Terra: diferenças entre revisões

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→‎A Terra na cultura: corrigindo fontes de etimologia. ver também por exemplo https://dle.rae.es/?id=Zj5UJym
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| legenda = Fotografia ''[[A Bolinha Azul]]'' obtida durante a missão [[Apollo 17]], em 1972
| categoria = [[Planeta principal]]
| ref_órbita =
| eixo_sm = 149 598 261 km<br /> 1,00000261 UA<ref name=standish_williams_iau>{{citar web|autor=Standish, E. Myles; Williams, James C|título=Orbital Ephemerides of the Sun, Moon, and Planets|publicado=International Astronomical Union Commission 4: (Ephemerides)|url=http://iau-comm4.jpl.nasa.gov/XSChap8.pdf|formato=PDF|língua=en|acessodata=3 de abril de 2010}} Ver tabela 8.10.2. Cálculo baseado em 1 UA = 149,597,870,700(3) m.</ref>
| circunferência_orb =
| excentricidade = 0,01671123<ref name=standish_williams_iau/>
| dist_sol =
| periastro =
| apoastro =
| perélio = 147 098 290 [[quilometro|km]]<br /> 0,98329134<ref group=nota name=apsis>afélio = ''a'' × (1 + ''e''); periélio = ''a'' × (1 - ''e''), em que ''a'' é o eixo semimaior e ''e'' é a excentricidade.</ref>
| afélio = 152 098 232 [[quilometro|km]]<br /> 1,01671388<ref group=nota name=apsis/>
| perigeu =
| apogeu =
| período_rev = 365,256363004 [[dia|d]]<ref name=iers>{{citar conferência|autor =IERS Working Groups|editor=McCarthy, Dennis D.; Petit, Gérard|título=General Definitions and Numerical Standards|ano=2003|títulolivro=IERS Technical Note No. 32|publicadopor=U.S. Naval Observatory and Bureau International des Poids et Mesures|url=http://www.iers.org/MainDisp.csl?pid=46-25776}}</ref><br />(1.000017421 [[ano|a]])
| vel_orb = 107 200 km/h<br />29,78<ref name="earth_fact_sheet"/>
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| no_asc = 348,73936°<ref name="earth_fact_sheet"/><ref group=nota name=asc_node>A referência lista a longitude do nó ascendente como sendo -11.26064°, o que equivale a 348.73936° pois qualquer ângulo é igual a si mesmo mais 360°.</ref>
| satélites = 1 ([[Lua]])
| ref_físicas =
| dimensões =
| diam_eq = 12 756,2
| área_sup = 510 072 000<ref name="Pidwirny 2006">{{citar periódico|ultimo=Pidwirny|primeiro=Michael|data=2 de fevereiro de 2006|título=Surface area of our planet covered by oceans and continents.(Table 8o-1)|editora=University of British Columbia, Okanagan|url=http://www.physicalgeography.net/fundamentals/8o.html|acessodata=26 de novembro de 2007|língua=en}}</ref><ref name=cia /><ref group=nota name=surfacecover>Por causa de flutuações naturais, ambiguidades sobre [[Plataforma de gelo|plataformas de gelo]], e convenções de cartografia sobre [[Datum|data verticais]], valores exatos sobre a extensão de terra e oceanos não são significativos. Com base em dados do [[Mapa Vectorial]] e em conjuntos de dados de [http://www.landcover.org Global Landcover], os valores extremos para a extensão de lagos e cursos de água são 0,6% e 1,0% da superfície da Terra. Os mantos de gelo da Antártica e Groenlândia são contabilizados como terra, ainda que muita da rocha que os suporta se encontre abaixo do nível do mar.</ref>
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| T_max = 57,8<ref name=asu_highest_temp>{{citar web|url=http://wmo.asu.edu/world-highest-temperature|título=World: Highest Temperature|obra=[[WMO]] Weather and Climate Extremes Archive|publicadopor=[[Arizona State University]]|acessodata=2010-08-07}}</ref>
| T_med = 14<ref name=kinver20091210>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/8406839.stm|título=Global average temperature may hit record level in 2010|último =Kinver|primeiro =Mark|data=10 de dezembro de 2009|obra=[[BBC Online]]|acessodata=2010-04-22}}</ref>
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| pressão_atm = 101,325 [[Pascal (unidade)|kPa]] ao nível do mar
| ref_atmosfera =
| atmosfera_perc = 78,08%<br /> 20,95%<br /> 0,93%<br /> 0,038%<br /> ~1%
| atmosfera_elem = [[Nitrogênio]]<br /> [[Oxigênio]]<br /> [[Argônio]]<br /> [[Dióxido de carbono]]<br /> [[Vapor de água]]<br/>{{small|(variável com o clima)}}
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|acessodata=2007-09-20 }}</ref><ref name=ae3>{{citar periódico
|último =Dalrymple |primeiro =G. Brent |título=The age of the Earth in the twentieth century: a problem (mostly) solved
|periódico=Geological Society, LondonLondres, Special Publications
|ano=2001 | volume=190 |páginas=205–221 | url=http://sp.lyellcollection.org/cgi/content/abstract/190/1/205
|acessodata=2007-09-20
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* {{citar livro|primeiro =G.B.|último =Dalrymple|ano=1991|título=The Age of the Earth|publicadopor=Stanford University Press|local=California|isbn=0-8047-1569-6}}
* {{citar web|último =Newman|primeiro =William L.|data=2007-07-09|url=http://pubs.usgs.gov/gip/geotime/age.html|título=Age of the Earth|publicadopor=Publications Services, USGS|acessodata=2007-09-20}}
* {{citar periódico|último =Dalrymple|primeiro =G. Brent|título=The age of the Earth in the twentieth century: a problem (mostly) solved|periódico=Geological Society, LondonLondres, Special Publications|ano=2001|volume=190|número=1|páginas=205–221|url=http://sp.lyellcollection.org/cgi/content/abstract/190/1/205|acessodata=2007-09-20|doi = 10.1144/GSL.SP.2001.190.01.14}}
* {{citar web|último =Stassen|primeiro =Chris|data=2005-09-10|url=http://www.talkorigins.org/faqs/faq-age-of-earth.html|título=The Age of the Earth|publicadopor=[[TalkOrigins Archive]]|acessodata=2008-12-30}}</ref> a Terra e os outros planetas do Sistema Solar haviam-se formado a partir da [[nebulosa solar]] - uma massa discóide de poeiras e gás que havia sobrado da formação do Sol. Este processo de acreção da Terra ficou em grande parte completo em 10-20 milhões de anos.<ref name=nature418_6901_949>{{citar periódico|último =Yin|primeiro =Qingzhu|título=A short timescale for terrestrial planet formation from Hf-W chronometry of meteorites|periódico=Nature|ano=2002|volume=418|número=6901|páginas=949–952|doi=10.1038/nature00995|pmid=12198540|último2 =Jacobsen|primeiro2 =S. B.|último3 =Yamashita|primeiro3 =K.|último4 =Blichert-Toft|primeiro4 =J.|último5 =Télouk|primeiro5 =P.|último6 =Albarède|primeiro6 =F.}}</ref> Inicialmente fundida, a camada exterior do planeta Terra arrefeceu, formando-se uma crosta sólida quando a água começou a acumular-se na atmosfera. A Lua formou-se pouco tempo depois, há {{nowrap|4,53 bilhões de anos}}.<ref name=science310_5754_1671>{{citar periódico|autor =Kleine, Thorsten; Palme, Herbert; Mezger, Klaus; Halliday, Alex N.|título=Hf-W Chronometry of Lunar Metals and the Age and Early Differentiation of the Moon|periódico=Science|volume=310|número=5754|data=2005-11-24|páginas=1671–1674|doi=10.1126/science.1118842|pmid=16308422}}</ref>
 
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=== História geológica ===
[[Ficheiroimagem:USA 10654 Bryce Canyon Luca Galuzzi 2007.jpg|thumb|[[Chaminés de fada]] no [[Parque Nacional do Cânion Bryce]], [[Utah]], [[Estados Unidos]].]]
 
