Economia internacional: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Resgatando 10 fontes e marcando 1 como inativas. #IABot (v2.0beta14) |
|||
Linha 40:
Também existe a preocupação de que o comércio internacional poderia operar contra os interesses dos países em desenvolvimento. Estudos influentes publicados em 1950 pelo economista argentino [[Raul Prebisch]]<ref>Raul Prebisch ''The Economic Development of Latin America and its Principle Problem'' UNECLA, Santiago, 1950 {{en}}.</ref> e pelo economista britânico [[Hans Singer]]<ref>Hans Singer: "The Distribution of Gains between Investing and Borrowing Countries", '' American Economic Review'', vol. XL 1950</ref> sugeriram que existe uma tendência dos produtos agrícolas caírem em relação aos preços dos bens manufaturados, colocando os ''[[termos de troca]]'' contra os países em desenvolvimento e produzindo uma transferência não intencional de riqueza deles para os países desenvolvidos.
Suas descobertas foram confirmadas por um grande números de estudos, embora tenha se sugerido<ref>[http://www.econbus.mines.edu/pdf/Tilton%20updates/TermsOfTrade61005paper.pdf John Tilton ''The Terms of Trade Debate and its Implications for Primary Producers'' California School of Mines Working Paper]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }} {{en}}.</ref> que o efeito deve-se ao ''viés de qualidade'' nos números índice usados ou à utilização do ''poder de mercado'' pelas indústrias. As descobertas de Prebisch/Singer permanecem controversas, mas elas foram usadas na época - em têm sido usadas desde então - para sugerir que os países em desenvolvimento deveriam criar barreiras contra importações de produtos manufaturados a fim de incentivar suas próprias "indústrias nascentes" e assim reduzir sua necessidade de exportar produtos agrícolas. Os argumentos a favor e contra políticas desse tipo são semelhantes a aquelas acerca a ''proteção'' das indústrias nascentes em geral.
====Indústrias nascentes====
O termo "indústria nascente" é usado para denotar uma nova indústria que tem expectativas de se tornar rentável no longo prazo, mas que seria incapaz de sobreviver à competição dos produtos importados. Essa é uma situação que pode ocorrer devido ao tempo necessário para alcançar a ''[[economia de escala]]'' potencial, ou para adquirir potenciais ''[[curva de aprendizado|curvas de aprendizado]]''. A identificação de tal situação seguida por uma imposição temporária de uma barreira contra importações pode, a princípio, produzir benefícios substanciais ao país ao qual se aplica - uma política conhecida como "[[substituição de importações]]". O sucesso de tais políticas depende da habilidade dos governos em escolher os vencedores, sendo razoável esperar que haja tanto sucessos quanto fracassos. Alegou-se que a indústria automobilística sul-coreana deve sua existência à proteção inicial contra importados,<ref>[http://www.paecon.net/PAEtexts/Chang1.htm Ha-Joon Chang ''Kicking Away the Ladder''] {{en}}.</ref> mas um estudo sobre proteção à indústria nascente na [[Turquia]] revelou a ausência de qualquer relação entre ganhos de produtividade e nível de proteção, tal como seria esperado de uma política de substituição de importações de sucesso.<ref>Anne Krueger and Bilge Tuncer ''An Empirical Test of the Infant Industry Argument'', American Economic Review, vol. 72, 1982 {{en}}.</ref>
Outro estudo fornece evidências descritivas sugerindo que tentativas de industrialização através de substituição de importações desde a década de 1970 normalmente falharam,<ref>[http://www.ace.uiuc.edu/classes/ace451/articles/bruton.pdf Henry Bruton ''A Reconsideration of Import Substitution'' Journal of Economic Literature, Vol. 36, No. 2, Jun., 1998] {{Wayback|url=http://www.ace.uiuc.edu/classes/ace451/articles/bruton.pdf |date=20051216131513 }} {{en}}.</ref> mas as evidências empíricas sobre a questão têm sido contraditórias e inconclusivas.