Estado Islâmico do Iraque e do Levante: diferenças entre revisões

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{{Artigo principal|Invasão do Iraque em 2003|Insurgência iraquiana|Alcaida no Iraque}}
[[Imagem:Defense.gov News Photo 060608-D-0000X-004.jpg|thumb|esquerda|upright|Corpo de [[Abu Musab al-Zarqawi]] após ataque de forças dos [[Estados Unidos]] em 2006. Zarqawi foi o fundador grupo militante Tawhid wal-Jihad, que mais tarde se tornaria o Estado Islâmico]]
Após a [[invasão do Iraque em 2003]], o [[Jordânia|jordaniano]] [[Abu Musab al-Zarqawi]], adepto do [[salafismo]] [[jiadista]], e seu grupo militante, o Jamaat al-Tawhid wal-Jihad, fundado em 1999, alcançou notoriedade nos estágios iniciais da [[insurgência iraquiana]] por conta de [[Ataque suicida|ataques suicidas]] contra mesquitas islâmicas [[xiitas]], civis, instituições do governo iraquiano e soldados [[italianos]] que faziam parte da [[Coalizão militar no Iraque|coalizão militar internacional]] liderada pelos [[Estados Unidos]]. O grupo de Al-Zarqawi rompeu oficialmente com a rede [[Alcaida]], de [[Osama bin Laden]], em outubro de 2004, mudando seu nome para [[Tanzim Qaidat al-Jihad fi Bilad al-Rafidayn]] ({{lang|ar|تنظيم قاعدة الجهاد في بلاد الرافدين}}; "Organização de Base da Jihad na [[Mesopotâmia]]"), também conhecida como [[Alcaida no Iraque]] (AQI).<ref name="JamestownFoundation20041018">{{citar periódico|último1 =Pool|primeiro1 =Jeffrey|título=Zarqawi's Pledge of Allegiance to Al-Qaeda: From Mu'Asker Al-Battar, Issue 21|periódico=Terrorism Monitor|data=16 de dezembro de 2004|volume=2|número=24|página=The Jamestown Foundation|url=http://www.jamestown.org/publications_details.php?volume_id=400&issue_id=3179&article_id=2369020|arquivourl=httphttps://web.archive.org/web/20070930180847/http://www.jamestown.org/publications_details.php?volume_id=400&issue_id=3179&article_id=2369020|arquivodata=2007-09-30 de setembro de 2007|acessodata=30 de julho de 2014|urlmorta=yes}}</ref><ref name="Dawn20041018">{{citar jornal|título=Zarqawi pledges allegiance to Osama|url=http://www.dawn.com/2004/10/18/top7.htm|data=18 de outubro de 2004|arquivourl=http://web.archive.org/web/20071229020549/http://www.dawn.com/2004/10/18/top7.htm|arquivodata=29 de dezembro de 2007|agência=[[Agence France-Presse]]|obra=[[Dawn (newspaper)|Dawn]]|acessodata=13 de julho de 2007}}</ref><ref name="Msnbc20041018">{{citar jornal|url=http://www.msnbc.msn.com/id/6268680/|agência=Associated Press|publicado=NBC News|título=Al-Zarqawi group vows allegiance to bin Laden|data=18 de outubro de 2004|acessodata=13 de julho de 2007}}</ref> Os ataques do grupo contra civis, forças governamentais e de segurança iraquianas, diplomatas estrangeiros e comboios de soldados norte-americanos continuaram com aproximadamente a mesma intensidade. Em uma carta a al-Zarqawi em julho de 2005, Ayman al-Zawahiri, o então vice-líder da Alcaida, delineou um plano de quatro etapas para expandir a [[Guerra do Iraque]], que incluía expulsar das forças norte-americanas do país, criar uma autoridade islâmica através de um [[califado]], espalhar o conflito para os vizinhos [[Secularismo|seculares]] do Iraque e entrar em confronto com [[Israel]], que a carta diz que só "foi criado só para desafiar qualquer nova entidade islâmica".<ref>{{citar jornal|último =Whitaker|primeiro =Brian|título=Revealed: Al-Qaida plan to seize control of Iraq|url=http://www.theguardian.com/world/2005/oct/13/alqaida.iraq|obra=The Guardian|data=13 de outubro de 2005|acessodata=19 de setembro de 2014}}</ref>
 
