Macedónia do Norte: diferenças entre revisões

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{{Multitag|mnot|fref|corr-var|p1=geo-eu|data=janeiro de 2019}}
{{Info/País/Macedônia do Norte}}
A {{PBPE|Macedônia do Norte|Macedónia do Norte}} ({{langx|mk|Северна Македониј|br|''Severna Makedonija''}}) ou oficialmente {{PBPE|República da Macedônia do Norte|República da Macedónia do Norte}} ({{langx|mk|Република Северна Македонија|br|''Republika Severna Makedonija''}}), denominada oficialmente de '''República da Macedônia''' até fevereiro de 2019, é um país localizado na [[Bálcãs|península balcânica]], no sudeste da [[Europa]]. É um dos [[Sucessão de Estados|estados sucessores]] da antiga [[República Socialista Federativa da Iugoslávia|Iugoslávia]], da qual declarou [[História da RepúblicaMacedônia dado MacedôniaNorte#Independência|independência]] em 1991.
 
O país tornou-se membro das [[Organizações das Nações Unidas]] em 1993, mas, como resultado de uma disputa com a [[Grécia]] sobre o uso do nome Macedônia, foi admitido sob a descrição provisória de {{PEPB|Antiga República Jugoslava da Macedónia (ARJM)<ref>{{citar web|url=http://publications.europa.eu/code/pt/pt-370100.htm|título=Serviço das Publicações — Código de Redação Interinstitucional — 7.1. Países — 7.1.1. Denominações e siglas a utilizar|website=publications.europa.eu}}</ref> |Antiga República Iugoslava da Macedônia (ARIM)}} {{langp|mk|Поранешна Југословенска Република Македонија — ПЈРМ|br}},<ref>[[Igor Janev]], Legal Aspects of the Use of a Provisional Name for Macedonia in the United Nations System, AJIL, Vol. 93. no 1. 1999.</ref> um termo que também é usado por organizações internacionais como a [[União Europeia]], o [[Conselho da Europa]] e a [[OTAN]]. Em 17 de junho de 2018, a República da Macedônia e a Grécia assinaram o [[acordo de Prespa]], que faria com que o país mudasse seu nome para República da Macedônia do Norte, após um [[referendo]] nacional, em 30 de setembro, sobre o assunto e sobre a legislação aprovada pelo parlamento.<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/06/grecia-e-macedonia-encerram-impasse-de-27-anos-e-pais-podera-trocar-de-nome.shtml|título=Grécia e Macedônia encerram impasse de 27 anos, e país poderá trocar de nome|data=18 de julho de 2018|publicado=EXAME|acessodata=6 de agosto de 2018}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://theranknews.com.br/2018/06/17/grecia-e-macedonia-encerram-impasse-de-27-anos-e-pais-podera-trocar-de-nome/|título=Grécia e Macedônia encerram impasse de 27 anos, e país poderá trocar de nome|data=18 de julho de 2018|publicado=The Rank News|acessodata=6 de agosto de 2018}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.cp24.com/world/macedonia-referendum-approves-name-change-but-turnout-low-1.4115262|título=Macedonia: Referendum approves name change, but turnout low|primeiro =Elena Becatoros And Konstantin|último =Testorides|data=30 de setembro de 2018|website=CP24}}</ref> Em 11 de janeiro de [[2019]],<ref>{{Citar web|titulo=ARJM muda de nome e passa a chamar-se República da Macedónia do Norte|url=https://pt.euronews.com/2019/01/11/arjm-muda-de-nome-e-passa-a-chamar-se-republica-da-macedonia-do-norte|obra=euronews|data=2019-01-11|acessodata=2019-01-31|primeiro=Joao Duarte|ultimo=Ferreira}}</ref> o parlamento macedónio aprovou a emenda constitucional que alterou o nome do país e, em 25 de janeiro,<ref name="auto">{{Citar web|titulo=Grécia dá luz verde. Macedónia já pode mudar de nome|url=https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/grecia-da-luz-verde-macedonia-ja-pode-mudar-de-nome-403280|obra=O Jornal Económico|data=2019-01-25|acessodata=2019-01-31|primeiro=Rita|ultimo=Paz}}</ref> a Grécia aprovou o acordo, bem como retirou o seu veto à adesão da República da Macedónia do Norte à [[Organização do Tratado do Atlântico Norte|NATO]] e à [[União Europeia]].
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A Macedônia do Norte geograficamente corresponde aproximadamente ao antigo reino de [[Peônia (Grécia)|Peônia]],<ref>Ovid (2005). Green, Peter, ed. The Poems of Exile: Tristia and the Black Sea Letters. University of California Press. p. 319. ISBN 978-0520242609.</ref><ref>Roisman, Joseph; Worthington, Ian (2010). A Companion to Ancient Macedonia. John Wiley and Sons. p. 13. ISBN 978-1-4051-7936-2.</ref><ref>Reames, Jeanne; Howe, Timothy (2008). Macedonian Legacies: Studies in Ancient Macedonian History and Culture in Honor of Eugene N. Borza. Regina Books. p. 239. ISBN 978-1930053564.</ref><ref>Peshkopia, Ridvan (2015). Conditioning Democratization: Institutional Reforms and EU Membership Conditionality in Albania and Macedonia. Anthem Press. p. 189. ISBN 978-0857283252. </ref> que foi localizado imediatamente ao norte do antigo Reino da Macedônia. Peônia era habitada pelos peonianos, um povo [[Trácios|trácio]], enquanto o noroeste era habitado pelos Dardani e o sudoeste por tribos conhecidas historicamente como Enchelae, Pelagones e Lyncestae; os dois últimos são geralmente considerados tribos molossianas do grupo grego do noroeste, enquanto os dois primeiros são considerados ilírios.<ref>Willkes, John (1996). The Illyrians. Wiley-Blackwell. p. 49. ISBN 978-0-631-19807-9. Retrieved 2016-02-10.</ref><ref>Sealey, Raphael (1976). A history of the Greek city states, ca. 700-338 B.C. University of California Press. p. 442. ISBN 978-0-520-03177-7.</ref><ref>Evans, Thammy (2007). Macedonia. Bradt Travel Guides. p. 13. ISBN 978-1-84162-186-9.</ref><ref>Borza, Eugene N. (8 September 1992). In the shadow of Olympus: the emergence of Macedon. Princeton University Press. pp. 74–75. ISBN 978-0-691-00880-6.</ref><ref>Lewis, D.M. et al. (ed.) (1994). The Cambridge ancient history: The fourth century B.C. Cambridge University Press. pp. 723–724. ISBN 978-0-521-23348-4.</ref><ref>The Cambridge Ancient History Volume 3, Part 3: The Expansion of the Greek World, Eighth to Sixth Centuries BC by John Boardman and N. G. L. Hammond,1982,ISBN 0-521-23447-6, p. 284</ref>
 
