Estratégia da cunha: diferenças entre revisões

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O [[design inteligente]] é a conjectura controversa de que certas características do universo e dos seres vivos são melhor explicadas por uma causa inteligente, e não por processos naturalísticos tais como a [[seleção natural]]. A conjectura do design inteligente traz implícita uma redefinição da [[ciência]] e de como ela é conduzida. Os proponentes da estratégia da cunha se opõem dogmaticamente ao [[materialismo]]<ref>"{From our vantage}, o materialismo não é uma posição neutra, desprovida de valor e minimalista a partir da qual {to pursue} a investigação. Ao invés, é ela mesma uma ideologia com uma agenda. Mais ainda, ela exige uma história de criação evolucionária para mantê-la à tona. Em terreno científico, nós consideramos que essa história de criação é falsa. Mais ainda, nós consideramos que a agenda ideológica que tem fluido dela é destrutiva ao discurso racional. Nossos interesses são portanto inteiramente paralelos aos dos evolucionistas. De fato, todos os piores temores dos evolucionistas quanto a como o mundo seria se nós lográssemos sucesso já se realizaram, em nossa visão, por meio do sucesso do materialismo e da evolução. Portanto, como uma estratégia para {unseat} o materialismo e a evolução, o termo "cunha" veio a denotar um movimento intelectual e cultural que muitos acham {congenial}." [http://www.leaderu.com/science/backlash_id.html Dealing with the backlash against intelligent design] William Dembski. 2004.</ref><ref name=johnson_materialism_naturalism>"Se entendermos nossos próprios tempos, saberemos que deveríamos afirmar a realidade de Deus desafiando a dominação do materialismo e do naturalismo no mundo da mente. Com a assistência de muitos amigos eu desenvolvi uma estratégia para fazer isto... Nós chamamos nossa estratégia de 'cunha'." Phillip Johnson, ''Defeating Darwinism by Opening Minds'', 1997, pp. 91-92</ref><ref>"O {overthrow} da matéria na física e na biologia requer um retorno aos assuntos sociais que são tratados em Rerum Novarum e Centesimus Anus. ... O grande cadáver em decomposição do materialismo moderno ainda cobre de sombra e estultifica a filosofia acadêmica e a cultura contemporânea, e seus odores ainda rastejam insidiosa e invasivamente pelos corredores e cabines de leitura das principais escolas de divindade." [http://www.discovery.org/scripts/viewDB/index.php?command=view&id=230 The Soul of Silicon] George Gilder. The Acton Institute, 1º de maio de 1997</ref>, ao [[naturalismo]]<ref
name=johnson_materialism_naturalism/><ref>"O mais severo desafio à teologia nos últimos duzentos anos foi o naturalismo. Na cultura ocidental, o naturalismo se tornou a posição de partida de toda investigação séria. Dos estudos bíblicos passando pelo direito, arte, ciência até à mídia, espera-se que a investigação proceda somente sob a suposição do naturalismo. ... Se tiver sucesso completo, o design inteligente {will unseat} não apenas o darwinismo mas também o legado cultural do darwinismo." [http://www.arn.org/docs/dembski/wd_idmovement.htm The Intelligent Design Movement] William Dembski.