Irineu Bornhausen: diferenças entre revisões

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Filho de João Bornhausen e de Guilhermina Bornhausen, colonos descendentes de suíço-alemães chegados ao Brasil na primeira leva de imigração germânica. Viveu uma infância pobre, ajudando os pais na agricultura. Mais tarde, trabalhou no comércio em estabelecimento da família, foi varredor de loja e garçom.
 
Vinculou-se a uma das mais importantes oligarquias políticas catarinenses a partir do casamento com Marieta Konder, filha mais nova do mestre-escola Markus Konder, imigrante alemão e patriarca da família. Entre os irmãos de Marieta, seus cunhados, destacaram-se especialmente [[Adolfo Konder]], deputado federal (1921-1926), governador de Santa Catarina (1926-1930) e constituinte de 1934; [[Vítor Konder]], ministro da Viação (1926-1930), e Arno Konder, diplomata.
 
Iniciou sua vida política, em 1923, ao eleger-se vereador em Itajaí pelo [[Partido Republicano Catarinense]]. Reeleito em 1927, presidiu a Câmara Municipal da cidade até 1930. Neste último ano, elegeu-se prefeito, mas, em decorrência da eclosão da Revolução de 1930, não chegou a tomar posse no cargo.
 
Afastados do poder pela Revolução de 1930, os Konder mantiveram-se em oposição ao governo de Getúlio Vargas, cultivando uma duradoura rivalidade com os Ramos, a outra oligarquia estadual, então ascendente, encabeçada por Nereu Ramos, governador e interventor em Santa Catarina de 1935 a 1945.
 
Eleito prefeito de Itajaí em 1936, tomou posse em abril desse ano e, a despeito da decretação do Estado Novo em novembro de 1937, permaneceu no cargo até janeiro de 1939, quando então apresentou sua renúncia. Em 1945, com a desagregação do [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]], enquanto os Ramos iam participar da formação do [[Partido Social Democrático (1945)|Partido Social Democrático (PSD)]], Irineu Bornhausen e os Konder estavam presentes na criação da [[União Democrática Nacional|União Democrática Nacional (UDN)]], cuja seção estadual Bornhausen viria a presidir várias vezes.
 
Em 1947, nas primeiras eleições estaduais depois da queda do Estado Novo, candidatou-se ao governo de Santa Catarina pela coligação da UDN com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), obtendo no pleito de 19 de janeiro 81 mil votos, 14 mil a menos que o vitorioso Aderbal Ramos da Silva, do PSD.