No final do {{-séc|VI}}, os persas aquemênidas sob [[Dario, o Grande]], conquistaram os peonianos, incorporando o que hoje é a RepúblicaMacedônia dado MacedôniaNorte dentro de seus vastos territórios.<ref>http://www.livius.org/ia-in/influence/influence02.html</ref> Após a derrota na segunda invasão persa da Grécia em {{AC|479|X}}, os persas acabaram se retirando de seus territórios europeus, inclusive do que hoje é a RepúblicaMacedônia dado MacedôniaNorte.
 
Em {{AC|356|X}}, [[Filipe II da Macedônia]] anexou<ref>Warfare in the ancient world: from the Bronze Age to the fall of Rome. By Stefan G. Chrissanthos, page 75</ref> as regiões da Alta Macedônia ([[Lincéstida]] e Pelagônia) e a parte sul da Peônia (Deuriopo) ao reino da Macedônia.<ref>Poulton, Hugh (23 February 2000). Who are the Macedonians?. C. Hurst & Co. Publishers. p. 14. ISBN 978-1-85065-534-3.</ref> O filho de Filipe, [[Alexandre, o Grande]], conquistou o restante da região e incorporou-o em seu império, alcançando o norte até Scupi, mas a cidade e os arredores permaneceram como parte de Dardânia.<ref>Macedonia yesterday and today Author Giorgio Nurigiani, Publisher Teleurope, 1967 p. 77.</ref>
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Após as duas [[Guerras dos Balcãs]] de 1912 e 1913 e a dissolução do [[Império Otomano]], a maioria de seus territórios controlados pela Europa foi dividida entre Grécia, Bulgária e Sérvia. O território do Estado macedônio moderno foi anexado pela Sérvia e nomeado Sul da Sérvia. Após a partição, uma campanha anti-búlgara foi realizada nas áreas sob controle sérvio e grego. Cerca de 641 escolas búlgaras e 761 igrejas foram fechadas pelos sérvios, enquanto clérigos e professores exarquistas foram expulsos.<ref name="auto1">Banac, Ivo (1984). The National Question in Yugoslavia. Origins, History, Politics. London and Ithaka: Cornell University Press. p. 317. ISBN 978-0801416750.</ref> O uso de búlgaro padrão (incluindo todos os dialetos macedônios) foi proibido.<ref name="auto1"/>
 