Em janeiro de 2006, a AQI passou a trabalhar em conjunto com vários grupos insurgentes iraquianos menores sob o comando de uma [[organização guarda-chuva]] chamada o Conselho Shura Mujahideen (CSM). Em 7 de junho de 2006, al-Zarqawi foi morto em um ataque aéreo feito por forças dos Estados Unidos e foi sucedido como líder do grupo pelo militante [[egípcios|egípcio]] [[Abu Ayyub al-Masri]].<ref name="bbc1">{{citar jornal|título=Al-Qaeda in Iraq names new head|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/5073092.stm|publicado=BBC News|data=12 de junho de 2006}}</ref><ref name="Al Masri">{{citar jornal|último =Tran|primeiro =Mark|título=Al-Qaida in Iraq leader believed dead|url=http://www.theguardian.com/world/2007/may/01/iraq.alqaida|jornal=The Guardian|data=1 de maio de 2007}}</ref>
 
Em 12 de outubro de 2006, o CSM uniu-se com três grupos menores e seis tribos [[sunitas]] islâmicas para formar a "Coalizão Mutayibeen", que jurou por Alá que iria "... livrar os sunitas da opressão dos rejeicionistas (xiitas) e cruzado ocupantes, ... restaurar nossos direitos mesmo que ao preço de nossas próprias vidas ... para fazer a palavra do Deus supremo do mundo e para restaurar a glória do Islã ... ".<ref name="lwj121006">{{Citar web|url=http://www.longwarjournal.org/archives/2006/10/alqaedas_grand_coali.php#|título=al Qaeda's Grand Coalition in Anbar|obra=The Long War Journal|data=12 de outubro de 2006|acessodata=11 de fevereiro de 2015}}</ref><ref name="memri171006">{{Citar web|url=http://www.memri.org/report/en/0/0/0/0/0/0/1910.htm|título=Jihad Groups in Iraq Take an Oath of Allegiance|publicado=MEMRI|data=17 de outubro de 2006|acessodata=10 de fevereiro de 2015}}</ref> Um dia depois, o CSM declarou o estabelecimento do Estado Islâmico do Iraque (ISI), que incluía seis províncias árabes do Iraque, em sua maioria sunitas,<ref name=FT15Oct06>[http://www.ft.com/cms/s/e239159e-5c6a-11db-9e7e-0000779e2340.html Stephen Negus: "Call for Sunni state in Iraq".] ''[[Financial Times]]'', 15 de outubro de 2006. Acessado em 15 de janeiro de 2015.</ref> sendo que [[Abu Omar al-Baghdadi]] foi anunciado como seu [[Emir]].<ref name="Al-Qaida">{{Citar web|título=Al-Qaida in Iraq (AQI)|url=http://www.nps.edu/Library/Research/SubjectGuides/SpecialTopics/TerroristProfile/Current/AlQaidaIraq.html|arquivourl=httphttps://web.archive.org/web/20070401114027/http://www.nps.edu/Library/Research/SubjectGuides/SpecialTopics/TerroristProfile/Current/AlQaidaIraq.html|arquivodata=1 de abril de 2007-04-01|website=''[[Dudley Wright Knox|Dudley Knox]] Library''|publicado=[[Naval Postgraduate School]]|acessodata=14 de julho de 2014|urlmorta=no}}</ref> Al-Masri foi nomeado Ministro da Guerra.<ref name="cabinetlist">{{citar jornal|título=Islamic State of Iraq Announces Establishment of the Cabinet of its First Islamic Administration in Video Issued Through al-Furqan Foundation|url=http://www.siteinstitute.org/bin/articles.cgi?ID=publications274907&Category=publications&Subcategory=0|arquivourl=http://web.archive.org/web/20070928061225/http://www.siteinstitute.org/bin/articles.cgi?ID=publications274907&Category=publications&Subcategory=0|arquivodata=28 de setembro de 2007|acessodata=20 de julho de 2014|publicado=[[SITE Institute]]|data=19 de abril de 2007}}</ref>
 
=== Estado Islâmico do Iraque (2006-2013) ===
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=== Estado Islâmico do Iraque e do Levante (2013–2014) ===