</ref> e à [[evolução]]<ref>"...o design inteligente tem um {payoff} imediato: ele destrói o legado ateísta da evolução darwiniana. O design inteligente torna impossível que alguém seja um ateu intelectualmente {fulfilled}. Isto dá ao design inteligente uma incrível tração como uma ferramenta para a apologética, abrindo a questão-Deus a indivíduos que pensam que a ciência enterrou Deus" [http://www.designinference.com/documents/2005.08.Commending_President_Bush.pdf Commending President Bush] William Dembski. (arquivo PDF)</ref><ref>"Portanto, como uma estratégia para {unseat} o materialismo e a evolução, o termo "cunha" veio a denotar um movimento intelectual e cultural que muitos acham {congenial}." [http://www.leaderu.com/science/backlash_id.html Dealing with the backlash against intelligent design] William Dembski. 2004.</ref><ref>
"Mas há motivações mais profundas. Eu acho que em um nível fundamental, em termos do que me move nisto é que eu acho que a glória de Deus está sendo roubada por estas abordagens naturalísticas à evolução biológica, à criação, à origem do mundo, à origem da complexidade e da diversidade biológicas. Quando você está atribuindo as maravilhas da natureza a estes mecanismos materiais inconscientes, a glória de Deus está sendo roubada... E então há uma guerra cultural aqui. Ultimamente eu quero ver Deus receber o crédito pelo que ele fez — e ele não o está recebendo." William Dembski, citado. [http://www.tnr.com/doc.mhtml?i=20050822&s=coyne082205&c=6 The Faith That Dare Not Speak Its Name]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }} Jerry Coyne. ''The New Republic'', 11 de agosto de 2005.
</ref><ref>"O objetivo da Estratégia da Cunha é convencer as pessoas de que o darwinismo é inerentemente ateísta, assim deslocando o debate de criacionismo vs. evolução para a existência de Deus vs. a não-existência de Deus. A partir daí as pessoas são apresentadas à 'verdade' da Bíblia e então à 'questão do pecado' e finalmente 'apresentadas a Jesus'." Phillip Johnson citado. [http://www.findarticles.com/p/articles/mi_qa3944/is_199904/ai_n8836398 Missionary man] Rob Boston. Church & State, abril de 1999.</ref> e fizeram da remoção de cada um deles do modo como a ciência é conduzida e ensinada um objetivo explícito.<ref>"O Centro para a Renovação da Ciência e da Cultura do Discovery Institute busca nada menos do que o {overthrow} do materialismo e seus legados culturais. Reunindo acadêmicos de destaque das ciências naturais e aqueles das humanidades e ciências sociais, o Centro explora como novos desenvolvimentos em biologia, física e ciência cognitiva levantam sérias dúvidas quanto ao materialismo científico e reabriram o caso de um entendimento amplamente teísta da natureza." . . . "A teoria do design promete reverter a sufocante dominância da visão de mundo materialista e substituí-la por uma ciência consoante com as convicções cristãs e teístas." [http://www.antievolution.org/features/wedge.pdf O documento da cunha] Discovery Institute. (arquivo PDF)</ref><ref>[http://www.darwinreconsidered.org/media/MaterialistMythology.pdf Darwinism is Materialist Mythology, Not Science] {{Wayback|url=http://www.darwinreconsidered.org/media/MaterialistMythology.pdf |date=20110725220342 }} Phillip E. Johnson. DarwinReconsidered.org.</ref>
 