No outono de 1915, a Bulgária juntou-se às Potências Centrais na Primeira Guerra Mundial e conquistou o controle da maior parte do território da atual RepúblicaMacedônia dado MacedôniaNorte. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, a área retornou ao controle sérvio como parte do recém-formado Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos e viu uma reintrodução das medidas anti-búlgara da primeira ocupação (1913-1915): professores búlgaros e clérigos foram expulsos, os sinais e livros em língua búlgara foram removidos e todas as organizações búlgaras foram dissolvidas.<ref>(Naš rod, Ljubljana 1929/30, št. 1, str. 22, letnik I.)</ref>
 
O governo sérvio seguiu uma política de servianização forçada na região, que incluiu a repressão sistemática de ativistas búlgaros, alterando os sobrenomes familiares, a colonização interna, o trabalho forçado e a intensa propaganda. Para ajudar na implementação dessa política, cerca de 50.000 militares e gêneros de gênero sérvios estavam na Macedônia. Em 1940, cerca de 280 colônias sérvias (compreendendo 4.200 famílias) foram estabelecidas como parte do programa de colonização interna do governo (planos iniciais previam {{formatnum:50000}} famílias assentadas na Macedônia).<ref>Dejan Djokić, Yugoslavism: histories of a failed idea, 1918–1992, p. 123</ref><ref>R. J. Crampton, Eastern Europe in the twentieth century—and after, p. 20</ref><ref>{{citar web|url=http://macedonia.kroraina.com/en/ban/pww2.html|título=IV. Macedonia in the Period Between the Two World Wars 2|website=macedonia.kroraina.com}}</ref>
 
Em 1929, o Reino foi oficialmente renomeado Reino da Iugoslávia e dividido em províncias chamadas ''banovinas''. O sul da Sérvia, incluindo tudo o que é hoje a RepúblicaMacedônia dado MacedôniaNorte, tornou-se a Banovina Vardar do Reino da Iugoslávia.
 
O conceito de uma Macedônia Unida foi usado pela Organização Revolucionária Macedônica Interna (ORMI) no período entreguerras. Seus líderes - incluindo Todor Alexandrov, Aleksandar Protogerov e Ivan Mihailov - promoveram a independência do território macedônio dividido entre a Sérvia e a Grécia para toda a população, independentemente de religião e etnia.<ref>Fischer, Bernd Jürgen (1 January 2007). Balkan Strongmen: Dictators and Authoritarian Rulers of South Eastern Europe. Purdue University Press. ISBN 9781557534552</ref> O governo búlgaro de Alexander Malinov, em 1918, ofereceu a Pirin Macedonia para esse fim após a Primeira Guerra Mundial, mas as grandes potências não adotaram essa ideia porque a Sérvia e a Grécia se opuseram a ela. Em 1924, a Internacional Comunista sugeriu que todos os partidos comunistas balcânicos adotassem uma plataforma de "Macedônia unida", mas a sugestão foi rejeitada pelos comunistas búlgaros e gregos.<ref>Victor Roudometof, Collective Memory, National Identity, and Ethnic Conflict: Greece, Bulgaria, and the Macedonian Question, Praeger, 2002 p.100</ref>
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===Acordo de Prespa, Candidatura à OTAN e UE===
O Acordo de Prespa, que substitui o Acordo Provisório de 1995,<ref>http://s.kathimerini.gr/resources/article-files/symfwnia-aggliko-keimeno.pdf</ref> foi assinado em 17 de junho de 2018 numa cerimónia de alto nível na aldeia fronteiriça grega de Psarades no Lago Prespa, pelos dois ministros dos Negócios Estrangeiros Nikola Dimitrov e Nikos Kotzias e na presença de os respectivos primeiros-ministros, Zoran Zaev e Alexis Tsipras.<ref name="enca.com">{{citar web|url=https://www.enca.com/world/macedonians-seethe-at-imminent-name-change|título=UPDATE: Macedonia, Greece sign historic name-change deal|website=eNCA}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.reuters.com/article/us-greece-macedonia-name-pms-idUSKBN1JD06D|título=Greece, Macedonia sign pact to change ex-Yugoslav republic's name|data=18 de junho de 2018|publicado=|via=www.reuters.com}}</ref> A reunião contou com a participação do Representante Especial da ONU, Matthew Nimetz, do Subsecretário-Geral para Assuntos Políticos, Almirante DiCarlo, da Alta Representante da União Europeia para Assuntos Exteriores e Política de Segurança, Federica Mogherini, e do Comissário Europeu para o Alargamento e Política Europeia de Vizinhança. Johannes Hahn, entre outros.<ref>{{citar web|url=https://eeas.europa.eu/headquarters/headquarters-homepage_en/46648/High%20Representative/Vice-President%20Federica%20Mogherini%20and%20Commissioner%20Johannes%20Hahn%20to%20attend%20the%20signing%20ceremony%20of%20the%20agreement%20on%20the%20name%20issue%20at%20Prespa%20lake|título=High Representative/Vice-President Federica Mogherini and Commissioner Johannes Hahn to attend the signing ceremony of the agreement on the name issue at Prespa lake - EEAS - European External Action Service - European Commission|website=EEAS - European External Action Service}}</ref> Após a cerimónia, Tsipras, juntamente com o seu homólogo macedônio, atravessou a fronteira para o lado macedônio do Lago Prespa para almoçar na vila de Oteevo, em um movimento altamente simbólico que marcou a primeira vez que um primeiro-ministro grego entrou na República daatual Macedônia do Norte desde que declarou a independência em 1991.<ref>{{citar web|url=https://www.huffingtonpost.gr/entry/prespes-o-alexes-tsipras-einai-o-protos-ellenas-prothepoeryos-poe-episkeftheke-ten-pydm_gr_5b263751e4b0783ae129eba2|título=Πρέσπες: Ο Αλέξης Τσίπρας είναι ο πρώτος Έλληνας πρωθυπουργός που επισκέφθηκε την πΓΔΜ|data=17 de junho de 2018|website=HuffPost Greece}}</ref><ref>{{citar web|url=https://int.ert.gr/tsipras-a-patriotic-and-mutually-beneficial-agreement-for-the-two-countries/|título=Tsipras: a patriotic and mutually beneficial agreement for the two countries|primeiro =SOURCE:|último =AMNA|data=17 de junho de 2018|publicado=}}</ref>
 
