Rosa Luxemburgo: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Cabulaser! (discussão | contribs)
m
Etiquetas: Expressão problemática Editor Visual
Linha 78:
Luxemburgo defendeu o [[materialismo dialético]] de Marx e a concepção de história. O que o revisionismo tem a dizer sobre o desenvolvimento objetivo do capitalismo? [[Karl Kautsky]], o socialista ético, rejeitou os argumentos neokantianos em favor do [[darwinismo social]]. O proletariado teve que ser reorganizado em 1893, e antes em 1910-1911, o que era uma pré-condição para poderem agir. Formaram a estrutura substantiva de argumentos com Rosa Luxemburgo em 1911, quando afastaram-se seriamente. Mas para Kautsky, o que Luxemburgo entendia ser apropriado para os radicais, Lênin e Parvus na Rússia, não era necessariamente tão verdadeiro na Alemanha. Kautsky era mais velho do que ela, mais cauteloso, considerando greves em massa como aventureirismo. Mas a mudança qualitativa radical para a classe trabalhadora conduziria Luxemburgo em uma época de revolução, que ela pensou que tinha chegado. Estava determinada a levar o capitalismo a seus limites para desenvolver a consciência de classe.<ref> Politische Schriften, p.48 </ref> A fim de obter organização e essa consciência, os trabalhadores tinham que ir à greve para testar a resistência à exploração; isso não seria exequível através de adesão cega à organização de um partido.<ref> Massenstreik, Partei, und Gewerkschaften (Leipzig 1919), p.31 </ref>
 
Uma característica (você é ata) peculiar do pensamento de Rosa é o seu posicionamento em relação ao [[cristianismo]]. Rosa escreveu um opúsculo denominado "O Socialismo e as Igrejas" (1905), onde, embora fosse ateia, atacou menos a religião enquanto tal e mais a política reacionária da Igreja. Nessa obra afirmou que os socialistas eram mais fiéis aos preceitos originais do cristianismo do que o [[clero]] conservador da época, pois os socialistas lutavam por uma ordem social de igualdade, liberdade e fraternidade, e, portanto, os padres deveriam acolher favoravelmente o socialismo, se quisessem honestamente aplicar o preceito cristão de "amar o próximo, como a si mesmo".
 
Além disso, denunciava o clero que apoiava os ricos, que exploram e oprimem os pobres, afirmando que ele estaria em contradição explícita com os ensinamentos cristãos, tal clero não serviria a Cristo, mas ao dinheiro. Segundo Rosa, os primeiros cristãos seriam comunistas apaixonados e denunciavam a injustiça social. Entretanto, essa causa seria, em sua época, do movimento socialista que traria aos pobres o Evangelho da fraternidade e da igualdade, chamando o povo para estabelecer na terra o Reino da liberdade e do amor pelo próximo. Em vez de se envolver em uma batalha filosófica, em nome do [[materialismo]], Rosa procurava salvar a dimensão social da tradição cristã para a transmitir ao movimento operário.<ref>[http://www.diarioliberdade.org/mundo/batalha-de-ideias/37025-marxismo-e-religi%C3%A3o-%C3%B3pio-do-povo.html Marxismo e religião: ópio do povo?], acesso em 07 de abril de 2016.</ref>