = Routledge | local = Nova York | isbn = 0-203-00280-6 | páginas = 200 | ref = harv | postscript = <!--None-->}}</ref> e são feitas pelo governo iraniano para usar os bahá'ís como "bodes expiatórios".<ref>{{citar notícia |último = Freedman |primeiro = Samuel G. |autorlink = Samuel G. Freedman | título = For Bahais, a Crackdown Is Old News |jornal= The New York Times |data= 26 de junho de 2009 | url = http://www.nytimes.com/2009/06/27/us/27religion.html?_r=1}}</ref> Na verdade, foi o líder iraniano [[Nasser al-Din Shah]] que expulsou Bahá'u'lláh da Pérsia para o [[Império Otomano]] e Bahá'u'lláh foi posteriormente exilado pelo sultão otomano, a pedido do xá persa, a territórios mais longe do Irã, sendo finalmente exilado na cidade de [[Acre (Israel)|Acre]], na [[Síria]], que só um século mais tarde foi incorporada ao estado de Israel.<ref name="momenjournal">{{Citar periódico | ultimo = Momen | ano = 2004 | primeiro = Moojan | titulo = Conspiracies and Forgeries: the attack upon the Baha'i community in Iran | jornal = Persian Heritage | volume = 9 | numero = 35 | paginas = 27–29 | ref = harv | url = http://bahai-library.com/momen_conspiracies_forgeries | postscript = <!--None-->}}</ref>
 
=== Egito ===
A comunidade e as instituições bahá'ís foram banidas do Egito em 1960.<ref name="us_dos_egypt">{{citar web | título = Egypt: International Religious Freedom Report | data = 15 de setembro de 2004 | autor = U.S. Department of State | publicado = Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor | url=http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2004/35496.htm | acessodata =20 de outubro de 2006| arquivourl= https://web.archive.org/web/20061018124858/http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2004/35496.htm| arquivodata= 18 de outubro de 2006 | deadurl= no}}</ref><ref name="us_dos_egypt_2001">{{citar web | título = Egypt: International Religious Freedom Report |data=26 de outubro de 2001 | autor = U.S. Department of State | publicado = Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor | url=http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2001/5636.htm | acessodata =28 de dezembro de 2006| arquivourl= https://web.archive.org/web/20061227151707/http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2001/5636.htm| arquivodata= 27 de dezembro de 2006 | deadurl= no}}</ref> Todas as propriedades da comunidade bahá'í, incluindo centros, bibliotecas e cemitérios, foram confiscados pelo governo e, desde então, [[fatwas]] foram emitidas pelo clero acusando os bahá'ís de [[apostasia]].<ref name="us_dos_egypt" />
 
A controvérsia das cédulas de identidade começou em 1995, quando o governo egípcio introduziu o processamento eletrônico de documentos de identidade, introduzindo a exigência de que os documentos listem a religião do indivíduo como "muçulmana", "cristã" ou "judaica" (as três únicas religiões reconhecidas oficialmente pelo governo).<ref name="HRW1">[http://www.hrw.org/reports/2007/egypt1107/3.htm "Religious and National Identity in Egypt: Identity Documents and Religion"]. [[Human Rights Watch]]. Novembro de 2007. Página acessada em 20 de dezembro de 2014.</ref> Anteriormente, os oficiais do governo preenchiam os documentos a mão e escreviam "outra religião" nos documentos de bahá'ís.<ref name="HRW1" /> Após a introdução do sistema computadorizado, que não permite a inclusão de qualquer outro termo que não seja "muçulmano", "cristão" ou "judeu" nos documentos,<ref name="HRW1" /> os bahá'ís ficaram impedidos de obter documentos oficiais como carteira de identidade, certidão de nascimento, certidão de óbito, certidão de casamento ou divórcio ou passaporte, necessários para o exercício de seus direitos no país, a não ser que mintam sobre sua afiliação religiosa, o que entra em confronto com o princípio religioso da fé bahá'í.<ref name="hor">{{citar web | título = Congressional Human Rights Caucus, House of Representatives | acessodata =29 de dezembro de 2006 |data=16 de novembro de 2005 | url = http://lantos.house.gov/HoR/CA12/Human+Rights+Caucus/Briefing+Testimonies/11-17-05+Testimony+of+Kit+Bigelow+Egypt+Briefing.htm|arquivourl = https://web.archive.org/web/20061227195313/http://lantos.house.gov/HoR/CA12/Human+Rights+Caucus/Briefing+Testimonies/11-17-05+Testimony+of+Kit+Bigelow+Egypt+Briefing.htm |arquivodata = 27 de dezembro de 2006|deadurl=yes}}</ref> Sem os documentos, não é possível conseguir emprego, vaga em escolas públicas, atendimento em hospitais, viajar para o exterior ou sequer votar, dentre outras inconveniências.<ref name="hor" /> Após um prolongado processo legal que culminou com uma decisão judicial favorável aos bahá'ís, o ministro do Interior do Egito divulgou um decreto, em 14 de abril de 2009, que altera a lei para permitir que os egípcios que não sejam muçulmanos, cristãos ou judeus obtenham documentos de identificação que tragam um traço no lugar de uma das três religiões reconhecidas.<ref>{{citar notícia | título = Egypt officially changes rules for ID cards |último = Editors of Bahá'í News Service |data= 17 de abril de 2009 |acessodata=16 de junho de 2009 |publicado= Bahá'í News Service | url = http://news.bahai.org/story/707 }}</ref> Os primeiros cartões de identificação sob o novo decreto foram emitidos a dois bahá'ís em 8 de agosto de 2009.<ref>{{citar web | título = First identification cards issued to Egyptian Bahá'ís using a "dash" instead of religion |último = Editors of Bahá'í News Service |data=14 de agosto de 2009 |acessodata=16 de agosto de 2009 |publicado= Bahá'í News Service | url = http://news.bahai.org/story/726 }}</ref>
 