A retirada do veto grego resultou na União Europeia em 27 de junho aprovando o início das negociações de adesão com a República da Macedônia, que devem ocorrer em 2019, sob a condição de que o acordo de Prespa sejafosse implementado e o nome constitucional da República da Macedônia sejafosse alterado para a República da Macedônia do Norte.<ref>{{citar web|url=https://balkaninsight.com/2018/06/27/eu-paves-the-road-for-macedonia-albania-accession-talks-06-27-2018/|título=Macedonia, Albania Hail EU Approval for Accession Talks|data=27 de junho de 2018|publicado=}}</ref> Em 5 de julho, o Acordo de Prespa foi novamente ratificado pelo parlamento macedônio, com 69 deputados votando a favor.<ref>{{citar web|url=https://www.reuters.com/article/us-greece-macedonia-idUSKBN1JV1MP|título=Macedonia's parliament endorses name deal with Greece for second time|data=5 de julho de 2018|publicado=|via=www.reuters.com}}</ref> Em 11 de julho, a OTAN convidou a Macedônia para iniciar as negociações de adesão, em uma tentativa de se tornar o 30º membro da aliança EuroAtlantic.<ref>{{citar web|url=https://balkaninsight.com/2018/07/11/nato-invites-macedonia-to-join-the-western-alliance-07-11-2018/|título=NATO Invites Macedonia to Join the Western Alliance|data=11 de julho de 2018|publicado=}}</ref> Em 30 de julho, o parlamento da Macedônia aprovou planos para realizar um referendo não vinculante sobre a mudança do nome do país, ocorrido em 30 de setembro.<ref>{{citar web|url=https://www.sbs.com.au/news/macedonia-to-hold-name-change-referendum-on-september-30|título=Macedonia to hold name-change referendum on September 30|website=SBS News}}</ref> 91% dos eleitores votaram a favor com 37% de participação, mas o referendo não foi realizado por causa de um requisito constitucional para um comparecimento de 50%. O governo pretendia avançar com a mudança de nome.<ref>{{citar web|url=https://www.reuters.com/article/us-macedonia-referendum-idUSKCN1M90U1|título=Macedonia leader vows to press on with name change despite...|data=1 de outubro de 2018|publicado=|via=www.reuters.com}}</ref>
 
