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[[Imagem:Pragmatists-Peirce,James,Dewey,Mead.JPG|thumb|275px|Os Pragmatistas C. Peirce, W. James, J. Dewey e G. H. Mead respectivamente]]
O '''pragmatismo''' constitui uma escola de [[filosofia]] estabelecida no final do século XVXIX, com origem no ''[[Metaphysical Club]]'', um grupo de especulação filosófica liderado pelo lógico [[Charles Sanders Peirce]], pelo psicólogo [[William James]] e pelo jurista [[Oliver Wendell Holmes, Jr.]], congregando em seguida acadêmicos importantes dos Estados Unidos. Segundo essa [[doutrina]] [[metafísica]], o [[sentido]] de uma [[ideia]] corresponde ao conjunto dos seus desdobramentos [[prático]]s.
 
O primeiro registro do termo ''pragmatismo'' ocorreu em 1898, tendo sido usado por William James. Este creditou a autoria do termo a Charles Sanders Peirce, que o teria criado no início dos anos 19751870. A partir de 1905, Peirce passou a usar o termo [[pragmaticismo]] para designar sua filosofia, rejeitando o nome original, que estaria sendo usado por "jornais literários" de uma maneira que não aprovava. A questão que distingue o pragmatismo do pragmaticismo reside principalmente no entendimento dado a esta locução - "desdobramentos práticos". Segundo a [[máxima pragmática]] de Peirce, o sentido de todo [[símbolo]] ou conceito depende da totalidade das possibilidades de formação de condutas deliberadas a partir da [[crença]] na [[verdade]] deste conceito ou símbolo. Neste leque, incluem-se desde os efeitos mais prosaicos até as condutas mentais mais remotas. Neste aspecto, porque o pragmatismo daria relevância apenas às [[evidência]]s [[empírica]]s e às práticas mais vantajosas para o [[sujeito (filosofia)|sujeito]] individual, pode ser considerado uma doutrina filosófica menos exigente que o pragmaticismo.
 
O pragmatismo se aproxima do sentido popular, segundo o qual um sujeito "pragmático" eé aquele que tem o hábito mental de reduzir o sentido dos [[fenômeno]]s à avaliação de seus aspectos [[Utilidade (economia)|úteis]], [[Necessidade (filosofia)|necessário]]s, limitando a especulação aos [[causalidade|efeitos]] práticos, de valor [[utilitário]], do pensamento. Peirce, aliás, justifica a invenção do desajeitado termo "pragmaticismo" justamente como meio de tornar a sua concepção de pragmatismo "feia demais para seus sequestradores", ou seja, para evitar que também este conceito tivesse seu sentido psicologizado. Segundo ele, foi o que, lamentavelmente, aconteceu com o pragmatismo depois que saiu do ''Metaphysical Club''.
 
A ''[[Filosofia do Processo]]'' (ou ''Filosofia do Organismo''), desenvolvida nos anos 19801930 e 19301940 por [[Alfred North Whitehead]], mesmo sem contato direto com os ''[[Collected Papers]]'' peirceanos, mostra-se convergente com a [[cosmologia]] do pragmaticismo. Em ambos os casos, o universo é concebido como um agregado emergente de [[eventos e processos|eventos]] e não mais, como na perspectiva filosófica moderna (inclusive a implícita à [[filosofia da linguagem]] iniciada por [[Wittgenstein]]), como uma coleção de fatos. Recentemente, esta convergência entre a filosofia do processo e o pragmaticismo foi explorada pelo filósofo neerlandês Guy Debrock. A partir delas, Debrock sintetiza o que ele chama de ''pragmatismo processual''. Também recentemente, o projeto realista do pragmatismo foi reformulado por [[Richard Rorty]].<ref name="WJ">JAMES, William (1948) [http://128.138.136.233/students/envs_5720/james_1907.pdf "What pragmatism means."] ''Pragmatism - a reader'', p.93.</ref>
 
== História ==