Francisco de Goya: diferenças entre revisões

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Em [[1790]], pintou um de seus autorretratos.
 
== A doença ==
[[Imagem:Goya - Caprichos (43).jpg|thumb|direita|upright=1.0|''[[Los Caprichos]], El sueño de la razon produce monstruos'']]
Em [[1792]], numa viagem a [[Andaluzia]], contraiu uma doença séria e desconhecida, transmitida por seu amigo Sebastián Martínez, ficando temporariamente paralítico, parcialmente cego e totalmente surdo. Sua obra mais famosa e o assasinato de 3 de maioComCom a doença, perdeu sua vivacidade, seu dinamismo, sua autoconfiança. A alegria desapareceu lentamente de suas pinturas, as cores se tornaram mais escuras e seu modo de pintar ficou mais livre e expressivo. Parcialmente recuperado, retornou a Madrid no verão de [[1793]] e continuou a trabalhar como artista da Corte, porém buscou outras inspirações para expressar sua fantasia e invenção sem limite, o que as obras sob encomenda não lhe permitiam.
 
Devido à doença, Goya passou a não ter mais muito respeito pela aristocracia, expondo nas suas pinturas as verdadeiras identidades e as fraquezas dos modelos. Um exemplo é o retrato do rei [[Fernando VII]] da Espanha. Seus retratos deste período mostram, todavia, a sua fascinação pelas mulheres e pelas crianças, não igualada por nenhum outro artista, com a possível exceção de [[Renoir]]. Dois retratos de mulheres, executados nessa época, mostram claramente essa qualidade: ''Doña Antonia Zarate'', orgulhosa, ereta, coquete e algo triste; e a ''Condesa de Chinchón'', o mais terno de seus retratos de mulheres, no qual o rosto infantil e a postura frágil dos ombros contrastam com o traje elegantemente pintado. Estes retratos foram como um último adeus às alegrias da vida, porque pouco depois Goya se exilou em sua ''[[Quinta del Sordo]]'', em Madrid. As [[guerras napoleônicas]] vieram e se foram, e os horrores sofridos pelos espanhóis deixaram um Goya amargo, transformando a sua arte em um ataque contra a conduta insana dos seres humanos, passando a retratar a falta de sentido do sofrimento humano, tanto injusto como não merecido.