Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias: diferenças entre revisões
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Foi enviado a Pedro um retrato que muito embelezava a princesa, fazendo com que ele aceitasse a proposta.<ref>{{harvnb|Calmon|1975|p=205}}; {{harvnb|Carvalho|2007|p=51}}; {{harvnb|Lira|1977|p=119}}; {{harvnb|Schwarcz|1998|p=92}}</ref> De acordo com o historiador James McMurtry Longo, a pessoa no retrato não era Teresa Cristina.<ref name="Longo 2008 79"/> Um casamento por procuração foi realizado em Nápoles no dia {{dtlink|30|5|1843}}, em que o imperador foi representado pelo príncipe [[Leopoldo de Bourbon-Duas Sicílias|Leopoldo, Conde de Siracusa]] e irmão da noiva.<ref>{{harvnb|Carvalho|2007|p=51}}; {{harvnb|Lira|1977|p=122}}</ref> Uma frota brasileira formada por uma fragata e duas corvetas<ref name=calmon213 >{{harvnb|Calmon|1975|p=213}}</ref><ref>{{harvnb|Lira|1977|p=120}}</ref> partiu em 3 de março para as Duas Sicílias a fim de trazer a nova imperatriz até o [[Império do Brasil|Brasil]].<ref>{{harvnb|Calmon|1975|p=214}}; {{harvnb|Lira|1977|p=121}}</ref> Ela chegou ao [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] em 3 de setembro.<ref>{{harvnb|Calmon|1975|p=238}}; {{harvnb|Carvalho|2007|p=51}}; {{harvnb|Lira|1977|p=123}}; {{harvnb|Schwarcz|1998|p=94}}</ref> Pedro imediatamente correu para dentro do navio para receber a esposa. A multidão reunida aplaudiu esse gesto e canhões dispararam saudações.<ref>{{harvnb|Longo|2008|p=81}}</ref> Teresa Cristina se apaixonou à primeira vista por seu marido.<ref name=barman97 >{{harvnb|Barman|1999|p=97}}</ref>
Pedro, então com dezessete anos, ficou claramente muito desapontado.<ref>{{harvnb|Barman|1999|p=97}}; {{harvnb|Calmon|1975|p=239}}; {{harvnb|Carvalho|2007|p=52}}; {{harvnb|Lira|1977||p=124}}; {{harvnb|Schwarcz|1998|p=95}}</ref> Suas primeiras impressões eram apenas de seus defeitos físicos e também o quanto sua aparência era diferente do retrato que haviam lhe enviado.<ref name=barman97 /> Fisicamente ela tinha cabelos e olhos castanho escuro,<ref>{{citar periódico|autor=Otávio Filho, Rodrigo|título=A Princesa Isabel|data=1946|jornal=Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro|local=Rio de Janeiro|editora=Imprensa Nacional|volume=192|página=121 }}</ref><ref>{{harvnb|Calmon|1975|p=212}}</ref> era baixa, levemente acima do peso, andava mancando visivelmente e, apesar de não ser feia, era tampouco bonita.<ref>{{harvnb|Barman|1999|p=97}}; {{harvnb|Carvalho|2007|p=52}}; {{harvnb|Lira|1977|p=124}}; {{harvnb|Longo|2008|p=81}}; {{harvnb|Schwarcz|1998|p=95}}</ref> De acordo com o historiador [[Pedro Calmon]], Teresa Cristina não era manca, porém seu jeito estranho de andar era na verdade o resultado de pernas arqueadas que faziam com que ela se inclinasse para a esquerda e para a direita enquanto andava.<ref name=calmon213 /> Foram esmagadas as grandes expectativas de Pedro e ele deixou que seus sentimentos de revolta e rejeição aparecessem.<ref name=barman97 /> Ele deixou o navio após um pequeno intervalo. Ela percebeu a desilusão do marido e começou a chorar, lamentando que "o imperador não gostou de mim!"
Depois de se recuperar do primeiro encontro com Pedro, Teresa Cristina ficou decidida a fazer o possível para melhorar sua situação, escrevendo à família: "Sei que minha aparência é diferente da que havia sido anunciada. Farei todo o possível para viver de tal maneira que nada leve ao engano de meu caráter. Minha ambição será parecida à de [[Maria Leopoldina de Áustria|Maria Leopoldina da Áustria]], mãe de meu marido, e serei brasileira de coração em tudo que fizer".<ref>{{harvnb|Longo|2008|pp=81–82}}</ref> Apesar de um casamento por procuração já ter sido realizado, um extravagante casamento de estado ocorreu em 4 de setembro na [[Capela Real do Rio de Janeiro]].<ref>{{harvnb|Barman|1999|p=98}}; {{harvnb|Calmon|1975|p=240}}; {{harvnb|Lira|1977|pp=125–126}}; {{harvnb|Longo|2008|p=82}}</ref>
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