Dia Internacional das Mulheres: diferenças entre revisões

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Na mesma linha, a historiadora espanhola [[Ana Isabel Álvarez González]] explica, no livro ''As origens e a comemoração do Dia Internacional das Mulheres'' (publicado em 2010 no Brasil pela editora Expressão Popular), que a origem da data passa ao mesmo tempo pelos [[Estados Unidos]] e pela [[Rússia soviética]]. A autora, que buscou [[Fonte primária|fontes primárias]] tanto na [[historiografia]] americana quanto na espanhola, confirma que o incêndio da Triangle realmente ocorreu em 1911, no dia 25 de março - e não no dia 8, lembrando que 8 de março de 1911 foi um domingo, data improvável para a deflagração de uma greve. Embora incêndios desse tipo não fossem incomuns à época, González ressalta que o incêndio foi muito significativo para o [[movimento operário]] norte-americano e para o [[movimento feminista]]. Mas, sozinho, o incidente não explica a origem do Dia Internacional da Mulher.<ref>OLIVEIRA, Tory. "As histórias (e os mitos) sobre o Dia Internacional da Mulher". 8 de Março de 2018.</ref>
 
Além do incêndio da fábrica Triangle, que efetivamente aconteceu, há uma outra história bem parecida, que parece ter sido uma simples invenção. Em 1955, Liliane Kandel e Françoise Picq escreveram, num artigo do jornal ''[[L'Humanité]]'', sobre o mito de que a data teria como origem a celebração da luta e da greve de trabalhadoras no setor têxtil de Nova York, em 1857 — as quais teriam sido duramente reprimidas pela polícia ou mortas em um incêndio criminoso na fábrica, conforme as diferentes versões do mito. Não há indícios de que isso tenha ocorrido e, segundo as autoras, tais versões parecem ter sido criadas pela ''Union des Femmes Françaises'', que pretendia converter a comemoração do Dia da Mulher em uma espécie de [[Dia das Mães]], totalmente desprovida de qualquer sentido de luta feminina, tal qual se tornara na [[URSS]] e nos países do [[bloco soviético]].<ref>{{citar periódico |ultimo=Ferrarini |primeiro=Hélène |data=6 de março de 2014 |título=8 mars: Quand la journée des femmes était une fête des mères communiste et antiféministe |títulotrad=8 de março: Quando o dia das mulheres se tornou um dia das mães comunista e anti-feminista |url=http://www.slate.fr/monde/83839/journee-des-femmes-origine-fete-des-meres-communistes |língua=Francês |periódico=[[Slate]] |acessodata=11 de março de 2017 |citacao=Françoise Picq conclut finalement à une tension interne au mouvement communiste, entre la CGT et l'UFF, l'Union des Femmes Françaises. Il semblerait que «Madeleine Colin voulait réancrer le 8 mars dans l'histoire des luttes ouvrières. Alors que l'UFF en avait fait une espèce de fête des mères, comme en URSS». A l'Est, la journée n'est plus vraiment ce que l'on pourrait appeler une journée de lutte.}}</ref><ref name="Emancipatie"/><ref name="Mano">{{citar periódico |ultimo=Kubík Mano |primeiro=Maria |título=Conquistas na luta e no luto |url=http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/conquistas_na_luta_e_no_luto_imprimir.html |periódico=História Viva |acessodata=9 de março de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160304040159/http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/conquistas_na_luta_e_no_luto_imprimir.html |arquivodata=2016-03-04 |urlmorta=yes }}</ref>
 
=== Relação com a Revolução Russa ===