Judeus: diferenças entre revisões

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Um '''judeu''' (em [[Língua hebraica{{langx|he|ְהוּדִי|hebraico]]: יְהוּדִי, [[Transliteração|transl.]] ''Yehudi'',}}; no [[singular]]; {{lang|he|יְהוּדִים}}, ''Yehudim'', no [[plural]]; [[Judeu-espanhol{{langx|lad|ladino]]: ג׳ודיו}}, ''Djudio'', sing.; {{lang|lad|ג׳ודיוס}}, ''Djudios'', pl.; [[Língua iídiche{{langx|yi|iídiche]]: ייִד}}, ''Yid'', sing.; {{lang|yi|ייִדן}}, ''Yidn'', pl.) é um membro do [[grupo étnico]] e [[Religião|religioso]] originado nas [[Tribos de Israel]] ou [[hebreus]] do [[Antigo Oriente]]. O grupo étnico e a [[Judaísmo|religião judaica]], a fé tradicional da nação judia, são fortemente inter-relacionados, e pessoas convertidas para o judaísmo foram incluídas no povo judeu e judeus convertidos para outras religiões foram excluídos do povo judeu durante séculos.
 
Os judeus ao longo dos séculos foram alvo de uma longa história de [[perseguição|perseguições]] em várias terras, resultando numa população que teve frequentemente sua distribuição demográfica alterada ao longo dos séculos. A maioria das autoridades coloca o número de judeus entre 12 e 14 milhões, representando 0,2% da atual [[população mundial]] estimada.<ref name=JPPI2006>{{Citar web | titulo= Annual Assessment | url =http://www.jpppi.org.il/JPPPI/SendFile.asp?DBID= 1&LNGID =1&GID= 443 | ano =2006 | publicado= Jewish People Policy Planning Institute | pagina = 11 | formato= PDF }}</ref> De acordo com a Agência Judia para Israel, no ano de 2007 havia 13,2 milhões de judeus mundialmente; 5,4 milhões (40,9%) em Israel, 5,3 milhões (40,2%) nos Estados Unidos, e o resto distribuído em comunidades de vários tamanhos no mundo inteiro.<ref name=pfef>{{Citar web | url= http://www.haaretz.com/hasen/spages/903585.html | titulo =Jewish Agency: 13.2 million Jews worldwide on eve of Rosh Hashanah, 5768 |acessodata=13 de setembro de 2007 | publicado =Haaretz Daily Newspaper Israel | ultimo= Pfeffer | primeiro = Anshel }}</ref> Esses números incluem todos aqueles que se consideram judeus se afiliados ou não e, com a exceção da população judia de Israel, não inclui aqueles que não se consideram judeus ou que não são judeus por [[halachá]]. A população total mundial judia, entretanto, é difícil de medir. Além das considerações ''[[halachá|haláhicas]]'', há fatores seculares, [[Lei do retorno|políticos]] e identificações ancestrais definindo quem é judeu e que aumentam o quadro consideravelmente.<ref name=pfef/> Mais precisamente, segundo os censos divulgados nas enciclopédias Britannica e Mirador (Barsa) (edições 1957, 1960, 1967), logo após a [[Segunda Guerra Mundial|segunda grande guerra]], de sua totalidade, restaram apenas 200.000 indivíduos.
 
== Etimologia ==
[[Imagem:Jewish Children with their Teacher in Samarkand.jpg|thumb|left|Professor judeu em [[Samarcanda]], no [[Uzbequistão]]. Foto de cerca de 1905 a 1915.]]
A palavra "judeu" originalmente era usada para designar aos filhos de Judá, filho de Jacó, posteriormente foi designado aos nascidos na [[Judeia]].<ref>[[Evaristo de Miranda|Eduardo de Miranda, Evaristo]]. [http://www.cienciaefe.org.br/jornal/0406/Mt01.htm "Um rabino da Galileia."] ''Instituto Ciência e Fé.'' Junho de 2004. Acesso em [[20 de maio]] de [[2008]].</ref> Depois da libertação do [[cativeiro da Babilônia]], os [[hebreus]] começaram a ser chamados de judeus. A palavra portuguesa "judeu" se origina do [[latim]] ''judaeu'' e do [[Língua grega|grego]] ''ioudaîos''. Ambas palavras vêm do [[aramaico]], ''יהודי'', pronuncia-se "iahude". O primeiro registro do vocábulo em português foi no ano de 1018.<ref>da Silva, Deonísio. "[http://caras.ig.com.br/etmologia/etmologia_21.htm Personalidade, do latim personalitate, formou-se a partir do etrusco...]". [[Revista Caras]]. Acesso em [[19 de junho]] de [[2008]].</ref>
 
Palavras etimologicamente semelhantes são usadas em outras línguas, tais como ''jew'' ([[Língua inglesa|inglês]]), ''jude'' ([[Língua alemã|alemão]]), ''jøde'' ([[Língua dinamarquesa|dinamarquês]]), ''يهودي'' ou ''yahudi'' ([[Língua árabe|árabe]]). No entanto, variações da palavra "[[Hebreus|hebreu]]" também são usadas para designar um judeu, como acontece em ''ebreo'' ([[italiano]]), ''еврей'' ou ''yevrey'' ([[russo]]), ''εβραίος'' ou ''εvraios'' ([[Língua grega|grego]] moderno) e ''evreu'' ([[Língua romena|romeno]]). Em [[Língua turca|turco]], a palavra usada é ''musevi'', derivada de [[Moisés]].
 
== Judeus e judaísmo ==
{{artigo principal|[[História judaica]]}}
 
A origem dos judeus é tradicionalmente datada para aproximadamente [[{{AC|2000 a.C]]|n}} na [[Mesopotâmia]], quando a destruição de [[Ur]] e da [[Caldeia]] forçou a população a imigrar para outros lugares. A família de [[Abraão]] estava entre aqueles que estavam imigrando para a [[Assíria]].<ref>Schiffman (1991), p. &nbsp;20</ref> Abraão é considerado o fundador do [[Judaísmo]]judaísmo.<ref>Penney (1995), p. 32</ref>
[[Imagem:Petrie 1897 plate14.png|thumb|270px|A [[Estela de Merneptá]].]]
A [[Estela de Merneptá]], datada para {{AC|1200 a.C|x}}, é um dos mais antigos registros arqueológicos do povo judeu na [[Terra de Israel]], onde o judaísmo, a primeira religião [[monoteísmo|monoteísta]], se desenvolveu. De acordo com relatos da [[Bíblia]], os judeus desfrutaram períodos de [[autodeterminação]] primeiramente sob juízes bíblicos de [[Otniel]] até [[Sansão (Bíblia)|Sansão]]. Depois, em aproximadamente {{AC|1000 a.C|x}}, [[David|Rei Davi]] estabeleceu [[Jerusalém]] como a capital do Reino Unido de Israel e Judá, também conhecido como a ''Monarquia Unida'', e de lá reinaram as Doze [[Tribos de Israel]].
[[Imagem:Jerusalem Ugglan 1.jpg|thumb|left|270px|Reconstrução do [[Templo de Salomão]].]]
Em {{AC|970 a.C|x}}, Salomão, o filho do Rei Davi, tornou-se [[Reino de Israel|rei de Israel]].<ref name="wwbible">Michael (2005), pp. 20-1, 67</ref> Dentro de uma década, Salomão começou a construir o [[Templo de Jerusalém]] conhecido como o ''Primeiro Templo''. Depois da morte de Salomão (em {{AC|930 a.C|x}}),as doze tribos se dividiram e as dez tribos do norte criaram o [[Reino de Israel]]. Em {{AC|722 a.C|x}}, os Assírios conquistaram o Reino de Israel e expulsaram os judeus, começando a [[Diáspora judaica]]. Num tempo de mobilidades e jornadas limitadas, os judeus se tornaram os primeiros e mais visíveis imigrantes. Naquele tempo, como hoje, os imigrantes eram tratados com suspeitas.
 
