Resistência antibiótica: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Antibiotic sensitvity and resistance.JPG|thumb|upright=1.4|[[Teste de sensibilidade aos antibióticos]]: as bactérias são listadas em pratos com discos brancos impregnados com antibióticos. Os anéis claros, como aqueles à esquerda, mostram que as bactérias não cresceram, indicando que as bactérias não são resistentes. Aqueles à direita são totalmente suscetíveis a apenas três dos sete antibióticos testados.<ref>[http://www.microbelibrary.org/component/resource/laboratory-test/3189-kirby-bauer-disk-diffusion-susceptibility-test-protocol Kirby-Bauer Disk Diffusion Susceptibility Test Protocol] {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20110626190940/http://www.microbelibrary.org/component/resource/laboratory-test/3189-kirby-bauer-disk-diffusion-susceptibility-test-protocol |date=2011-06-26 }}, Jan Hudzicki, ASM</ref>]]
A '''resistência antibiótica''', '''resistência a antibióticos''' ou '''resistência antimicrobiana''' é a capacidade de um [[micróbio]] ou bactérias de resistir aos efeitos da medicação anteriormente utilizada para tratá-los, como [[antibiótico]]s.<ref name=ARM>{{citar web|título=Review on Antimicrobial Resistance|url=http://amr-review.org/|website=amr-review.org|acessodata=20 de maio de 2016}}</ref><ref name=WHO2014>{{citar web|título=Antimicrobial resistance Fact sheet N°194|url=http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs194/en/|website=who.int|acessodata=7 de março de 2015|data=Abril de 2014}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.cdc.gov/drugresistance/about.html|título=About Antimicrobial Resistance - Antibiotic/Antimicrobial Resistance - CDC|data=19 de setembro de 2017|website=www.cdc.gov}}</ref> A resistência surge através de uma das três maneiras seguintes: resistência natural em certos tipos de bactérias; [[mutação]] genética ou por uma espécie que adquire resistência de outra.<ref>{{citar web|título= General Background: About Antibiotic Resistance|url = http://www.tufts.edu/med/apua/about_issue/about_antibioticres.shtml|website = www.tufts.edu|acessodata= 2015-10-30|arquivourl= https://web.archive.org/web/20151023035356/http://www.tufts.edu/med/apua/about_issue/about_antibioticres.shtml|arquivodata= 2015-10-23|urlmorta= yes}}</ref> A resistência pode aparecer espontaneamente por mutações aleatórias; ou mais comumente após o acúmulo gradual ao longo do tempo e devido ao mau uso de antibióticos ou [[antimicrobiano]]s.<ref name="About Antimicrobial Resistance">{{citar web|título= About Antimicrobial Resistance|url = https://www.cdc.gov/drugresistance/about.html|website = www.cdc.gov|acessodata= 2015-10-30}}</ref> Os micróbios resistentes são cada vez mais difíceis de tratar, exigindo doses mais elevadas ou medicamentos alternativos, que podem ser mais caros ou mais tóxicos. Os micróbios resistentes a múltiplos antimicrobianos são chamados de "resistente a múltiplos medicamentos" (RMM); ou às vezes [[superbactéria]].<ref name="cdcgetsmart">{{citar web|título=Antibiotic Resistance Questions & Answers|url=https://www.cdc.gov/getsmart/antibiotic-use/antibiotic-resistance-faqs.html#e|obra=Get Smart: Know When Antibiotics Work|publicado=Centers for Disease Control and Prevention, USA|acessodata=20 de março de 2013|data=30 de junho de 2009}}</ref> A resistência antimicrobiana está a aumentar com milhões de mortes a cada ano.<ref name="WHO 2014">{{citar web| url=http://www.who.int/drugresistance/documents/surveillancereport/en/ |título=Antimicrobial resistance: global report on surveillance 2014 |publicado=WHO |obra=WHO |data=Abril de 2014 |acessodata=9 de maio de 2015 |autor =WHO}}</ref> Todas as classes de micróbios desenvolvem resistência: os [[fungo]]s desenvolvem resistência [[antifúngica]], os [[vírus]] desenvolvem resistência [[antiviral]], os [[protozoário]]s desenvolvem resistência [[antiprotozoária]] e as bactérias desenvolvem resistência aos antibióticos.
