Política do café com leite: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Desfeita(s) uma ou mais edições de 168.194.13.195, com Reversão e avisos |
mudei aLO |
||
Linha 2:
{{Reciclagem|data=março de 2015}}
{{História do Brasil}}
Tornavam-se predominantes no poder representantes do [[Partido Republicano Paulista]] (PRP), e do [[Partido Republicano Mineiro]] (PRM), que controlavam as eleições e gozavam do apoio da elite agrária de outros estados do Brasil.
Linha 23:
O poder financeiro das aristocracias rurais de Minas Gerais e São Paulo, crescente durante o século anterior, havia permitido que seus políticos adquirissem projeção nacional. Desta forma, a política do café com leite consolidou o poder das famílias mais abastadas, formando as oligarquias. Os paulistas e os mineiros ocupavam os cargos de presidente da República, [[vice-presidente]] e os [[Ministério]]s da Justiça, das Finanças e da Agricultura, entre outros. Nos Estados, poucas famílias ocupavam os cargos de Governador do Estado; as secretarias das Finanças, Educação e Saúde; a [[prefeitura (Brasil)|prefeitura]] da capital; a chefia de Polícia Estadual; a diretoria da Imprensa Oficial; a presidência dos Bancos Estaduais; e a presidência da Assembléia Legislativa.
Em Minas Gerais, por exemplo, as principais famílias a controlar o poder durante a política do café com leite eram representadas por: [[Cesário Alvim]]; [[Crispim Jacques Bias Fortes]]; [[Júlio Bueno Brandão]]; [[Afonso Pena]], que se tornou presidente; [[Francisco Sales]], que chegou a fundar um Banco; [[Artur Bernardes]], que também se tornou Presidente; entre outros. Para integrar a oligarquia mineira, contavam os "laços de família", educação e poder financeiro. Tal oligarquia estava também aberta aos indivíduos talentosos que formavam-se principalmente em [[Direito]] nas Universidades do [[Universidade Federal do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]] e [[Universidade de São Paulo|São Paulo]]. De volta ao estado, tornavam-se promotores públicos, juízes, casavam-se com moças da elite, e podiam tornar-se políticos elegendo-se vereadores, prefeitos e deputados. Ainda, a oligarquia mineira controlava o poder através do [[Partido Republicano Mineiro]] (PRM). A lista dos candidatos era organizada pela Comissão Executiva do PRM, que mandava os nomes para serem homologados pelo governador do estado. Para integrar essa lista, o candidato tinha de ser da confiança dos chefes políticos da região, os coronéis, ou indicados pelo governo devido ao talento e cultura. Não havia lugar no Partido Republicano Mineiro para os dissidentes, que eram expulsos.
São Paulo (produtor de café) e Minas Gerais (produtor de leite) eram os estados mais ricos e populosos no Brasil da República Velha. A oligarquia paulista estava reunida no [[Partido Republicano Paulista]] (PRP), e a mineira, no Partido Republicano Mineiro (PRM). Ciente disso, esses dois partidos se aliavam para fazer prevalecer seus interesses. Por diversas vezes o PRP e o PRM escolheram um único candidato à eleição para presidente: ora o candidato era indicado por [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e apoiado por [[Minas Gerais]], ora se dava o contrário. Por isso, a maioria dos presidentes da [[República Velha]] representou os interesses das oligarquias paulista e mineira. Essa alternância entre São Paulo e Minas na presidência da República é chamada de política do café com leite.<ref name="InfoEscola"/>
|