O período do Primeiro Templo acabou em {{AC|586|x}} quando os Babilônicos conquistaram o [[Reino de Judá]] e destruíram o [[Templo de Jerusalém]]. Em {{AC|538|x}}, depois de 50 anos de [[Cativeiro Babilónico]], o rei [[Império Aquemênida|persa]] {{lknb|Ciro|II}} permitiu que os judeus regressassem para reconstruir [[Jerusalém]] e o templo sagrado. A construção do [[Segundo Templo]] foi completada em {{AC|516|x}} durante o reino de [[Dario I]], setenta anos após a destruição do Primeiro Templo.<ref>Sicker (2001), p.&nbsp;2</ref><ref>{{citar web|url=http://www.bu.edu/mzank/Jerusalem/p/period2-3.htm|título=Center of the Persian Satrapy of Judah (539-323)|acessodata=22 de janeiro de 2007|publicado=Boston University|último=Zank|primeiro=Michael}}</ref> Quando [[Alexandre, o Grande]] conquistou o Império Persa, a Terra de Israel ficou sob [[Helenismo|controle helenístico]] e depois sob controle da [[Dinastia ptolomaica]] que depois o perdeu para o [[Império Selêucida]]. A tentativa dos selêucidas de reformar Jerusalém como uma [[polis]] helenística chegou ao máximo em {{AC|168 a.C|x}} com a bem sucedida revolta dos [[Macabeus]] de [[Matatias]] o [[Sumo Sacerdote de Israel|Sumo Sacerdote]] e os seus cinco filhos contra [[Antíoco IV Epifânio]], e o estabelecimento deles do [[Hasmoneus|Reino Hasmoneu]] em {{AC|152 a.C|x}} com Jerusalém novamente como sua capital.<ref>Schiffman (1991), pp. &nbsp;60-79</ref> O Reino Hasmoneu durou mais de cem anos, mas quando o [[Império Romano]] se fortaleceu ele instalou [[Herodes, o Grande|Herodes]] como um "rei freguês" judeu, ou seja, aquele que governa um estado satélite (estado independente que tem muita influência de um outro país). O Reino de Herodes também durou cem anos. O fato de os judeus serem derrotados na [[Primeira guerra judaico-romana|Grande Revolta Judaica]] em {{DC|70 d.C|x}}, a primeira das [[Guerras judaico-romanas]], e na [[Revolta de Barcoquebas]] em 135 contribuiu para os números e a [[geografia]] da diáspora, pois uma grande parte da população judaica da Terra de Israel foi exilada e muitas pessoas foram vendidas como [[escravo]]s por todo o [[Império Romano]]. Desde então, judeus começaram a morar em quase todo os países do mundo, principalmente na [[Europa]] e [[Oriente Médio]], sofrendo discriminação, [[preconceito]], opressão, pobreza e até [[genocídio]] (''veja'': [[anti-semitismo]], [[Holocausto]]). Houve períodos, todavia, de prosperidade cultural, econômica e individual em vários locais, como em [[Alandalus]] e na [[Haskalá]].
O período do Primeiro Templo acabou em 586 a.C quando os Babilônicos conquistaram o [[Reino de Judá]] e destruíram o [[Templo de Jerusalém]]. Em 538 a.C, depois de 50 anos de [[Cativeiro Babilónico]], o rei [[História do Irão#O primeiro Império Persa: a Pérsia Aquemênida (648 a.C.-330 a.C.)|persa]] [[Ciro II]] permitiu que os judeus regressassem para reconstruir [[Jerusalém]] e o templo sagrado. A construção do [[Segundo Templo]] foi completada em 516 a.C durante o reino de [[Dario I]], setenta anos após a destruição do Primeiro Templo.<ref>Sicker (2001), p. 2</ref><ref>{{citar web
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}}</ref> Quando [[Alexandre, o Grande]] conquistou o Império Persa, a Terra de Israel ficou sob [[Helenismo|controle helenístico]] e depois sob controle da [[Dinastia ptolomaica]] que depois o perdeu para o [[Império Selêucida]]. A tentativa dos selêucidas de reformar Jerusalém como uma [[polis]] helenística chegou ao máximo em 168 a.C com a bem sucedida revolta dos [[Macabeus]] de [[Matatias]] o [[Sumo Sacerdote de Israel|Sumo Sacerdote]] e os seus cinco filhos contra [[Antíoco IV Epifânio]], e o estabelecimento deles do [[Hasmoneus|Reino Hasmoneu]] em 152 a.C com Jerusalém novamente como sua capital.<ref>Schiffman (1991), pp. 60-79</ref> O Reino Hasmoneu durou mais de cem anos, mas quando o [[Império Romano]] se fortaleceu ele instalou [[Herodes, o Grande|Herodes]] como um "rei freguês" judeu, ou seja, aquele que governa um estado satélite (estado independente que tem muita influência de um outro país). O Reino de Herodes também durou cem anos. O fato de os judeus serem derrotados na [[Primeira guerra judaico-romana|Grande Revolta Judaica]] em 70 d.C, a primeira das [[Guerras judaico-romanas]], e na [[Revolta de Barcoquebas]] em 135 contribuiu para os números e a [[geografia]] da diáspora, pois uma grande parte da população judaica da Terra de Israel foi exilada e muitas pessoas foram vendidas como [[escravo]]s por todo o [[Império Romano]]. Desde então, judeus começaram a morar em quase todo os países do mundo, principalmente na [[Europa]] e [[Oriente Médio]], sofrendo discriminação, [[preconceito]], opressão, pobreza e até [[genocídio]] (''veja'': [[anti-semitismo]], [[Holocausto]]). Houve períodos, todavia, de prosperidade cultural, econômica e individual em vários locais, como em [[Alandalus]] e na [[Haskalá]].
 
Até o final do [[Século {{séc|XVIII]]}}, os termos ''judeus'' e ''aderentes do judaísmo'' eram praticamente sinônimos, e o judaísmo era a principal ligação entre os judeus, independentemente do grau de aderência de cada um. Após o [[Iluminismo]] e sua contraparte judaica [[Haskalá]], uma gradual transformação ocorreu durante a qual muitos judeus declarassem ser membros da nação judaica não implicava ter aderido à sua fé.
 
O substantivo hebreu "Yehudi" (plural ''Yehudim'') originalmente se referia-se à tribo de Judá<ref>{{citar web|url=http://www.jewfaq.org/whoisjew.htm |título=Who Is a Jew? |acessodata=30 de junho de 2008 |publicado=JewFAQ.org }}</ref>. Depois, quando o [[Reino de Israel]] se separou do Reino da Israel Meridional, o Reino de Israel do Sul começou a se referir pelo nome de sua tribo predominante, ou como o [[Reino de Judá]]. O termo originalmente se referia aos membros do reino meridional, embora o termo ''B'nei Yisrael'' (Os filhos de Israel, ou israelitas) fosse ainda usado para os dois reinos. Depois que os [[assírio]]s conquistaram o reino setentrional, deixando o reino meridional como o único estado israelita, a palavra ''Yehudim'' gradualmente torna-se o principal vocábulo ou termo usado para se referir às pessoas que se aderiram à fé judaica, ao invés de somente às pessoas do Reino de Judá. A palavra portuguesa ''judeu'' é no final das contas derivada da palavra ''Yehudi'' (''veja'': [[Judeu#Etimologia|Etimologia]]). A primeira utilização desta palavra no [[Tanakh]] (Bíblia Hebraica ou Velho Testamento) para referir-se às pessoas da fé judaica está no [[Livro de Ester]].
 
== Quem são os judeus ==
{{Sem-fontes|data=março de 2010}}
[[Ficheiro:Western wall jerusalem night.jpg|thumb|250px|O [[Muro das Lamentações|Muro Ocidental]] em [[Jerusalém]] é o que resta do [[Segundo Templo]] de [[Salomão]].]]
A pergunta "quem são os judeus?" gera um debate político, social e religioso entre os diversos grupos judaicos sobre quem pode ser considerado como tal.
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Contudo, esses dois assuntos são repletos de divergências. Quanto às conversões, existem divergências principalmente sobre a formação dos tribunais judaicos responsáveis pelos atos. Isso faz com que pessoas convertidas através de um tribunal judaico reformista ou conservador não sejam aceitas nos círculos ortodoxos e seus rabinos que exigem um tribunal formado somente por rabinos ortodoxos, pois entendem serem outros rabinos incapazes de fazer o converso entender a grandeza da lei que está tomando sobre si. Por outro lado, o [[judaísmo reformista]] e conservador, acusa os ortodoxos de fazerem exigências absurdas, não mais se preocupando com a essência do ser judeu e sim, com regras e rigidez desnecessária.
 