 
Os antibióticos só devem ser utilizados quando necessário, conforme prescrito pelos profissionais da saúde.<ref name="Swedish">{{citar livro|título= Swedish work on containment of antibiotic resistance – Tools, methods and experiences|publicado= Public Health Agency of Sweden|ano= 2014|isbn = 978-91-7603-011-0|url = http://www.folkhalsomyndigheten.se/pagefiles/17351/Swedish-work-on-containment-of-antibiotic-resistance.pdf|local= Stockholm|páginas= 16–17, 121–128}}</ref> O prescritor deve aderir aos cinco direitos da administração de medicamentos: o direito do paciente, o medicamento certo, a dose certa, a via correta e o tempo adequado.<ref>{{citar web|título= The Five Rights of Medication Administration|url = http://www.ihi.org/resources/pages/improvementstories/fiverightsofmedicationadministration.aspx|website = www.ihi.org|acessodata= 2015-10-30}}</ref> Os antibióticos de espectro estreito são preferidos, quando possível,em relação aos antibióticos de amplo espectro, uma vez que a alocação efetiva e precisa de organismos específicos torna a resistência menos provável.<ref name="NPS2013">{{citar web|título= Duration of antibiotic therapy and resistance|url = http://www.nps.org.au/publications/health-professional/health-news-evidence/2013/duration-of-antibiotic-therapy|website = NPS Medicinewise|publicado= National Prescribing Service Limited trading, Australia |acessodata= 22 de julho de 2015|data= 13 de junho de 2013|arquivourl= https://web.archive.org/web/20150723074759/http://www.nps.org.au/publications/health-professional/health-news-evidence/2013/duration-of-antibiotic-therapy|arquivodata= 2015-07-23|urlmorta= yes}}</ref> Os medicamentos devem ser tomados antes do tratamento quando indicado e o tratamento pode mudar de acordo com o relatório de susceptibilidade.<ref name="CDC Mission">{{citar web|título= CDC Features – Mission Critical: Preventing Antibiotic Resistance|url = https://www.cdc.gov/Features/AntibioticResistance/index.html|website = www.cdc.gov|acessodata= 2015-07-22}}</ref><ref>{{citar periódico|título= General Principles of Antimicrobial Therapy|url = http://www.mayoclinicproceedings.org/article/S0025-6196(11)60140-7/pdf|periódico= Mayo Clinic Proceedings|data= 2011-01-01|pmc = 3031442|pmid = 21282489|volume = 86|número= 2|doi = 10.4065/mcp.2010.0639|primeiro = Surbhi|último = Leekha|primeiro2 = Christine L.|último2 = Terrell|primeiro3 = Randall S.|último3 = Edson|páginas=156–167}}</ref> Para as pessoas que tomam esses medicamentos em casa, a educação sobre o uso adequado é essencial. Os prestadores de assistência médica podem minimizar a propagação de infecções resistentes pelo uso de saneamento e higiene adequados (como a lavagem das mãos e a desinfecção) e devem encorajar o mesmo entre os pacientes, visitantes e membros da família.<ref name="CDC Mission" />
 
O aumento da resistência aos medicamentos é causada principalmente pelo uso indevido de antimicrobianos em [[seres humanos]], bem como em [[animais]], e pela disseminação de [[cepa]]s resistentes entre os dois.<ref name="About Antimicrobial Resistance"/> Os antibióticos aumentam a pressão seletiva nas populações bacterianas, causando a morte de bactérias vulneráveis; isto aumenta a porcentagem de bactérias resistentes que continuam crescendo. Com a resistência aos antibióticos tornando-se mais comum, há uma maior necessidade de tratamentos alternativos. Pedidos de novas terapias com antibióticos foram emitidos, mas o desenvolvimento de novos medicamentos está se tornando mais raro.<ref>{{citar periódico|último1 =Cassir|primeiro1 =N|último2 =Rolain|primeiro2 =JM|último3 =Brouqui|primeiro3 =P|título=A new strategy to fight antimicrobial resistance: the revival of old antibiotics.|periódico=Frontiers in Microbiology|data=2014|volume=5|páginas=551|pmid=25368610|doi=10.3389/fmicb.2014.00551|pmc=4202707}}</ref>