A [[desgaseificação]] e a [[Vulcanismo|atividade vulcânica]] produziram a atmosfera primordial da Terra. O [[vapor de água]] condensado, a que se juntaram gelo e água líquida trazidos por asteroides e [[protoplaneta]]s maiores, [[cometa]]s, e [[objeto transneptuniano|objetos transneptunianos]] [[Origem da água na Terra|formaram os oceanos]].<ref name="watersource">{{citar periódico|autor =Morbidelli, A.; Chambers, J.; Lunine, J. I.; Petit, J. M.; Robert, F.; Valsecchi, G. B.; Cyr, K. E.|título=Source regions and time scales for the delivery of water to Earth|periódico=Meteoritics & Planetary Science|ano=2000|volume=35|número=6|páginas=1309–1320|bibcode=2000M&PS...35.1309M|doi=10.1111/j.1945-5100.2000.tb01518.x}}</ref> O Sol recém-formado possuía apenas 70% da sua [[Luminosidade solar|luminosidade]] atual, porém as evidências mostram que os oceanos antigos se mantiveram líquidos - uma contradição a que se deu o nome de [[paradoxo do jovem Sol fraco]]. A combinação de [[gases de estufa]] e níveis de [[atividade solar]] mais elevados serviu para aumentar a temperatura na superfície da Terra, evitando que os oceanos congelassem.<ref name=asp2002>{{citar conferência|autor =Guinan, E. F.; Ribas, I|editor=Benjamin Montesinos, Alvaro Gimenez and Edward F. Guinan|título=Our Changing Sun: The Role of Solar Nuclear Evolution and Magnetic Activity on Earth's Atmosphere and Climate|títulolivro=ASP Conference Proceedings: The Evolving Sun and its Influence on Planetary Environments|local=San Francisco|isbn=1-58381-109-5|publicadopor=Astronomical Society of the Pacific|bibcode=2002ASPC..269...85G}}</ref> Há cerca de {{Nowrap|3,5 bilhões}} de anos, estabeleceu-se o [[campo magnético terrestre]], o qual ajudou a evitar que a atmosfera fosse levada pelo [[vento solar]].<ref name=physorg20100304>{{citar jornal|autor =Staff|título=Oldest measurement of Earth's magnetic field reveals battle between Sun and Earth for our atmosphere|data=4 de março de 2010|obra=Physorg.news|url=http://www.physorg.com/news186922627.html|acessodata=2010-03-27}}</ref>
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=== Evolução da vida ===
{{artigo principal|História evolutiva da vida}}
[[Imagem:Phylogenetic tree pt.svg|thumb|[[Árvore filogenética]] da vida baseada em análise de [[ARN ribossômico]].]]
 
Atualmente, a Terra constitui o único exemplo de um ambiente que tenha dado origem à [[evolução]] da vida.<ref name=purves_et_al2001>{{citar livro|autor =Purves, William Kirkwood; Sadava, David; Orians, Gordon H.; Heller, Craig|título=Life, the Science of Biology: The Science of Biology|publicadopor=Macmillan|página=455|ano=2001|isbn=0-7167-3873-2}}</ref> Crê-se que reações químicas altamente energéticas tenham produzido uma molécula autorreplicadora há cerca de {{nowrap|4 bilhões de anos}} e que meio bilhão de anos mais tarde terá existido o [[último ancestral comum]] a toda a vida.<ref name=sa282_6_90>{{citar periódico|último =Doolittle|primeiro =W. Ford|título=Uprooting the tree of life|periódico=Scientific American|data=fevereiro de 2000|volume=282|número=6|páginas=90–95|doi=10.1038/nature03582|último2 =Worm|primeiro2 =Boris}}</ref> O desenvolvimento da [[fotossíntese]] permitiu que a energia do Sol fosse utilizada diretamente pelas formas de vida; o oxigênio resultante acumulou-se na atmosfera e formou uma camada de [[ozônio]] (uma forma de [[oxigênio molecular]] [O<sub>3</sub>]) na alta atmosfera. A incorporação de células mais pequenas no interior de outras maiores resultou no [[Teoria endossimbiótica|desenvolvimento de células complexas]] ditas [[eucariotas]].<ref name=jas22_3_225>{{citar periódico|autor =Berkner, L. V.; Marshall, L. C.|título=On the Origin and Rise of Oxygen Concentration in the Earth's Atmosphere|periódico=Journal of Atmospheric Sciences|ano=1965|volume=22|número=3|páginas=225–261|bibcode=1965JAtS...22..225B|doi=10.1175/1520-0469(1965)022<0225:OTOARO>2.0.CO;2}}</ref> Os organismos verdadeiramente multicelulares formaram-se à medida que as células das [[Colônia (biologia)|colônias]] se tornaram cada vez mais especializadas. Ajudada pela absorção de [[radiação ultravioleta]] prejudicial pela [[camada de ozônio]], a vida colonizou a superfície da Terra.<ref name=burton20021129>{{citar web|último =Burton|primeiro =Kathleen|data=2002-11-29|url=http://www.nasa.gov/centers/ames/news/releases/2000/00_79AR.html|título=Astrobiologists Find Evidence of Early Life on Land|publicadopor=NASA|acessodata=2007-03-05}}</ref>
[[Imagem:As08-16-2593 crop.png|thumb|alt=Fotografia da Terra quase totalmente iluminada pelo Sol, exibindo principalmente a cobertura de nuvens sobre o Oceano Atlântico e a América do Sul. A coloração azul dos oceanos domina a imagem.|A Terra possui a maior parte de sua superfície coberta por água em estado líquido. Fotografia do planeta feita pela tripulação da [[Apollo 8]] em 1968.]]
 