A estratégia foi originalmente trazida à atenção do público quando o Documento da Cunha vazou na Web.
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==Origens do documento da Cunha==
{{creationism2}}
Rascunhado em 1998 pelo {staff} do Discovery Institute, o Documento da Cunha apareceu publicamente após ter sido postado à World Wide Web em 5 de fevereiro de 1999 por Tim Rhodes<ref>[http://www.churchofvirus.org/virus.1Q99/0510.html virus: A Peek Behind Enemy Lines] Tim Rhodes. ChurchOfVirus.org, 5 de fevereiro de 1999.</ref>, tendo sido compartilhado com ele no final de janeiro de 1999 por Matt Duss, um empregado de meio período de uma firma internacional de recursos humanos baseada em Seattle. Lá Duss tinha recebido um documento para copiar intitulado ''A Cunha'' e marcado como "altamente confidencial" e "não destinado a distribuição"<ref>[http://www.seattleweekly.com/news/0605/discovery-darwin.php Discovery's Creation] {{Wayback|url=http://www.seattleweekly.com/news/0605/discovery-darwin.php |date=20060207030634 }} Roger Downey. ''Seattle Weekly'', 1º de fevereiro de 2006.</ref>.
 
Embora o co-fundador do Discovery Institute e vice-presidente do Centro para a Ciência e a Cultura [[Stephen C. Meyer]] reconheça que o instituto é a origem do documento<ref name="forrest_wedge"/><ref>{{Citation | last=Mooney | first=Chris | title=Survival of the Slickest: How anti-evolutionists are mutating their message | newspaper=[[The American Prospect]] | volume=13 | issue=22 | year=2002 | date=[[2002-12-16]] | url=http://www.prospect.org/print/V13/22/mooney-c.html | access-date=2007-05-02 | archiveurl=https://web.archive.org/web/20050405230851/http://www.prospect.org/print/V13/22/mooney-c.html }}</ref>, o instituto ainda busca menosprezar sua significância, dizendo que "Teóricos da conspiração na mídia continuam a reciclar a lenda urbana do documento da 'Cunha'."<ref name="so_what">[http://www.discovery.org/scripts/viewDB/index.php?command=view&program=CSC%20Responses&id=2101 The "Wedge Document": So What?] {staff} do Discovery Institute, 3 de fevereiro de 2006</ref> Apesar de insistir que o design inteligente não é uma forma de criacionismo, o desenho escolhido pelo Discovery Institute para a capa original do Documento da Cunha é ''[[A criação de Adão]]'' de [[Michelangelo]], retratando Deus estendendo o braço para transmitir vida de seu dedo para [[Adão e Eva|Adão]]. Meyer uma vez alegou que o Documento da Cunha foi roubado dos escritórios do Discovery Institute.<ref name="forrest_wedge">"Q. Agora, é verdade que esse documento foi alegadamente roubado do escritório do Discovery Institute? A. De acordo com o Dr. Meyer isso foi o que aconteceu." [[Barbara Forrest]], 2005, testificando no julgamento do caso ''[[Kitzmiller vs. Distrito escolar da área de Dover]]''. [http://www.aclupa.org/downloads/Day6AM.pdf] {{Wayback|url=http://www.aclupa.org/downloads/Day6AM.pdf |date=20061206075308 }}, p. 41</ref>
 
==Origens do movimento e da estratégia==
De acordo com Phillip E. Johnson, o movimento da cunha, se não o termo, começou em 1992: "O movimento que agora chamamos de cunha fez sua estréia pública em uma conferência de cientistas e filósofos realizada na Southern Methodist University em março de 1992, em seguida à publicação de seu livro ''[[Darwin on Trial]]''. A conferência reiuniu figuras chave da cunha e do design inteligente, particularmente Michael Behe, Stephen Meyer, William Dembski e eu mesmo." [https://web.archive.org/web/20070704165321/http://www.touchstonemag.com/docs/issues/12.4docs/12-4pg18.html]. Johnson estabeleceu um "{cadre} de proponentes do design inteligente (DI) para os quais o Sr. Johnson atuou como um fulcro primordial... ele fez contato, trocou {flurries} de e-mail e arranjou encontros pessoais. Johnson enquadrou estas alianças como uma 'estratégia da cunha', com ele mesmo como um {lead blocker} e os cientistas do DI carregando a bola atrás dele."[https://web.archive.org/web/20051106005345/http://www.worldmag.com/subscriber/displayarticle.cfm?id=3565] Em 1993, um ano após a conferência na SMU, "o {cadre} de acadêmicos {Johnson-Behe} se reuniu em Pajaro Dunes.... Aqui, Behe apresentou pela primeira vez os pensamentos seminais que ele esteve preparando em sua mente por um ano — a idéia do maquinário molecular 'irredutivelmente complexo'."[https://web.archive.org/web/20080228020403/http://www.apologetics.org/articles/wager2.html]
 
Nancy Pearcey, membro do Centro para a Ciência e a Cultura e associada de Johnson, reconhece a liderança de Johnson no movimento do design inteligente em duas de suas mais recentes publicações. Em uma entrevista com Johnson para a revista ''World'', Pearcey diz: "Não é somente na política que líderes forjam movimentos. Phillip Johnson desenvolveu o que é chamado de movimento do 'Design Inteligente'." [http://www.leaderu.com/orgs/arn/pearcey/np_world-wedge0800.htm] Em ''Christianity Today'', ela revela as crenças religiosas de Johnson e sua animosidade contra a evolução e afirma Johnson como "O porta-voz não oficial do DI" [httphttps://wwwweb.archive.org/web/20051110033847/http://windowview.org/science/arn.files/notinkansasanymor.html]
 