Já quanto a descendência judaica, a divergência aparece na definição de quem viria a linha judaica, se matrilinearmente, patrilinearmente ou ambas as hipóteses. A primeira é a majoritária, sendo apoiada pelo [[religiosidade judaica|judaísmo rabínico]] ortodoxo e conservador. Essa tese têm força e raio de ação maiores por ser adotada pelo Estado de Israel, além de grande parte das comunidades ao redor do mundo. Porém, a patrilinearidade é defendida pelo [[Caraísmo|judaísmo caraíta]] e os judeus Kaifeng da [[China]], grupos separados dos grandes centros judaicos e que desenvolveram sob tradições diferentes com base em costumes que remontam a vários séculos passados. Por último, existe a tese que ambos os pais podem dar ao filho a condição de judeu que é defendida pelo [[judaísmo reformista|judeus reformistas]] que em março de [[1983]] por três votos a um reconheceu a validade da descendência paterna mesmo que a mãe não seja judia desde que a criança seja criada como judeu e se identifique com a fé judaica.
 
Questões de como atitudes e comportamentos podem abalar a identidade judaica, também entram na discussão. Como por exemplo se um judeu que faz tatuagens ou que nega sua religião ou ascendência, pode continuar sendo considerado como tal. Apesar de um judeu necessariamente não ter que seguir o [[judaísmo]], as autoridades religiosas geralmente enfatizam o risco da assimilação do povo judeu ao abandonar os mandamentos e tradições do judaísmo. Porém defende-se que não importa a geração ou ações futuras de pai ou mãe, o judaísmo e o consequente "ser judeu" é um direito natural da criança.
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==Divisões étnicas==
{{artigo principal|[[Etnias judaicas]]}}
[[Imagem:Jews china.jpg|thumb|right|200px|Judeus chineses, fim do [[século {{séc|XIX]]}} ou começo do [[século {{séc|XX]]}}.]]
Dentro da população judaica do mundo, que é considerada um [[grupo étnico]], há divisões étnicas distintas, a maioria sendo o resultado das ramificações geográficas da população [[Israelita]], e subsequentemente de independentes evoluções.
 
Várias comunidades judaicas foram estabelecidas por colonos judeus em muitos lugares ao redor do [[Velho Mundo]], muitas vezes bem distantes de outras assim resultando num quase permanente ou às vezes permanente isolamento de outras comunidades judaicas. Durante o [[milênio]] das [[diáspora judaica]]s as comunidades se desenvolveram sob as influências [[política]]s, [[cultura]]is, [[natureza|naturais]] e [[população|populacionais]] de seus ambientes locais. Atualmente, manifestações dessas diferenças entre as divisões étnicas judaicas podem ser observadas nas expressões culturais judaicas de cada comunidade, na [[Línguas judaicas|diversidade linguística judaica]] e nas mesclas entre as populações judaicas.
 
Historicamente, as divisões étnicas entre judeus foram divididas em dois principais grupos: os ''[[asquenazitas]]'' (Hebraico: אַשְׁכֲּנָזִים, transliterado "Ashkenazim"), ou "alemães" (Ashkenaz significando "[[Alemanha]]" em hebraico medieval, denotando suas origens da [[Europa Central]]), e os ''[[sefarditas]]'' (Hebraico: ספרדים, transliterado "S'faradim), ou "espanhóis" (S'farad significando "[[Espanha]]" ou "[[Península Ibérica|Ibéria]]" em hebraico, denotando suas origens espanhóis e [[Portugal|portuguesas]]).<ref>Cahill (1999), p. 55.</ref> Os ''[[Judeus Mizrahi|mizrahim]]'', ou "orientais" (Mizrach significando "Oriente" em Hebraico), isto é, judeus [[Oriente Médio|médio-orientais]], [[Ásia Central|centro-asiáticos]], [[Cáucaso|caucasianos]] e [[Norte de África|norte africanos]], podem constituir um terceiro grupo principal e os [[Judeus do Iêmen|Teimanim]] (Hebraico:תֵּימָנִים, translitera "teimanim") ou "iemenitas (Teiman significando "[[Iêmen]]" em hebraico, mas representa os judeus também de [[Omã]]) podem formar um quarto<ref name="ruthenberg">Ruthenberg, R.E..[http://www.areco.org/Pollution-Ethnic%20Health%20Impacts.pdf "Jewish Genetic Sensitivity to Pollution Accentuated Disease"] ''Pollution-Ethnic Health Impacts.'' Abril de 2004. Acessado em [[22 de maio]] de [[2008]].</ref>.
[[Imagem:Cochin Jews.jpg|thumb|left|200px|Judeus indianos, cerca de 1900.]]
Grupos judaicos menores incluem os [[História dos judeus na Índia|judeus indianos]] incluindo os [[Bene Israel]]<ref name="ruthenberg"/>, [[Bnei Menashe]], [[Judeus Malabar]] e [[Bene Efraim]]; os [[Romaniotes]] da [[Grécia]]<ref name="ruthenberg"/> ; os [[Italkim]] ou Bené Romada [[Itália]]; diversos [[judeus africanos]], incluindo mais numerosamente os [[Beta Israel]] da [[Etiópia]]<ref name="ruthenberg"/> ; e os [[História dos judeus na China|judeus chineses]], mais notavelmente os [[judeus de Kaifeng]], como também outras mas atualmente extintas comunidades.
[[Imagem:Falash Mura kid.jpg|thumb|right|200px|Um menino [[Beta Israel]], em 2005.]]
As divisões entre todos esses grupos são duras e suas fronteiras não são sólidas. Os ''[[Judeus Mizrahi|mizrahim]]'', por exemplo, são uma coleção heterogênea de comunidades judaicas [[Norte de África|norte-africanas]], [[Ásia Central|centro-ásiaticas]], [[Cáucaso|caucasianas]] e [[Oriente Médio|médio-orientais]] que são frequentemente tanto não relacionados um ao outro como são para qualquer dos grupos judaicos anteriormente citados. Em uso moderno, porém, os ''mizrahim'' são chamados de ''sefaraditas''<ref name="ruthenberg"/> por causa de estilos similares de liturgia, apesar de independentes evoluções dos sefarditas. Assim, entre Mizrahim há [[História dos judeus no Iraque|judeus iraquianos]], [[História dos judeus no Egito|judeus egípcios]], [[judeus bérberes]], [[História dos judeus no Líbano|judeus libaneses]], [[judeus curdos]], [[História dos judeus na Líbia|judeus líbios]], [[História dos judeus na Síria|judeus sírios]], [[judeus bukharan]], [[juhurim]]<ref name="ruthenberg"/>, [[judeus georgianos]]<ref name="ruthenberg"/>, [[abayudaya]]<ref name="ruthenberg"/> e vários outros. Os [[Judeus do Iêmen|Teimanim]] do [[Iêmen]] e [[Omã]] são às vezes incluídos, embora seu estilo de liturgia seja único e eles se diferenciem em respeito às mesclas encontradas entre eles e as mesclas encontradas nos mizrahim<ref name="ruthenberg"/>. Além disso, há uma diferenciação feita entre as preexistentes comunidades judaicas médio-orientais e norte-africanas como distintas dos descendentes dos emigrantes sefarditas que se estabeleceram na Europa, no Oriente Médio e no Norte da África depois da expulsão dos judeus da Espanha pelos [[Reis Católicos]] em 1492<ref name="reconstruct">Elazar, Daniel J.. [http://www.jcpa.org/dje/articles3/sephardic.htm "Can Sephardic Judaism be Reconstructed?"] Jerusalem Center for Public Affairs. Acessado em [[24 de março]] de [[2006]]}}</ref> e alguns anos depois da expulsão decretada em [[Portugal]].<ref name="ruthenberg"/>
 