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A resistência a antibióticos aumenta com a duração do tratamento; portanto, contando que se mantenha o mínimo efectivo, é provável que os tratamentos curtos com antibióticos diminuam as taxas de resistência, reduzam os custos, e tenham melhores resultados e menores complicações.<ref name=NPS2013/> Há tratamentos curtos para a [[pneumonia adquirida na comunidade]]<ref>{{Citar periódico |vauthors=Li JZ, Winston LG, Moore DH, Bent S | titulo = Efficacy of short-course antibiotic regimens for community-acquired pneumonia: a meta-analysis | periódico = Am. J. Med. | volume = 120 | número = 9 | páginas = 783–90 | data = setembro 2007 | pmid = 17765048 | doi = 10.1016/j.amjmed.2007.04.023 | ref = harv }}</ref> [[peritonite bacteriana espontânea]],<ref>{{Citar periódico |vauthors=Runyon BA, McHutchison JG, Antillon MR, Akriviadis EA, Montano AA | titulo = Short-course versus long-course antibiotic treatment of spontaneous bacterial peritonitis. A randomized controlled study of 100 patients | periódico = Gastroenterology | volume = 100 | número = 6 | páginas = 1737–42 | data = junho 1991 | pmid = 2019378 }}</ref> infecções pulmonares em cuidados intensivos,<ref>{{Citar periódico |vauthors=Singh N, Rogers P, Atwood CW, Wagener MM, Yu VL | titulo = Short-course Empiric Antibiotic Therapy for Patients with Pulmonary Infiltrates in the Intensive Care Unit A Proposed Solution for Indiscriminate Antibiotic Prescription | periódico = Am. J. Respir. Crit. Care Med. | volume = 162 | número = 2 | páginas = 505–511 | data = 1 de agosto de 2000 | pmid = 10934078 | doi = 10.1164/ajrccm.162.2.9909095 }}</ref> o denominado [[abdómen agudo]],<ref>{{Citar periódico |vauthors=Gleisner AL, Argenta R, Pimentel M, Simon TK, Jungblut CF, Petteffi L, de Souza RM, Sauerssig M, Kruel CD, Machado AR | titulo = Infective complications according to duration of antibiotic treatment in acute abdomen | periódico = International Journal of Infectious Diseases | volume = 8 | número = 3 | páginas = 155–162 | data = 30 de abril de 2004 | pmid = 15109590 | doi = 10.1016/j.ijid.2003.06.003 }}</ref> infecções do ouvido médio, sinusite e infecções de garganta,<ref>{{Citar periódico |vauthors=Pichichero ME, Cohen R | titulo = Shortened course of antibiotic therapy for acute otitis media, sinusitis and tonsillopharyngitis | periódico = The Pediatric Infectious Disease Journal | volume = 16 | número = 7 | páginas = 680–95 | ano = 1997 | pmid = 9239773 | doi = 10.1097/00006454-199707000-00011 }}</ref> e lesões intestinais penetrantes.<ref>{{Citar periódico |vauthors=Dellinger EP, Wertz MJ, Lennard ES, Oreskovich MR | titulo = Efficacy of Short-Course Antibiotic Prophylaxis After Penetrating Intestinal Injury | periódico = Archives of Surgery | volume = 121 | número = 1 | páginas = 23–30 | ano = 1986 | pmid = 3942496 | doi = 10.1001/archsurg.1986.01400010029002 }}</ref><ref>{{Citar periódico |vauthors=Perez-Gorricho B, Ripoll M | titulo = Does short-course antibiotic therapy better meet patient expectations? | periódico = International Journal of Antimicrobial Agents | volume = 21 | número = 3 | páginas = 222–8 | ano = 2003 | pmid = 12636982 | doi = 10.1016/S0924-8579(02)00360-6 }}</ref> Nalgumas situações um tratamento curto pode não curar a [[infecção]] mas um tratamento mais longo também pode não resultar.