Em seu livro de 1997 <cite>Defeating Darwinism by Opening Minds</cite> [[Phillip E. Johnson|Johnson]] resumiu a filosofia subjacente à estratégia:
{{quote2|"Se entendermos nossos próprios tempos, saberemos que deveríamos afirmar a realidade de Deus desafiando a dominação do materialismo e do naturalismo no mundo da mente. Com a assistência de muitos amigos eu desenvolvi uma estratégia para fazer isto... Nós chamamos nossa estratégia de 'cunha'." pg. 91-92, <cite>''Defeating Darwinism by Opening Minds''</cite>}}
 
Na "Conferência Reclamando a América para Cristo" de 1999 [http://www.reclaimamerica.org/] convocada pelo Reverendo D. James Kennedy da Coral Ridge Ministries, Johnson deu um discorso chamado <cite>How the Evolution Debate Can Be Won</cite> [https://web.archive.org/web/20071107005414/http://www.coralridge.org/specialdocs/evolutiondebate.asp]. Nele ele resume os fundamentos teológicos e epistemológicos do design inteligente e sua estratégia para vencer a batalha:
 
{{quote2|"Falar de uma evolução intencional ou guiada é não falar de evolução de todo. Isso é criação lenta. Quando você a entende desse jeito, você se dá conta de que a teoria darwiniana da evolução contradiz não apenas o Livro do Gênesis, mas cada palavra da Bíblia do início ao fim. Ela contradiz a idéia de que estamos aqui porque um criador provocou nossa existência para um propósito. Isso foi a primeira coisa de que me dei conta, e isso contém um significado tremendo.''" Ele continua para declarar: "''Eu construí um movimento intelectual nas universidades e igrejas que chamamos A Cunha, que é devotado à {scholarship} e publicações que fomenta este programa de questionar as bases materialistas da ciência. Um livro muito famoso que saiu da Cunha é o livro de Michael Behe, '[['A Caixa-Preta de Darwin']]', que teve um enorme impacto no mundo científico." ..."Agora, o jeito como eu vejo a lógica de nosso movimento é assim. A primeira coisa que você entende é que a teoria darwiniana não é verdadeira. Ela é falsificada por toda a evidência e a lógica é terrível. Quando você se dá conta disso, a pergunta seguinte que lhe ocorre é, bem, onde você poderia obter a verdade? Quando eu prego a partir da Bíblia, como eu freqüentemente faço nas igrejas e aos domingos, eu não começo com Gênesis. Eu começo com João 1:1. No início era o verbo. No início era a inteligência, o propósito e a sabedoria. A Bíblia entendeu isso corretamente. E os cientistas materialistas estão se iludindo."}}
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O Discovery Institute foi um agente significativo em muitos desses casos, fornecendo uma gama de apoio desde a assistência material a representantes eleitos federais, estaduais ou regionais na elaboração de projetos de lei até o apoio a pais individuais em confronto com seus conselhos escolares.<ref>"P. O Discovery Institute tem sido um líder no movimento do design inteligente? R. Sim, o Centro para a Ciência e a Cultura do Discovery Institute. P. E quase todos os indivíduos envolvidos com o movimento do design inteligente estão associados com o Discovery Institute? R. Todos os líderes estão, sim." [[Barbara Forrest]], 2005, testificando no julgamento do caso [[''Kitzmiller vs. Distrito escolar da área de Dover'']]. [http://www.talkorigins.org/faqs/dover/day6pm.html Kitzmiller Dove Testimony, Barbara Forrest]</ref> Em algumas batalhas estaduais, os vínculos dos proponentes do design inteligente com a [[agenda política]] e social do Discovery Institute e sua estratégia e o papel do instituto no debate foram postos a descoberto para o público e os legisladores, resultando em seus esforços serem temporariamente frustrados. O Discovery Institute assume a visão sofisticada de que toda publicidade é boa e que nenhuma derrota é real. Ele relaxou sua campanha para promover um currículo científico incluindo DI, e em alguns casos pediu que ele fosse tirado de consideração, em favor da exigência de que os professores de ciência apresentassem a evolução como uma "teoria em crise"; em outras palavras, ''divulgue a controvérsia''. A estratégia é passar, implacavelmente, de batalhas sobre {standards} à redação de currículos, à adoção de livros didáticos, e tudo novamente, fazendo o possível para minar a posição central da evolução na biologia.
 