<ref>[http://www-personal.umich.edu/~hallak/w10244.pdf Juan Hallak and James Levis '' Fooling Ourselves: The Globalization and Growth Debate'' NBER Working Paper No 10244 2004] {{Wayback|url=http://www-personal.umich.edu/~hallak/w10244.pdf |date=20070711023710 }} {{en}}</ref> Alegou-se que o argumento contra a industrialização através da substituição de importações não é que ela está fadada ao fracasso, mas sim que os [[subsídio]]s e incentivos fiscais funcionam melhor.<ref>Bhagwati and Ramaswami. ''Domestic Distortions, Tariffs and the Theory of Optimum Subsidy - Some Further Results'' Journal of Political Economy, 1969 {{en}}.</ref> Também foi destacado que, em qualquer caso, não é razoável esperar que restrições ao comércio corrijam imperfeições no mercado doméstico que muitas vezes dificultam o desenvolvimento das indústrias nascentes.<ref>Robert Baldwin: "The Case Against Infant Industry Protection", ''Journal of Political Economy'', vol 77 1969 {{en}}.</ref>
===Políticas comerciais===
Linha 52:
As maiores das políticas remanescentes que distorcem o comércio são aquelas referentes à [[agricultura]].Nos países da [[OCDE]], os pagamentos governamentais respondem por 30 por cento das receitas dos agricultores e tarifas de mais de 100 por cento são comuns.<ref>[http://www.oecd.org/dataoecd/53/32/2087741.pdf ''Trends in Market Openness'' OECD Economic Review 1999] {{en}}.</ref> Economistas da OCDE estimam que ao cortar todas as tarifas agrícolas e subsídios por 50%, gerar-se-ia uma reação em cadeia de reajustamentos de padrões de produção e consumo que adicionaria 26 bilhões de dólares à renda mundial anual.<ref>[http://www.oecd.org/doha ''The Doha Development Round'' OECD 2006] {{en}}.</ref>
As cotas fazem os fornecedores estrangeiros aumentarem seus preços ao nível doméstico do país importador. Isto alivia um pouco da pressão competitiva dos fornecedores domésticos, e tanto eles quanto os fornecedores estrangeiros ganham às custas de uma perda para o consumidor e para a economia doméstica, além de um [[peso-morto]] para a economia global. Quando as cotas foram banidas pelas regras do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), os [[Estados Unidos]], a [[Grã-Bretanha]] e a [[União Europeia]] fizeram uso de acordos equivalentes conhecidos como ''acordos de restrição voluntária'' (VRAs) ou restrições voluntárias de exportação (VERs), que eram negociadas com os governos dos países exportadores (principalmente o [[Japão]]) - até que eles também fossem banidos. Tarifas são consideras ser menos prejudiciais que as cotas, embora possa ser mostrado que seus efeitos sobre o bem-estar diferem apenas quando há tendências crescentes ou decrescentes significantes nas importações.<ref>[http://internationalecon.com/Trade/Tch110/T110-4.php Steven Surovic ''International Trade Theory and Policy'' Chap 110-4] {{en}}.</ref> Os governos também impõem uma grande variedade de barreiras não-tarifárias<ref>[http://www.farmfoundation.org/2002_farm_bill/sumner.pdf David Sumner et al ''Tariff and Non-tariff Barriers to Trade'' Farm Foundation 2002] {{Wayback|url=http://www.farmfoundation.org/2002_farm_bill/sumner.pdf |date=20070423020227 }} {{en}}.</ref> que são semelhantes, em efeito, às cotas, algumas das quais estão sujeias aos acordos da OMC.<ref>[http://www.wto.org/english/theWTO_e/whatis_e/tif_e/agrm9_e.htm WTO agreements concerning non-tariff barriers WTO 2007]</ref> Um exemplo recente tem sido a aplicação do ''[[princípio da precaução]]'' para excluir produtos inovadores.<ref>[http://www.ias.unu.edu/binaries2/Precautionary%20Principle%20and%20WTO.pdf Sabrina Shaw and Rita Schwartz ''The Precautionary Principle and the WTO'' United Nations University 2005] {{Wayback|url=http://www.ias.unu.edu/binaries2/Precautionary%20Principle%20and%20WTO.pdf |date=20110928064359 }} {{en}}.</ref>
==Finanças internacionais==
Linha 63:
Uma grande mudança na organização das finanças internacionais ocorreu nos últimos anos do século XX, sendo que os economistas ainda estão debatendo suas implicações. Ao final da Segunda Guerra Mundial, os países que formalizaram o [[Acordos de Bretton Woods|Acordo de Bretton Woods]] concordaram em manter cada uma de suas moedas com taxas de câmbio fixas em relação ao dólar americano, e o governo dos Estados Unidos passou a comprar ouro a uma taxa fixa de $35 por onça. Para manter esses compromissos, a maioria dos países signatários mantiveram um controle estrito sobre suas reservas de moeda estrangeira e sobre suas negociações com ativos financeiros internacionais.
No entanto, em 1971, oo governo dos Estados Unidos anunciou que iria suspender a conversibilidade do dólar, e se seguiu uma progressiva transição para o atual regime de [[câmbio flutuante]], no qual a maioria dos governos não mais tentariam controlar suas taxas de cãmbio ou impor controles sobre o acesso a moedas estrangeiras ou acesso aos mercados financeiros internacionais. O comportamento do sistema financeiro internacional foi transformado. As taxas de câmbio tornaram-se muito voláteis e houve uma extensa série de crises financeiras. Um estudou estimou que no final do século XX houve 122 crises bancárias em 93 países,<ref>[http://econ.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/EXTDEC/EXTRESEARCH/EXTPRRS/EXTFINGRTH/0,,menuPK:477861~pagePK:64168092~piPK:64168088~theSitePK:477849,00.html ''Finance for Growth: Policy Choices in a Volatile World'' World Bank] {{Wayback|url=http://econ.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/EXTDEC/EXTRESEARCH/EXTPRRS/EXTFINGRTH/0,,menuPK:477861~pagePK:64168092~piPK:64168088~theSitePK:477849,00.html |date=20090123080209 }}. Maio de 2001 {{en}}.</ref> e outro que contou 26 crises bancárias, 86 crises monetárias e 27 crises mistas<ref>[http://www.nber.org/papers/w8716 Barry Eichengreen and Michael Bordo ''Crises Now and Then: What Lessons from the Last Era of Financial Globalization'' NBER Working Paper No. 8716 2002] {{en}}.</ref> - muitas vezes mais que no período logo após o pós-guerra.
O resultado não foi o esperado. [[Milton Friedman]] alegou que se houvesse qualquer instabilidade, isto seria consequência principalmente da instabilidade macroeconômica,<ref>Milton Friedman "The Case for Flexible Exchange Rates" in ''Essays in Positive Economics'' p173 Phoenix Books 1966 {{en}}.</ref> mas uma análise empírica feita em 1999 não encontrou nenhuma conexão aparente.<ref>[http://faculty.haas.berkeley.edu/arose/EJ98.pdf Robert Flood and Andrew Rose ''Understanding Exchange Rate Volatility Without the Contrivance of Macroeconomics'' IMF/Haas Business School 1999] {{en}}.</ref> Os economistas começaram a imaginar se as vantagens esperadas dos mercados financeiros livres da intervenção governamental estavam de fato sendo percebidas.<ref>•[http://www.econlib.org/library/Enc/ExchangeRates.html Paul Krugman: ''Exchange Rates'' The Concise Encyclopedia of Economics Library Economics and Liberty]<br/> • [http://www.foreignaffairs.org/19980501FACOMMENT1384-faarticles/jagdish-bhagwati/the-capital-myth-the-difference-between-trade-in-widgets-and-dollars.html Jagdish Bhagwati: ''The Capital Myth: The Difference between Trade in Widgets and Dollars'' Foreign Affairs, May/June 1998]<br/> •[http://www.scientificjournals.org/journals2007/articles/1011.htm Carlos Liard-Muriente "Capital Controls in Theory and Practice" ''Journal of Business Finance'' Vol 1 Issue 1 2007]</ref>
Linha 85:
A partir do período da [[Grande Depressão]], os reguladores e seus conselheiros econômicos estavam cientes que as crises econômicas e financeiras podem se espalhar rapidamente de país para país, e que as crises financeiras podem ter consequências econômicas sérias. Por muitas décadas, essa consciência levou os governos a impor controles rígidos sobre as atividades e conduta dos bancos e outras agências de crédito, mas na década de 1980, muitos governos buscaram uma política de desregulação acreditando que os ganhos de eficiência compensariam qualquer ''risco sistêmico''. As inovações financeiras que se seguiram são descritas no artigo [[economia financeira]].