Desde a década de 1960 que se coloca a hipótese de ter ocorrido um evento [[Glaciar|glacial]] severo há entre 750 e 580 milhões de anos, durante o [[Neoproterozoico]], o qual teria coberto grande parte do planeta com um [[manto de gelo]]. Esta hipótese, denominada da "[[Terra bola de neve]]", é de particular interesse porque precedeu a [[explosão cambriana]], durante a qual as formas de vida multicelulares começaram a proliferar.<ref name=kirschvink1992>{{citar livro|último =Kirschvink|primeiro =J. L.|editores=Schopf, J.W.; Klein, C. and Des Maris, D|ano=1992|título=Late Proterozoic low-latitude global glaciation: the Snowball Earth|series=The Proterozoic Biosphere: A Multidisciplinary Study|páginas=51–52|publicadopor=Cambridge University Press|isbn=0-521-36615-1}}</ref>
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O futuro da vida no planeta está intimamente ligado ao do [[Sol]]. Como resultado de uma acumulação contínua de hélio no núcleo do Sol, a [[Luminosidade solar|luminosidade total da estrela]] irá lentamente aumentar. A luminosidade do Sol aumentará 10% ao longo dos próximos 1,1 bilhão de anos e 40% ao longo dos próximos 3,5 bilhões de anos.<ref name="sun_future">{{citar periódico|autor =Sackmann, I.-J.; Boothroyd, A. I.; Kraemer, K. E.|título=Our Sun. III. Present and Future|periódico=Astrophysical Journal|ano=1993|volume=418|páginas=457–468|doi=10.1086/173407|bibcode=1993ApJ...418..457S}}</ref> Os modelos climáticos indicam que o aumento da radiação atingindo a Terra provavelmente terá consequências catastróficas, incluindo a perda dos oceanos do planeta.<ref name=icarus74_472>{{citar periódico|último =Kasting|primeiro =J.F.|ano=1988|título=Runaway and Moist Greenhouse Atmospheres and the Evolution of Earth and Venus|periódico=Icarus|volume=74|número=3|páginas=472–494|doi=10.1016/0019-1035(88)90116-9|bibcode=1988Icar...74..472K|pmid=11538226}}</ref>
 
A crescente temperatura da superfície da Terra acelerará o [[Ciclo do carbono|ciclo do CO<sub>2</sub>]] [[inorgânico]], reduzindo a sua concentração até valores letalmente baixos para as plantas (10 [[Parte por milhão|ppm]] para a [[Via C4|fotossíntese C4]]) dentro de aproximadamente {{Nowrap|500 milhões}}<ref name="britt2000"/> a {{Nowrap|900 milhões de anos}}. A falta de vegetação terá como consequência a perda de oxigênio na atmosfera, pelo que a vida animal se extinguirá depois de mais alguns milhões de anos.<ref name=ward_brownlee2002>{{citar livro|autor =Ward, Peter D.; Brownlee, Donald|ano=2002|título=The Life and Death of Planet Earth: How the New Science of Astrobiology Charts the Ultimate Fate of Our World|publicadopor=Times Books, Henry Holt and Company|local=NewNova YorkIorque|isbn=0-8050-6781-7}}</ref> Após outro bilhão de anos toda a água superficial terá desaparecido<ref name=carrington/> e a temperatura média global atingirá os 70 °C.<ref name=ward_brownlee2002/> Espera-se que a Terra permaneça efetivamente habitável por mais uns {{Nowrap|500 milhões de anos}} a partir desse ponto,<ref name="britt2000"/> embora este período possa estender-se até aos {{nowrap|2,3 bilhões de anos}} se o nitrogênio for removido da atmosfera.<ref name=pnas1_24_9576>{{citar periódico|autor =Li, King-Fai; Pahlevan, Kaveh; Kirschvink, Joseph L.; Yung, Yuk L.|ano=2009|título=Atmospheric Pressure as a Natural Climate Regulator for a Terrestrial Planet with a Biosphere|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences|volume=1–6|número=24|páginas=9576–9579|url=http://www.gps.caltech.edu/~kfl/paper/Li_PNAS2009.pdf|acessodata=2009-07-19|doi=10.1073/pnas.0809436106|pmid=19487662|pmc=2701016}}</ref> Ainda que o Sol fosse eterno e estável, o continuado arrefecimento interno da Terra resultaria numa perda de grande parte do CO<sub>2</sub> devido à redução do [[vulcanismo]],<ref name=sec1014>{{citar periódico|autor =Guillemot, H.; Greffoz, V.|título=Ce que sera la fin du monde|periódico=Science et Vie|data=março de 2002|volume=N° 1014|língua=French}}</ref> e 35% da água dos oceanos desceria até ao [[manto]] devido à redução da libertação de vapor de água nas dorsais meso-oceânicas.<ref name=hess5_4_569>{{citar periódico|último =Bounama|primeiro =Christine|ano=2001|último2 =Franck|primeiro2 =S.|último3 =Von Bloh|primeiro3 =W.|título=The fate of Earth's ocean|periódico=Hydrology and Earth System Sciences|volume=5|número=4|páginas=569–575|publicadopor=Potsdam Institute for Climate Impact Research|local=Germany|url=http://www.hydrol-earth-syst-sci.net/5/569/2001/hess-5-569-2001.pdf|acessodata=2009-07-03|doi=10.5194/hess-5-569-2001|bibcode=2001HESS....5..569B}}</ref>
 
O Sol, como parte da sua [[Evolução estelar|evolução]], tornar-se-á uma [[gigante vermelha]] dentro de cerca de 5 bilhões de anos. Os modelos prevêem que o Sol se expandirá até atingir cerca de 250 vezes o seu raio atual, aproximadamente 1 UA (150 000 000 km).<ref name="sun_future" /><ref name="sun_future_schroder">{{citar periódico|primeiro =K.-P.|último =Schröder|último2 =Connon Smith|primeiro2 =Robert|ano=2008|título=Distant future of the Sun and Earth revisited|doi=10.1111/j.1365-2966.2008.13022.x|periódico=Monthly Notices of the Royal Astronomical Society|arxiv=0801.4031|volume=386|número=1|página=155|bibcode=2008MNRAS.386..155S}}<br />Ver também {{citar jornal|primeiro =Jason|último =Palmer|url=http://space.newscientist.com/article/dn13369-hope-dims-that-earth-will-survive-suns-death.html?feedId=online-news_rss20|título=Hope dims that Earth will survive Sun's death|data=2008-02-22|obra=NewScientist.com news service|acessodata=2008-03-24}}</ref> O destino da Terra não é tão claro. Como uma gigante vermelha, o Sol perderá cerca de 30% da sua massa, portanto, sem efeitos de maré, a Terra irá deslocar-se para uma órbita a 1,7 UA (250 000 000 km) do Sol quando a estrela atingir o seu raio máximo. Esperava-se inicialmente, portanto, que o planeta escapasse de ser "engolido" pela rarefeita atmosfera exterior do Sol expandido, apesar de que a maior parte, se não a totalidade, da vida remanescente teria sido destruída pela crescente luminosidade solar (até um máximo de aproximadamente 5000 vezes o seu nível atual).<ref name="sun_future" /> Contudo, uma simulação de 2008 indica que a órbita da Terra sofrerá deterioração, devido aos efeitos de maré e ao atrito, o que a levará a entrar na atmosfera do Sol gigante vermelha e a ser vaporizada.<ref name="sun_future_schroder" />
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=== Estrutura interna ===
{{artigo principal|[[Estrutura interna da Terra]]}}
O interior da Terra, assim como o de outros [[planetas telúricos]], é dividido em camadas definidas com base nas suas propriedades [[química]]s e [[física]]s ([[reologia|reológicas]]), mas ao contrário dos outros planetas telúricos tem um núcleo interno e um núcleo externo distintos. A camada exterior da Terra é uma [[Crosta terrestre|crosta]] silicatada, sólida, quimicamente distinta, subjacente à qual se encontra um [[manto]] sólido altamente [[Viscosidade|viscoso]]. A crosta está separada do manto pela [[descontinuidade de Mohorovičić]], e a espessura da crosta varia: em média 6 km sob os oceanos e 30 a 50 km sob os continentes. A crosta e a porção fria e rígida do [[manto superior]] são coletivamente designados [[litosfera]], e é da litosfera que estão compostas as [[placa tectónica|placas tectônicas]]. Abaixo da litosfera encontra-se a [[astenosfera]], uma camada de viscosidade relativamente baixa sobre a qual a litosfera se desloca. Entre as profundidades de 410 e 660 km abaixo da superfície, encontra-se uma [[zona de transição]] que separa o manto superior do manto inferior, e onde ocorrem alterações importantes na estrutura cristalina. Sob o manto, encontra-se um [[núcleo externo]] líquido de baixa viscosidade, que envolve um [[núcleo interno]] sólido.<ref name=tanimoto_ahrens1995>{{citar livro|primeiro =Toshiro|último =Tanimoto|editor=Thomas J. Ahrens|ano=1995|título=Crustal Structure of the Earth|títulolivro=Global Earth Physics: A Handbook of Physical Constants|publicadopor=American Geophysical Union|local=Washington, DC|isbn=0-87590-851-9|url=http://www.agu.org/reference/gephys/15_tanimoto.pdf|arquivourl=http://web.archive.org/web/20061016194153/http://www.agu.org/reference/gephys/15_tanimoto.pdf|arquivodata=2006-10-16|formato=PDF|acessodata=2007-02-03}}</ref> O núcleo interno pode girar a uma [[velocidade angular]] ligeiramente mais alta que o restante planeta, avançando 0,1–0,5° por ano.<ref name=science309_5739_1313>{{citar periódico|último =Kerr|primeiro =Richard A.|título=Earth's Inner Core Is Running a Tad Faster Than the Rest of the Planet|periódico=Science|data=2005-09-26|volume=309|número=5739|página=1313|doi=10.1126/science.309.5739.1313a|pmid=16123276}}</ref>
 