Em 8 de abril de 2013, al-Baghdadi lançou um comunicado onde anunciou que a Frente al-Nusra tinha sido estabelecida, financiada e apoiada pelo Estado Islâmico do Iraque<ref name="globalpost">{{citar jornal|url=http://www.globalpost.com/dispatch/news/afp/130409/qaeda-iraq-confirms-syrias-nusra-part-network|título=Qaeda in Iraq confirms Syria's Nusra is part of network|data=9 de abril de 2013|acessodata=9 de abril de 2013|agência=Agence France-Presse|publicado=[[GlobalPost]]}}</ref> e que os dois grupos foram fundidos sob o nome "Estado Islâmico do Iraque e do Levante" (EIIL).<ref name="memri">{{Citar web|url=http://www.memri.org/report/en/0/0/0/0/0/0/7119.htm|título=ISI Confirms That Jabhat Al-Nusra Is Its Extension in Syria, Declares 'Islamic State of Iraq And Al-Sham' As New Name of Merged Group|publicado=MEMRI|data=8 de abril de 2013|acessodata=10 de abril de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141006085808/http://www.memri.org/report/en/0/0/0/0/0/0/7119.htm|arquivodata=2014-10-06|urlmorta=yes}}</ref> Al-Jawlani divulgou um comunicado negando a fusão e reclamando que nem ele nem qualquer outra pessoa na liderança da al-Nusra havia sido consultada sobre o assunto.<ref name="naharnet">{{citar jornal|url=http://www.naharnet.com/stories/en/78961-al-nusra-commits-to-al-qaida-deny-iraq-branch-merger/|título=Al-Nusra Commits to al-Qaida, Deny Iraq Branch 'Merger'|data=10 de abril de 2013|acessodata=18 de maio de 2013|agência=Naharnet [[Agence France-Presse]]}}</ref> A campanha do EIIL para libertar membros presos culminou em julho de 2013 com a realização de invasões nas prisões de Taji e [[Prisão de Abu Ghraib|Abu Ghraib]], que libertaram mais de 500 prisioneiros, muitos deles veteranos da [[insurgência iraquiana]].<ref name="iswSeptember13" /><ref name="reuters23July13">{{Citar web|título=Al Qaeda says it freed 500 inmates in Iraq jail-break|url=http://www.reuters.com/article/2013/07/23/us-iraq-violence-alqaeda-idUSBRE96M0C720130723|agência=[[Reuters]]|data=23 de julho de 2013|acessodata=22 de agosto de 2014}}</ref> Em outubro de 2013, al-Zawahiri ordenou a dissolução do EIIL, colocando a Frente al-Nusra como a encarregada dos esforços [[jiadistas]] na Síria,<ref>{{citar jornal|título=Zawahiri disbands main Qaeda faction in Syria|url=http://dailystar.com.lb/News/Middle-East/2013/Nov-08/237219-zawahiri-disbands-main-qaeda-faction-in-syria-jazeera.ashx|acessodata=8 de novembro de 2013|obra=The Daily Star|data=8 de novembro de 2013}}</ref> mas al-Baghdadi contestou a decisão de al-Zawahiri, com base na [[jurisprudência]] islâmica e seu grupo continuou a operar na Síria. Em fevereiro de 2014, depois de uma luta de poder de oito meses, a Alcaida desmentiu qualquer relação com o EIIL.<ref name="AlQaedaTiesEnd" />
 
Segundo a jornalista Sarah Birke, há "diferenças significativas" entre a Frente al-Nusra e o EIIL. Enquanto al-Nusra clama ativamente pela deposição do governo Assad, o EIIL "tende a focar-se mais no estabelecimento do seu próprio governo no território conquistado", sendo "muito mais implacável" na construção de um [[Estado islâmico]], na "realização de ataques sectários e em impor a [[sharia|xaria]]". Ainda que a al-Nusra tenha um "grande contingente de combatentes estrangeiros", ela é vista como um grupo local por muitos sírios; pelo contrário, os militantes do EIIL têm sido descritos como "ocupantes estrangeiros" por muitos refugiados sírios.<ref name="birke3">{{citar periódico|último =Birke|primeiro =Sarah|título=How al-Qaeda Changed the Syrian War|periódico=New York Review of Books|data=27 de dezembro de 2013|url=http://www.nybooks.com/blogs/nyrblog/2013/dec/27/how-al-qaeda-changed-syrian-war/}}</ref> Ele tem uma forte presença na região central e do norte da Síria, onde se instituiu a [[sharia|xaria]] em várias cidades.<ref name="birke3" /> O grupo controlava as quatro cidades fronteiriças de Atmeh, al-Bab, Azaz e Jarablus, permitindo-lhe controlar a entrada e a saída entre o território sírio e a [[Turquia]].<ref name="birke3" />
