História pré-cabralina do Brasil: diferenças entre revisões

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erior à [[descobrimento{{História do Brasil|chegada d]]}}
 
A '''história pré-cabralina do Brasil''' é a etapa da [[história do Brasil]] anterior à [[descobrimento do Brasil|chegada dos portugueses]] em 1500 protagonizada pelo navegador [[Pedro Álvares Cabral]],<ref name= <ref name="books.google.com.br">{{Citar web |url=http://books.google.com.br/books?id=3cOI6I_9YHoC&printsec=frontcover&dq=hist%C3%B3ria+dos+%C3%ADndios+no+brasil&hl=pt-BR&sa=X&ei=l_sMT6PCDI-FtgeOh_ngBQ&redir_esc=y#v=onepage&q=hist%C3%B3ria%20dos%20%C3%ADndios%20no%20brasil&f=false |título= História dos Índios no Brasil |língua= português |autor= Manuela Carneiro da Cunha|data= 2008 }}</ref> à época em que a região que hoje é o território brasileiro era ocupada por milhares dos chamados [[povos indígenas do Brasil|povos indígenas brasileiros]].
 
A expressão '''pré-história do Brasil''' também era usada para se referir este período, mas foi abolida por vários motivos. Principalmente, devido ao fato de o termo "[[pré-história]]", modernamente, ser combatido por alguns [[academia|acadêmicos]], pois partiria de uma visão [[eurocentrismo|eurocêntrica]] de mundo, na qual os povos sem [[escrita]] seriam povos sem história (o [[Prefixo gramatical|prefixo]] "pré" indica "anterioridade", ou seja, período "anterior à [[história]]"). No contexto da história do Brasil, essa nomenclatura não aceitaria que os [[povos indígenas do Brasil|indígenas]] tivessem uma história própria.<ref name="books.google.com.br"/> Por essa razão, costuma-se, hoje, denominar esse período histórico como pré-cabralino.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[[descobrimento do Brasil|os portugueses]] em 15
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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tio zéà época em que a região que hoje é o território brasileiro era ocupada por milhares dos chamados [[povos indígenas do Brasil|povos indígenas brasileiros]].
 
A expressão '''pré-história do Brasil''' também era usada para se referir este período, mas foi abolida por vários motivos. Principalmente, devido ao fato de o termo "[[pré-história]]", modernamente, ser combatido por alguns [[academia|acadêmicos]], pois partiria de uma visão [[eurocentrismo|eurocêntrica]] de mundo, na qual os povos sem [[escrita]] seriam povos sem história (o [[Prefixo gramatical|prefixo]] "pré" indica "anterioridade", ou seja, período "anterior à [[história]]"). No contexto da história do Brasil, essa nomenclatura não aceitaria que os [[povos indígenas do Brasil|indígenas]] tivessem uma história própria.<ref name="books.google.com.br">{{Citar web|url=http://books.google.com.br/books?id=3cOI6I_9YHoC&printsec=frontcover&dq=hist%C3%B3ria+dos+%C3%ADndios+no+brasil&hl=pt-BR&sa=X&ei=l_sMT6PCDI-FtgeOh_ngBQ&redir_esc=y#v=onepage&q=hist%C3%B3ria%20dos%20%C3%ADndios%20no%20brasil&f=false|título=História dos Índios no Brasil|língua=português|autor=Manuela Carneiro da Cunha|data=2008}}</ref> Por essa razão, costuma-se, hoje, denominar esse período histórico como pré-cabralino.
 
A pré-história tradicional geralmente se divide nos períodos [[paleolítico]], [[mesolítico]] e [[neolítico]]. Porém, atualmente, essa periodização tem sido revista no mundo todo. No Brasil, alguns autores preferem trabalhar com as [[época geológica|épocas geológicas]] do atual [[quaternário|período quaternário]]: o [[pleistoceno]] e o [[holoceno]].<ref name= <ref name="google.com.br">{{Citar web |url=http://books.google.com.br/books?id=yhAsAAAAYAAJ&q=arqueologia+brasileira&dq=arqueologia+brasileira&hl=pt-BR&sa=X&ei=o_wMT4OuJdHAtgfkmbjiBQ&redir_esc=y |título=Arqueologia brasileira |língua= português |autor= André Prous}}</ref> Neste sentido, a periodização mais aceita se divide em: pleistoceno (caçadores e coletores com pelo menos {{fmtn|12000}} anos atrás) e holoceno, sendo que este último pode ser subdividido arcaico antigo ({{fmtn|12000}} a {{fmtn|9000}} anos atrás), arcaico médio ({{fmtn|9000}} a {{fmtn|4500}} anos atrás) e arcaico recente (de {{fmtn|4000}} anos atrás até a chegada dos europeus). Acredita-se que os primeiros povos começaram a habitar a região onde hoje se situa o território brasileiro há {{fmtn|60000}} anos. Recomenda-se o uso da abreviação [[antes do presente|a.p. (antes do presente)]] para referir-se aos anos de acontecimento de cada período.
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=== Tupis ===
[[Imagem:Idolo antropomorfo de Iguape (cropped).jpg|thumb|[[Ídolo de Iguape]], encontrado pelo pesquisador Ricardo Krone em 1906. A descoberta ocorreu durante uma de suas pesquisas no [[sambaqui]] do Morro Grande, na Estação Ecológica da Juréia-Itatins. Sua idade, calculada pelo [[carbono 14]], revelou que possuía mais de 2 500 anos|ligação=Special:FilePath/Idolo_antropomorfo_de_Iguape_(cropped).jpg]]
Um dos grandes grupos linguísticos do [[Brasil]], e que parece ter se expandido imensamente sobre o território brasileiro antes de 1500, é o grupo [[Tupis|tupi]]. A principal família linguística dentro desse grupo maior é a [[Tupi-Guarani|tupi-guarani]]. Esses povos devem ter primeiramente habitado a região das cabeceiras dos rios [[rio Madeira|Madeira]],[[rio Tapajós|Tapajós]] e [[rio Xingu|Xingu]]. A expansão tupi-guarani aconteceu há 3 mil e 2 mil anos, pouco depois de esse grupo ter se diferenciado de outros na região entre o Xingu e o Madeira, formando novos subgrupos linguísticos, como os [[Kokama|cocamas]], [[omáguas]], [[guaiaquis]] e [[xirinós]]. Os povos de línguas [[Língua cocama|cocama]] e omágua dirigiram-se ao [[Amazonas|rio amazonas]], enquanto os guaiaquis chegaram ao [[Paraguai]] e os xirinós à [[Bolívia]]. [[Tapirapés]] e [[tenetearas]] deslocaram-se em direção ao nordeste. Os povos de línguas [[Língua pauserna|pauserna]], [[Língua cajabi|cajabi]] e [[Língua camaiurá|camaiurá]] deslocaram-se até a região extremo sul do Brasil.