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=== Energia interna ===
A [[energia térmica]] da Terra provém de uma combinação de [[Energia potencial gravitacional|energia térmica residual oriunda da acreção planetária]] (cerca de 20%) e calor produzido via [[decaimento radioativo]] (80%).<ref name="turcotte">{{citar livro|último1 =Turcotte|primeiro1 =D. L.|último2 =Schubert|primeiro2 =G.|título=Geodynamics|publicadopor=Cambridge University Press|local=Cambridge, England, UK|ano=2002|edição=2|páginas=136–137|capítulo=4|isbn=978-0-521-66624-4}}</ref> Os principais isótopos fontes de [[calor]] na Terra são [[Potássio|potássio-40]], [[Urânio|urânio-238]], [[urânio-235]] e [[Tório|tório-232]].<ref name=sanders20031210>{{citar jornal|primeiro =Robert|último =Sanders|título=Radioactive potassium may be major heat source in Earth's core|publicadopor=UC Berkeley News|data=2003-12-10|url=http://www.berkeley.edu/news/media/releases/2003/12/10_heat.shtml|acessodata=2007-02-28}}</ref> No centro do planeta, a [[temperatura]] pode chegar aos [[kelvin|7000 K]] e a pressão poderá chegar aos 360 [[GPa]].<ref name=ptrsl360_1795_1227>{{citar periódico|autor =Alfè, D.; Gillan, M. J.; Vocadlo, L.; Brodholt, J; Price, G. D.|título=The ''ab initio'' simulation of the Earth's core|periódico= Philosophical Transaction of the Royal Society of LondonLondres|ano=2002|volume=360|número=1795|páginas=1227–1244|url=http://chianti.geol.ucl.ac.uk/~dario/pubblicazioni/PTRSA2002.pdf|formato=PDF|acessodata=2007-02-28}}</ref> Uma vez que grande parte da energia térmica é proveniente do decaimento radioativo, os cientistas crêem que cedo na história da Terra, antes de se terem esgotado os isótopos com meias-vidas curtas, a produção de energia térmica na Terra teria sido muito maior. Esta produção de energia adicional, o dobro da atual há aproximadamente 3 bilhões de anos,<ref name="turcotte" /> teria aumentado os gradientes de temperatura no interior da Terra, aumentando as velocidades da [[convecção mantélica]] e da [[tectônica de placas]], e permitindo a produção de rochas ígneas como os [[komatiito]]s que não se formam na atualidade.<ref name=epsl121_1>{{citar periódico|autores=Vlaar, N; Vankeken, P.; Vandenberg, A. |título=Cooling of the Earth in the Archaean: Consequences of pressure-release melting in a hotter mantle|ano=1994|periódico=Earth and Planetary Science Letters|volume=121|número=1-2|página=1|doi=10.1016/0012-821X(94)90028-0|url=http://www.geo.lsa.umich.edu/~keken/papers/Vlaar_EPSL94.pdf |formato=PDF|bibcode=1994E&PSL.121....1V}}</ref>
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{| class="wikitable" style="text-align:center;"
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A [[taxa]] média de [[calor]] entre o interior e a superfície da crosta terrestre é {{nowrap|87 mW m<sup>−2</sup>}}, implicando uma taxa de calor global de {{nowrap|4,42 × 10<sup>13</sup> W}}.<ref name=jg31_3_267>{{citar periódico|autor =Pollack, Henry N.; Hurter, Suzanne J.; Johnson, Jeffrey R.|título=Heat flow from the Earth's interior: Analysis of the global data set|periódico=Reviews of Geophysics|volume=31|número=3|páginas=267–280|data=agosto de 1993|doi=10.1029/93RG01249|bibcode=1993RvGeo..31..267P |url=http://www.agu.org/journals/ABS/1993/93RG01249.shtml}}</ref> Uma parte da energia térmica do núcleo é transportada em direção à crosta por [[Pluma mantélica|plumas mantélicas]], uma forma de convecção que consiste na ascensão de rocha mais quente. Estas plumas podem produzir [[Ponto quente|pontos quentes]] e [[basalto|derrames de basalto]].<ref name=science246_4926_103>{{citar periódico|autor =Richards, M. A.; Duncan, R. A.; Courtillot, V. E.|título=Flood Basalts and Hot-Spot Tracks: Plume Heads and Tails|periódico=Science|ano=1989|volume=246|número=4926|páginas=103–107|bibcode=1989Sci...246..103R|doi=10.1126/science.246.4926.103|pmid=17837768}}</ref> Mais da energia térmica da Terra é perdida por intermédio da tectônica de placas, na ascensão do manto associada às cristas meso-oceânicas. O último dos principais modos de perda de energia é a condução através da litosfera, a maioria da qual ocorre nos oceanos pois ali a crosta é muito mais delgada do que nos continentes.<ref name="heat loss">{{citar periódico|doi=10.1029/JB086iB12p11535|título=Oceans and Continents: Similarities and Differences in the Mechanisms of Heat Loss|ano=1981|autores=Sclater, John G; Parsons, Barry; Jaupart, Claude|periódico=Journal of Geophysical Research|volume=86|número=B12 |página=11535|coautor=|bibcode=1981JGR....8611535S}}</ref>
 
=== Placas tectônicas ===
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{{Anexo|Lista de extremos da Terra}}
 
[[Imagem:AYool topography 15min PT.png|esquerda|300px|thumb|[[Altimetria]] e [[batimetria]] da Terra atual.]]
 