<ref>{{Citar periódico |vauthors=Keren R, Chan E | titulo = A Meta-analysis of Randomized, Controlled Trials Comparing Short- and Long-Course Antibiotic Therapy for Urinary Tract Infections in Children | periódico = Pediatrics | volume = 109 | número = 5 | páginas = E70–0 | ano = 2002 | pmid = 11986476 | doi = 10.1542/peds.109.5.e70 }}</ref><ref>{{Citar periódico |vauthors=McCormack J, Allan GM | titulo = A prescription for improving antibiotic prescribing in primary care | periódico = [[British Medical Journal]] | volume = 344 | páginas = d7955 | ano = 2012 | pmid = 22302779 | doi = 10.1136/bmj.d7955 }}</ref> Como o paciente pode sentir-se melhor antes de que a infecção seja erradicada, os médicos podem dar-lhe instruções para que saiba quando é seguro deixar de tomá-los. Alguns investigadores advogam para que os médicos usem tratamentos curtos com antibióticos, e reavaliem o paciente uns dias depois, e parem o tratamento caso já não houver sintomas da infecção.<ref>Marc Bonten, MD; Eijkman-Winkler Institute for Medical Microbiology, Utrecht, the Netherland | [http://hicsigwiki.asid.net.au/images/4/41/Should_you_stop_an_antibiotic_course_early_if_you_feel_better_R._Everts.pdf Infectious Diseases, and Inflammation] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20130517042502/http://hicsigwiki.asid.net.au/images/4/41/Should_you_stop_an_antibiotic_course_early_if_you_feel_better_R._Everts.pdf |date=17 de maio de 2013 }}</ref>
 
Algumas classes de antibióticos originam mais resistência do que outras. Por exemplo, observam-se maiores taxas de infecções por [[SARM]] quando se usam [[glicopeptídeos]], [[cefalosporina]]s, e [[quinolona]]s.<ref>{{Citar periódico |vauthors=Tacconelli E, De Angelis G, Cataldo MA, Pozzi E, Cauda R | titulo = Does antibiotic exposure increase the risk of methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) isolation? A systematic review and meta-analysis | periódico = J. Antimicrob. Chemother. | volume = 61 | número = 1 | páginas = 26–38 | data = janeiro 2008 | pmid = 17986491 | doi = 10.1093/jac/dkm416 | ref = harv }}</ref><ref>{{Citar periódico |vauthors=Muto CA, Jernigan JA, Ostrowsky BE, Richet HM, Jarvis WR, Boyce JM, Farr BM | titulo = SHEA guideline for preventing nosocomial transmission of multidrug-resistant strains of Staphylococcus aureus and enterococcus | periódico = Infect Control Hosp Epidemiol | volume = 24 | número = 5 | páginas = 362–86 | data = maio 2003 | pmid = 12785411 | doi = 10.1086/502213 | ref = harv }}</ref> As cefalosporinas e especialmente as quinolonas e a [[clindamicina]], é mais provável que facilitem a colonização por ''[[Clostridium difficile]]''.<ref>{{Citar web |primeiro=Dr Ralf-Peter |último=Vonberg |titulo=Clostridium difficile: a challenge for hospitals |url=http://www.ihe-online.com/feature-articles/clostridium-difficile-a-challenge-for-hospitals/trackback/1/index.html |publicacao=European Center for Disease Prevention and Control |publicado=IHE |local=Institute for Medical Microbiology and Hospital Epidemiology |acessodata=27 de julho de 2009 |ref=harv| |arquivourl= https://web.archive.org/web/20090611151535/http://www.ihe-online.com/feature-articles/clostridium-difficile-a-challenge-for-hospitals/trackback/1/index.html | arquivodata= 2009-06-11 de junho de 2009| urlmorta=yes no}}</ref><ref>{{Citar periódico | vauthors = Kuijper EJ, van Dissel JT, Wilcox MH | titulo = Clostridium difficile: changing epidemiology and new treatment options | periódico = Current Opinion in Infectious Diseases | volume = 20 | número = 4 | páginas = 376–83 | data = Aug 2007 | pmid = 17609596 | doi = 10.1097/QCO.0b013e32818be71d | ref = harv |subscription=yes}}</ref>
 
