Igreja de Nossa Senhora da Graça (Estreito de Câmara de Lobos): diferenças entre revisões

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Do lado da Epístola, faixa superior, observa-se um interessante programa iconográfico em pinturas de pequenas dimensões, envolvidas por cartelas, como acontece com o programa do lado do Evangelho. A representação da Virgem com o Menino sobre uma árvore, legendada, que integra uma predela vertical com mais duas pinturas, seguindo o esquema do conjunto oposto no lado do Evangelho. Segue-se a Adoração dos Pastores intercalada com pinturas de pequenos formatos terminando este conjunto com a representação da Senhora com uma Fénix ou Pelicano.
 
A Adoração dos Pastores, foi tema comum da pintura religiosa pós-trento, embora remonte ao século XV o início da sua representação. A tela, integrada no conjunto das pinturas da capela-mor da Igreja de Nª. Srª. da Graça do Estreito de Câmara de Lobos, representa uma cena comum desta temática com a Virgem abrindo o pano revelando o Menino, o berço de madeira coberto de palha, os pastores trajando humildemente como camponeses, S. José apoiado no bordão, todos ajoelhados. Ressalve-se um cordeiro, vivo, aos pés do berço, aludindo e prefigurando o sacrifício. A cena passa-se dentro de uma cabana humilde, de madeira, onde se observam os travejamentos cobertos de palha, e cuja identificação do espaço geográfico da terra que viu nascer Jesus é dada pela abertura de duas portas de arco de volta perfeita que permite ver uma casa cúbica com um leve apontamento de paisagem. Jesus, Maria e S. José estão nimbados. Caracteriza esta pintura uma certa preocupação naturalista das personagens dos pastores e de S. José, enquanto a Virgem é uma figura mais comum.<ref>{{citar periódico|ultimo=Rodrigues|primeiro=Rita|data=2011|titulo=Girão|url=|jornal=Revista de Temas Culturais do Concelho de Câmara de Lobos|acessodata=29 de Abril de 2019}}</ref>