Um de seus efeitos foi o aumento da interdependência dos mercados financeiros e a criação de um sistema financeiro internacional com características conhecidas na teoria do controle como "complexas-interativas". A estabilidade de tal sistema é difícil de se analisar porque há muitas possibilidades de falha. A crise sistêmica internacional que se seguiu incluía o crash da bolsa de outubro de 1987,<ref>[http://www.lope.ca/markets/1987crash/ ''The 1987 Stock Market Crash'', Lope 2004] {{en}}.</ref> o [[bolha especulativa|colapso dos preços dos ativos]] japoneses da década de 1990,<ref>[http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2000/wp0007.pdf, Akihiro and David Woo ''The Japanese Banking Crisis of the 1990s: Sources and Lessons'', IMF Working Paper WP/00/7 2000] {{en}}.</ref> a [[crise financeira asiática]] de 1997,<ref>[http://www.imf.org/external/pubs/ft/fandd/1999/09/lane.htm, Timothy Lane: "The Asian Financial Crisis; What Have We Learned" ''Finance and development'' Setembro de 1999 FMI] {{en}}.</ref> o calote do governo russo de 1998<ref>• [http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2000/wp00160.pdf Taimur Baig and Ilan Goldfajn: ''The Russian Default and Contagion to Brazil'' IMF Working Paper WP/00/160 200]</ref> (que derrubou os fundos de investimento de capitais de longo prazo) e a crise do ''sub-prime'' nos Estados Unidos.<ref>•[http://www.weforum.org/pdf/globalrisk/report2008.pdf "Global Risks 2008" World Economic Forum January 2008] {{Wayback|url=http://www.weforum.org/pdf/globalrisk/report2008.pdf |date=20091209153025 }}<br/> • [http://www.imf.org/External/Pubs/FT/GFSR/2008/01/index.htm: ''Containing Systemic Risks and Restoring Financial Soundness'' Global Financial Stability Report International Monetary Fund April 2008] {{en}}.</ref> Os sintomas incluíram os colapsos nos preços dos ativos, os aumentos nos prêmios de rsico e reduções na liquidez.