Em 15 de outubro, o parlamento da Macedônia começou a debater a mudança de nome. A proposta de reforma constitucional exige o voto de 80 deputados, ou seja, dois terços do parlamento de 120 deputados.<ref>{{citar web|url=https://emerging-europe.com/news/north-macedonia-parliamentary-debates-hit-deadlock/|título='North' Macedonia parliamentary debates hit deadlock|data=16 de outubro de 2018|website=Emerging Europe}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.aljazeera.com/news/2018/10/macedonia-parliament-vote-change-181015065347448.html|título=Macedonia parliament to vote on name change|website=www.aljazeera.com}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.news247.gr/kosmos/pgdm-to-vmro-apochorise-apo-tin-syzitisi-gia-tin-syntagmatiki-anatheorisi.6658720.html|título=πΓΔΜ:Το VMRO αποχώρησε από την συζήτηση για την Συνταγματική Αναθεώρηση|website=www.news247.gr}}</ref>
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===Biodiversidade===
A [[flora]] da República da Macedônia do Norte é representada por cerca de 210 famílias, 920 gêneros e cerca de 3.700 espécies de plantas. O grupo mais abundante são as plantas com cerca de 3.200 espécies, seguidas de musgos (350 espécies) e samambaias (42).
 
Fitogeograficamente, a Macedônia do Norte pertence à província Ilíria da Região Circumboreal dentro do Reino Boreal. Segundo o [[Fundo Mundial para a Natureza]] (WWF) e o Mapa Digital das Regiões Ecológicas Europeias pela [[Agência Europeia do Ambiente]], o território da República pode ser subdividido em quatro [[Ecorregião|ecorregiões]]: as florestas mistas das Montanhas Pindo, as florestas mistas dos Balcãs, as florestas mistas do Ródope e florestas esclerófilas e mistas do Egeu.
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==Demografia==
Os últimos dados do censo de 2002 registraram uma população de {{fmtn|2022547|habitantes}}.<ref name="stat.gov.mk">{{citar web|título=Census of Population, Households and Dwellings in the Republic of Macedonia, 2002 – Book XIII, Skopje, 2005.|publicado=State Statistical Office of the Republic of Macedonia|url=http://www.stat.gov.mk/pdf/kniga_13.pdf}}</ref> A última estimativa oficial, datada de 2009 e sem alteração significativa, dá uma população de {{fmtn|2050671|habitantes}}.<ref name='dzs'>{{citar web|url=http://www.stat.gov.mk/OblastOpsto_en.aspx?id=2 |título=Macedonia – State Statistical Office |publicado=www.stat.gov.mk}}</ref> De acordo com os últimos dados do censo, o maior grupo étnico no país são os [[Macedônios (eslavos)|macedônios]]. O segundo maior grupo étnico são os [[albaneses]], que dominam grande parte da região noroeste do país. Depois deles, os [[Povos turcos|turcos]] são o terceiro maior grupo étnico do país, onde os dados oficiais do censo os colocam em torno de {{formatnum:80000}} e estimativas não oficiais sugerem números entre {{formatnum:170000}} e {{formatnum:200000}}. Algumas estimativas não oficiais indicam que, na República da Macedônia do Norte, há possivelmente até {{formatnum:260000}} [[ciganos]].<ref>[http://europeandcis.undp.org/uploads/public/File/rbec_web/vgr/chapter1.1.pdf][[United Nations Development Programme|UNDP]]<span>'s Regional Bureau for Europe</span></ref>
 
{{Cidades mais populosas da República da Macedónia}}
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}}
 
O [[cristianismo]] [[Igreja Ortodoxa Oriental|ortodoxo oriental]] é a religião majoritária da República da Macedônia do Norte, que representa 65% da população, a grande maioria dos quais pertence à [[Igreja Ortodoxa da Macedônia|Igreja Ortodoxa da Macedônia do Norte]]. Várias outras denominações cristãs respondem por 0,4% da população. Os muçulmanos constituem 33,3% da população. A Macedônia do Norte tem a quinta maior proporção de muçulmanos na Europa, depois dos do [[Cosovo]] (96%),<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/kv.html|título=Europe :: Kosovo — The World Factbook - Central Intelligence Agency|website=www.cia.gov}}</ref> [[Turquia]] (90%),<ref>{{citar web|url=https://onedio.com/haber/turkiye-deki-ateist-nufus-hizla-artiyor-468344|título=Türkiye’deki Ateist Nüfus Hızla Artıyor|primeiro =|último =Onedio.com|website=Onedio}}</ref> [[Albânia]] (59%)<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20170326091156/http://www.instat.gov.al/media/177358/njoftim_per_media_-_fjala_e_drejtorit_te_instat_ines_nurja_per_rezultatet_finale_te_census_2011.pdf|título=Wayback Machine|data=26 de março de 2017|website=web.archive.org}}</ref> e [[Bósnia-Herzegovina]] (51%).<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/bk.html|título=Europe :: Bosnia and Herzegovina — The World Factbook - Central Intelligence Agency|website=www.cia.gov}}</ref> A maioria dos muçulmanos são [[albaneses]], [[Povos turcos|turcos]] ou [[ciganos]], embora poucos sejam muçulmanos macedónios. Os 1,4% restantes foram determinados como "não afiliados" por uma estimativa da Pew Research de 2010.<ref>{{citar web|url=http://www.pewforum.org/2015/04/02/religious-projection-table/|título=Religious Composition by Country, 2010-2050|primeiro1 =1615 L. St|último1 =NW|primeiro2 =Suite 800|último2 =Washington|primeiro3 =DC 20036 USA202-419-4300 | Main202-419-4349 | Fax202-419-4372 | Media|último3 =Inquiries|data=2 de abril de 2015|publicado=}}</ref>
 
