Linguística comparativa: diferenças entre revisões

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As pesquisas continuaram com [[Wilhelm von Humboldt]], que classificou as línguas como ''isolantes'', ''aglutinantes'' e ''flexionais''. Na obra ''Über die Versschiedenheit des menschlichen Sprachbaues und ihren einfuss auf die geistige Entuwickelung des Menschengerschlechts'', estabeleceu critérios estruturais para as estas e definiu regras de aglutinação e substituição. Humboldt ainda afirma, nesta obra, ser a estrutura das línguas um reflexo do ''Volksgeist'' (espírito do povo). Ao mesmo tempo, esta manifestação coletiva, que é a língua, reflete a individualidade do espírito humano, que impõe sobre o mundo a sua ação. Afirma Humboldt:
 
''A força do espírito, que desde a profundidade e plenitude de seu interior impõe sua ação sobre o curso das coisas deste mundo, é o verdadeiro princípio criador que rege a evolução a um tempo escondida e misteriosa da humanidade, e é o que mais conduz à frente a evolução manifesta, visivelmente composta de concatenações de causas e efeitos. Esta peculiaridade singular do espírito dá novo alcance ao conceito de intelectualidade humana, já que, quando se manifesta, é de forma inesperada''... ''Quando assim ocorre, a forma antiga da língua é fragmentada e mesclada com elementos estranhos, seu verdadeiro organismo se decompõe, e as forças que lutam para se impor não conseguem fazer dela o fundamento de uma nova via sem insuflar-lhe um princípio vital que ofereça novo impulso ao espírito''. <ref>HUMBOLDT, Wilhelm von. [http://books.google.com.br/books?id=QaFygO4orf8C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false ''Sobre la diversidad de la estructura del lenguaje humano y su influencia sobre el desarrollo spiritual de la humanidad'']. Trad. e prólogo de Ana Agud. Barcelona: Centro de Publicaciones del MEC, 1990, p. 35-36, ''apud'' [http://www.briankibuuka.com.br/aulalinguisticasecxix.pdf "A Linguística no século XIX: origens e proposições da gramática moderna em seus primórdios"]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}, por Brian Gordon Lutalo Kibuuka. UFRJ, abril de 2010.</ref>
 
Percebe-se que Humboldt entende que a linguagem seja uma habilidade criadora humana, com caráter universal, e que a língua seja fruto da capacidade do falante em produzir um número infinito de atos da fala. De igual modo, estes inúmeros atos, dentro da coletividade, também representam o espírito coletivo da comunidade de falantes, o que implica dizer que "cada língua tem fundamento no espírito dos povos e nas famílias dos respectivos povos".<ref>HUMBOLDT, 1990, p. 40</ref>). Há em Humboldt uma abordagem da linguagem e da língua na perspectiva individual e coletiva.