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Já em meados de 2017, com os curdos pressionando pelo norte, o governo sírio lançou uma nova ofensiva contra os islamitas na região de [[Deir Zor (província)|Deir Zor]], tomando quase toda [[Deir Zor|a capital]] dessa província, incluindo seu principal aeroporto. Então, em outubro do mesmo ano, após [[Batalha de Raca (2017)|quatro meses de violentos combates]], milicianos curdos e árabes (liderados pelas [[Forças Democráticas Sírias]]), haviam anunciado a retomada de Raca, no nordeste do país, além da expulsão de boa parte dos militantes do Estado Islâmico da região, marcando mais uma derrota significativa para o grupo.<ref>[https://g1.globo.com/mundo/noticia/alianca-contra-o-estado-islamico-anuncia-retomada-total-da-cidade-de-raqa-na-siria.ghtml "Aliança contra o Estado Islâmico anuncia retomada total da cidade de Raqa, na Síria"]. Página acessada em 17 de outubro de 2017.</ref> Fora da região do Oriente Médio, simpatizantes do EIIL nas [[Filipinas]], que haviam conseguido, em maio de 2017, tomar a cidade de [[Marawi]], na cadeia de ilhas de [[Mindanau]], foram [[Batalha de Marawi|derrotados]] também e a cidade foi recuperada pelas autoridades nacionais.<ref>{{citar web|URL=http://www.aljazeera.com/news/2017/10/total-victory-declared-marawi-isil-171022092511749.html|título=Total victory declared in Marawi over ISIL|publicado=Al Jazeera|acessodata=24 de outubro de 2017}}</ref>
 
Em dezembro de 2017, após uma série de ofensivas bem sucedidas nas regiões oeste e norte do Iraque, o governo local afirmou que o Estado Islâmico havia sido "expulso" do país, embora ações em forma de guerrilha permanecessem em alguns locais. A informação foi saudada na região e no mundo como uma importante vitória contra o terrorismo global. Enquanto isso, na Síria o EIIL continuava a ser empurrado de volta para a fronteira iraquiana, no leste, sofrendo pesadas baixas e deserções, perdendo uma cidade após a outra. Órgãos de inteligência ocidentais, contudo, argumentaram que, apesar de muito enfraquecido, o Estado Islâmico ainda conserva algum poder no Oriente Médio, e ainda pode atiçar "[[Lobo solitário (terrorismo)|lobos solitários]]" a realizar atentados pelo mundo.<ref name="DOD-Australia2017-12-10a">{{citar web|url=https://www.minister.defence.gov.au/minister/marise-payne/media-releases/liberation-iraq-isis|título=Liberation Of Iraq From ISIS|data=10/12/2017|acessodata=12 de dezembro de 2017|publicado=Department of Defence - Australian Government|ultimo=|primeiro=|autor1=Malcolm Turnbull|authorlink1=Malcolm Turnbull|autor2=Julie Bishop|authorlink2=Julie Bishop|autor3=Marise Payne|authorlink3=Marise Payne}}</ref><ref name="DerbyshireTimes2017-12-10a">{{citar web|url=https://www.derbyshiretimes.co.uk/news/national/theresa-may-hails-historic-moment-as-islamic-state-is-driven-out-of-iraq-1-8902098|título=Theresa May hails ‘historic moment’ as Islamic State is driven out of Iraq|data=10/12/2017|acessodata=12 de dezembro de 2017|publicado=Derbyshire Times|ultimo=|primeiro=|wayb=20171211104924|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171211104924/https://www.derbyshiretimes.co.uk/news/national/theresa-may-hails-historic-moment-as-islamic-state-is-driven-out-of-iraq-1-8902098|arquivodata=2017-12-11|urlmorta=yes}}</ref>
 
=== Evolução posterior (2017-atualmente) ===
