Brancos: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta
Linha 2:
{{Raça}}
 
'''Brancos''' (como um [[substantivo]]) é um termo usado na linguagem cotidiana, para designar humanos caracterizados em particular por uma cor de [[Cor da pele humana|fenótipo claro da pele]] clara. O termo é geralmente usado para se referir a indivíduos com características físicas historicamente associadas às populações da [[Europa]].<ref name="Bonnett2000">{{cite book|author=Alastair Bonnett|title=White Identities: Historical and International Perspectives|url=https://books.google.com/books?id=Ya5sQgAACAAJ|year=2000|publisher=Prentice Hall|isbn=978-0-582-35627-6}} {{en}}</ref><ref>Gregory Jay, [https://www.coursehero.com/file/135965/Who-Invented-White-People-by-Gregory-Jay/ ''Who Invented White People? A Talk on the Occasion of Martin Luther King, Jr. Day''], 1998, {{en}}</ref> Por vezes, o termo é usado como [[sinônimo]] de [[caucasiano]] podendo referir-se a brancos não-hispânicos ou especificamente a [[Anglo-americano|anglo-americanos]].<ref name="Hall2004">{{cite book|author=Lena E. Hall|title=Dictionary of Multicultural Psychology: Issues, Terms, and Concepts|url=https://books.google.com/books?id=CYbeDypHELAC&pg=PA27|date=28/10/2004|publisher=SAGE|isbn=978-1-4522-3658-2|page=27}} </ref>
 
A definição de branco varia de acordo com contextos históricos e geográficos.<ref name="Currie2013">{{cite book|author=Lorenzo Currie|title=Through the Eyes of the Pack|url=https://books.google.com/books?id=hONCAwAAQBAJ&pg=PA29|date=novembro de 2013|publisher=Xlibris Corporation|isbn=978-1-4931-4516-4|pages=29–30}} {{en}}</ref> A afirmação dominante entre os cientistas é que raça é uma [[construção social]] sem significado biológico, [[antropologia|antropólogos]] e outros cientistas contemporâneos consideram que as categorias raciais são ''proxies'' fracas para a diversidade genética e que portanto precisam ser descontinuadas.<ref>By Megan Gannon, LiveScience, [https://www.scientificamerican.com/article/race-is-a-social-construct-scientists-argue/ ''Race Is a Social Construct, Scientists Argue''] ,[[Scientific American]], 5/2/2016 {{en}}</ref>
Linha 15:
 
A atribuição de conotações positivas e negativas de ''branco'' e ''preto'' para certas pessoas datam da idade muito antiga em um número de línguas indo-européias mas essas diferenças não foram necessariamente usadas em relação às cores da pele. A conversão religiosa foi às vezes descrita figurativamente como uma mudança na cor da pele.<ref name="Dee 2004" /> Similarmente, o ''[[Rigveda]]'' usa ''krsna tvac'' "pele negra" como uma metáfora para a irreligiosidade.<ref>Michael Witzel, "Rgvedic History" in: ''The Indo-Aryans of South Asia'' (1995): "embora seja fácil assumir a referência à cor da pele, isso iria contra o espírito dos hinos: para os poetas védicos, o preto sempre significa o mal e qualquer outro significado seria secundário nestes contextos."</ref>
 