O [[Relevo (geografia)|relevo]] da superfície terrestre varia significativamente de local para local. Cerca de 70,8%
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A [[crosta continental]] consiste de material com densidade menor, como as [[rocha ígnea|rochas ígneas]] [[granito]] e [[andesito]]. O [[basalto]], uma rocha vulcânica densa que é o principal constituinte dos fundos oceânicos, é menos comum.<ref name=layers_earth>{{citar web|autor =Staff|url=http://volcano.oregonstate.edu/vwdocs/vwlessons/plate_tectonics/part1.html|título=Layers of the Earth|publicadopor=Volcano World|acessodata=2007-03-11}}</ref> As [[Rocha sedimentar|rochas sedimentares]] formam-se a partir da acumulação de sedimentos que são compactados. Quase 75% das superfícies continentais estão cobertas por rochas sedimentares, apesar de elas formarem apenas 5% da crosta.<ref name=jessey>{{citar web|último =Jessey|primeiro =David|url=http://geology.csupomona.edu/drjessey/class/Gsc101/Weathering.html|título=Weathering and Sedimentary Rocks|publicadopor=Cal Poly Pomona|acessodata=2007-03-20}}</ref>
[[Imagem:Mount_Everest_as_seen_from_Drukair2_PLW_edit.jpg|300px|thumb|[[Monte Everest]], na [[fronteira China-Nepal]], o ponto mais alto do planeta.]]
 
A terceira forma de material rochoso encontrada na Terra são as [[rocha metamórfica|rochas metamórficas]], criadas pela transformação de tipos de rocha pré-existentes por meio de altas pressões, altas temperaturas, ou ambas. Entre os minerais silicatados mais abundantes à superfície da Terra incluem-se o [[quartzo]], os [[feldspato]]s, [[anfíbola]], [[mica]], [[piroxênio]] e [[olivina]].<ref name=de_pater_lissauer2010>{{citar livro|autor =de Pater, Imke; Lissauer, Jack J.|título=Planetary Sciences|página=154|edição=2nd|publicadopor=Cambridge University Press|ano=2010|isbn=0-521-85371-0}}</ref> Minerais carbonatados comuns incluem [[calcita]] (encontrada nos [[calcário]]s) e [[dolomita]].<ref name=wekn_bulakh2004>{{citar livro|autor =Wenk, Hans-Rudolf; Bulakh, Andreĭ Glebovich|título=Minerals: their constitution and origin|página=359|publicadopor=Cambridge University Press|ano=2004|isbn=0-521-52958-1}}</ref>
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=== Hidrosfera ===
{{artigo principal|Hidrosfera}}
[[Imagem:Earth elevation histogram 2.svg|thumb|300px|[[Histograma]] de altitudes da superfície terrestre.]]
A abundância de água na superfície da Terra é uma característica única que distingue o "Planeta Azul" dos outros planetas do Sistema Solar. A hidrosfera da Terra consiste principalmente de oceanos, mas tecnicamente inclui todas as superfícies aquáticas do mundo, incluindo mares interiores, lagos, rios, e águas subterrâneas até à profundidade de 2 000 m. O local situado a maior profundidade debaixo de água é a [[Challenger Deep|depressão Challenger]] na [[fossa das Marianas]], no [[Oceano Pacífico]], com uma profundidade de -10 911,4 m.<ref group="nota" name=trench_depth>Esta é a medição efetuada pelo navio ''[[Kaikō]]'' em Março de 1995 e crê-se que seja a mais exata medição até à data.</ref><ref name=kaiko7000>{{citar web|título=7,000 m Class Remotely Operated Vehicle ''KAIKO 7000''|url=http://www.jamstec.go.jp/e/about/equipment/ships/kaiko7000.html|publicadopor=Japan Agency for Marine-Earth Science and Technology (JAMSTEC)|acessodata=2008-06-07}}</ref>
 
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=== Atmosfera ===
{{Artigo principal|Atmosfera terrestre}}
[[Imagem:MODIS Map.jpg|thumb|upright=1.5|esquerda|Imagem de satélite da [[nebulosidade]] sobre a Terra obtida usando o ''[[Moderate-Resolution Imaging Spectroradiometer]]'' da [[NASA]].]]
 
A Terra possui uma [[atmosfera]], cuja [[pressão atmosférica|pressão]] na superfície é, em média, de 101,325 [[kPa]], com uma [[altura de escala]] de 8,5 km.<ref name="earth_fact_sheet">{{citar web|último = Williams |primeiro = David R. |data= 2004-09-01 | url = http://nssdc.gsfc.nasa.gov/planetary/factsheet/earthfact.html |título= Earth Fact Sheet |publicadopor= NASA |acessodata= 2007-03-17 }}</ref> É composta por 78% [[nitrogênio]] e 21% [[oxigênio]], com traços de [[vapor de água]], [[dióxido de carbono]] e outras moléculas gasosas. A altura da [[troposfera]] varia com a latitude variando entre os 8 km nos polos e os 17 km no equador, com alguma da variação resultante do tempo e de fatores sazonais.<ref name=geerts_linacre97>{{citar web|autores=Geerts, B.;Linacre, E.|url=http://www-das.uwyo.edu/~geerts/cwx/notes/chap01/tropo.html|título=The height of the tropopause|data=novembro de 1997|obra=Resources in Atmospheric Sciences|publicadopor=University of Wyoming|acessodata=2006-08-10}}</ref> A atmosfera terrestre é composta por diferentes camadas: [[troposfera]], [[estratosfera]], [[mesosfera]], [[termosfera]] e [[exosfera]], organizadas em ordem crescente da distância à superfície terrestre.
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==== Tempo e clima ====
[[Imagem:Felix from ISS 03 sept 2007 1138Z.jpg|thumb|[[Furacão Felix]] em setembro de 2007.]]
[[Imagem:Pressure ridges Scott Base lrg.jpg|thumb|[[Nuvem lenticular]] na [[Antártica]].]]
[[Imagem:AtacamValley.jpg|thumb|[[Valle de la Luna (Chile)|Valle de la Luna]] no [[Deserto de Atacama]], [[Chile]].]]
{{Artigo principal|Tempo (meteorologia)|Clima|Troposfera}}
 
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==== Alta atmosfera ====
[[Imagem:ISS-20_Thunderstorms_on_the_Brazilian_Horizon.jpg|thumb|esquerda|Fotografia da [[Região Norte do Brasil|Região Norte]] do [[Brasil]] vista da [[Estação Espacial Internacional]] durante a [[Expedição 20]]. A vegetação da [[Amazônia]], a maior [[floresta tropical]] da Terra, influencia fortemente o [[Ciclo hidrológico|ciclo regional da água]].]]
 
