Cristianismo primitivo: diferenças entre revisões

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== Debates e noções teológicas ==
{{AP|prefixo=Mais informações|Controvérsia da circuncisão}}
As primeiras discordâncias entre os cristãos diziam respeito à questão dos cristãos [[hebreus]] e os cristãos [[helenismo|helenistas]]. Com efeito, uma questão que se coloca após a morte de Cristo é se o gentio poderia ser diretamente convertido ao cristianismo ou se deveria antes se tornar [[judeu]]. Como sabemos pelos livros de Atos e pelas [[Epístolas paulinas|cartas de Paulo]], além das fontes romanas, o cristianismo estava se difundindo rapidamente pelo território do [[Império Romano]], o que significava que grandes somas de não- cristãos estavam sendo convertidos nessa época. Por essa razão, o tema era de extrema importância para o [[proselitismo]] cristão. Ora, [[São Pedro|Pedro]] diz em Atos que Deus lhe havia demonstrado que o profano poderia se tornar sagrado e afirmou que a verdade poderia ser revelada aos [[Império Romano|romanos]] não- judeus. Esse debate culminou com o [[Concílio de Jerusalém]] ({{ca.}} 40), do qual participaram [[Paulo de Tarso|Paulo]], [[Tiago, o Justo]] e Pedro, no qual se decidiu que os gentios não deveriam ser convertidos ao judaísmo antes de se tornarem cristãos. No entanto, nos escapa a verdadeira dimensão desse debate: a posição de Tiago, que parecia ser pró-judaísmo, ia radicalmente contra a de Paulo, que defendia a conversão direta do gentio. Paulo reserva grande parte de sua [[Epístola aos Gálatas|carta aos gálatas]] para discutir essa questão. Relatos parecem demonstrar que Pedro sofreu influência de Tiago, adotando mais tarde uma posição pró-judaísmo (vide [[Incidente em Antioquia]])<ref>Peter and Paul, apostles: an account of the early years of the Church. Isidore O'Brien, 1950.</ref>.
 
[[Imagem:El Greco - St. Paul.jpg|thumb|imagem de São Paulo por El Greco]]
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{{artigo principal|Édito de Milão}}
 
O Édito de Milão foi uma lei promulgada pelo imperador [[Constantino]], em fevereiro de 313, que garantia a liberdade de crença. Esse [[Édito]] garantia que todos os súditos do império teriam o direito de professar suas fés livremente mas, na prática, o imperador perseguiu muitas práticas religiosas não- cristãs e não- ortodoxas, como o judaísmo, o arianismo e até mesmo práticas pagãs. A sua promulgação está, indubitavelmente, associada à vitória do imperador sobre [[Magêncio]] no ano anterior.
 
=== Concílio de Niceia ===