Império Selêucida: diferenças entre revisões
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→Eclipse e reflorescimento: referencia, algo sobre antioco IV |
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Quando o filho de Antíoco II, [[Seleuco II Calínico]], subiu ao trono por volta de {{AC|246|x}} os selêucidas já estavam em declínio. Além das secessões da [[Pártia]] e da [[Bactriana]], Seleuco II foi dramaticamente derrotado na [[Terceira Guerra Síria]] contra [[Ptolomeu III do Egito]], tendo, logo depois, que lutar numa guerra civil contra seu próprio irmão, [[Antíoco Hierax]]. Também na [[Ásia Menor]] a dinastia selêucida perdia controle - gauleses já se haviam estabelecido completamente na [[Galácia]]; reinos semi-independentes e semi-helenizados haviam surgido na [[Reino da Bitínia|Bitínia]], em [[Reino do Ponto|Ponto]] e na [[Reino da Capadócia|Capadócia]]; e a cidade de [[Pérgamo]], no ocidente, asseverava sua independência sob a [[Dinastia Atálida]], formando o [[Reino de Pérgamo]].
Porém, um reflorescimento teria início quando o filho mais novo de Seleuco II, [[Antíoco III o Grande]], tomou o trono em {{AC|223|x}} Apesar do malogro inicial na [[Quarta Guerra Síria]] com o Egito, que levou a uma derrota vergonhosa na [[Batalha de Ráfia]] ({{AC|217|x}}), Antíoco se tornaria o maior dos governantes selêucidas após o próprio [[Seleuco I Nicátor]]. Após a derrota em Ráfia, passou 10 anos em sua "anábase" através das partes orientais de seu domínio - restaurando vassalos rebeldes como Pártia e Bactriana ao menos a obediência nominal, e até procurando competir com Alexandre, montando expedição até a Índia.
Ao retornar ao ocidente em {{AC|205|x}}, Antíoco descobriu que com a morte de [[Ptolomeu IV]] a situação mostrava-se propícia para nova campanha ocidental.
Antíoco e [[Filipe V da Macedônia]] então fizeram um acordo para dividir as possessões ptolemaicas fora do Egito, e na [[Quinta Guerra Síria]] os selêucidas destituíram [[Ptolomeu V]] do controle sobre [[Celessíria]]. A [[Batalha de Pânio]] ({{AC|198|x}}) transferiu definitivamente esses valores e arrendamentos aos ptolomeus e aos selêucidas. Antíoco parecia haver, no mínimo, restaurado a glória do Reino Selêucida.
A relação com os judeus teve o climax quando [[Antíoco IV Epifânio]] tentou banir alguns praticas judaicas da regiao da [[judeia]], como hábitos alimentares, reforma no culto do templo e a respeito do [[Sabá]]. Enveredou para uma revolta liderada por [[Judas Macabeu]], o império acabou perdendo muito terreno na Judeia, Samaria , [[Jerusalém]], Idumeua e Galileia<ref>{{citar livro|título=Campos de sangue religião e a história da violência|ultimo=ARMSTRONG|primeiro=Karen|editora=Companhia das Letras|ano=2016|local=São Paulo}}</ref>
== Confronto com Roma ==
O acordo entre [[Filipe V da Macedônia]] e [[Antíoco III]] causou grande inquietação nos seus vizinhos mais importantes no [[mar Egeu]] e na [[Ásia Menor]]: [[Rodes]] e [[Pérgamo]]. Há quem duvide da existência do acordo que tinha como principal
Verdade ou não, Rodes e Pérgamo enviam embaixadas a [[República Romana|Roma]] denunciando as pretensões macedónias. Filipe V não temia qualquer
Roma entra então em contacto com Antíoco III. As consequências do recuo da [[Macedónia (história)|Macedónia]] são dramáticas em todo o mundo egeu. Num discurso emotivo, Roma proclama a liberdade de todos os estados gregos. Se a situação é clara para os gregos da Europa, no que diz respeito à Ásia ninguém sabe qual o seu alcance. Roma e Antíoco III entram em negociações: Roma dá a entender que estará disposta a ignorar a sorte as cidades gregas da Ásia, em contrapartida, Antíoco III retira-se da [[Trácia]]. No fundo, nenhum dos lados pretende entrar em guerra, muito menos por causa dos instáveis gregos. Antíoco III recebe as propostas romanas mas não parece dar sinais de estar disposto a recuar, ele que devotou toda a sua vida ao restauro do reino de Seleuco I. O seu objectivo é ganhar tempo.
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