Acima da troposfera, a atmosfera é geralmente dividida em [[estratosfera]], [[mesosfera]] e [[termosfera]].<ref name="atmosphere" /> Cada uma destas camadas possui o seu próprio [[gradiente adiabático]], definindo a taxa de variação da temperatura com a altitude. Para lá destas camadas, localiza-se a [[exosfera]], que se desvanece na [[magnetosfera terrestre|magnetosfera]] onde o [[campo magnético terrestre]] interage com o [[vento solar]].<ref>{{citar web
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=== Campo magnético ===
[[Imagem:Structure of the magnetosphere-pt.svg|thumb|upright=1.5|direita|Diagrama da [[magnetosfera terrestre]].]]
{{artigo principal|[[Campo magnético terrestre]]}}
 
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|título=Introduction to Geomagnetic Fields
|publicadopor=Cambridge University Press |ano=2003
|local=NewNova YorkIorque |páginas=57
| isbn = 0521822068}}</ref>
 
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=== Rotação ===
{{artigo principal|[[Rotação da Terra]]}}
[[Imagem:AxialTiltObliquity-pt.png|thumb|300px|esquerda|A inclinação axial terrestre e sua relação com o eixo de rotação e o plano orbital.]]
O período de rotação da Terra relativamente ao Sol (um dia solar) é de 86 400 segundos de tempo solar (86 400,0025 segundos [[Sistema Internacional de Unidades|SI]]).<ref name=aj136_5_1906>{{citar periódico|autor =McCarthy, Dennis D.; Hackman, Christine; Nelson, Robert A.|título=The Physical Basis of the Leap Second|periódico=The Astronomical Journal|volume=136|número=5|páginas=1906–1908|data=novembro de 2008|doi=10.1088/0004-6256/136/5/1906|bibcode=2008AJ....136.1906M}}</ref> Como o dia solar da Terra é atualmente um pouco mais longo do que era durante o [[século {{séc|XIX]]}}, devido à [[aceleração de maré]], cada dia é entre 0 e 2 ms mais longo.<ref>{{citar web
|título=Leap seconds
|publicadopor=Time Service Department, USNO
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=== Órbita ===
[[Imagem:Pale Blue Dot.png|thumb|Fotografia ''[[Pálido Ponto Azul]]'' tirada pela ''[[Voyager 1]]''.]]
{{artigo principal|[[Translação da Terra]]}}
A Terra orbita o Sol a uma distância média de cerca de 150 milhões de quilômetros, a cada 365,2564 dias solares médios, ou um [[ano sideral]]. A partir da Terra, isto dá ao Sol um movimento aparente em direção a leste, relativamente às estrelas, a uma taxa de 1°/dia, ou um diâmetro aparente do Sol ou da Lua a cada 12 horas. Por causa deste movimento, a Terra leva em média 24 horas - um [[dia solar]] - a completar uma rotação completa em torno do seu eixo até o Sol retornar ao [[Meridiano celeste|meridiano]]. A velocidade orbital média da Terra é de 29,8 km/s (107 000 km/h), rápido o suficiente para percorrer o diâmetro do planeta (aproximadamente 12 600 km) em sete minutos, e a distância entre a Terra e a Lua (384 000 km) em quatro horas.<ref name="earth_fact_sheet"/>
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onde ''m'' é a massa da Terra, ''a'' é uma Unidade Astronômica, e ''M'' é a massa do Sol. Assim sendo, o raio em UA é de cerca de: <math>\begin{smallmatrix} \left ( \frac{1}{3 \cdot 332,946} \right )^{\frac{1}{3}} = 0.01 \end{smallmatrix}</math>.</ref> Esta é a distância máxima dentro do qual a influência da gravidade da Terra é maior do que a influência da gravidade do Sol e dos outros planetas.<ref>{{citar web|língua=en|url=http://www.jgiesen.de/astro/stars/roche.htm|título=Formation of Stars}}</ref> Objetos orbitando a Terra precisam ficar dentro desta esfera, ou poderão ser libertados pela perturbação gravitacional do Sol.
 
[[Imagem:Artist's impression of the Milky Way (updated - annotated).jpg|thumb|Ilustração da [[Via Láctea]], mostrando a localização do [[Sol]].]]
 
A Terra, em conjunto com o Sistema Solar, está localizada dentro da [[galáxia]] [[Via Láctea]], orbitando a cerca de 28 000 [[anos-luz]] do centro da galáxia. Presentemente, o Sistema Solar está localizado 20 anos-luz acima do plano equatorial da galáxia, no [[Braço de Órion]].<ref>{{citar web
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Por causa da inclinação axial da Terra, a quantidade de luz solar recebida por um ponto qualquer na superfície terrestre varia ao longo do ano. Isto resulta na variação [[Estação do ano|sazonal]] do clima, com os [[verões]] no [[hemisfério norte]] a ocorrerem quando o polo está voltado para o Sol, e o inverno ocorrendo quando o polo está voltado para a direção oposta à do Sol. No [[hemisfério sul]], a situação é invertida, visto que o polo sul está orientado na direção oposta do polo norte. Durante o verão, os dias são mais longos, e o Sol sobe mais alto no céu. Durante o inverno, o clima torna-se no geral mais frio, e os dias mais curtos. As diferenças sazonais aumentam à medida que se viaja em direção aos polos, sendo um caso extremo o que ocorre acima do [[Círculo Polar Ártico]] e abaixo do [[Círculo Polar Antártico]], durante uma parte do ano em que tais regiões não recebem luz solar - uma [[noite polar]].
 
[[Imagem:The Earth and the Moon photographed from Mars orbit.jpg|thumb|esquerda|A Terra e a Lua vistas de Marte pelo ''[[Mars Reconnaissance Orbiter]]''. Do espaço, a Terra pode ser vista a passar por fases similares [[Fases da Lua|às da Lua]].]]
 
Por convenção astronômica, as quatro estações do ano são determinadas pelos [[solstício]]s - os pontos de maior inclinação axial na órbita terrestre - e os [[equinócio]]s, quando a direção da inclinação axial e a direção ao Sol são perpendiculares. O [[solstício de inverno]] ocorre em [[21 de dezembro]], o solstício de verão em [[21 de junho]], o equinócio de primavera em [[20 de março]], e o equinócio de outono em [[23 de setembro]].<ref>{{citar web
|último =Bromberg |primeiro =Irv |data=2008-05-01
| url=http://www.sym454.org/seasons/
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O ângulo da inclinação axial da Terra é relativamente estável durante longos períodos de tempo. Porém, esta inclinação sofre [[nutação]] - um movimento ligeiro e irregular, com um período principal de 18,6 anos. A orientação do ângulo também muda com o tempo, completando uma [[precessão]] circular a cada 25 800 anos; esta precessão é a causa da diferença entre um ano sideral e um [[ano tropical]]. Ambos os movimento são causados pela atração gravitacional variável do Sol e da Terra sobre a saliência equatorial do planeta. Na perspetiva da Terra, os polos terrestres também migram alguns metros por ano ao longo da superfície do planeta. Este [[movimento polar]] possui vários componentes cíclicos, que são chamados coletivamente [[movimento quasi-periódico]]. Além do componente anual deste movimento, existe um ciclo de 14 meses, chamado de [[bamboleio de Chandler]]. A velocidade de rotação da Terra também varia, em um fenômeno chamado de variação da duração do dia.<ref>{{citar web|último = Fisher |primeiro = Rick |data= 1996-02-05 | url = http://www.cv.nrao.edu/~rfisher/Ephemerides/earth_rot.html |título= Earth Rotation and Equatorial Coordinates |publicadopor= National Radio Astronomy Observatory |acessodata= 2007-03-21 }}</ref>
 