Medidas projetadas para reduzir a vulnerabilidade do sistema financeiro internacional foram colocadas em prática por algumas instituições internacionais. O [[Banco de Compensações Internacionais]] fez duas recomendações sucessivas (Basileia I e Basileia II<ref>[http://www.bis.org/publ/bcbs129.pdf Core Principles of Effective Banking Supervision Basel Committee on Banking Supervision, Bank for International Settlements 2006(Basel 2)] {{en}}.</ref>) sobre a regulação dos bancos, e um grupo de coordenação de autoridades reguladoras e o [[Fórum de Estabilidade Financeira]], que foi fundado em 1999 para identificar e resolver as fraquezas do sistema, apresentaram algumas propostas em um relatório provisório.<ref>[http://www.fsforum.org/publications/publication_24_92.html: ''Interim Report of the Working Group on Market and Institutional Resilience'', Financial Stability Forum, February 2008] {{en}}</ref>
Linha 92:
Considerações elementares levaram a uma presunção de que o [[movimento migratório]] internacional resulta em um ganho líquido de bem-estar econômico. Desobriu-se que as diferenças de salários entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento deviam-se principalmente a diferenças de produtividade<ref name="questia.com"/> que surgiam das diferenças na avaliabilidade de capital físico, social e humano. A teoria econômica indica que o movimento de um trabalhador qualificado de um lugar onde os retornos da qualificação são relativamente baixos para um lugar onde eles são relativamente altos deveria produzir um ganho líquido (mas isso tenderia a diminuir os salários dos trabalhadores qualificados no país receptor).
Houve muitos estudos econométricos que visaram quantificar esses ganhos. Um estodo do Consenso de Copenhagen sugere que se a participação de trabalhadores estrangeiros crecesse para 3% da força de trabalho nos países ricos, haveria benefícios globais de $675 bilhões por ano em 2025.<ref>[http://www.copenhagenconsensus.com/Default.aspx?ID=953 Kym Anderson and Alan Winter: "The Challenge of Reducing International Trade and Migration Barriers", ''Copenhagen Consensus'', 2008] {{en}}</ref> No entanto, uma pesquisa sobre a evidência levou um comitê da Casa dos Lordes a concluir que qualquer benefício da [[imigração]] ao [[Reino Unido]] seria relativamente pequeno.<ref>[http://www.publications.parliament.uk/pa/ld200708/ldselect/ldeconaf/82/82.pdf House of Lords Select Committee on Economic Affairs Session 2007-8 HL paper 82, The Stationery Office, London]</ref> Evidências dos Estados Unidos também sugerem que os benefícios econômicos para o país receptor são relativamente pequenos,<ref>[http://www.nber.org/papers/w4955.pdf George J. Borjas ''The Economic Benefits from Immigration'' NBER Working Paper No. 4955 1994] {{en}}.</ref> e que a presença de imigrantes em seu mercado de trabalho resulta apenas em uma pequena redução nos salários locais.<ref>[http://ksghome.harvard.edu/~GBorjas/Papers/JEL94.pdf George Borjas ''The Economics of Immigration'' Journal of Economic Literature Dec 1994] {{Wayback|url=http://ksghome.harvard.edu/~GBorjas/Papers/JEL94.pdf |date=20060903095008 }} {{en}}.</ref>
Do ponto de vista de um país em desenvolvimento, a emigração de trabalhadores qualificados representa uma perda de [[capital humano]] (conhecida como [[fuga de cérebros]]), deixando o restante da força de trabalho sem os benefícios. Esse efeito sobre o bem-estar do país natal é de certa forma compensado pela remessa que são enviadas para o país originário pelos emigrantes, e com o conhecimento técnico adquirido com o qual alguns deles retornam. Um estudo introduz mais um fator de compensação para sugerir que a oportunidade de migrar promove a matrícula em instituições de ensino, assim promovendo um "ganho de cérebros" que pode se contrapor ao capital humano perdido associado com a emigração.<ref>[http://www.soton.ac.uk/~fxmp/hillel.pdf Frederic Docquier and Hillel Rapoport ''Skilled Migration: the Perspective of the Developing Countries''] {{en}}.</ref>
Enquanto alguns estudos sugerem que o país natal pode se beneficiar da emigração de trabalhadores qualificados,<ref>[http://www.economics.ox.ac.uk/index.php/papers/details/brain_drain_or_brain_gainmicro_evidence_from_an_african_success_story/ Catia Batista, Pedro Vicente and Aitor Lacuesta: "Brain Drain or Brain Gain?Micro: Evidence from an African Success Story", ''Oxford Economics Papers'', agosto de 2007] {{Wayback|url=http://www.economics.ox.ac.uk/index.php/papers/details/brain_drain_or_brain_gainmicro_evidence_from_an_african_success_story/ |date=20110926211038 }} {{en}}.</ref> em geral é a emigração de trabalhadores não-qualificados e semi-qualificados que gera um benefício econômico aos países de origem, ao reduzir a pressão pela criação de empregos. Onde a emigração qualificada se concentra em setores específicos de alta qualificação, como na [[medicina]], as consequências são severas e até catastróficas em casos nos quais 50% ou mais de doutores treinados emigraram. Os pontos cruciais, recentemente reconhecidos pela [[OCDE]], são o retorno e o reinvestimento em seus países de origem pelos próprios migrantes: assim, as políticas governamentais na [[Europa]] estão cada vez mais focando na facilitação da migração temporária de trabalhadores qualificados juntamente com a remessa de migrantes.
