Nova República: diferenças entre revisões

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Durante o processo, a [[Rede Globo de Televisão]] produz e transmite ''[[Anos rebeldes]]'', de [[Gilberto Braga]], uma série dramática ambientada nas manifestações de 1968, a qual serve de inspiração para o movimento dos [[caras-pintadas]], manifestações de estudantes e intelectuais que, do alto de carros-de-som, clamavam por justiça e por um Brasil melhor. Fernando Collor de Mello renunciou antes de ter seu impedimento aprovado pelo Congresso, mas mesmo assim teve seus direitos políticos suspensos por oito anos, embora a lei em vigor na época previsse a suspensão do processo no caso de renúncia antes de sua conclusão. Collor mudou-se em seguida para [[Miami]]. A Justiça o absolveu de todos os processos movidos contra ele por sua gestão. [[PC Farias]] evadiu-se do país durante alguns anos e, após enviuvar, retornou a [[Alagoas]] mas, em 1996, foi encontrado em seu quarto de dormir, morto por ferimento de arma de fogo.
 
Collor de Mello foi sucedido na presidência pelo vice-presidente [[Itamar Franco]] em cuja administração é adotado o [[Plano Real]], um plano econômico inédito no mundo executado pela equipe do então ministro da fazenda, [[Fernando Henrique Cardoso]] (FHC). Percebendo que a hiperinflação brasileira era também um fenômeno emocional de separação da "unidade monetária de troca" da "unidade monetária de contas", o plano concentrou todos os índices de reajuste de preços existentes em um único índice, a Unidade Real de Valor, ou URV. Esta, posteriormente, foi transformada em moeda corrente, o real, iniciando assim o controle do maior problema econômico do Brasil: a inflação.<ref>ROCHA, Sonia, Revista Brasileira de Estudos Populacionais - TEXTO PARA DISCUSSÃO Nº 439 RENDA E POBREZA: OS IMPACTOS DO PLANO REAL, Rio de Janeiro, dezembro de 1996, pág. 1. Disponível em [http://www.ipea.gov.br/pub/td/td0439.pdf] {{Wayback|url=http://www.ipea.gov.br/pub/td/td0439.pdf |date=20110519222715 }}</ref> Posteriormente, inúmeras reformas econômicas de peso deram lastro à estabilidade da moeda, evitando os erros do passado.
 
== Governo FHC (1995–2002) ==
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Em outubro de 2010, em [[Eleição presidencial no Brasil em 2014|segundo turno]], o Brasil elege pela primeira vez uma mulher como Chefe do poder executivo. [[Dilma Rousseff]] (mineira de [[Belo Horizonte]]) tomou posse do cargo de Presidente da República Federativa do Brasil, prestando, assim como os demais presidentes eleitos na Nova República, juramento solene perante o Congresso Nacional em 1º de janeiro de 2011. Dilma deu continuidade aos programas do governo Lula tais como. O [[Luz para Todos]], que beneficiou mais de 3 milhões de famílias até 2013, a segunda fase do [[Programa de Aceleração do Crescimento|PAC]] que foram disponibilizados recursos na ordem de R$ 1,59 trilhão em uma série de investimentos, tais como transportes, energia, cultura, meio ambiente, saúde, área social e habitação,<ref>{{citar notícia|url=http://noticias.uol.com.br/especiais/pac/ultnot/2010/03/29/governo-lanca-pac-2-para-investir-r-159-trilhao-e-impulsionar-campanha-de-dilma.jhtm|titulo=Governo lança PAC 2 para investir R$ 1,59 trilhão|ultimo=UOL|acessodata=29/03/2010}}</ref> e do programa [[Minha Casa, Minha Vida]] que obteve investimentos na cifra de R$ 34 bilhões da qual foram construídas 1 milhão de moradias na primeira fase, e 2 milhões de moradias com investimentos de R$125,7 bilhões na segunda fase do programa.<ref>{{citar notícia|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u540229.shtml|titulo=Governo investirá R$ 34 bilhões para construir 1 milhão de casas|ultimo=Folha Online|acessodata=20/04/2009}}</ref><ref>{{citar notícia|url=http://observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_content&view=article&id=1695%3Adesafios-para-a-politica-habitacional-2o-etapa-do-programa-minha-casa-minha-vida&catid=43%3Anoticias&Itemid=114&lang=pt|titulo=Desafios para a política habitacional: 2ª etapa do programa Minha Casa, Minha Vidas|autor=Observatório das Metrópoles |acessodata=27/10/2014}}</ref>
 
