Anarcofeminismo: diferenças entre revisões

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Anarcafeminismo não tem a ver com feminismo radical
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== Anarcofeminismo no Brasil ==
No Brasil, principalmente em São Paulo na Primeira República (1888-1930), as mulheres lutavam pela emancipação da mulherfeminina, que não existe sem a emancipação da humanidade. eElas propunham a educação sexual e libertária; o amor livre; a maternidade livre e consciente; a livre união; criticam o casamento monogâmico, discutindo também as relações hierárquicas existentes também no movimento anarquista, principalmente no que se refere às hierarquias com relação aos sexos, apontando e criticando o machismo nos meios operários. São mulheres como Maria Lacerda de Moura, Isabel Cerruti, Isa Ruti,Tecla Fabri, Teresa Carl, Maria Lopes, além de muitas outras que a História, como disciplina machista e sexista, tentou apagar.
 
Jornais anarquistas “A Terra Livre”, “A Plebe” e “Revolução Social” e da revista “Renascença” (fontes utilizadas neste trabalho) – inúmeras questões, o que demonstra também, como as vertentes do anarquismo se entrecruzam (no caso é nítida a articulação entre anarcofeminismo, anarco-sindicalismo, anarco-pacifismo e arte, educação e anarquismo) e quão rico foi o movimento anarquista em São Paulo no referido período.
 
Jornais como “O Amigo do Povo” (também anarquista) trazem artigos de outras libertárias, como é o caso das operárias Matilde Magrassi, Maria de Oliveira, Tibi, Josefina Stefani Bertachi, Maria SA. Soares, entre outras. Na maioria desses artigos a instrução é colocada como importante arma para a libertação da mulher, o que não difere das libertárias já apresentadas. Matilde Magrassi, por exemplo, colocava que a luta das mulheres operárias não deveria ficar restrita às fábricas, à reivindicação de melhores condições de trabalho e melhores salários.
 
Dessa maneira é possível observarmos aforte presença de muitas mulheres libertárias nas mais diversas práticas sociais e culturais desenvolvidas em São Paulo. Paula Soares, por exemplo, transformou sua casa, no Brás, desde 1914 até mais ou menos 1924, em ponto de encontro de anarquistas, redação de jornais, sala de alfabetização e estudos do anarquismo. Lá funcionou a sede de organizações de trabalhadores - UGT - e femininas - Centro Feminino de Educação. No teatro operário em São Paulo também houve muitas presenças femininas, entre as quais destacamos: Maria Antonia Soares, Maria Angelina Soares, Olga Biasi, Maria Garcia, Carolina Boni, Helena Santini, Lúcia Santini.
 
==Ver também==