Determinados factores tido em unidades de cuidados intensivos como a aplicação de ventilação mecânica e múltiplas doenças subjacentes também parecem contribuir para a resistência bacteriana assim que se utilizam antibióticos.<ref>{{Citar periódico |vauthors=Thomas JK, Forrest A, Bhavnani SM, Hyatt JM, Cheng A, Ballow CH, Schentag JJ | titulo = Pharmacodynamic Evaluation of Factors Associated with the Development of Bacterial Resistance in Acutely Ill Patients during Therapy | periódico = Antimicrob. Agents Chemother. | volume = 42 | número = 3 | páginas = 521–7 | data = março 1998 | pmid = 9517926 | pmc = 105492 | ref = harv }}</ref> A proliferação de organismos resistentes está associada a uma má higiene do pessoal do hospital.<ref>{{Citar periódico |vauthors=Girou E, Legrand P, Soing-Altrach S, Lemire A, Poulain C, Allaire A, Tkoub-Scheirlinck L, Chai SH, Dupeyron C, Loche CM | titulo = Association between hand hygiene compliance and methicillin-resistant Staphylococcus aureus prevalence in a French rehabilitation hospital | periódico = Infect Control Hosp Epidemiol | volume = 27 | número = 10 | páginas = 1128–30 | data = outubro 2006 | pmid = 17006822 | doi = 10.1086/507967 | ref = harv }}</ref><ref>{{citar periódico periódica |vauthors=Swoboda SM, Earsing K, Strauss K, Lane S, Lipsett PA | titulo = Electronic monitoring and voice prompts improve hand hygiene and decrease nosocomial infections in an intermediate care unit | periódico = Crit. Care Med. | volume = 32 | issue = 2 | páginas = 358–63 | data = fevereiro 2004 | pmid = 14758148 | doi = 10.1097/01.CCM.0000108866.48795.0F | ref = harv }}</ref>
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Segundo os [[cientista]]s da [[Universidade de Madras]], as novas bactérias chegaram à [[Grã-Bretanha]] trazidas por pacientes que viajaram à [[Índia]] ou ao [[Paquistão]] para realizarem tratamentos cosméticos. Ao acompanharem pacientes com sintomas suspeitos, eles encontraram 44 casos (1,5% dos investigados) em Chennai e 26 (8%) em Haryana, na Índia. Eles também detectaram a superbactéria em [[Bangladesh]] e no Paquistão, bem como em 37 casos na Grã-Bretanha. Os únicos antibióticos efetivos foram a [[tigeciclina]] e a [[colistina]].<ref>[http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Mundo&newsID=a3002834.xml Bactéria resistente a antibióticos se espalha pelo sul da Ásia e chega à Europa]. Zero Hora, acessado em 17 de agosto de 2010.</ref>
 
Os pesquisadores<ref>[http://www.soropositivo.org/noticias/140-agosto-de-2010/6621-ndm-1-ameaca-invisivel.html Alerta para NDM-1] {{Wayback|url=http://www.soropositivo.org/noticias/140-agosto-de-2010/6621-ndm-1-ameaca-invisivel.html |date=20100815081550 }}. Correio Braziliense, acessado em 17 de agosto de 2010.</ref> alertam que o gene se instala nos [[plasmídeo]]s, estruturas de [[DNA]] que podem facilmente ser copiadas e transmitidas para diversos outros tipos de bactéria. "''Isso sugere uma alarmante possibilidade de o gene se espalhar e modificar toda a população de bactérias''", disse ao ''[[Correio Braziliense]]'' Timothy Walsh, médico descobridor do gene. A [[mutação]] foi causada pelo uso excessivo de antibióticos e devido à falta de grandes cuidados higiênicos nos países citados.