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=== Ideologia e crenças ===
O EIIL é um grupo extremista que segue a linha-dura ideológica da Alcaida e adere aos princípios da jihad global.<ref name="NS">{{citar web |url= http://www.nationalsecurity.gov.au/Listedterroristorganisations/Pages/IslamicStateofIraqandtheLevant.aspx |título= Islamic State of Iraq and the Levant |língua= inglês |acessodata= 6 de julho de 2014 |publicado= Australian National Security |arquivourl= https://web.archive.org/web/20140626225212/http://www.nationalsecurity.gov.au/Listedterroristorganisations/Pages/IslamicStateofIraqandtheLevant.aspx |arquivodata= 2014-06-26 |urlmorta= yes }}</ref> Muitos outros grupos [[jihad]]istas modernos como Alcaida e EIIL surgiram a partir da ideologia da [[Irmandade Muçulmana]], que remonta ao final dos anos de 1920 no Egito,<ref>{{citar web |url=http://www.independent.co.uk/voices/comment/iraq-crisis-what-does-the-isis-caliphate-mean-for-global-jihadism-9573951.html |título= Iraq crisis: What does the Isis caliphate mean for global jihadism? |língua= inglês|acessodata= 6 de julho de 2014|obra= Hussain, Ghaffar |publicado= The Independent }}</ref> que segue uma interpretação antiocidental extrema do Islã, promove a violência religiosa e considera aqueles que não concordam com a sua interpretação como infiéis e apóstatas. Ao mesmo tempo, pretende-se estabelecer um Estado islâmico [[salafismo|salafista]] orientado no Iraque, na Síria e em outras partes do [[Levante (Mediterrâneo)|Levante]].<ref name="NS"/> A sua ideologia tem origem no ramo do Islã moderno, que pretende voltar para os primeiros dias do Islã, rejeitando posteriores "inovações" na religião que eles acreditam ser corrupta em seu espírito original.{{Carece de fontes|data=janeiro de 2017}}
 
=== Propaganda ===
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O Estado Islâmico sistematizou a escravidão no território que eles controlam, e emitiu uma [[Fátua|fatwa]] que lista detalhadamente quando e como os “donos” de escravas sexuais podem ter relações com elas. A fatwa, que tem força de lei dentro do Estado Islâmico, foi encontrada entre uma série de documentos capturados pelos EUA durante um raide na Síria em Maio de 2015.<ref>https://womenintheworld.com/2015/12/29/islamic-state-issues-fatwa-detailing-rules-for-sex-with-female-slaves/</ref><ref>{{Citar periódico|data=2015-12-29|titulo=Exclusive - Islamic State ruling aims to settle who can have sex...|url=https://www.reuters.com/article/usa-islamic-state-sexslaves-idUSKBN0UC0DZ20151229|jornal=Reuters|lingua=en}}</ref>
=== Regimento imposto aos civis conquistados ===
Depois de o Estado islâmico autoproclamar a captura de cidades no Iraque, o EIIL divulgou orientações sobre como os civis dominados devem usar roupas e véus. O EIIL alertou as mulheres na cidade de Mossul para usar o véu de rosto inteiro ou sofreriam punições severas.<ref name="veil">{{Citar web|título=Iraq: Isis warns women to wear full veil or face punishment|url=http://www.theguardian.com/world/2014/jul/25/iraq-islamic-state-full-veil-warns-wear-women-punishment|website=The Guardian|agência=Reuters|acessodata=27 de julho de 2014}}</ref><ref name="Irish">{{Citar web|título=Islamic State says women in Mosul must wear full veil or be punished|url=http://www.irishtimes.com/news/world/middle-east/islamic-state-says-women-in-mosul-must-wear-full-veil-or-be-punished-1.1878642|data=26 de julho de 2014|obra=The Irish Times |urlmorta= não|acessodata=23 de agosto de 2014}}</ref> Um clérigo disse à [[Reuters]] em Mossul que pistoleiros do EIIL lhe havia ordenado a ler o aviso em sua mesquita, quando os fiéis se reuniam.