== Ver também ==
{{referências|col=2}}
* [[Religião]]
* [[História da religião]]
 
{{referênciasReferências|col=2}}
 
== Bibliografia ==
* {{citar livro|autor=[[Abdu'l-Bahá|´Abdu'l-Bahá]]|título=O Segredo da Civilização Divina|edição=1|editora=Editora Bahá'í do Brasil|ano=2003|páginas=137|isbn=85-320-0079-7}}
* {{citar livro
* {{citar livro|autor=Esslemont, John E.|título=Bahá'u'lláh e a nova era|edição=7|local-publicacao=São Paulo, SP|editora=Editora Bahá'í do Brasil|ano=1928|páginas=290|isbn=85-320-0022-3}}
| autor = [[Abdu'l-Bahá|´Abdu'l-Bahá]]
* {{citar livro|autor=[[Bahá'u'lláh]]|título=Epístolas de Bahá'u'lláh|subtítulo=Reveladas após o Kitáb-i-Aqdas|edição=2|editora=Editora Bahá'í do Brasil|ano=1983|páginas=301}}
| título = O Segredo da Civilização Divina
|* edição{{citar livro|autor= 1´Abdu'l-Bahá|título=Respostas editoraa =Algumas Perguntas|editora=Editora Bahá'í do Brasil|ano=2001|isbn=85-320-0063-0}}
* {{citar livro|autor=Sears, William|título=Quando o Coração Grita|subtítulo=O Genocídio dos Bahá'ís no Irã|editora=Editora Bahá'í do Brasil|páginas=234}}
| ano = 2003
| páginas = 137
| isbn = 85-320-0079-7}}
* {{citar livro
| autor = Esslemont, John E.
| título = Bahá'u'lláh e a nova era
| edição = 7
| local-publicacao = São Paulo, SP
| editora = Editora Bahá'í do Brasil
| ano = 1928
| páginas = 290
| isbn = 85-320-0022-3}}
* {{citar livro
| autor = [[Bahá'u'lláh]]
| título = Epístolas de Bahá'u'lláh
| subtítulo = Reveladas após o Kitáb-i-Aqdas
| edição = 2
| editora = Editora Bahá'í do Brasil
| ano = 1983
| páginas = 301}}
* {{citar livro
| autor = ´Abdu'l-Bahá
| título = Respostas a Algumas Perguntas
| editora = Editora Bahá'í do Brasil
| ano = 2001
| isbn = 85-320-0063-0}}
* {{citar livro
| autor = Sears, William
| título = Quando o Coração Grita
| subtítulo = O Genocídio dos Bahá'ís no Irã
| editora = Editora Bahá'í do Brasil| páginas = 234}}
 
== Ligações externas ==
Linha 359 ⟶ 314:
* [http://www.bahai.org.br Site Oficial da Fé Bahá'í no Brasil]
* [http://www.bahai.pt Site Oficial da Fé Bahá'í em Portugal]
* [http://info.bahai.org/article-4-2-0-1.html A Fé Bahá'í] (em [[Língua inglesa|inglês]])
* {{en}} [http://www.bbc.co.uk/religion/religions/bahai/ BBC - Religion & Ethics] (em [[Língua inglesa|inglês]])
* [http://pt.bahaikipedia.org/F%C3%A9_Bah%C3%A1%27%C3%AD Fé Bahá'í - Bahaikipedia (Enciclopédia Bahá'í Online)]