Ao todo, havia 1.842 igrejas e 580 mesquitas no país no final de 2011.<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20120111014137/http://www.dnevnik.com.mk/?ItemID=A080C78F46FF724BB7AA82A63C63251E|título=Во Македонија има 1.842 цркви и 580 џамии|data=11 de janeiro de 2012|website=web.archive.org}}</ref> As comunidades religiosas ortodoxas e islâmicas têm escolas religiosas secundárias em Escópia. Há uma faculdade de [[teologia]] ortodoxa na capital. A Igreja Ortodoxa Macedônia tem jurisdição sobre 10 províncias (sete no país e três no exterior), tem 10 bispos e cerca de 350 sacerdotes. Um total de 30.000 pessoas são batizadas em todas as províncias todos os anos.
 
As relações entre a Igreja Ortodoxa da Macedônia do Norte, que declarou [[autocefalia]] em 1967 e permanece não reconhecida pelas outras Igrejas Ortodoxas, e a Igreja Ortodoxa da Sérvia, que reivindica jurisdição eclesiástica sobre a República da Macedônia do Norte, permanecem tensas e politicamente preocupadas, especialmente desde que a Igreja sérvia nomeou Jovan Vraniškovski como seu Exarca do Arcebispado de Ocrida em setembro de 2002.
 
A reação da Igreja Ortodoxa Macedônia do Norte foi cortar todas as relações com o novo Arcebispado de Ocrida e impedir que os bispos da Igreja Ortodoxa Sérvia entrassem na Macedônia do Norte. O bispo Jovan foi condenado a 18 meses de prisão por "difamar a igreja ortodoxa norte-macedônia e prejudicar os sentimentos religiosos dos cidadãos locais" ao distribuir panfletos e panfletos das igrejas ortodoxas sérvias.<ref>{{citar web|url=https://iwpr.net/|título=Institute for War and Peace Reporting|website=Institute for War and Peace Reporting}}</ref>
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A Macedônia do Norte é uma [[democracia]] organizada sob a forma de uma [[república]] [[parlamentar]] com um governo executivo composto de uma coalizão de partidos do [[parlamento]] [[unicameral]] (Собрание, ''Sobranie'') e um judiciário independente com um tribunal constitucional. O papel do Presidente é principalmente cerimonial, com a maior parte das funções nas mãos do Primeiro-Ministro. O presidente é também o [[comandante-em-chefe]] das forças armadas do estado e o presidente do Conselho de Segurança do Estado. O Presidente é eleito a cada cinco anos, com reeleição limitada a, no máximo, dois mandatos. No segundo turno das eleições presidenciais realizadas em 5 de abril de 2009, [[Gjorge Ivanov]] foi eleito como novo presidente da Macedônia do Norte.<ref>{{citar web|url=https://balkaninsight.com/2009/04/06/ivanov-elected-new-macedonian-president/|título=Ivanov Elected New Macedonian President|data=6 de abril de 2009|publicado=}}</ref>
 
O parlamento do país é o ''Sobranie'' (macedônio: Собрание), um parlamento unicameral, composto de 120 membros eleitos para um mandato de quatro anos. Cada cidadão com 18 anos ou mais pode votar em um dos partidos políticos. O atual presidente do Parlamento é Talat Xhaferi. A Constituição da República da Macedônia do Norte foi promulgada em 1993, quando a independência do país foi reconhecida. Limita o poder dos governos, tanto locais como nacionais. Os militares também são limitados pela constituição. A constituição afirma que a Macedônia do Norte é um estado social livre e que [[Escópia]] é a capital.
 
