Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário: diferenças entre revisões
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A '''Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário''' <small>[[Ordem Militar de
== História ==
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Durante a [[Primeira República Portuguesa]], "A Voz do Operário" conheceu grande desenvolvimento. A vertente educacional passou a ocupar lugar de destaque entre as suas atividades, enquanto prosseguia a publicação do jornal e a ação mutualista. Esta última estendia-se agora ao apoio aos mais desfavorecidos, nomeadamente no fornecimento de refeições. Na sede inaugurava-se um balneário público para servir a população da zona e incrementavam-se os cursos de formação profissional, em particular, para as filhas dos trabalhadores, com os cursos de costura a registarem elevada frequência. Mantinha-se a assistência funerária e inaugurava-se a [[biblioteca]]. Foi o período áureo da Sociedade que contava à época com inúmeros beneméritos entre os seus associados e via o seu património aumentar fruto de muitos legados, quer imóveis quer móveis.<ref name="vozoperario"/>
A 20 de
Foi precisamente a vertente educacional, assim como a ligação à Instituição de eminentes figuras da cultura portuguesa que lhe permitiram sobreviver durante a ditadura do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo Português]]. Neste período a sociedade conheceu grandes dificuldades com a [[censura]] ao periódico classista, o cerceamento às atividades culturais e a própria educação a ser sujeita às imposições do Estado Novo, esforçando-se mesmo assim por contribuir para a formação integral dos seus alunos.<ref name="vozoperario"/>
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As dificuldades só foram superadas com a [[Revolução dos Cravos]] ([[25 de abril]] de [[1974]]), quando a instituição retoma os seus ideais e o seu método pegadógico, o do Movimento [[Escola Moderna]], impõs-se no panorama do ensino nacional. A cultura voltou a preencher os espaços da sede, através de espetáculos musicais, [[cinema]], [[teatro]], exposições de [[artes plásticas]] e mostras de [[dança]]. Paralelamente incrementou-se a prática desportiva e alargou-se a ação social aos idosos, com a inauguração de um centro de convívio e, mais tarde, o apoio domiciliário a idosos e acamados. Foram inauguradas a creche e os jardins-de-infância como forma de apoio às famílias, e estendeu-se o ensino do 1.º ao 3.º ciclos. Manteve-se a publicação regular - agora mensal - do jornal, e foram repostos os livros anteriormente proibidos (e apreendidos pela polícia política) nas estantes da biblioteca. Criou-se a Galeria João Hogan e, em [[1987]], a Marcha Infantil de "A Voz do Operário".<ref name="vozoperario"/>
A 3 de
Em nossos dias a Sociedade mantém em funcionamento o balneário público e um posto médico, criado ainda antes da Revolução dos Cravos, servindo não apenas os seus atuais cerca de 7.000 sócios, como a população da zona da cidade de Lisboa em que está inserida. Ao todo, frequentam as duas escolas de "A Voz do Operário", na [[Graça (Lisboa)|Graça]] (sede) e na [[Ajuda (Lisboa)|Ajuda]], quase 500 crianças e jovens, desde a creche ao 6.º ano de escolaridade.<ref name="vozoperario"/>
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{{Referências}}
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