Apesar dessa diversidade, os judeus asquenazitas representam a maioria do moderno povo judeu, com aproximadamente 80%<ref name="ruthenberg"/> dos judeus mundialmente (e até quase 92% antes da [[Segunda Guerra Mundial]] e [[Holocausto]])<ref name="reconstruct"/>. Como resultado de sua emigração da Europa durante as épocas de guerra, os asquenazitas também representam a maioria esmagadora dos judeus nos continentes do [[Novo Mundo]] e em continentes anteriormente sem nativos judeus, como no [[Brasil]], no [[Uruguay]], na [[Argentina]]<ref>__ [http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Holocaust/36quest2.html "The Simon Wiesenthal Center's 36 Questions About the Holocaust (19-29)"]. ''Jewish Virtual Library.'' Acessado em [[22 de maio]] de [[2008]].</ref>, nos [[Estados Unidos]], no [[Reino Unido]]<ref>Arnon, Chana. [http://yad-vashem.org.il/education/conference2004/Arnon,%20Chana%20-%20%20Jews%20Rescuing%20Jews%20During%20the%20Holocaust%20.pdf "Jews Rescuing Jews during the Holocaust."] ''Yad Vashem.'' Acessado em [[22 de maio]] de [[2008]].</ref>, no [[Canadá]], na [[Austrália]], na [[África do Sul]]<ref>Wertz, Richard R.. [http://www.ibiblio.org/chinesehistory/contents/02cul/c05s02.html "Judiasm."] ''Exploring Chinese History.'' Acessado em [[22 de maio]] de [[2008]].</ref>, entre outros lugares. Na [[França]], a emigração de mizrahim do Norte de África levou eles a serem de maior número que os preexistentes judeus europeus. Somente em [[Israel]] a população judaica representa todos os grupos, independente da proporção de cada grupo dentro da população judaica mundial.
 
===Evidência de DNA===
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Um estudo publicado pela [[United States National Academy of Sciences|National Academy of Sciences]] descobriu que, "Os resultados suportam a hipótese de que o conjunto [[genético]] paternal das comunidades judaicas da [[Europa]], da [[África do Norte]] e do [[Oriente Médio]] descenderam de uma população ancestral comum médio-oriental, e sugerem que a maioria das comunidades judaicas permaneciam relativamente isoladas de comunidades vizinhas não judaicas durante e depois da diáspora."<ref name="hammer"/>. Os pesquisadores ficaram surpresos com a extraordinária uniformidade genética que eles descobriram entre judeus modernos, não importa para onde a [[diáspora]] os tenha espalhado pelo mundo. Contradizendo a teoria do "[[mestiço]]", o [[DNA]] demonstrou consideravelmente menos inter-casamentos entre judeus durante os últimos 3000 anos que o achado em outras populações.
 
"Os resultados concordam com a [[História judaica|história]] e [[Cultura judaica|tradição dos judeus]] e refutam teorias como aquelas que afirmam que as comunidades judaicas consistem principalmente de conversos de outras [[fé]]s, ou que eles descendem dos [[cazares]], uma tribo [[Turquia|turca]] medieval que adotou o judaísmo."<ref name="New York Times">{{citar periódico| url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9D02E0D71338F93AA35756C0A9669C8B63|título=Y Chromosome Bears Witness to Story of the Jewish Diaspora |periódico= [[New York Times]] |data=9 de maio de -5-2000}}. Retirado em [[18 de junho]] de [[2008]].</ref>
 
Além disso, "A análise proveu testemunhas genéticas que essas comunidades guardaram, até um nível extraordinário, suas identidades biológicas afastadas das nações onde elas se hospedaram, evidência de relativamente poucos inter-casamentos ou [[Conversão (religião)|conversões]] para o judaísmo durante os últimos séculos."<ref name="New York Times"/> E outra descoberta, paradoxal mas não surpreendente, é que pelo parâmetro do [[cromossomo Y]], as comunidades judaicas do mundo são bem relacionadas aos [[Síria|sírios]] e aos [[Estado da Palestina|palestinos]].<ref>"[http://www.pnas.org/cgi/content/full/97/12/6769/F2 Plot of populations based on Y-chromosome haplotype data]". [[United States National Academy of Sciences|National Academy of Sciences]]. Retirado em [[18 de junho]] de [[2008]].</ref> Esse estudo descobriu que, "A extrema semelhança das populações judias e não judias médio-orientais observadas ... suporta a hipótese de uma origem médio-oriental comum,"<ref name="hammer">{{citar periódico| url= http://www.pnas.org/cgi/content/full/97/12/6769#F2|título=Jewish and Middle Eastern non-Jewish populations share a common pool of Y-chromosome biallelic haplotypes|primeiro =M. F.|último =Hammer|coautor=A. J. Redd, E. T. Wood, M. R. Bonner, H. Jarjanazi, T. Karafet, S. Santachiara-Benerecetti, A. Oppenheim, M. A. Jobling, T. Jenkins, H. Ostrer e B. Bonné-Tamir|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences|data=9 de maio de -5-2000| doi=10.1073/pnas.100115997| volume=97| pages=6769| pmid=10801975}}. Retirado em [[18 de junho]] de [[2008]].</ref> como faz o [[DNA mitocondrial]] de pelo menos 40% da atual população [[asquenazita]].<ref name="behar">{{citar periódico| url=http://www.ftdna.com/pdf/43026_Doron.pdf| título=The Matrilineal Ancestry of Ashkenazi Jewry: Portrait of a Recent Founder Event| primeiro=Doron M.| último=Behar| coautor=Ene Metspalu, Toomas Kivisild, Alessandro Achilli, Yarin Hadid, Shay Tzur, Luisa Pereira, Antonio Amorim, Lluı's Quintana-Murci, Kari Majamaa, Corinna Herrnstadt, Neil Howell, Oleg Balanovsky, Ildus Kutuev, Andrey Pshenichnov, David Gurwitz, Batsheva Bonne-Tamir, Antonio Torroni, Richard Villems, and Karl Skorecki| periódico=The American Journal of Human Genetics| data=março de [[2006]]| volume=78| issue=3| pmid=16404693| doi=10.1086/500307| acessodata=30 de julho de -7-2011| arquivourl=https://web.archive.org/web/20071202030339/http://www.ftdna.com/pdf/43026_Doron.pdf#| arquivodata=2 de dezembro de 2007| urlmorta=yes}}, pp. 487-497</ref> Então, embora os cazares possam possivelmente ter sido absorvidos na população judia mundial moderna como a conhecemos hoje, é improvável que eles tenham formado uma porcentagem significante de ancestrais de judeus modernos.<ref>''[http://www.kulanu.org/old/jewishdna.html The Y Chromosome Pool of Jews as Part of the Genetic Landscape of the Middle East] {{Wayback|url=http://www.kulanu.org/old/jewishdna.html# |date=20061207042446 }}'', Almut Nebel, Dvora Filon, Bernd Brinkmann, Partha P. Majumder, Marina Faerman, Ariella Oppenheim (''The American Journal of Human Genetics'', Volume 69, número 5. pp. 1095–1112).</ref>
 
Análises de DNA também determinaram que os judeus modernos descendentes dos ''[[Cohen|Cohanim]]'', a tribo sacerdotal, dividem um ancestral comum em Israel datando para 3000 anos atrás, 1700 anos mais velho que a conversão dos cazares ao judaísmo. Esse resultado é consistente para todas as populações judias ao redor do mundo.<ref name="hammer">{{citar periódico|título=Y Chromosomes of Jewish Priests|primeiro=M. F.|último=Hammer|coautor=Karl Skorecki, Sara Selig, Shraga Blazer, Bruce Rappaport, Robert Bradman, Neil Bradman, P.J. Waburton, Monic Ismajlowicz|periódico=NATURE, Volume 385|data=2 de janeiro de 1997|url=http://www.familytreedna.com/nature97385.html|acessodata=30 de julho de -7-2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080916113652/http://www.familytreedna.com/nature97385.html#|arquivodata=16 de setembro de 2008|urlmorta=yes}}</ref>
 