O poder judiciário é exercido pelos tribunais, sendo o sistema judicial encabeçado pelo Supremo Tribunal, pelo Tribunal Constitucional e pelo Conselho Judicial Republicano. Todos os juízes dos tribunais superiores são nomeados pelo parlamento.
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===Disputa a respeito do nome===
{{AP|Disputa sobre o nome da Macedônia}}
Após o colapso da [[Iugoslávia]] em 1991, o nome da Macedônia tornou-se objeto de uma disputa entre a [[Grécia]] e a recém-independente República da Macedônia.<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20060127053906/http://www.findarticles.com/p/articles/mi_qa3719/is_199601/ai_n8752910|título=Journal of Political and Military Sociology: A name for a conflict or a conflict for a name? An analysis of Greece's dispute with FYROM|data=27 de janeiro de 2006|website=web.archive.org}}</ref> No sul, a República da Macedônia do Norte faz fronteira com a região da Macedônia grega, que administrativamente é dividida em três periferias (uma delas compreendendo a [[Trácia Ocidental]] e parte da [[Macedónia (Grécia)|Macedônia Grega]]). Citando preocupações históricas e territoriais resultantes da ambiguidade entre a República da Macedônia, a região grega adjacente da Macedônia e o antigo Reino da Macedônia que se enquadra na Macedônia grega, a Grécia se opõeopôs ao uso do nome Macedônia pela República da Macedônia sem uma qualificação geográfica, apoiando um nome composto (como Macedônia do Norte) para uso por todos e para todos os propósitos.<ref>{{citar web|url=https://www.mfa.gr/en/fyrom-name-issue/|título=FYROM Name Issue - Hellenic Republic - Ministry of Foreign Affairs|website=www.mfa.gr}}</ref> Como milhões de gregos étnicos se identificam como macedônios, sem relação com os eslavos associados à República da Macedônia, a Grécia se opõeopôs ao uso do termo macedônio para o maior grupo étnico do país vizinho. A República da Macedônia éfoi acusada de apropriar-se de símbolos e figuras que são historicamente consideradas parte da cultura da Grécia (como [[Sol de Vergina]], um símbolo associado ao antigo Reino da Macedônia, e a [[Alexandre, o Grande]]) e de promover o conceito [[Irredentismo|irredentista]] de um Reino da Macedônia, que incluiria territórios da Grécia, Bulgária, Albânia e Sérvia.{{Carece de fontes|geo-eu|data=janeiro de 2019}}
 
De 1992 a 1995, os dois países entraram em uma disputa sobre a nova bandeira do estado macedônio, que incorporou o símbolo do Sol de Vergina. Este aspecto da controvérsia foi resolvido quando a bandeira foi mudada sob os termos de um acordo provisório entre os dois países em outubro de 1995.
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Em novembro de 2008, a Macedônia instaurou um processo perante a [[Corte Internacional de Justiça]] contra a Grécia alegando violações do Acordo Provisório de 1995 que impediu sua adesão à [[OTAN]]. Solicitou-se à corte que ordenasse à Grécia que cumprisse suas obrigações dentro do Acordo, que é juridicamente vinculante para ambos os países.<ref>{{citar web|url=https://www.france24.com/en/20081117-macedonia-sues-greece-blocking-nato-entry-membership-name|título=Macedonia sues Greece for blocking NATO entry|data=17 de novembro de 2008|website=France 24}}</ref> Em 2011, o Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas determinou que a Grécia violou o Artigo 11 do Acordo Provisório de 1995 ao vetar a candidatura da Macedônia para a adesão à OTAN na cúpula de 2008 em Bucareste.<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20111216072534/http://www.icj-cij.org/docket/files/142/14881.pdf|título=Wayback Machine|data=16 de dezembro de 2011|website=web.archive.org}}</ref> O tribunal, contudo, não considerou necessário atender ao pedido da Macedônia de instruir a Grécia a abster-se de ações semelhantes no futuro, já que "[uma] regra geral, não há razão para supor que um Estado cujo ato ou conduta tenha sido declarada ilícita pelo Tribunal irá repetir esse ato ou conduta no futuro, uma vez que a sua boa fé deve ser presumida ";<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20130901184115/http://www.icj-cij.org/docket/files/142/16827.pdf|título=Wayback Machine|data=1 de setembro de 2013|website=web.archive.org}}</ref> nem houve até agora uma mudança na posição da União Europeia de que as negociações de adesão da Macedônia não possam começar até que a questão do nome seja resolvida.<ref>{{citar web|url=https://www.economist.com/europe/2011/12/10/call-it-what-you-want|título=Call it what you want|data=10 de dezembro de 2011|publicado=|via=The Economist}}</ref>
 
