Rosa Luxemburgo: diferenças entre revisões

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{{Marxismo}}
{{Socialismo libertário}}
Nascida Rozalia Luksenburg numa família [[judeu|judaica]] de [[Zamość]], perto de [[Lublin]], na Polônia ocupada (então [[Congresso da Polônia]], controlado pelo [[Império Russo]]), era a quinta filha de Eliasz Luxemburg, um comerciante de madeira, e de Line Löwenstein.<ref name="PCO">[http://www.pco.org.br/mulheres/personalidades/rosa.htm Biografia de Rosa Luxemburgo] {{Wayback|url=http://www.pco.org.br/mulheres/personalidades/rosa.htm |date=20090817230810 }} no site do [[Partido da Causa Operária]].</ref> A família migrou para [[Varsóvia]] quando ela tinha dois anos de idade,<ref name="PCO" /> em virtude de problemas financeiros.<ref name="Isa">Loureiro, Isabel. [http://www.cchla.ufrn.br/rosaluxemburgo/doc/sobre_rosa/vida_e_obra_de_rosa_luxemburg.pdf "Vida e obra de Rosa Luxemburg"] {{Wayback|url=http://www.cchla.ufrn.br/rosaluxemburgo/doc/sobre_rosa/vida_e_obra_de_rosa_luxemburg.pdf |date=20170413071312 }}. 29 de junho de 2007. Instituto Rosa Luxemburg Stiftung.</ref> Aos cinco anos de idade, para tratar uma aparente doença dos ossos do quadril, Rosa teve a perna engessada e ficou acamada por um ano. Como resultado, uma de suas pernas cresceu menos do que a outra, o que a fez mancar pelo resto de sua vida.<ref name="NYT">{{en}} Insdorf, Annette. [http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9B0DE3DD1331F932A05756C0A961948260&sec=&spon=&pagewanted=print "Rosa Luxemburg: More Than a Revolutionary"], ''[[The New York Times]]'', 31 de abril de 1987.</ref><ref name="Isa"/>
 
Em 1880, ela ingressa em um [[Ginásio (escola)|ginásio]], onde concluiu os estudos em [[1887]] e, apesar das excelentes notas obtidas, não recebeu a tradicional medalha de ouro destinada às melhores alunas devido a sua atitude rebelde diante das autoridades escolares.<ref name="PCO" /> Ainda no ginásio, Luxemburgo entrou para o Partido do Proletariado, que havia sido fundado em [[1882]] por Ludwik Waryński, antecipando em vinte anos os primeiros partidos socialistas russos. Ela se iniciou na vida política organizando uma [[greve]] geral, que resultou na morte de quatro líderes e na dissolução do partido. Apesar disso, Luxemburgo e outros membros do partido que escaparam da prisão continuaram a se encontrar secretamente.
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Rosa Luxemburgo se reuniu a vários membros do [[Partido Operário Social-Democrata Russo]] (POSDR), como [[Gueorgui Plekhanov]] e Pavel Axelrod. Não levou muito para que ela se opusesse ao partido russo na questão da autodeterminação da Polônia, acreditando que a [[autodeterminação]] enfraquecia o movimento socialista internacional e fortalecia o comando da [[burguesia]] em nações recém-independentes. Assim sendo, ela se afasta tanto do POSDR como do Partido Socialista Polonês (PSP), que defendiam a [[autodeterminação]] de [[minoria]]s nacionais russas.<ref name="Marx" />
 
Foi durante essas articulações para a formação do SDRP, em [[Zurique]], que Luxemburgo conheceu Jogiches, líder do PSP. Ao lado de Jogiches, ela ajudaria a fundar o Partido Social-Democrata do Reino da Polônia<ref name="Marx"/> (SDRP, mais tarde renomeado Social Democracia do Reino da Polônia e Lituânia).<ref name="Band">[http://www.bandeiravermelha.hpg.ig.com.br/biografiarosa1.htm Biografia de Rosa Luxemburgo] {{Wayback|url=http://www.bandeiravermelha.hpg.ig.com.br/biografiarosa1.htm |date=20061209033040 }} no site Bandeira Vermelha. Material produzido pelo Núcleo 5 de Março do [[Partido dos Trabalhadores]] do [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]].</ref> Rosa era a [[porta-voz]] e [[Teoria|teoricista]] do partido, e Jogiches a promoveu a organizadora do partido. Os dois desenvolveram uma intensa relação pessoal e política pelo resto de suas vidas.<ref name="Marx"/>
 
=== Vida na Alemanha ===
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Uma característica peculiar do pensamento de Rosa é o seu posicionamento em relação ao [[cristianismo]]. Rosa escreveu um opúsculo denominado "O Socialismo e as Igrejas" (1905), onde, embora fosse ateia, atacou menos a religião enquanto tal e mais a política reacionária da Igreja. Nessa obra afirmou que os socialistas eram mais fiéis aos preceitos originais do cristianismo do que o [[clero]] conservador da época, pois os socialistas lutavam por uma ordem social de igualdade, liberdade e fraternidade, e, portanto, os padres deveriam acolher favoravelmente o socialismo, se quisessem honestamente aplicar o preceito cristão de "amar o próximo, como a si mesmo".
 
Além disso, denunciava o clero que apoiava os ricos, que exploram e oprimem os pobres, afirmando que ele estaria em contradição explícita com os ensinamentos cristãos, tal clero não serviria a Cristo, mas ao dinheiro. Segundo Rosa, os primeiros cristãos seriam comunistas apaixonados e denunciavam a injustiça social. Entretanto, essa causa seria, em sua época, do movimento socialista que traria aos pobres o Evangelho da fraternidade e da igualdade, chamando o povo para estabelecer na terra o Reino da liberdade e do amor pelo próximo. Em vez de se envolver em uma batalha filosófica, em nome do [[materialismo]], Rosa procurava salvar a dimensão social da tradição cristã para a transmitir ao movimento operário.<ref>[http://www.diarioliberdade.org/mundo/batalha-de-ideias/37025-marxismo-e-religi%C3%A3o-%C3%B3pio-do-povo.html Marxismo e religião: ópio do povo?] {{Wayback|url=http://www.diarioliberdade.org/mundo/batalha-de-ideias/37025-marxismo-e-religi%C3%A3o-%C3%B3pio-do-povo.html |date=20160505210905 }}, acesso em 07 de abril de 2016.</ref>
 
=== A crítica à Revolução de Outubro ===