Ciclone Catarina: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Tropical Storm Map fr.png|thumb|esquerda|Trajetória e intensidade de ciclones tropicais ao redor do mundo entre 1985 e 2005 {{fr}}. O Catarina é o único registrado no Atlântico Sul nesse período.]]
 
Normalmente, os ciclones tropicais não se formam no sul do [[Oceano Atlântico]], devido ao forte [[cisalhamento]] de nível superior, águas de temperaturas frias e pela falta de uma [[Zona de convergência (meteorologia)|zona de convergência]] de [[convecção]]. Ocasionalmente, porém, como visto [[Ciclone tropical do Atlântico Sul#Ciclone tropical de Angola em 1991|em 1991]] e [[Ciclone tropical do Atlântico Sul#Depressão tropical de Janeiro de 2004|no início de 2004]], as condições podem tornar-se ligeiramente mais favoráveis para a formação deste tipo de fenômeno. Para o Catarina, houve uma combinação de anomalias climáticas e atmosféricas. A temperatura da água no trajeto de Catarina era de 24 a {{fmtn|25|°C}}, um pouco menos do que a temperatura de {{fmtn|26.5|°C}} de um ciclone tropical normal, mas suficiente para uma tempestade de origem [[baroclinia]].<ref name="WWCBH"/>
 
Até aquele momento, nenhum ciclone tropical observado via [[Imagem de satélite|imagens de satélite]] havia alcançado a força de um furacão no sul do Atlântico, imagens que começaram a ser registradas em meados dos anos 1970.<ref>{{citar web|url= https://courseware.e-education.psu.edu/public/meteo/upperlevel_lows.html|autor= Department of Meteorology, e-Education Institute|publicado= [[Universidade da Pensilvânia]]|título= Upper-Level Lows|obra= Meteorology 241: Fundamentals of Tropical Forecasting|acessodata= 24 de outubro de 2006|arquivourl= https://web.archive.org/web/20160303214919/https://courseware.e-education.psu.edu/public/meteo/upperlevel_lows.html|arquivodata= 3 de Março de 2016|urlmorta= yes}}</ref> Embora o Catarina tenha se formado em uma área incomum, sua relação com o [[aquecimento global]] ou qualquer outro tipo de [[mudança climática]] global ainda está em debate. A [[Sociedade Brasileira de Meteorologia]] atribuiu a formação da tempestade a "mudanças climáticas e anomalias atmosféricas",<ref name="Informativo SBMET"/> enquanto outros pesquisadores têm indicado que ela poderia ser o resultado do [[Oscilação antártica|Modo Anular do Hemisfério Sul]] ou de outras variações sazonais no tempo dentro do [[Hemisfério Sul]], também ligadas às mudanças no clima mundial.<ref name="Pezza and Simmons">{{citar web|autor= Pessa, Alexandre B. and Ian Simmonds|título= Catarina: The First South Atlantic Hurricane and its Association with Vertical Wind Shear and High Latitude Blocking|url= http://gemini.dpi.inpe.br/col/cptec.inpe.br/adm_conf/2005/09.29.06.38/doc/353-364.pdf|formato= PDF|publicado= [[Universidade de Melbourne]]|obra= 8th International Conference on Southern Hemisphere Meteorology and Oceanography|data= Abril de 2006|acessodata= 24 de dezembro de 2006|arquivourl= https://web.archive.org/web/20070616130344/http://gemini.dpi.inpe.br/col/cptec.inpe.br/adm_conf/2005/09.29.06.38/doc/353-364.pdf|arquivodata= 16 de Junho de 2007|urlmorta= yes}}</ref> No entanto, mais pesquisas na área ainda são necessárias para que se chegue a uma conclusão.<ref name = "Pezza and Simmons"/>