Joaquim Marques Lisboa: diferenças entre revisões

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Casara-se com uma companheira de infância e quase de sua idade, Maria Eufrásia. O casamento aconteceu na Igreja de Nossa Senhora da Glória, em 19 de fevereiro de 1839, no Rio de Janeiro. Após a Batalha de Riachuelo, o número de ex-combatentes inválidos chegados à capital foi tomando proporções alarmantes, surgindo assim uma necessidade de ser criado um asilo onde melhor pudessem ser tratados. E foi sua esposa, Viscondessa de Tamandaré que, apesar da situação que o país atravessava, lembrou-se de organizar leilões de prendas, obtidas das famílias de suas relações, como também do comércio e de muitas outras pessoas que se dispusessem a ajudá-la nesse patriótico fim. O primeiro leilão foi um sucesso, o que a incentivou a continuar e a conseguir juntar os fundos necessários. Um fato interessante é que uma jovem vinda do Piauí, alistada no Batalhão de Voluntários da Pátria que seguindo o exemplo de Maria Quitéria queria lutar por seu país, foi importante ajudante da Viscondessa, seu nome era Jovita Alves Feitosa. Morreu pobre, no Rio de Janeiro.
 
O lugar da onde seu nome derivou-se, tratava-se de uma pequena vila e um importante porto de apoio no litoral pernambucano, no qual seu irmão mais velho, Manoel Marques Lisboa, no ano de 1824 pegara em armas pela Confederação do Equador contrário ao Império nascente, e que, após repelir uma invasão imperial na região em 8 de junho de 1824 viria a falecer na segunda tentativa de tomar a região, sendo esta mais bem sucedida pois conquistou a vitória. Durante uma visita do Imperador D. Pedro II, 35 anos depois, ao litoral de Pernambuco, Joaquim Marques Lisboa pediu para fazer uma parada e levar os restos mortais de seu irmão para o jazigo da família no Rio de Janeiro, sensibilizado pelo gesto D. Pedro II confere no ano seguinte a honraria de barão e que carregaria o nome do lugar que fora para ele importante para sua memória e tornou-se um ponto de referência para a amizade dessas duas figuras históricas.<ref>{{citar livro|título=Tamandaré: o príncipe dos mares|ultimo=Fernandes|primeiro=Juca|editora=Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária,|ano=2010|local=São Paulo|páginas=174p|acessodata=07/05/2019}}</ref>
 
No decorrer de sua vida, o Brasil passou de Colônia de Portugal à Reino Unido de Portugal e Algarves, à Império e em 1889, à República. Formou-se um país e Tamandaré foi parte importante de uma geração de marinheiros, guerreiros e estadistas a quem se deve a preservação da maior herança dos brasileiros: um país, rico em recursos naturais, pátria de uma nação unida por uma cultura e um idioma.