Murray Rothbard: diferenças entre revisões

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Em 1953 casou-se com JoAnn Schumacher em [[Nova York]], a quem ele chamou "quadro indispensável" para a sua vida e trabalho.<ref>Scott Sublett, "Libertarians' Storied Guru," ''Washington Times'', 30 July 1987</ref> Morreu em 1995 em [[Manhattan]] de um ataque cardíaco. Quando morreu, o obituário do [[New York Times]] chamou Rothbard de "um economista e filósofo social ferozmente defensor da [[liberdade individual]] contra a intervenção do governo." <ref name="nytimes">[[David Stout]], [https://www.nytimes.com/1995/01/11/obituaries/murray-n-rothbard-economist-and-free-market-exponent-68.html Obituary: Murray N. Rothbard, Economist And Free-Market Exponent, 68], ''[[The New York Times]]'', January 11, 1995.</ref>
 
=== Economia ===
 
A [[Escola Austríaca]] vem de uma tradição filosófica [[racionalista]], i. e. compreende a obtenção de conhecimento como um processo de elaboração de teorias capazes de dar coesão aos fenômenos empíricos. Logo, tenta deduzir axiomas que expliquem a [[Teleologia|ação humana]], num estudo chamado de [[praxeologia]], da qual a economia é uma sub-área (embora a mais desenvolvida). Outra sub-área da praxeologia é a ciência-militar, se compreendida como um fenômeno racional, ao invés de um fenômeno cultural ([[polemologia]]).
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Murray Rothbard dedica um capítulo em ''Power and Market'' para o papel tradicional do economista. Rothbard nota que as funções do economista no [[livre mercado]], diferem muito das do economista em um [[mercado obstruído]]. "O que pode fazer um economista no livre mercado puro?" Rothbard pergunta. "Ele pode explicar o funcionamento da [[economia de mercado]] (uma tarefa vital, especialmente porque a pessoa ignorante tende a considerar a economia de mercado como mero caos desordenado), mas ele não pode fazer muito mais."
 
=== Visão política ===
 
Rothbard "combinou a economia [[laissez-faire]] de seu professor [[Ludwig von Mises]] com os pontos de vista absolutistas dos direitos do homem e a rejeição do estado que ele tinha absorvido a partir do estudo dos anarquistas individualistas americanos do século XIX, como [[Lysander Spooner]] e [[Benjamin Tucker]]". De Spooner e Tucker, Rothbard escreveu:
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Rothbard fez oposição ao que considerou uma super especialização da academia e tentou fundir as disciplinas de [[economia]], [[história]], [[ética]] e [[ciência política]] para criar uma "ciência da liberdade." Rothbard descreve a base moral para a sua posição anarcocapitalista em dois de seus livros: ''For New Liberty'', publicado em 1972, e ''The Ethics of Liberty'', publicado em 1982. Em seu ''Power and Market'' (1970), Rothbard descreve como uma economia sem estado funcionaria.
 
=== Auto propriedade ===
 
Em ''The Ethics of Liberty'', Rothbard afirma o direito de total auto-propriedade, como o único princípio compatível com um código moral que se aplica a qualquer pessoa - uma "ética universal" - e que é uma lei natural por ser o que é naturalmente melhor para o homem. Ele acreditava que, como resultado, aos indivíduos pertencem os frutos do seu trabalho. Consequentemente, cada pessoa tem o direito de trocar sua propriedade com os outros. Ele acreditava que, se um indivíduo mescla seu trabalho com a terra sem dono, então ele se torna dono legítimo dela. A partir desse ponto em que ela é propriedade privada, só pode trocar de mãos pelo comércio ou por presente. Ele também alegou que as terras tendem a não ficar sem utilização, salvo se faz sentido econômico não utilizá-las.
 
=== Anarcocapitalismo ===
 
Rothbard começou a considerar-se um anarquista da propriedade privada na década de 1950 e mais tarde começou a usar o termo "anarcocapitalista." Escreveu:
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No modelo [[anarcocapitalista]] de Murray Rothbard, agências de proteção concorrem no livre mercado e voluntariamente são apoiadas pelos consumidores que optam por utilizar seus serviços de protecção e judiciário. Anarcocapitalismo significaria o fim do monopólio estatal em vigor.
 
=== Crianças e direitos ===
 
Em ''Ethics of Liberty'' Rothbard explora, em termos de auto-propriedade e contrato, várias questões contenciosas relativas a direitos de crianças. Estes incluem direito das mulheres ao aborto, proibição de agressão de pais contra as crianças, bem como a questão do estado obrigar os pais a cuidar dos filhos, incluindo aqueles com problemas de saúde graves. Ele também argumenta que as crianças têm o direito de fugir dos pais e procurar novos guardiões assim que optarem por fazê-lo. Sugeriu que os pais têm o direito de colocar uma criança para adoção, ou mesmo vender seus direitos sobre a criança em um contrato voluntário. Ele também discute como o atual sistema de justiça juvenil pune crianças por fazer escolhas de "adulto", remove crianças desnecessariamente e contra a sua vontade dos pais, muitas vezes colocando-as sob maus cuidados. Em outros escritos Rothbard também apóia o direito de crianças trabalharem em qualquer idade, em parte por apoiar a sua libertação dos pais ou de outras autoridades.
 
=== Ativismo Político ===
 
Quando jovem, considerou-se parte da [[Velha Direita]], um ramo antiestatista e anti-intervencionista do [[Partido Republicano (Estados Unidos)|Partido Republicano]] dos EUA. Quando os chamados ''cold warriors'' intervencionistas da ''National Review'', tais como William F. Buckley Jr., ganharam influência no Partido Republicano na década de 1950, Rothbard saiu do partido. William F. Buckley depois iria escrever um amargo obituário na ''National Review'' criticando as opiniões políticas de Rothbard.