Em junho de 2013, irromperam no país inúmeras [[Protestos no Brasil em 2013|manifestações]] populares, quando milhões de pessoas saíram às ruas em todos os estados para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público, a truculência das policiais militares estaduais, além de outras reivindicações. Entre os principais desafios do país para o futuro estão um salto qualitativo na educação e saúde, a desburocratização do empreendedorismo e uma resposta eficiente aos crescentes problemas de segurança pública e favelização dos centros urbanos.<ref name=02novembro2013-CartaCapital>{{citar web|url=http://www.cartacapital.com.br/sociedade/201cforam-as-manifestacoes-de-junho-que-nos-deram-coragem201d-7601.html|título=“As manifestações de junho nos deram coragem”|autor=Miguel Martins|data=2 de novembro de 2013|publicado=A Gazeta do Povo|acessodata=15 de fevereiro de 2014}}</ref> Tais manifestações resultaram em julho de 2013 no lançamento do programa [[Mais Médicos|mais médicos]] que teve como objetivo levar 15 mil profissionais da saúde para atender regiões carentes do Brasil.<ref name="Moraes">Moraes, Maurício. [http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/09/130902_mais_medicos_mm.shtml?ocid=socialflow_facebook_brasil "Dúvidas sobre chegada de médicos cubanos alimentam debate jurídico"]. BBC Brasil. 2 de setembro de 2013. Página visitada em 2 de setembro de 2013.</ref> O [[Brasil]] sedia em 2014 a [[Copa do Mundo FIFA de 2014|Copa do Mundo de futebol]]. No final do primeiro governo de Dilma, é deflagrada a [[Operação Lava Jato]], do qual é apurado um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de 10 bilhões de reais, sendo considerado pela polícia federal o maior esquema de corrupção da história do Brasil.<ref>{{citar web|url=http://www.lavajato.mpf.mp.br/index.html|titulo= Entenda o caso|obra=lavajato.mpf.mp.br|acessodata=08/03/2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150305204728/http://www.lavajato.mpf.mp.br/index.html|arquivodata=2015-03-05|urlmorta=yes}}</ref>
 
Após as [[polarização política|polarizadas]] [[Eleição presidencial no Brasil em 2014|eleições presidenciais de 2014]], Rousseff é reeleita com 51,64% dos votos válidos, ao derrotar em segundo turno o candidato [[Aécio Neves]]. Durante a campanha eleitoral, um [[Acidente do Cessna Citation 560 XLS+|acidente aéreo]] vitimou o candidato [[Eduardo Campos]] do PSB. Em março de 2015 novos [[Protestos no Brasil em 2015-2016|protestos]] acontecem em vários estados principalmente contra a [[Corrupção no Brasil|corrupção]], especialmente por conta da [[Operação Lava Jato]] conduzida pela [[Polícia Federal (Brasil)|Polícia Federal]]. Como efeito da enorme e crescente insatisfação popular com o governo, a base política da presidente foi se deteriorando e um [[Impeachment de Dilma Rousseff|processo de ''impeachment'']] contra a presidente é iniciado em dezembro do mesmo ano com base em acusações das chamadas "[[pedaladas fiscais]]" cometidas em seu governo. O ato causa grande controvérsia e divide o país entre grupos antigovernistas (majoritariamente de [[Direita política|direita]]) e pró-governo (majoritariamente de [[Esquerda política|esquerda]]). Em 17 de abril de 2016, a [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] aprova o início do processo, que a partir de então é encaminhado para análise no [[Senado Federal do Brasil|Senado]].<ref>{{citar web |url=http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151202_impeachment_pedido_pai |titulo=Dilma sob ameaça: Veja como é o processo de impeachment |publicado=BBC |autor=Mariana Schreiber |data=2 de dezembro de 2015 |acessodata=5 de dezembro de 2015}}</ref> [[Dilma Rousseff]] termina seu mandato em meio à maior [[Crise econômica no Brasil desde 2014|crise econômica]] da história do Brasil com inflação em 2015 a 10,67%, taxa de desemprego em setembro de 2016 a 11,8%, atingindo 12 milhões de brasileiros<ref name="Folha">{{citar web|título=Desemprego sobe a 11,8% e atinge 12 milhões de pessoas, indica IBGE - Folha|url=http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/09/1818323-numero-de-desempregados-atinge-12-mi-no-trimestre-encerrado-em-agosto.shtml|acessodata=10 de Fevereiro de 2017|data=setembro de 2016}}</ref> e queda do PIB em dois anos consecutivos: 2015 queda de 3,8% e 2016 um recuo de 3,6%. <ref>{{citar web|título=Economia encolhe 3,6% em 2016 e país tem pior recessão da história|url=https://oglobo.globo.com/economia/economia-encolhe-36-em-2016-pais-tem-pior-recessao-da-historia-21022917|acessodata=6 de Junho de 2017|obra=O Globo|data=07/03/2017}}</ref>