"Usando a combinação de [[genética molecular]] e análises matemáticas, os cientistas chegaram numa estimada data para o mais recente ancestral comum dos Cohanim contemporâneos. De acordo com essa análise, o ancestral comum vivia entre o [[êxodo]] (aprox. {{AC|1000 a.C|x}}) e a destruição do [[Primeiro Templo]] ({{AC|586 a.C|x}}), consistente com os relatos bíblicos. Resultados similares foram obtidos baseados em analises de comunidades tanto [[sefarditas]] quanto [[asquenazitas]], confirmando a ligação ancestral das suas comunidades que ficaram separadas por mais de 500 anos."
<ref name="American Society For Technion">{{citar periódico|título=Priestly Gene Shared By Widely Dispersed Jews |periódico=American Society For Technion, Israel Institute Of Technology | url=http://www.sciencedaily.com/releases/1998/07/980714071409.htm|data=14 de julho de -7-1998}}</ref> "Para datar o [[Sumo Sacerdote de Israel|sumo sacerdote]] original, a equipe de pesquisa usou uma fórmula baseada numa taxa de [[mutação]] geralmente aceita. Essa fórmula proveu 106 gerações para judeus asquenazitas e sefarditas, ou entre 2650 e 3180 anos, dependendo se uma geração é contada como 25 ou 30 anos."<ref name="American Society For Technion"/>
 
=== BiológicoBiologia ===
A explicação biológica evidente para ambos os fenômenos (diversidade de judeus e semelhança com a população onde vivem) é a miscigenação, que tomou formas diferentes em situações históricas diversas: casamentos mistos, proselitismo em grande escala, guerras e pogroms constantemente acompanhados de estupro (legalizado ou tolerado).
 
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===Estado de Israel===
{{artigoArtigo principal|[[Israel]]|Israelenses}}
{{AP|vt=s|Israelenses}}
 
[[Israel]], o [[estado-nação]] judeu, é o único país onde os judeus são a maioria dos cidadãos<ref>{{citar web|url=http://www.capitalethiopia.com/archive/2008/march/week2/feature.htm |título=Israel at 60 |acessodata=3 de julho de -7-2008 |último =Telahoun |primeiro =Tesfu |data=11 de março de 2008 |obra=Capital Ethiopia }}</ref><ref>{{citar web |url=http://web.israelinsider.com/Views/9811.htm |título=The Case for a Larger Israel |acessodata=3 de julho de -7-2008 |último=Naggar |primeiro=David |data=7 de novembro de 2006 |publicado=israelinsider.com }}{{Ligação inativa|data=janeiro de 2019}}</ref>. Israel foi estabelecido como um estado [[Parlamentarismo|democrático]] e independente em [[14 de maio]] de [[1948]].<ref name="cia">{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/is.html |publicado=Central Intelligence Agency |obra=The World Factbook |acessodata=24 de maio de -5-2008 |data=15 de maio de -5-2008|título=Israel}}</ref> Dos 120 membros em seu parliamento, a [[Knesset]]<ref>{{citar web|url=http://www.knesset.gov.il/description/eng/eng_mimshal_beh.htm |publicado=The Knesset |acessodata=8 de agosto de 2007 |título=The Electoral System in Israel}}</ref>, atualmente 12 membros são árabes israelenses, a maioria representando os partidos políticos árabes e um juiz da [[Suprema Corte de Israel|Suprema Corte]] é um árabe palestino.<ref>{{citar web|título=Country's Report Israel|publicado=Freedom House|url=http://www.freedomhouse.org/template.cfm?page=22&year=2006&country=6985}}</ref> Entre 1948 e 1958, a população judaica cresceu de {{formatnum:800000}} para 1 milhão.<ref>{{citar web|url=http://www1.cbs.gov.il/reader/shnaton/templ_shnaton_e.html?num_tab=st02_01&CYear=2006 |publicado=Israel Central Bureau of Statistics |acessodata=2007-08-07 |ano=2006 |título=Population, by Religion and Population Group}}</ref> Atualmente, os judeus são 76.4% da população israelense, ou 5.433.842 milhões de cidadãos.<ref name="cia"/>
O começo do estado de Israel foi marcado pela imigração em massa de sobreviventes do [[Holocausto]] e de judeus fugindo de terras árabes<ref>Dekmejian (1975), p.247</ref>. Israel também tem uma grande população de [[Beta Israel|judeus etíopes]], a maioria que foi trazida para Israel nos fins dos anos 80 e no começo dos 90.<ref>{{citar web|título= The History of Ethiopian Jews| url=http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Judaism/ejhist.html#operation1/ |acessodata= 7 de julho | accessyear= -7-2005 }}</ref>. Durante os anos 70, 160.000 imigrantes chegaram da [[União Soviética]], quase metade de todos os imigrantes que chegaram em Israel naquela época.<ref>__. [http://www.jewishagency.org/JewishAgency/English/Jewish+Education/Compelling+Content/Eye+on+Israel/120/Chapter+Eleven+Aliyah+War+and+Peace.htm "Chapter Eleven: Aliyah, War and Peace."] ''The First 120 Years''. ''Jewish Agency for Israel''. 2002. Acessado em [[25 de maio]] de [[2008]].</ref> Esse período também teve um aumento de imigrantes da [[Europa Ocidental]], da [[América Latina]] e dos [[Estados Unidos]].<ref>Goldstein (1995) p. 24</ref> Entre 1948 e 1995, alguns imigrantes de outras comunidades também chegaram, incluindo imigrantes da [[Índia]], [[Líbia]] ou [[África do Sul]], entre outros<ref>__. {{citar web|url=http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Immigration/immigration_by_country.html |publicado=Jewish Virtual Library|acessodata=25 de maio de -5-2008 |título=Imigration to Israel by Contry (1948-1995)}}</ref> Entre 1948 e 2007, imigraram para Israel 3.053.799 pessoas<ref>__. {{citar web|url=http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Immigration/Immigration_to_Israel.html |publicado=Jewish Virtual Library|acessodata=25 de maio de -5-2008 |título=Immigration to Israel (1948-2007))}}.</ref>. Alguns judeus emigraram de Israel para outros lugares por causa de problemas financeiros ou por causa do clima político e do [[conflito Árabe-Israelense]]. Emigrantes israelenses judeus são conhecidos como "yordim" (aqueles que descem [de Israel]; o opósito é "[[Aliá|olim]]", ou aqueles que sobem [para Israel]).
 
===Diáspora===
{{artigo principal|[[Diáspora judaica]]}}
As ondas de imigração para os Estados Unidos e para outros lugares na viragem para o [[século {{séc|XIX]]}} são resultado de várias causas, incluindo os [[pogrom]]s na Rússia, o genocídio dos judeus europeus durante o [[Holocausto]] e a fundação do Estado de [[Israel]] (e subsequente êxodo judaico de países árabes). Tudo isso resultou nas mudanças dos centros populacionais do povo judeu no final do [[século {{séc|XX]]}}.
[[Imagem:Happynewyearcard.jpg|thumb|225px|Nesse cartão comemorativo de [[Rosh Hashana]] do começo da [[década de 1900]], judeus russos, com malas na mão, observam seus parentes americanos os acenando do lado ocidental. Mais de dois milhões de judeus fugiram dos [[pogrom]]s do [[Império Russo]] para a segurança dos Estados Unidos entre 1881 e 1924.]]
 
Atualmente, a maior comunidade judia no mundo depois de Israel é os Estados Unidos, com 5.165.019 judeus. Em outros lugares na América, há também populações significativas de judeus no [[Canadá]], na [[Argentina]] e no [[Brasil]], e menores populações no [[México]], no [[Uruguai]], na [[Venezuela]], no [[Chile]] e em vários outros países.
 