 
O classicista James H. Dee afirma que "os gregos não se descrevem como 'pessoas brancas' ou como qualquer outra coisa, porque eles "não tinham palavras para cores no seu vocabulário para referir a si mesmos."<ref name="Dee 2004">James H. Dee, "Black Odysseus, White Caesar: When Did 'White People' Become 'White'?" ''The Classical Journal'', Vol. 99, No. 2. (dzembro de 2003&nbsp;– janero de 2004), pp. 162 ''ff.'' {{en}}</ref> A cor da pele das pessoas não tinham nenhum significado útil; o que importava é onde moravam.<ref>{{Cite book |publisher=W. W. Norton & Company |isbn=978-0-393-04934-3 |last=Painter |first=Nell |title=The History of White People |location=New York, NY |date=2/2/2016 |page=1}} {{en}}</ref> [[Heródoto]] descreveu o [[citas|cita]] Budini como tendo olhos azuis profundos e cabelos ruivos brilhantes.<ref>Heródoto: ''Histórias'', 4.108.</ref> e os egípcios como os [[Cólquida|cólquida]]s, como ''melánchroes'' (μελάγχροες, "pele escrura") e cabelo cacheado.<ref>Heródoto: ''Histórias'', 2.104.2.</ref> Ele também dá a possivelmente primeira referência ao nome grego comum das tribos que vivem ao sul do Egito, conhecidos como[[Núbia|núbios]], que eram ''Aithíopes'' (Αἰθίοπες, "pele tostada").<ref>Heródoto: ''Histórias'', 2.17.</ref> [[Xenófanes]] descreveu os [[Etiópia|etíopes]] como negros e as [[Império Aquemênida| tropas persas]] como brancos em comparado com a pele bronzeada de sol das tropas gregas.<ref>Xenófanes: [https://books.google.com/books?id=LxxJXTviacgC&pg=PA90&lpg=PA90&dq=Xenophanes+thracians&source=bl&ots=Mc3881TmnV&sig=zuPzZk6AG_yq3dn9neyrKRq44Og&hl=bg&ei=mZzPSbS6ENaOsAaMnfi4CA&sa=X&oi=book_result&resnum=1&ct=result ''Fragments''], J. H. Lesher, University of Toronto Press, 2001, {{ISBN|0-8020-8508-3}}, p. 90. {{en}}</ref>
Linha 29 ⟶ 28:
=== Categoria social formada pelo colonialismo ===
Um esquema racial de três partes em termos de cores foi usado na [[América Latina]] do século XVII sob o domínio espanhol.<ref>{{cite book |publisher=Duke University Press |last=Silverblatt |first=Irene |title=Modern Inquisitions: Peru and the colonial origins of the civilized world |location=Durham |date=2004 |pages=113–16 |isbn=978-0-8223-8623-0 }} {{en}}</ref> Irene Silverblatt traça um "raciocínio racial" na [[América do Sul]] para definir as categorias sociais do [[colonialismo]] e da [[formação de estado]]: "Branco, preto e marrom são versões resumidas, abstratas para colonizador, escravo e colonizado ".<ref name=":2">{{cite book |publisher=Duke University Press |last=Silverblatt |first=Irene |title=Modern Inquisitions: Peru and the colonial origins of the civilized world |location=Durham |date=2004 |page=115 |isbn=978-0-8223-8623-0 }} {{en}}</ref> Em meados do século XVII, o novo termo "español" ("espanhol") estava sendo equalizado em documentos escritos com "blanco" ou "branco".<ref name=":2" /> Nas colônias americanas da Espanha, os africanos, os americanos nativos ("índios"), os judeus ou moriscos eram formalmente excluídos da realização de qualquer cargo público sob a Real Pragmática de 1501 por não cumprirem os requisitos de "pureza de sangue" ("limpieza de sangre").<ref name=TwinamPassing>{{Cite book |publisher=University of Pennsylvania Press |isbn=978-0-8122-3895-2 |pages=249–272 |editor1-first=John |editor1-last=Smolenski |editor2-first=Thomas J. |editor2-last=Humphrey |last=Twinam |first=Ann |title=New World Orders: Violence, Sanction, and Authority in the Colonial Americas |chapter=Racial Passing: Informal and Official 'Whiteness' in Colonial Spanish America |location=Philadelphia |date=2005}}</ref>Restrições semelhantes foram aplicadas nas forças armadas, algumas ordens religiosas, faculdades e universidades, levando a um estrato sacerdotal e profissional quase todo branco.<ref name=TwinamPassing /><ref name="Duenas">{{Cite book |publisher=University Press of Colorado |isbn=978-1-60732-019-7 |last=Duenas |first=Alcira |title=Indians and mestizos in the "lettered city" reshaping justice, social hierarchy, and political culture in colonial Peru |location=Boulder, CO |access-date=23 April 2012 |date=2010 |url= http://site.ebrary.com/id/10408953}}</ref> Negros e índios eram sujeitos a obrigações de tributo e proibidos de portar armas, as mulheres negras e indígenas eram proibidas de usar jóias, seda ou metais preciosos no início colonial do México e Peru.<ref name=TwinamPassing /> Os "pardos" (pessoas com pele escura) e "mulatos" (pessoas mistas de ascendência africana e européia) que tinham algum recurso tentavam escapar dessas restrições se passando como brancas.<ref name=TwinamPassing /><ref name=Duenas /> Uma breve oferta real para comprar privilégios da branquidade por uma quantia substancial de dinheiro atraiu quinze candidatos antes que a pressão das elites brancas acabasse com a prática.<ref name=TwinamPassing />
 
 
<!-- sobre a pele dos brancos