 
O gene já foi detectado também na [[Austrália]]<ref>[http://www.jornalonorte.com.br/2010/08/15/saude2_0.php NDM-1 // Bactéria achada em australianos]. O Norte, acessado em 17 de agosto de 2010.</ref> no Brasil e em [[Portugal]],<ref>[http://www.portugaldigital.com.br/noticia.kmf?cod=10519736&canal=159 Autoridades sanitárias dizem que bactéria NDM-1 já está em Portugal] {{Wayback|url=http://www.portugaldigital.com.br/noticia.kmf?cod=10519736&canal=159 |date=20110427193611 }}. Portugal Digital, acessado em 17 de agosto de 2010.</ref> onde a notificação compulsória foi instituída em outubro, sempre que a investigação de bactérias resistentes aos carbapenemos revelar a enzima NDM-1.<ref>[http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1692368&seccao=Sa%FAde DGS alerta para 'superbactérias' no Brasil]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}. On Ciência, acessado em 18 de novembro de 2010.</ref> Até o momento, há casos relatados no [[Brasil]],<ref>[http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/09/controle-de-superbacterias-depende-de-uso-racional-de-antibioticos.html Controle de superbactérias depende de uso racional de antibióticos]. Portal G1, acessado em 23 de setembro de 2010.</ref> mas as autoridades médicas afirmam que ainda não se classifica a moléstia como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, classificação definida pelo [[Regulamento Sanitário Internacional]] (RSI 2005) para medidas contra novos agentes infecciosos. Autoridades da Índia protestaram contra a insinuação de que o país não é seguro para cirurgias.<ref>[http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/14/mundo,i=207737/A+PRIMEIRA+VITIMA+DA+SUPERBACTERIA.shtml A primeira vítima da superbactéria] {{Wayback|url=http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/14/mundo,i=207737/A+PRIMEIRA+VITIMA+DA+SUPERBACTERIA.shtml |date=20101004155943 }}. Correio Braziliense, acessado em 17 de agosto de 2010.</ref> Por causa<ref>[http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/08/11/cientistas-alertam-para-possivel-disseminacao-de-superbacteria-917370806.asp Cientistas alertam sobre possível disseminação da superbactéria]. O Globo, acessado em 17 de agosto de 2010.</ref> do turismo médico e das viagens internacionais, e devido à baixa expectativa de novos antibióticos, a bactéria pode se tornar grave problema de [[saúde pública]] no mundo todo.
 
O fenômeno da [[resistência bacteriana]] é antigo e decorre<ref>[http://veja.abril.com.br/noticia/saude/a-superbacteria-e-o-medo-de-contagio A superbactéria e o medo de contágio]. Veja, acessado em 17 de agosto de 2010.</ref> de uso indiscriminado de antibióticos e de má higienização nos hospitais. A diferença é que desta vez a resistência chegou ao nível em que nenhum antibiótico surte efeito contra as bactérias. Nas palavras<ref>[http://pt.euronews.net/2010/08/11/super-bacterias-desesperam-cientistas/ Superbactérias desesperam cientistas]. FxPro, acessado em 17 de agosto de 2010.</ref> do médico David Livermore, da Agência Britânica para a Proteção de Saúde:
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[[Imagem:Antibiotic_resistance_mechanisms.jpg|thumb|upright=1.3|Uma série de mecanismos utilizados por antibióticos comuns para lidar com bactérias e formas pelas quais as bactérias tornam-se resistentes a eles {{en}}.]]
 
O surto de superbactéria no Distrito Federal foi causado sobretudo pela má higiene hospitalar e pela falta de recursos materiais, enfatizando a necessidade de mais verbas para o [[SUS]] e a conscientização de médicos e pacientes contra o uso indiscriminado de antibióticos, o que causa [[seleção bacteriana]].<ref>[http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/secretaria-de-saude-do-df-confirma-mais-tres-mortes-pela-superbacteria.html Secretaria de Saúde do DF confirma mais três mortes pela superbactéria]. Portal G1, acessado em 21 de outubro de 2010.</ref> Entretanto, o problema ainda se restringe a ambientes hospitalares. O [[infectologista]] Alexandre Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia do Distrito Federal, explica o problema da seguinte forma:<ref>[http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/10/17/cidades,i=218458/AUMENTO+DO+NUMERO+DE+MORTES+POR+SUPERBACTERIA+DEIXA+POPULACAO+RECEOSA.shtml Aumento do número de mortes por superbactéria deixa população receosa] {{Wayback|url=http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/10/17/cidades,i=218458/AUMENTO+DO+NUMERO+DE+MORTES+POR+SUPERBACTERIA+DEIXA+POPULACAO+RECEOSA.shtml |date=20101022111035 }}. Correio Braziliense, acessado em 21 de outubro de 2010.</ref>
 
{{quote|''quem corre mais risco de infecção são pacientes que estão com sonda, catéter, punção venosa ou em outra situação que possa favorecer a infecção bacteriana. Mas, para quem visita o paciente, o risco é de ser colonizado pela bactéria, algo muito diferente de ser contaminado. Ou seja, a bactéria pode estar presente nas mãos, nos braços e no trato digestivo do visitante que manteve contato com o paciente, mas ele só correrá o risco de contaminação se sua saúde estiver debilitada e ele estiver com a imunidade baixa''.}}