Em 17 de junho de 2018, a Grécia e a República da Macedônia assinaram um acordo para encerrar sua disputa, que resultaria na renomeação da ex-república iugoslava para República da Macedônia do Norte ''(Република Северна Македонија)''.<ref name="enca.com"/> O acordo ainda exige a ratificação por ambos os parlamentos para entrar em vigor. A partir de junho de 2018, espera-se que os dois governos tenham que superar a dura oposição política em seus respectivos países para concluir esse processo. A Macedônia realizou um referendo consultivo sobre as mudanças necessárias em sua constituição em setembro de 2018. Com a aprovação do Parlamento da Macedônia para a mudança de nome,<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/01/11/parlamento-macedonio-aprova-mudanca-de-nome-do-pais-para-macedonia-do-norte.ghtml|titulo=Parlamento macedônio aprova mudança de nome do país para Macedônia do Norte|data=11 de janeiro de 2019|acessodata=13 de janeiro de 2019|obra=G1}}</ref> resta a aprovação do Parlamento Grego para que a nomenclatura Macedônia do Norte seja aceita (embora existam empecilhos por parte dos governos de ambos os países nesta questão).<ref>{{Citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2019-01/mudanca-no-nome-da-macedonia-causa-crise-no-governo-da-grecia|titulo=Mudança no nome da Macedônia causa crise no governo da Grécia|data=13 de janeiro de 2019|acessodata=13 de janeiro de 2019|obra=Agência Brasil}}</ref>
 
==Subdivisões==
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Em agosto de 2004, a República daatual Macedônia do Norte foi reorganizada em 84 municípios (''opštini''; singular ''Opština''); 10 dos municípios constituem a cidade de Escópia, uma unidade distinta de autogoverno local e capital do país.
 
A maioria dos municípios atuais era inalterada ou apenas amalgamada dos 123 municípios anteriores estabelecidos em setembro de 1996; outros foram consolidados e suas fronteiras mudaram. Antes disso, o governo local era organizado em 34 distritos administrativos, comunas ou condados (também ''opštini'').
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===Turismo===
O turismo é uma parte importante da economia da República da Macedônia do Norte. A abundância de atrações naturais e culturais do país o torna um destino atraente dos visitantes. Recebe cerca de {{formatnum:700000}} turistas anualmente.<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20100606092353/http://faq.macedonia.org/information/101.html|título=Macedonia FAQ: Macedonia in 101 Facts|data=6 de junho de 2010|website=web.archive.org}}</ref>
 
==Infraestrutura==
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[[Imagem:Skopje Alexander the Great Airport.jpg|thumb|[[Aeroporto Internacional de Escópia]].]]
A República da Macedônia do Norte está em sua posição de país continental no meio da península balcânica, e as principais conexões de transporte do país são aquelas que ligam as diferentes partes da península (ligações transbalcânicas). Particularmente importante é a conexão entre o norte-sul e o vale de Vardar, que liga a Grécia ao resto da Europa.
 
O comprimento total da rede ferroviária na República da Macedônia do Norte é de 699 km. A linha férrea mais importante é a linha na fronteira com a Sérvia - Cumanovo - Escópia - Veles - Gevgelija - fronteira com a Grécia. Desde 2001, a linha ferroviária Beljakovci foi construída - a fronteira com a Bulgária, que terá uma conexão direta Escópia-Sófia. O centro ferroviário mais importante do país é Escópia, enquanto os outros dois são Veles e Cumanovo.
 
A Macedonian Post é uma empresa estatal da Macedônia do Norte para o fornecimento de tráfego postal. Foi fundada em 1992 como PTT Macedonia. Em 1993, foi admitida na União Postal Mundial em 1997, a PTT Macedonia foi dividida em Macedonian Telekom e Macedonian Post. No que diz respeito ao transporte aquaviário, apenas o tráfego de lagos através de Ocrida e do Lago Prespan foi desenvolvido, principalmente para fins turísticos.
 
Existem 17 aeroportos oficialmente na República da Macedônia do Norte, dos quais 11 são com substratos sólidos. Entre eles estão dois aeroportos de caráter internacional, já que estão listados no [[Código IATA]]: o [[Aeroporto Alexandre o Grande de Escópia]] e o [[Aeroporto Internacional São Paulo Apóstolo de Ocrida]].
 
===Educação===