<ref name="veil" /> O EIIL também proibiu manequins nus e ordenou que os rostos de manequins de ambos os sexos fossem cobertos.<ref>{{Citar web|título=Islamic State tells Mosul shopkeepers to cover up naked mannequins|url=http://www.dailynewsen.com/asia/islamic-state-tells-mosul-shopkeepers-to-cover-up-naked-mannequins-h2524710.html|obra=Daily News|acessodata=2014-09-17|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141006093835/http://www.dailynewsen.com/asia/islamic-state-tells-mosul-shopkeepers-to-cover-up-naked-mannequins-h2524710.html|arquivodata=2014-10-06|urlmorta=yes}}</ref> O EIIL lançou 16 notas intituladas "Contrato da Cidade", um conjunto de regras destinadas a civis em [[Ninaua]]. Uma regra estipulava que as mulheres devem ficar em casa e não sair para a rua, a menos que seja necessário. Outra regra diz que o roubo seria punido com a [[amputação]].<ref>{{Citar web|último1 =Taylor|primeiro1 =Adam|título=The rules in ISIS’ new state: Amputations for stealing and women to stay indoors.|url=http://www.washingtonpost.com/blogs/worldviews/wp/2014/06/12/the-rules-in-isis-new-state-amputations-for-stealing-and-women-to-stay-indoors/|data=12 de junho de 2014|website=The Washington Post|acessodata=2 de agosto de 2014}}</ref>
 
Além da proibição da venda e uso de álcool (que é habitual na cultura muçulmana), os militantes proibiram a venda e uso de cigarros e [[narguilé]]s. Eles também têm proibido "música e canções em carros, em festas, em lojas e em público, assim como fotografias de pessoas nas vitrines das lojas".<ref name=al-monitor-banned>{{citar jornal|título=ISIS bans music, imposes veil in Raqqa|url=http://www.al-monitor.com/pulse/security/2014/01/isis-raqq-ban-music-smoking-impose-veil.html##ixzz3DAwTxPf5|acessodata=13 de setembro de 2014|obra=[[Al-Monitor]]|data=20 de janeiro de 2014}}</ref>
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|{{flagu|Egito}}||30 de novembro de 2014||Tribunal do Cairo para Assuntos Urgentes ||<ref>{{Citar web|url=http://www.dailynewsegypt.com/2014/11/30/court-affirms-isis-terrorist-group-designation/|título=Court affirms ISIS' ‘terrorist group' designation - Daily News Egypt|obra=Daily News Egypt}}</ref><ref>{{citar jornal|título=Egypt brands jihadist ISIL a 'terrorist group'|url=http://www.hurriyetdailynews.com/egypt-brands-jihadist-isil-a-terrorist-group.aspx?pageID=238&nID=75033&NewsCatID=352|obra=[[Hürriyet Daily News]]|data=30 de novembro de 2014}}</ref>
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|{{flagu|Índia}}||16 de dezembro de 2014||Ministério de Assuntos Internos||<ref>{{Citar web|url=http://www.mha.nic.in/BO|título=Banned Organisations|acessodata=16 de dezembro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150101163635/http://www.mha.nic.in/BO|arquivodata=2015-01-01|urlmorta=yes}}</ref><!--ISIL will be listed here as a banned terrorist group when page updated--><ref>{{Citar web|url=http://www.thehindu.com/news/national/indian-government-bans-islamic-state-terror-organisation/article6698369.ece|título=India bans IS|agência=Press Trust of India|obra=The Hindu|acessodata=16 de dezembro de 2014}}</ref>
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|{{flagu|Rússia}}||29 de dezembro de 2014||[[Suprema Corte da Federação Russa]]||<ref>{{Citar web|url=http://tass.ru/en/world/769912|título=Russia calls on all states to put Islamic State, Jabhat al-Nusra on terrorist lists|publicado=[[Russian News Agency "TASS"]]|acessodata=29 de dezembro de 2014}}</ref>