Os membros do Discovery Institute têm vantagens significativas em dinheiro, sofisticação política e experiência sobre seus oponentes nas comunidades científicas e educacionais, que não têm o benefício do financiamento de benfeitores abastados, {staff} de apoio clérigo e técnico, campanhas de publicidade dispendiosas e uma ampla rede de contatos políticos.<ref>[http://www.lsj.com/apps/pbcs.dll/article?AID=/20050911/OPINION02/509110732/1087/opinion Intelligent design group is just a religious front] {{Wayback|url=http://www.lsj.com/apps/pbcs.dll/article?AID=%2F20050911%2FOPINION02%2F509110732%2F1087%2Fopinion |date=20060627201715 }} by Fred Barton, ''Lansing State Journal''. 11 de setembro de 2005</ref><ref>[http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A32444-2005Mar13.html Battle on Teaching Evolution Sharpens] By Peter Slevin ''[[Washington Post]]'', 14 de março de 2005</ref><ref>[http://www.nytimes.com/2005/08/21/national/21evolve.html?ex=1282276800&en=24bc7c9b16cac8a8&ei=5088&partner=rssnyt&emc=rss Politicized Scholars Put Evolution on the Defensive] By Jodi Wilgoren, ''New York Times'', 21 de agosto de 2005</ref>
 
A campanha "Divulgue a Controvérsia" do Discovery Institute é planejada para fazer o ''establishment'' científico parecer intolerante a novas ideias, como se ele estivesse tentando asfixiar e suprimir novas descobertas científicas que desafiam o ''status quo''. Isto é feito com o conhecimento de que é improvável que muitos no público compreendam biologia avançada, ou possam consultar a literatura científica existente ou contatar organizações científicas de prestígio para verificar as alegações do Discovery Institute. Esta parte da estratégia também {plays} em correntes subterrâneas de anti-intelectualismo e desconfiança da ciência e dos cientistas que podem ser encontradas segmentos particulares da sociedade americana.<ref>"{some hair-splitting} que só poderia parecer ridículo a observadores de fora." O que parece aos cientistas ser uma refutação muito convincente aos argumentos de Dembski feita pelo Dr. Schneider é pintado aos não cientistas, e especialmente ao público, como um ridículo {hair-splitting}" [http://www.designinference.com/documents/2004.04.Backlash.htm Dealing with the Backlash Against Intelligent Design] {{Wayback|url=http://www.designinference.com/documents/2004.04.Backlash.htm |date=20110227021047 }} [[William A. Dembski]]. Designinference.com, [[14 de abril]] de 2004</ref>
 