Em tempos modernos, o [[periélio]] da Terra ocorre em [[3 de janeiro]], e o [[afélio]] em torno de [[4 de julho]]. Porém, estas datas variam ao longo do tempo, devido à precessão e outros fatores orbitais que seguem padrões cíclicos conhecidos como [[ciclos de Milankovitch]]. A distância variável entre a Terra e o Sol resulta em um aumento de 6,9%<ref group=nota>O afélio corresponde a 103,4% da distância do periélio. Devido à lei do quadrado inverso, a radiação solar recebida pelo planeta no periélio é de 106,9% em relação ao afélio.</ref> na energia solar que alcança a Terra no periélio, relativamente ao afélio. Visto que o hemisfério sul da Terra está inclinado em direção ao Sol aproximadamente no mesmo período do periélio, a quantidade de energia solar recebida pelo hemisfério sul é ligeiramente maior do que a recebida pelo hemisfério norte, ao longo de um ano. Porém, este efeito é muito menos significativo do que a variação total da energia devida à inclinação axial, e a maior parte deste excesso é absorvida pela maior proporção de água existente no hemisfério sul.<ref>{{citar web|último = Williams |primeiro = Jack |data= 2005-12-20 | url = http://www.usatoday.com/weather/tg/wseason/wseason.htm |título= Earth's tilt creates seasons |publicadopor= USAToday |acessodata= 2007-03-17 }}</ref>
 
== Lua ==
Linha 585 ⟶ 573:
|acessodata=2007-03-31 | doi = 10.1051/0004-6361:20041335
}}</ref>
[[Imagem:Full moon partially obscured by atmosphere.jpg|thumb|esquerda|Vista da Lua parcialmente encoberta pela atmosfera terrestre.]]
 
Alguns teóricos acreditam que sem esta estabilização contra os [[torque]]s exercidos pelo Sol e planetas sobre a saliência equatorial da Terra (consequência do seu achatamento nos polos), o eixo de rotação desta última poderia ser caoticamente instável, com mudanças caóticas ao longo de milhões de anos, como aparenta ser o caso de [[Marte (planeta)|Marte]].<ref>{{citar periódico
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== Asteroides e satélites artificiais ==
[[Imagem:Tracy Caldwell Dyson in Cupola ISS.jpg|thumb|[[Tracy Caldwell Dyson]] observa a Terra a partir da [[Estação Espacial Internacional]].]]
A Terra possui ao menos cinco [[quasi-satélite]]s, incluindo [[3753 Cruithne]] e [[2002 AA29|2002 AA<sub>29</sub>]].<ref>{{citar jornal
|primeiro =David
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== Habitabilidade ==
{{artigo principal|Habitabilidade planetária}}
[[Imagem:Seawifs global biosphere.jpg|thumb|Composição em [[falsa cor]] da abundância [[Fotoautotrofia|fotoautotrófica]] oceânica e terrestre global, de setembro de 1997 a agosto de 2000.]]
 
Um planeta habitável é aquele que pode sustentar [[vida]], mesmo que esta não se tenha originado nesse planeta. A Terra fornece as condições atualmente entendidas como necessárias, que são [[água]] no estado líquido, um ambiente onde moléculas orgânicas complexas se podem formar, e energia suficiente para sustentar o [[metabolismo]].<ref>{{citar web|autor =Staff
Linha 650 ⟶ 638:
{{Artigo principal|Biosfera}}
 
A Terra é o único local onde se sabe existir [[vida]]. O conjunto das formas de vida do planeta é por vezes designado "[[biosfera]]".<ref name = "ColumbiaEncyc">{{citar enciclopédia|enciclopédia= The Columbia Encyclopedia, Sixth Edition|publicadopor= Columbia University Press|ano= 2004| id = |título=Biosphere|acessodata= 2010-11-12| url = http://www.questia.com/library/encyclopedia/biosphere.jsp}}</ref> A biosfera provavelmente começou a evoluir há 3,5 bilhões de anos.<ref>{{citar livro|autores= Campbell, Neil A.; Brad Williamson; Robin J. Heyden |título= Biology: Exploring Life |publicadopor= Pearson Prentice Hall |ano= 2006 |local= Boston, Massachusetts |páginas= | url = http://www.phschool.com/el_marketing.html | doi = | id = | isbn = 0-13-250882-6 }}</ref> Divide-se em [[bioma]]s, habitados por [[fauna]] e [[flora]] similares nos seus traços gerais. Nas áreas continentais os biomas são separados primariamente pela [[latitude]], [[altitude]] e [[umidade]]. Os biomas localizados no interior dos Círculos Polares [[Círculo Polar Ártico|Ártico]] ou [[Círculo Polar Antártico|Antártico]], a grande altitude e em regiões extremamente áridas são pobres em plantas e animais; a [[biodiversidade]] é maior nas [[Floresta tropical|terras baixas e úmidas da região equatorial]].<ref name=amnat163_2_192>{{citar periódico|último =Hillebrand|primeiro =Helmut|título=On the Generality of the Latitudinal Gradient|periódico=American Naturalist|ano=2004|volume=163|número=2|páginas=192–211|doi=10.1086/381004|pmid=14970922}}</ref>
 
=== Recursos naturais e uso da terra ===
{{artigo principal|Recurso natural}}
[[Imagem:Clouds over the Atlantic Ocean.jpg|thumb|esquerda|Componente vital da [[biosfera]], o [[mar]] contém 97,2% de toda a [[água]] presente na Terra.]]
 
A Terra fornece recursos que são exploráveis pela espécie humana para fins úteis. Alguns destes recursos são não-renováveis, como os [[combustíveis fósseis]], recursos difíceis de serem repostos em um período curto de tempo.
Linha 679 ⟶ 667:
}}</ref>
 
O uso das áreas terrestres pela humanidade, em [[1993]], era:
 
{| class="wikitable"
Linha 709 ⟶ 697:
 
=== Perigos naturais e ambientais ===
[[Imagem:MtCleveland ISS013-E-24184.jpg|thumb|Erupção do [[vulcão]] do [[Monte Cleveland]], nas [[Ilhas Aleutas]], [[Alasca]], [[Estados Unidos]].]]
 
