Cristão-novo: diferenças entre revisões
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Alguns cristãos-novos, porém, permaneceram fieis à sua religião original (sendo assim denominados de [[marrano]]s ou [[criptojudeu]]s) e inventaram formas de esconder a sua convicção religiosa. As [[Alheira (culinária)|alheira]]s, um tipo de enchido de carne de [[galinha]] e outras aves, foram por exemplo criadas para imitar os tradicionais [[chouriço]]s de carne de porco, proibida aos judeus. O falhanço da seriedade de muitas conversões levou a que [[João III de Portugal|D. João III]] mandasse instalar a [[Inquisição]] em Portugal em [[1536]], e ao estabelecimento de uma política de distinção em relação aos cristãos-novos.
Sob o espectro da Inquisição, nunca mais os cristãos-novos, maioritariamente judeus, tiveram tranquilidade em Portugal. Continuaram, clandestinamente, a fugir para os [[Países Baixos]], [[Constantinopla]], [[Norte da África|Norte de África]], [[Salónica]], [[Itália]] e [[Brasil]], mantendo laços secretos e apoiando os cristãos-novos portugueses. Muitas das cerca de 1.500 vítimas mortais da [[Inquisição portuguesa]] eram cristãos-novos, assim como boa parte dos seus 25.000 processos. O Santo Ofício influiria no desaparecimento dos ofícios nas regiões de [[Trás-os-Montes e Alto Douro|Trás-os-Montes]] e [[Beira (Portugal)|Beiras]], onde os judeus eram os dinamizadores da produção de têxteis, [[seda]]s e [[lanifício]]s. Para além do confisco de bens, os cristãos-novos foram também vítimas dos atestados de ''[[limpeza de sangue]]'' nas candidaturas a cargos públicos, militares ou da Igreja, o que os afastava por possuírem confirmação inquisitorial.(Texto não referenciado.
== Fim da perseguição ==
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