Há um conflito notável entre o que os apoiadores do DI dizem ao público através da mídia e o que eles dizem diante de audiências cristãs conservadoras.<ref>Barbara Forrest. {Expert Testimony}. Transcrição do julgamento do caso ''[[Kitzmiller vs. Distrito escolar da área de Dover]]'', Dia 6 (5 de outubro) "O que estou falando é da essência do design inteligente, e a essência dele é o realismo teísta tal como definido pelo Professor Johnson. Agora, isso se mantém de pé por si mesmo, bem à parte de quais sejam seus motivos. Eu também estou falando da definição de design inteligente pelo Dr. Dembski como a teologia do Logos do Evangelho de João. Isso se mantém de pé por si mesmo." ... "O design inteligente, tal como ele é entendido pelos proponentes que estamos discutindo hoje, envolve um criador sobrenatural, e essa é a minha objeção. E eu objeto a ele tal como eles o definiram, como o Professor Johnson definiu o design inteligente, e como o Dr. Dembski definiu o design inteligente. E essas duas definições são basicamente religiosas. Elas envolvem o sobrenatural."</ref> Isto é estudado e deliberado, como advogado pelo autor da estratégia da cunha Phillip E. Johnson.<ref>"O objetivo (da Estratégia da Cunha) é convencer as pessoas de que o darwinismo é inerentemente ateísta, assim deslocando o debate de criacionismo vs. evolução para a existência de Deus vs. a não existência de Deus. A partir daí as pessoas são apresentadas à 'verdade' da Bíblia e então à 'questão do pecado' e finalmente 'apresentadas a Jesus'." Phillip Johnson. Church and State Magazine, abril de 1999, tal como citado por [http://www.humanistsnps.com/Article.asp?AID=277 Not Intelligent, and Surely Not Science] {{Wayback|url=http://www.humanistsnps.com/Article.asp?AID=277 |date=20071011042007 }} Michael Shermer. Los Angeles Times, 30 de março de 2005. [http://www.livescience.com/humanbiology/050922_ID_main.html Intelligent Design: An Ambiguous Assault on Evolution] Ker Than. LiveScience, 22 de setembro de 2005. [http://www.rwor.org/a/021/intelligent-design-trial.htm "Intelligent Design": Stealth War on Science] {{Wayback|url=http://www.rwor.org/a/021/intelligent-design-trial.htm |date=20110128151230 }} Revolution #021, 6 de novembro de 2005.</ref><ref>Phillip Johnson. ''Touchstone: A Journal of Mere Christianity''. July/August 1999."...a primeira coisa que se deve fazer é tirar a Bíblia da discussão. ...Isto não significa que os assuntos bíblicos não sejam importantes; o ponto, em vez disso, é mais precisamente que o momento para abordá-los será depois que tenhamos separado preconceito materialista de fato científico." [http://www.arn.org/docs/johnson/le_wedge.htm A Cunha]</ref> Ao falar para uma audiência {mainstream} e para a mídia, os proponentes do DI moldam o DI como uma teoria científica secular. Mas ao falar para o que o Documento da Cunha chama de seu "{constituency} natural, a saber, os cristãos (conservadores)", os proponentes do DI se expressam em linguagem inequivocamente religiosa. Isto na crença de que eles não podem {afford} alienar seu {constituency} e principais fontes de financiamento, virtualmente todos dos quais são organizações religiosas conservadoras e indivíduos tais como [[Howard Ahmanson, Jr|Howard Ahmanson]].<ref name=opinionmakers_constituency/>
 
Tendo escrito extensivamente sobre o DI, o filósofo da ciência [[Robert Pennock]] diz: "Ao fazer lobby para o DI nas escolas públicas, os membros da cunha às vezes negam que o DI faça qualquer alegação a respeito da identidade do designer. É irônico que sua estratégia política os leve a negar Deus em praça pública mais vezes do que Pedro fez."<ref>[[Robert T. Pennock|Pennock, Robert T.]]. [http://www.msu.edu/~pennock5/research/papers/Pennock*DNAbyDesign.pdf DNA by Design?: Stephen Meyer and the Return of the God Hypothesis]. In Ruse, Michael and William Dembski (eds) ''Debating Design''. New York: Cambridge University Press, (pp. 130 - 148, 2004)</ref>
 