A maior população judaica da [[Europa Ocidental]] e terceira maior população judaica mundialmente pode ser encontrada na [[França]], com 490.000{{formatnum:490000}} judeus, a maioria que são imigrantes ou refugiados de países árabes norte-africanos como a [[Argélia]], [[Marrocos]] e [[Tunísia]] (ou seus descendentes). Existem 295.000{{formatnum:295000}} judeus no [[Reino Unido]]. Há aproximadamente 356.700{{formatnum:356700}} judeus vivendo nos 15 países que pertenciam à antiga [[União Soviética]], a grande maioria situada na Europa Ásia<ref name=AJA/>. A comunidade judaica que está mais crescendo mundialmente, fora de Israel, é a da [[Alemanha]]. Milhares de judeus do antigo [[Bloco de Leste]] se estabeleceram na Alemanha desde a queda do [[Muro de Berlim]].<ref>Pfeffer, Anshel ([[2 de setembro]] de [[2007]]). "[http://www.haaretz.com/hasen/spages/899954.html New Jewish community and education center inaugurated in Berlin]". [[Haaretz]]. Acessado em [[20 de junho]] de [[2008]].</ref>
 
Nos [[Mundo Árabe|países árabes]] do [[Norte da África]] e do [[Oriente Médio]] existiam por volta de 900.000{{formatnum:900000}} judeus em 1945. Por causa do anti-sionismo<ref>__. {{citar web|título=The Ingathering of the Exiles|publicado=Israel Ministry of Foreign Affairs|url=http://www.mfa.gov.il/MFA/History/Modern%20History/Israel%20at%2050/The%20Ingathering%20of%20the%20Exiles}}</ref> depois da fundação de Israel, perseguições sistemáticas forçaram quase todos esses judeus a fugirem para outros lugares. Aproximadamente 600.000{{formatnum:60000}}0 foram para Israel enquanto os outros 300.000{{formatnum:300000}} foram para a Europa, América ou Austrália. Aproximadamente 8.000{{formatnum:8000}} judeus vivem atualmente nas nações árabes.<ref>Falk, Gerhard. "[http://jbuff.com/c042503.htm Jews in Arab Occupied Lands]". Jewish Buffalo on the Web. Acessado em [[20 de junho]] de [[2008]].</ref> De acordo com o ''American Jewish Year Book'', o [[Irã]] tem por volta de 10.700 judeus<ref name="AJA"/>, enquanto a ''Revista &nbsp;18'' aumenta esse número para 25 &nbsp;mil<ref name="CCJ">{{citar jornal| ultimo = Gordon | primeiro = Michel | data = Junho/Julho/Agosto [[de 2008]] | titulo = ''Shabat'' em Teerã | jornal = Revista 18 | volume = VI | numero = 24 | editora = Centro da Cultura Judaica-Casa de Cultura de Israel | issn = 1809-9793 | local = [[São Paulo (cidade)|São Paulo]]}}</ref>}}<br/>. Antes de 1979, o país tinha por volta de 100.000{{formatnum:100000}}<ref>"[http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9C02E4DB133DF931A15751C0A9659C8B63 Iran Pardons Five Jews Jailed as Spies]" ([[22 de fevereiro]] de [[2007]]). [[New York Times]]. Acessado em [[20 de junho]] de [[2008]].</ref> Depois da [[Revolução Iraniana|revolução de 1979]], alguns [[Judeus da Pérsia|judeus iranianos]] emigraram para Israel ou Europa, mas a maioria imigrou (com seus compatriotas não judeus) para os [[Estados Unidos]] (especialmente [[{{lknb|Los |Angeles]]}}).<ref name="littman3">Littman (1979), p. &nbsp;5.</ref>
 
Fora da Europa, Ásia e América, existem significativas populações de judeus na [[Austrália]] e na [[África do Sul]].
 
===Mudanças na população: ===
====Assimilação====
Desde pelo menos o tempo dos [[Grécia Antiga|gregos antigos]], uma proporção de judeus se assimilou na sociedade [[Gentio|gentia]] ao redor deles, por escolha ou por os força, parando assim de praticar o judaísmo e perdendo as suas identidades judaicas. Algumas comunidades judaicas, como por exemplo os [[judeus de Kaifeng]], na [[República Popular da China|China]], desapareceram completamente, mas a assimilação permaneceu relativamente baixa durante o último milênio, porque frequentemente não deixavam os judeus se integrar nas sociedades onde eles viviam. O advento do [[Iluminismo]] judaico, ou [[Haskalá]], no fim do [[século {{séc|XVIII]]}} e a subsequente emancipação das populações judaicas da Europa e América no [[século {{séc|XIX]]}}, mudou a situação, permitindo aos judeus cada vez mais participar e ser membro de uma sociedade secular. O resultado foi uma crescente tendência de assimilação, conforme judeus se casam com cônjuges gentis e param de participar em comunidades judaicas. Taxas de casamentos entre religiões variam muito: No [[Estados Unidos]], elas são pouco menos de 50%,<ref>{{citar web|título=NJPS: Intermarriage: Defining and Calculating Intermarriage | url=http://www.ujc.org/content_display.html?ArticleID=83910 |acessodata=7 de julho de -7-2005}}</ref> no [[Reino Unido]], por volta de 50%, na [[Austrália]] e [[México]], tão baixo quanto 10%<ref>{{citar web|título=World Jewish Congress Online | url=http://www.worldjewishcongress.org/communities/comm_reg_austnz.html# |acessodata=7 de julho de -7-2005}}</ref><ref>{{citar web|título=The Virtual Jewish History Tour - Mexico | url=http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/vjw/Mexico.html |acessodata=7 de julho de -7-2005 }}</ref> e na [[França]], podem ser tão altos quanto 75%. Nos Estados Unidos, somente cerca de um terço das crianças de casamentos entre religiões se afiliam com práticas religiosas judaicas. O resultado é que a maioria dos países na [[Diáspora judaica|diáspora]] tem populações judias religiosas estáveis ou diminuindo um pouco conforme os judeus continuam a assimilar os países onde eles vivem.
 
===Mudanças na população: =Guerra contra os judeus====
Por toda a história, muitos [[governador]]esgovernadores, [[império]]simpérios e [[nação|nações]] oprimiram suas populações judaicas ou tentaram eliminá-las completamente. Métodos utilizados estenderam-se de [[expulsão]] para total [[genocídio]]; dentro das nações, frequentemente a ameaça desses métodos extremos era suficiente para silenciar a [[oposição]]. A história do [[antissemitismo|antisemitismo]] inclui a [[Primeira Cruzada]] que resultou no [[Assassínio em massa|massacre]] dos judeus; a [[Inquisição espanhola]] (liderada por [[Tomás de Torquemada]]) e a [[Inquisição portuguesa]], com suas perseguições e [[autos-de-fé]] contra os [[cristão-novo]]s e [[marrano]]s; os massacres [[cossaco]]s de Bohdan Khmelnytsky na [[Ucrânia]]; os [[pogrom]]s apoiados pelos [[Tsar]]s russos; como também as perseguições da [[Espanha]], [[Portugal]], [[Inglaterra]], [[França]], [[Alemanha]] e outros países onde os judeus se estabeleceram. A perseguição atingiu o pico na [[Solução final]] de [[Adolf Hitler]], que levou ao [[Holocausto]] e o genocídio de aproximadamente 6 milhões de judeus de 1942 para 1945.
[[Imagem:FirstCrusade.jpg|thumb|Judeus sendo mortos por [[cruzados]] durante a [[Primeira Cruzada]] ([[iluminura]] de uma [[bíblia]] [[França|francesa]] de [[1250]])|ligação=Special:FilePath/FirstCrusade.jpg]]
Por toda a história, muitos [[governador]]es, [[império]]s e [[nação|nações]] oprimiram suas populações judaicas ou tentaram eliminá-las completamente. Métodos utilizados estenderam-se de [[expulsão]] para total [[genocídio]]; dentro das nações, frequentemente a ameaça desses métodos extremos era suficiente para silenciar a [[oposição]]. A história do [[antissemitismo|antisemitismo]] inclui a [[Primeira Cruzada]] que resultou no [[Assassínio em massa|massacre]] dos judeus; a [[Inquisição espanhola]] (liderada por [[Tomás de Torquemada]]) e a [[Inquisição portuguesa]], com suas perseguições e [[autos-de-fé]] contra os [[cristão-novo]]s e [[marrano]]s; os massacres [[cossaco]]s de Bohdan Khmelnytsky na [[Ucrânia]]; os [[pogrom]]s apoiados pelos [[Tsar]]s russos; como também as perseguições da [[Espanha]], [[Portugal]], [[Inglaterra]], [[França]], [[Alemanha]] e outros países onde os judeus se estabeleceram. A perseguição atingiu o pico na [[Solução final]] de [[Adolf Hitler]], que levou ao [[Holocausto]] e o genocídio de aproximadamente 6 milhões de judeus de 1942 para 1945.
 