A contrário dos movimentos de capital e bens, desde 1973 as políticas governamentais tentaram restringir os fluxos migratórios, muitas vezes sem qualquer razoabilidade econômica. Tais restrições produziram efeitos diversos, canalizando a grande maioria dos fluxos migratórios para a migração ilegal e "falsos" pedidos de asilo.<ref>Martin Baldwin-Edwards: "Illegal Immigration, A Theoretical and Historical Approach", ''Third World Quarterly'' (forthcoming) {{en}}</ref> Como tais migrantes trabalham por salários mais baixos e muitas vezes sem custos de previdência social, o ganho dos fluxos de migração do trabalho é na verdade mais alto que os ganhos mínimos calculados para os fluxos legais. No entanto, os efeitos colaterais são significativos, e incluem um dano político à ideia de imigração, salários de trabalho não qualificado mais baixos na população receptora, e aumento do custo de policiamento juntamente com menores receitas tributárias.
Linha 112:
=== Oposição ===
A globalização é vista como uma contribuidora para o bem-estar econômico pela maioria dos economistas - mas nem todos. O professor [[Joseph Stiglitz]]<ref>• [http://www2.gsb.columbia.edu/faculty/jstiglitz/ Joseph Stiglitz website] {{Wayback|url=http://www2.gsb.columbia.edu/faculty/jstiglitz/ |date=20080509074209 }} {{en}}<br/> • [http://www.cceia.org/resources/transcripts/101.html Interview with Joseph Stiglitz] {{Wayback|url=http://www.cceia.org/resources/transcripts/101.html |date=20060927153149 }} {{en}}</ref> da Columbia Business School avançou no caso da indústria nascente para proteção nos países em desenvolvimento e criticou as condições impostas pela ajuda do Fundo Monetário Internacional.<ref>Joseph Stiglitz ''Globalization and its Discontents" Norton 2002</ref> O professor [[Dani Rodrik]] de Harvard<ref>[http://rodrik.typepad.com Dani Rodrik's website] {{en}}</ref> observou que os benefícios da globalização são repartidos de forma desigual, e que ela levou a desigualdades de renda e perdas de capital social nos países países dos emigrantes e tensões sociais resultantes da minigração nos países receptores.<ref>Dani Rodrik ''Has Globalization Gone Too Far?.'' Institute for International Economics 1997 {{en}}</ref> Uma extensa análise crítica dessas alegações foi feita por [[Martin Wolf]],<ref>Martin Wolf ''Why Globalization Works'' Yale Nota Bene 2005 {{en}}</ref> e uma palestra do professor [[Jagdish Bhagwati]] avaliou o debate que ocorreu entre os economistas<ref>[http://www.wto.org/english/news_e/news07_e/bhagwati_oct07_e.htm Jagdish Bhagwati The Consensus for Free Trade Among economists — has it frayed? Lecture to the World Trade Organisation October 8th 2007] {{en}}</ref>
== Organizações internacionais ==
|