Vastas áreas do planeta estão sujeitas a condições climáticas extremas, tais como [[ciclone]]s, [[furacão|furacões]] ou [[tufão|tufões]], que dominam a vida nestas áreas. Muitos locais estão sujeitos a [[sismo]]s, [[tsunami]]s, [[erupção vulcânica|erupções vulcânicas]], [[tornado]]s, [[dolina]]s, [[tempestade de neve|tempestades de neve]], [[inundações]], [[seca]]s prolongadas, e outras calamidades e desastres naturais.<ref name=cia/>
Linha 725 ⟶ 713:
=== Geografia humana ===
{{artigos principais|[[Geografia humana]], [[Mundo]]}}
[[Imagem:Continents vide couleurs.png|thumb|esquerda|300px|Os sete [[continente]]s da Terra:<ref name="NatlGeo">[http://www.nationalgeographic.com/xpeditions/atlas/index.html?Parent=world&Mode=d&SubMode=w World] at the [http://www.nationalgeographic.com/xpeditions/ Xpeditions Atlas]'', [[National Geographic Society]], Washington D.C., 2006.</ref>
{{col-begin}}
{{col-break}}
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Estima-se que apenas um oitavo da superfície da Terra seja adequada para os humanos habitarem - três quartos estão cobertos por oceanos, e metade da área de terra ou é deserto (14%),<ref name=hessd4_439>{{citar periódico|autor =Peel, M. C.; Finlayson, B. L.; McMahon, T. A.|título=Updated world map of the Köppen-Geiger climate classification|periódico=Hydrology and Earth System Sciences Discussions|ano=2007|volume=4|número=2|páginas=439–473|url=http://www.hydrol-earth-syst-sci-discuss.net/4/439/2007/hessd-4-439-2007.html|acessodata=2007-03-31|doi=10.5194/hessd-4-439-2007}}</ref> alta montanha (27%),<ref name=biodiv>{{citar web|autor =Staff|url=http://www.biodiv.org/programmes/default.shtml|título=Themes & Issues|publicadopor=Secretariat of the Convention on Biological Diversity|acessodata=2007-03-29}}</ref> ou outro terreno menos adequado. O assentamento humano situado mais a norte é [[Alert]], na [[ilha de Ellesmere]] em [[Nunavut]], Canadá.<ref name=cfsa2006>{{citar web|autor =Staff|data=2006-08-15|url=http://www.tscm.com/alert.html|título=Canadian Forces Station (CFS) Alert|publicadopor=Information Management Group|acessodata=2007-03-31}}</ref> (82°28′N) O assentamento humano situado mais a sul é a [[Estação Polo Sul Amundsen-Scott]], na Antártica, no Polo Sul geográfico.<ref>{{citar web|url=http://www.nsf.gov/od/opp/support/southp.jsp|título=Amundsen-Scott South Pole Station|publicado= Office of Polar Programs (OPP) - The National Science Foundation|acessodata= 3 de julho de 2011|lingua=inglês}}</ref>
[[Imagem:67º Período de Sesiones de la Asamblea General de Naciones Unidas (8020913157).jpg|thumb|Sede da [[Organização das Nações Unidas]] (ONU).]]
 
[[Nação|Nações]] soberanas independentes reclamam para si a totalidade da superfície terrestre, excetuando-se algumas partes da Antártica<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ay.html|título=Antarctica|obra=The World Factbook|publicado=Central Intelligence Agency|acessodata=3 de julho de 2011|lingua=inglês}}</ref> e a ímpar [[Terra nullius|área não-reclamada]] de [[Bir Tawil]] entre o [[Egito]] e o [[Sudão]]. Em 2011 existem [[Lista de países|203 estados soberanos]], incluindo os 192 [[estados-membros das Nações Unidas]]. Além destes, existem 59 [[Lista de territórios dependentes|territórios dependentes]], e várias [[Lista de áreas autônomas por país|áreas autônomas]] ou [[Lista de conflitos territoriais|disputadas]] e outras entidades.<ref name=cia /> Historicamente, a Terra nunca teve um governo soberano com autoridade sobre a totalidade do mundo, embora vários estados-nação tenham, sem sucesso, aspirado à [[Hiperpotência|dominação mundial]].<ref name=kennedy1989>{{citar livro|primeiro =Paul|último =Kennedy|autorlink =Paul Kennedy|ano=1989|título=The Rise and Fall of the Great Powers|edição=1st|publicadopor=Vintage|isbn=0-679-72019-7}}</ref>
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== A Terra na cultura ==
[[Imagem:NASA-Apollo8-Dec24-Earthrise.jpg|thumb|esquerda|A primeira foto de um [[nascer da Terra]] feita manualmente durante a [[Apollo 8]] a partir da [[Lua]].]]
 
O nome Terra não tem origem no nome de um Deus grego ou romano, como é o caso dos restantes planetas. A palavra deriva do latim ''terra'',<ref>[https://dicionario.priberam.org/terra - Dicionário Priberam]</ref><ref>[https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/terra - Dicionário Infopédia]</ref> que significa solo, região, país.<ref>[http://www.archives.nd.edu/cgi-bin/lookup.pl?stem=terra Latin Word Lookup - University of Notre-Dame]</ref> O símbolo astronômico da Terra é uma cruz envolvida por um círculo.<ref>{{citar livro
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|título=Symbols -- Encyclopedia of Western Signs and Ideograms
|páginas=281–282 |publicadopor=Ionfox AB
|local=NewNova YorkIorque | isbn=91-972705-0-4 }}</ref>
 
Ao contrário dos restantes planetas do [[Sistema Solar]], a humanidade começou a ver a Terra como um objeto móvel em órbita à volta do Sol apenas no século {{séc|XVI}}.<ref name=arnett20060716>{{citar web|primeiro =Bill|último =Arnett|data=16 de julho de 2006|título=Earth|obra=The Nine Planets, A Multimedia Tour of the Solar System: one star, eight planets, and more|url=http://nineplanets.org/earth.html|acessodata=2010-03-09}}</ref> A Terra foi personificada em várias culturas como uma [[deidade]], em particular, como uma [[deusa]]. Em várias culturas, a [[deusa-mãe]], também chamada de Terra Mãe, é uma deidade da [[fertilidade]]. Mitos de criação de várias religiões incluem histórias envolvendo a criação da Terra por uma ou mais deidades sobrenaturais. Uma variedade de grupos religiosos, muitas vezes associados com ramos [[Fundamentalismo|fundamentalistas]] do [[protestantismo]]<ref name=Dutch2002>{{citar periódico
|autor = Dutch, S.I. |ano= 2002
|título= Religion as belief versus religion as fact
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|periódico=Annu Rev Genomics Hum Genet | volume=4
|páginas=143–63 |ano=2003 | pmid=14527300
| doi=10.1146/annurev.genom.4.070802.110400}}</ref><ref>[http://books.nap.edu/openbook.php?record_id=11876&page=R1 Science, Evolution, and Creationism] National Academy Press, Washington, DC 2005</ref><ref name=Colburn2006>{{citar periódico
|autor = Colburn, A.
|ano= 2006 |título= Clergy views on evolution, creationism, science, and religion
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|último = Russell |primeiro = Jeffrey B. | url = http://www.asa3.org/ASA/topics/history/1997Russell.html |título= The Myth of the Flat Earth
|publicadopor= American Scientific Affiliation
|acessodata= 2007-03-14 }}; mas ver também [[CosmasCosme Indicopleustes]]</ref> mas tal ideia foi substituída pelo conceito da [[Terra esférica]] devido à observação e [[circum-navegação]] da Terra.<ref>{{citar web
|último = Jacobs |primeiro = James Q. |data=1998-02-01
| url =http://www.jqjacobs.net/astro/aegeo.html
Linha 811 ⟶ 799:
|título=Operating Manual for Spaceship Earth
|edição=First |publicadopor=E.P. Dutton & Co.
|local=NewNova YorkIorque | isbn=0-525-47433-1
| url=http://www.futurehi.net/docs/OperatingManual.html
|acessodata=2007-04-21 }}</ref><ref>{{citar livro