De acordo com James Carroll, "Os judeus consistiam por volta de 10% da população total do [[Império Romano]]. Por essa relação, se outros fatores não interferissem, haveria uns 200 milhões de judeus no mundo hoje, ao invés de algo como 13 milhões."<ref>Carroll (2001), p.26</ref> Existem vários fatores demográficos complexos envolvidos; a taxa de crescimento populacional, migração, assimilação e conversão afetaram muito o tamanho da atual população judaica.
 
===Mudanças na população: =Crescimento====
Israel é o único país com uma população judaica consistentemente crescendo por causa de [[crescimento populacional]] natural, embora as populações judaicas de outros países na Europa e América do Norte recentemente cresceram por causa de imigração. Nas diáspora, em quase todo país a população judaica em geral é ou diminuindo ou estável, mas comunidades [[Judaísmo ortodoxo|ortodoxas]] e [[haredi]]m, cujos membros frequentemente evitam o [[controle de natalidade]] por razões religiosas, sofreram um crescimento populacional rápido.<ref>Gartner (2001), pp.400-401</ref>
 
Judeus ortodoxos e [[Judaísmo conservador|conservadores]] desencorajam [[proselitismo|converter]] não judeus, mas muitos grupos judaicos tentaram estender a mão para as comunidades judaicas assimiladas da diáspora para aumentar o número de judeus. Além disso, enquanto no princípio o [[judaísmo reformista]] favorece a busca de novos membros para a fé, essa posição não significa proselitismo ativo, em vez disso adotando a forma de um esforço de estender a mão para cônjuges não judeus de judeus. Também há uma tendência de movimentos Ortodoxos que procuram os judeus seculares para lhes dar uma identidade judaica mais forte para que haja menos chance de casamento entre judeus e não judeus. Como resultado dos esforços por estes e outros grupos judaicos durante os últimos vinte e cinco anos, houve uma tendência de judeus seculares que ficaram mais religiosamente observantes, conhecidos como o movimento ''Baal Teshuva'', mas as implicações demográficas da tendência são desconhecidas. Adicionalmente, há um crescente movimento de conversão àao judaísmo por [[gentil|gentisgentio]]s que tomaram a decisão de caminhar na direção de se tornar ostornarem judeus.
 
==Línguas judaicas==
{{artigo principal|[[Línguas judaicas]]}}
 
O [[língua hebraica|hebraico]] é a [[língua litúrgica]] do judaísmo (chamado de ''lashon ha-kodesh'', "a língua sagrada"), a língua em que as [[Escrituras Hebraicas]] ([[Tanakh]]) foram escritas, e o idioma falado diariamente entre as pessoas judias por séculos. No [[século {{-séc|V a.C.]]}}, o [[aramaico]], uma língua relacionada, se juntou ao hebraico como o idioma falado na [[Judeia]].<ref name=Grintz>Grintz, Jehoshua M. [http://links.jstor.org/sici?sici=0021-9231(196003)79%3A1%3C32%3AHATSAW%3E2.0.CO%3B2-M "Hebrew as the Spoken and Written Language in the Last Days of the Second Temple."] ''Journal of Biblical Literature''. Março, [[1960]].</ref> No [[século {{-séc|III a.C.]]}}, os judeus da diáspora estavam falando [[Língua grega antiga|grego]] e 70 eruditos judeus até traduziram a [[Torá]] para o grego por causa de falta de alfabetização em hebraico dentro das comunidades judaicas<ref>"[http://www.caje-miami.org/articlenav.php?id=630 A History of Jews in Egypt]". Center for the Advancement of Jewish Education-Miami. Acessado em [[11 de julho]] de [[2008]]</ref>. O hebraico moderno é atualmente um dos dois idiomas oficiais do Estado de Israel, junto com o [[Língua árabe|árabe]].
[[Imagem:BYwork.jpg|thumb|Eliezer Ben Yehuda.]]
O hebraico foi reconstituído como um idioma falado por [[Eliezer ben Yehuda]], que chegou na [[Palestina otomana|Palestina]] em 1881. O idioma não era usado como uma [[língua materna]] desde tempos dos [[Tanaim]].<ref name=Grintz/>
Por mais de dezesseis séculos o hebraico foi usado quase exclusivamente como uma língua litúrgica, e como o idioma no qual a maioria dos livros sobre judaísmo foram escritos, com poucos falando somente hebraico no [[Shabat]].<ref>Parfitt, T. V. "The Use of Hebrew in Palestine 1800–1822." ''Journal of Semitic Studies '', [[1972]].</ref> Por séculos, os judeus mundialmente falavam a linguagem local ou dominante das regiões para onde eles migraram, geralmente desenvolvendo formas distintas de [[dialeto]]s ou ramificando-se para línguas independentes. O [[Língua iídiche|iídiche]] é uma língua judeojudeu-alemã desenvolvida pelos [[Asquenaze|judeus asquenazitasasquenazes]] que migraram para a [[Europa Central]]; o [[Judeu-espanhol|ladino]] é uma língua judeo-espanhola desenvolvida pelos [[Sefarditas|judeus sefarditas]] que migraram para a [[Península Ibérica]]. Por causa de muitos fatores, incluindo o impacto do [[Holocausto]] sobre a judiaria europeia, o êxodo judaico de terras árabes e a frequente emigração de outras comunidades judaicas ao redor do mundo, [[línguas judaicas]] antigas e distintas de diversas comunidades, incluindo o [[gruzínico]], o [[Línguas judaico-árabes|judeo-árabe]], o [[judeo-bérber]], o [[krymchak]], o [[judeo-malaiala]] e muitos outros, saíram de uso.
 
Os três idiomas mais geralmente falados entre judeus hoje são o hebraico moderno, o inglês e o russo. Algumas [[línguas românicas]], como o francês e o espanhol, também são amplamente usados.<ref>{{citar web |url=http://www.bh.org.il/links/jewishlangs.asp |título=Jewish Languages |acessodata=3 de julho de -7-2008 |publicado=Beth Hatefutsoth, The Nahum Goldmann Museum of the Jewish Diaspora |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080725085641/http://www.bh.org.il/Links/JewishLangs.asp# |arquivodata=25 de julho de -7-2008 |urlmorta=yes }}</ref>
 
==Cultura judaica==
{{artigoArtigo principal|[[Cultura judaica]]|Judaísmo}}
 
O [[judaísmo]] guia seus aderentes em ambos hábito e fé, e foi chamado não somente de religião, mas também de um "estilo de vida,"<ref>Neusner (1991) p. 64</ref> assim fazendo difícil traçar uma clara diferença entre judaísmo, cultura judaica e identidade judaica.
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==História dos judeus==
{{artigo principal|[[História judaica]]}}
 
