Maria Lalande: diferenças entre revisões

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==Biografia==
[[Ficheiro:Maria Lalande - Não Há Rapazes Maus.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|300x300px|Maria Lalande em ''Não Há Rapazes Maus'' (1948).]]
Aluna distinta do [[Escola Superior de Teatro e Cinema|Conservatório Nacional]], onde frequentou os cursos de Arte de Representar e Dança. Concluído o Conservatório em Teatro e Dança logo se estreou no [[Teatro da Trindade]], em ''A Cova da Piedade'', ao lado de [[Adelina Abranches]], no ano de [[1928]], e de seguida na peça dramática de [[Gerhart Hauptmann]], ''Ascensão de Joaninha''. TeveMaria assinalávelLalande desempenhointegra nasa peçascompanhia ''CasaAmélia dasRey-Colaço-Robles Bonecas''Monteiro deonde [[Henrik Ibsen]], ''A Dama das Camélias'' de [[Alexandre Dumas]], ''Pigmalião'' de [[Bernard Shaw]], ''Electra e os Fantasmas'' de [[Eugene O'Neill]], ''O Caso do Dia'' de [[Tennessee Williams]], ''Jangada'' de [[Bernardo Santareno]], entre outras. Em ''Pigmaleão'', contracenou com o actor [[Ribeirinho]], de quem teve uma filha, Maria Manuela Lalandepermanecerá Lopeslongos Ribeiroanos.
 
Devido à sua aparência, encarna a figura da ingénua dramática desta companhia. Participa em ''Romance'' de [[Sheldon]], ''Carochinha'' de Schwalbach, ''Frei Luís de Sousa'' entre outros, revelando grande talento para esta área artística, sendo ''A Ascensão de Joaninha'' ([[1944]]) de [[Gerhart Hauptmann]] o seu maior êxito. Após esta peça, Maria Lalande recusa um convite de Hauptmann para ir para a [[Alemanha]]. Nesse mesmo ano [[António Lopes Ribeiro]] e o seu irmão [[Ribeirinho]] (de quem teria uma filha, Maria Manuela Lalande Lopes Ribeiro), tomam o [[Teatro da Trindade]] e fundam "Os Comediantes de Lisboa" levando a cena um reportório cheio de novidades e de grande qualidade. Maria Lalande, tal como muitos outros grandes actores, junta-se a esta nova companhia. Aí representa ''Pigmaleão'', ''Miss Bá'' e ''Bâton'', entre outros.
 
A companhia finda e Lalande não volta ao [[Teatro Nacional D. Maria II|D. Maria]], optando por percorrer outros teatros ([[Teatro Variedades|Variedades]] e o [[Teatro Maria Vitória|Maria Vitória]], por exemplo). É aí que, entre 1952 e 1953 representa ''A Hipócrita'', de Emlyn Williams e ''O milagre da rua'', de [[Costa Ferreira (ator)|Costa Ferreira]].
 
O ano de [[1955]] '''é''' marcado pela sua presença no Teatro d’Arte de Lisboa, destacando-se em ''A casa dos vivos'' e ''Yerma'', após o que fica sem trabalhar durante uns anos. Em 1965, a propósito das comemorações do centenário de [[Gil Vicente]], é convidada para fazer o ''Auto da Alma'' no [[Teatro Nacional de São Carlos|Teatro de S. Carlos]] e com encenação de [[Almada Negreiros]].
 
No ano seguinte integra com outros actores a Companhia Portuguesa de Actores, no [[teatro Villaret]], fazendo-se notar em ''As rapozas'' e ''Fumo de Verão''. Por fim, no [[Teatro São Luiz|Teatro S. Luiz]], representa, apesar de já estar doente, a Bernarda de ''António Marinheiro'' – peça de [[Bernardo Santareno]] e com a qual se despede dos palcos.
 
Teve assinalável desempenho nas peças ''Casa das Bonecas'' de [[Henrik Ibsen]], ''A Dama das Camélias'' de [[Alexandre Dumas]], ''Pigmalião'' de [[Bernard Shaw]], ''Electra e os Fantasmas'' de [[Eugene O'Neill]], ''O Caso do Dia'' de [[Tennessee Williams]], ''Jangada'' de [[Bernardo Santareno]], entre outras.
 
Foi-lhe atribuído o Prémio Lucília Simões, pelo seu desempenho em ''As Raposas'' de Lilian Helmet. No cinema participou em ''Lisboa'' ([[1930]], de [[José Leitão de Barros]], Documentário), ''Campinos do Ribatejo'' ([[1932]], de [[António Lopes Ribeiro]]), ''A Rosa do Adro'' ([[1938]], de [[Chianca de Garcia]]), ''Fátima Terra de Fé'' ([[1943]], de [[Jorge Brum do Canto]]) e ''Não há rapazes maus'' ([[1948]], de Jorge García Maroto e João Mendes).