Além disso, os defensores da cunha agora estão desaprovando sua própria terminologia porque o termo "design inteligente" tornou-se um inconveniente para eles desde a sentença no caso ''[[Kitzmiller vs. Distrito escolar da área de Dover]]''.<ref>"Em um país no qual mais de 50 por cento dos adultos regularmente dizem aos entrevistadores que eles acreditam que Deus criou os humanos em sua presente forma dentro dos últimos 10.000 anos, entretanto, haverá sem dúvida uma quarta onda que apresentará mais uma estratégia para promover o criacionismo questionando a evolução. Parece que esta próxima onda descartará a bagagem criacionista e de design inteligente e se concentrará exclusivamente em uma estratégia de 'divulgue a controvérsia'." [http://content.nejm.org/cgi/content/full/354/21/2277 Intelligent Judging — Evolution in the Classroom and the Courtroom] George J. Annas, ''[[New England Journal of Medicine]]'', Volume 354:2277-2281 25 de maio de 2006</ref> Por causa do sucesso da campanha de relações públicas do Discovery Institute em tornar "design inteligente" uma expressão de uso doméstico e da sentença no caso ''Kitzmiller vs. Distrito escolar da área de Dover'' de que o DI é essencialmente religioso em sua natureza<ref>[[wikisource:Kitzmiller v. Dover Area School District/6:Curriculum, Conclusion#H. Conclusion|Ruling, Kitzmiller v. Dover Area School District, Conclusion]]</ref> mais pessoas o reconhecem como o conceito religioso do criacionismo. Tendo chegado perto de conseguir introduzir o DI nas aulas de ciências das escolas públicas em Kansas e Ohio onde eles conseguiram fazer com que o Conselho Estadual de Educação adotasse planos de aula com DI, os proponentes do design inteligente defenderam o "[[divulgue a controvérsia]]" como uma alternativa legalmente defensável ao ensino do design inteligente. A sentença de Kitzmiller também caracterizou "divulgar a controvérsia" como parte da mesma tática religiosa que a apresentação do design inteligente como uma alternativa à evolução.<ref>"tem o efeito de implicitamente reforçar teorias religiosas alternativas sobre origens sugerindo que a evolução é uma teoria problemática até mesmo no campo da ciência." . . . O efeito das ações dos réus em adotar a mudança de currículo foi impor uma visão religiosa das origens biológicas no curso de biologia, em violação da {Establishment Clause}. [[wikisource:Kitzmiller v. Dover Area School District/6:Curriculum, Conclusion#Page 134 of 139|Sentença, ''Kitzmiller vs. Distrito escolar da área de Dover'', página 134]]
</ref> Isto provocou uma mudança para uma posição de retirada, ensinando a "análise crítica" da teoria evolucionária. Ensinar a "análise crítica" é visto como um meio de ensinar todos os argumentos do DI sem ter que usar esse rótulo.<ref>[http://www.pandasthumb.org/archives/2006/07/no_one_here_but.html No one here but us Critical Analysis-ists...] {{Wayback|url=http://www.pandasthumb.org/archives/2006/07/no_one_here_but.html |date=20150906051325 }} [[Nick Matzke]]. The Panda's Thumb, 11 de julho de 2006</ref> Isso também retoma os temas da estratégia de [[divulgue a controvérsia]], enfatizando que o que eles dizem são os "pontos fortes e fracos" da teoria evolucionária e os "argumentos contra a evolução", que eles retratam como uma "teoria em crise".
 
==Exemplos da estratégia da cunha em ação==
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* [http://www.antievolution.org/features/wedge.pdf O documento da cunha original escaneado] ([[formato PDF]])
* [http://proscientia.wikispaces.com/A+cunha O documento da cunha traduzido para português]
*[https://web.archive.org/web/20060207030634/http://www.seattleweekly.com/news/0605/discovery-darwin.php Discovery's Creation] Uma breve história do Discovery Institute e de como o Documento da Cunha veio a público.
* [http://www.churchofvirus.org/virus.1Q99/0510.html Tim Rhodes põe uma cópia textual da cunha na Internet]
* [http://touchstonemag.com/archives/article.php?id=12-04-018-f The Wedge] Breaking the Modernist Monopoly on Science by Phillip E. Johnson. ''Touchstone, A Journal of Mere Christianity''. Volume 12, Issue 4. Julho/agosto de 1999
* [http://www.antievolution.org/features/wedge.html The Wedge Document]
* [https://web.archive.org/web/20050512085720/http://www.pubtheo.com/savedpages/discovery-institute-wedge-document.pdf The Wedge Strategy: So What?]
* [http://www.infidels.org/library/modern/barbara_forrest/wedge.html The Wedge at Work: How Intelligent Design Creationism Is Wedging Its Way into the Cultural and Academic Mainstream] Capítulo 1 do livro ''Intelligent Design Creationism and Its Critics'' por Barbara Forrest, Ph.D. MIT Press, 2001
* [http://www.arn.org/docs/johnson/le_wedge.htm The Wedge: Breaking the Modernist Monopoly on Science] por [[Phillip E. Johnson]]. Originalmente publicado em ''Touchstone: A Journal of Mere Christianity''. Julho/agosto de 1999.