===Judeus e migrações===
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*A dispersão de 2000 anos da [[diáspora judaica]] começando sob o [[Império Romano]], a medida que os judeus estavam espalhados por todo o mundo romano e estabeleciam-se em qualquer lugar onde podiam viver livremente para praticar sua religião. Durante a diáspora, o centro da população judaica mudou da [[História dos Judeus no Iraque|Babilônia]] para a [[Era Dourada da cultura judaica na Espanha|Península Ibérica]] para a [[Polônia]] para os [[Estados Unidos]] e para [[Israel]].
*Muitas expulsões durante e a [[Idade Média]] e [[Iluminismo]] na Europa, incluindo: 1290, 16.000 judeus foram expulsados da [[Inglaterra]]<ref>Bell (2007), p.51</ref>; em 1396, 100.000 da [[França]]<ref>De Haas (1946), p.535</ref>; em 1367, eles foram expulsos da [[Hungria]]<ref name="kramer"/> ; em 1421 os judeus foram expulsos da [[Áustria]]<ref name="kramer">Kramer (1998), p.143</ref>. Muitos destes se estabeleceram no [[Leste Europeu]], principalmente nas atuais [[Polônia]], [[Rússia]], [[Ucrânia]] e [[Bielorrússia]]<ref name="kramer"/>.
*Com a [[Inquisição espanhola]], {{formatnum:200000}} judeus [[sefardita]]s foram expulsos da [[Espanha]] em 30 de julho de -7-1492<ref name="jvtorg">"[http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Judaism/expulsion.html The Spanish Expulsion, 1492]". Jewish Virtual Library. Acessado em [[17 de julho]] de [[2008]].</ref>. Em janeiro de 1493 cerca de {{formatnum:37000}} judeus foram expulsos da [[Sicília]]<ref>Pollack, Jacob. "[http://www.jewishhistory.org.il/history.php?startyear=1490&endyear=1499 Jewish History 1490-1499]". The Jewish Agency for Israel (Agência Judaica para Israel). Acessado em [[17 de julho]] de [[2008]]</ref> e em 1496, oito foram expulsos de Portugal (dezenas de milhares foram forçados a converter ao cristianismo)<ref name="jvtorg"/>. Os judeus expulsos desses países fugiram principalmente para os [[Países Baixos]], para o [[Império Otomano]], para a [[África do Norte]] e para o [[Oriente Médio]]<ref>Kleiman, Yaakov. "[http://www.cohen-levi.org/the_tribe/tribes_of_israel.htm Tribes of Israel: Lost & Found/Ancient & Modern]". The Tribe: The Chen-Levi Family Heritage. Acessado em [[17 de julho]] de [[2008]].</ref>.
*Durante o século {{séc|XIX}}, as políticas da [[França]] de cidadania igual para todos, sem levar em consideração a religião de cada um, levou à imigração de judeus para o país (especialmente do Leste Europeu e da Europa Central), que foi apoiada por [[Napoleão Bonaparte]].
*A chegada de milhões de judeus para o [[Novo Mundo]], incluindo a imigração de mais de dois milhões de judeus do Leste Europeu para os Estados Unidos de 1880 para 1925.
*Os [[pogroms]] no Leste Europeu, o começo do anti-semitismo moderno, o [[holocaustoHolocausto]] e o começo de nacionalismo árabe serviram para abastecer os movimentos e migrações de enormes segmentos da Judiaria de país para país e de continente para continente, até que eles chegaram em grandes números para sua terra natal histórica em Israel.
*A [[Revolução Iraniana]] forçou muitos [[judeus iranianos]] para escapar do Irã. Muitos acharam refúgio nos Estados Unidos (particularmente em Los Angeles ou outras cidades da Califórnia) e Israel. Comunidades menores de judeus iranianos existem no Canadá e Europa Ocidental.<ref>Netzer, p.13</ref>
*Quando a [[História da União Soviética#O Fim da USSR|União Soviética deixou de existir]], muitos dos judeus no território afetado (que eram [[refusenik]]s) de repente tinham autorização para sair do país. Isso produziu uma onda de imigração para Israel no começo da década de 1990.
 
{{Referências}}
== Ver também ==
{{wikiquote|Provérbios judaicos}}
{{commonscat|Jews}}
* [[Antijudaísmo]]
* [[Cristãos-novos]]
* [[Guetos judeus na Europa]]
* [[Holocausto]]
* [[Judaísmo ateístico]]
* [[Religiosidade judaica]]
 
{{referências|col=2}}
 
==Referências bibliográficas==
{{Refbegin|2}}
<div class="references-small">
*{{citar livro|último =Bell |primeiro =Dean Phillip |publicado=Rowman & Littlefield |título=Jews in the Early Modern World |data=2007 |isbn= 0742545180}}
*Berenbaum, Michael (2006). ''The World Must Know''. United States Holocaust Memorial Museum, Johns Hopkins University Press .
Linha 296 ⟶ 281:
*{{citar livro|título=Patterns of Political Leadership: Egypt, Israel, Lebanon|último =Dekmejian|primeiro =R. Hrair|publicado=State University of New York Press|ano=1975|isbn=087395291X}}
*{{citar livro|título=World Religions: An Introduction for Students |último =Fowler |primeiro =Jeaneane D. |autorlink = |coautor= |ano=1997 |publicado=Sussex Academic Press |local= |isbn= 1898723486}}
*{{citar livro|título=History of the Jews in Modern Times |último =Gartner |primeiro =Lloyd P. |ano=2001 |publicado=Oxford University Press |local=Oxford |isbn= 0-19-289259-2 }}
*[[Ernest Gellner|Gellner, Ernest]] (1983). ''Nations and Nationalism''. Blackwell Publishing. ISBN 1405134429.
* {{citar livro|último =Goldstein |primeiro =Joseph |autorlink = |coautor= |título=Jewish History in Modern Times
|ano=1995 |publicado=Sussex Academic Press |local= |isbn= 1898723060 }}
*{{citar livro|último =De Haas|primeiro =Jacob |autorlink = |coautor= |título=The Encyclopedia of Jewish Knowledge
|ano=1946|publicado=Behrman's Jewish Book House|local= |id=}}
*{{citar livro|título=A History of the Jews |último =Johnson |primeiro =Paul |autorlink =Paul Johnson |ano=1987 |publicado=HarperCollins |local=New York |isbn= 0-06-091533-1 }}
*{{citar livro|último =Katz |primeiro =Shmuel |autorlink = |coautor= |título=Battleground: Fact and Fantasy in Palestine |ano=1974 |publicado=Taylor Productions |local= |isbn= 0-929093-13-5 }}
*{{citar livro|último =Kramer |primeiro = Naomi |coautor=Ronald Headland |publicado=University of Ottawa Press |título=The Fallacy of Race and the Shoah |data=1998 |isbn= 0776604767}}
*[[Bernard Lewis|Lewis, Bernard]] (1984). ''The Jews of Islam''. Princeton: Princeton University Press. ISBN 0-691-00807-8
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*Littman, David (1979). "Jews Under Muslim Rule: The Case Of Persia". ''The Wiener Library Bulletin'', '''XXXII''' (New séries 49/50)
*{{citar livro|último = Michael |primeiro = E.|coautor= Sharon O. Rusten, Philip Comfort, e Walter A. Elwell. |publicado= Tyndale House Publishers, Inc. |título= The Complete Book of When and Where: In The Bible And Throughout History |data= 2005 |isbn= 0842355081}}
*{{citar enciclopédia|último =Netzer |primeiro =Amnon |editor=Fred Skolnik |enciclopédia=[[Encyclopaedia Judaica]] |título=Iran |edição=2d |ano=2007 |publicado=Thomson Gale |volume=10 |local=Farmington Hills, Mich. |isbn= 0-02-865928-2 |página= 13 }}
*{{citar livro|último =Neusner |primeiro =Jacob |título=Studying Classical Judaism: a primer |ano=1991 |publicado=Westminster John Knox Press |isbn= 0664251366 }}
*Niewyk, Donald L.(2000). ''The Columbia Guide to the Holocaust''. Columbia University Press.
*{{citar livro|último = Penney |primeiro =Sue |publicado=Harcourt Heinemann |título=Judaism |ano=1995 |isbn= 0435304674}}
Linha 317 ⟶ 302:
*{{citar livro|último = Sicker |primeiro = Martin |publicado=Praeger Publishers |título=Between Rome and Jerusalem: 300 Years of Roman-Judaean Relations |data= 2001|isbn= 0275971406}}
*{{citar livro|título= The Jews of Arab Lands: A History and Source Book|último = Stillman|primeiro = Norman|autorlink = |coautor= |ano= 1979 |publicado= Jewish Publication Society of America|local= Philadelphia|isbn= 0-8276-0198-0|páginas=}}
{{refend}}
</div>
 
== Ligações externas ==
{{commonscatCommonscat|Jews}}
* {{Link|en|2=http://www.jewfaq.org/whoisjew.htm |3=Quem é judeu?}}
* {{Linklk|lingnome=pt|en|2url=http://www.shamashjewfaq.org/lists/scj-faq/HTML/faq/18-03-14whoisjew.html htm|3título=ResoluçãoQuem Reformistaé - em inglêsjudeu?|desc=www.jewfaq.org}}
* {{lk|lingnome=pt|en|url=http://www.shamash.org/lists/scj-faq/HTML/faq/18-03-14.html |título=Resolução Reformista|desc=www.shamash.org}}
 
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{{Controle de autoridade}}
 
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