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[[Ficheiro:Anti-Socialist-Symbol.svg|thumb|200px|right||Símbolo do anticomunismo.]]
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'''Anticomunismo''' é um conjunto de [[ideia]]s, correntes e tendências intelectuais que possuem em comum a negação dos princípios e [[ideia]]s do [[comunismo]] e a oposição a todo governo ou organização que dê suporte prático ou teórico a esta [[ideologia]].
 
O anticomunismo não é um movimento político coerente e unificado, sendo na verdade um conjunto heterogêneo de [[partidos políticos]], [[ideologias]], [[governo]]s e [[escritores]]. Não há consenso, entre os anticomunistas, sobre a precisa definição do comunismo e identificação dos comunistas, nem em relação aos métodos para combatê-los. Ao longo do [[século XX]], surgiram inúmeras correntes anticomunistas, de [[Espectro político|matrizes ideológicas]] diversas: [[liberalismo]], [[conservadorismo]], [[democracia cristã]],<ref>[http://www.americanpopularculture.com/journal/articles/spring_2005/aiello.htm Constructing “Godless Communism”: Religion, Politics, and Popular Culture, 1954-1960]</ref> [[fundamentalismo]], [[fascismo]], [[nazismo]], [[integralismo]], [[Doutrina de Segurança Nacional]] etc. Muitas destas correntes concordam,{{carece de fontes|data=junho de 2017}} no entanto, em identificar o comunismo como uma ameaça à [[propriedade privada]], [[capitalismo]] e à democracia. As posições anticomunistas variam muito, desde uma oposição restrita apenas ao [[partido comunista]] até um antagonismo contra toda a [[esquerda política]], passando pela oposição ao [[marxismo]], [[socialismo]], [[sindicalismo]], [[social-democracia]], [[anarquismo]] e [[teologia da libertação]].
O anticomunismo organizado se desenvolveu após a [[Revolução de Outubro de 1917]] na [[Rússia]] e atingiu dimensões globais durante a [[Guerra Fria]], quando os [[Estados Unidos]] e a [[União Soviética]] se envolveram em uma intensa rivalidade. O anticomunismo tem sido um elemento de movimentos que mantém muitas posições políticas diferentes, incluindo pontos de vista [[nacionalistas]], [[social-democratas]], [[liberais]], [[libertários]], [[conservadores]], [[fascistas]], [[capitalistas]], [[anarquistas]] e até [[socialistas]].
 
O anticomunismo surge após a [[Revolução de Outubro]], mas possui antecedentes na repressão aos movimentos [[socialistas]] do [[século XIX]] e na [[crítica]] [[conservadora]] ao [[Iluminismo]], à [[democracia]] e à [[Revolução Francesa de 1789]]. Ao longo do [[século XX]], vários [[Regime político|regimes políticos]] adotaram [[lei]]s e políticas anticomunistas. As [[ditadura]]s de [[extrema-direita]] foram violentas nestas medidas, aplicando sistematicamente a prisão, [[tortura]] e o [[desaparecimento forçado]] contra [[militante]]s de esquerda e intensa [[propaganda]] anticomunista. Esses governos foram acusados de [[terrorismo de Estado]].<ref>[http://books.google.com.br/books?id=d8s-RdJrmy8C&pg=PA203&lpg=PA203&dq=anticomunismo+gestapo&source=bl&ots=RlnqXhogd3&sig=ZeIJ26GZ0FokAWZ7u2ElG6N4spo&hl=pt-BR&sa=X&ei=0tt9T93YOZCs8AS2yNyCDQ&ved=0CDkQ6AEwBA#v=onepage&q&f=false Books Google] - HISTORIA DA GESTAPO - TRAFICOS E CRIMES.Por JACQUES DELARUE, [[Editora Hemus]], 2005. ISBN 9788528905588</ref><ref>[http://www.rededemocratica.org/index.php?option=com_content&view=article&id=65&Itemid=88 Rede Democrática] - [[Operação Condor]], Uma Articulação Multinacional do Terror.</ref>
A primeira organização especificamente dedicada a se opor ao comunismo foi o [[Movimento Branco]] russo, que lutou na Guerra Civil Russa a partir de [[1918]] contra o recém-criado governo comunista. O movimento branco foi apoiado militarmente por vários governos aliados estrangeiros, o que representou a primeira instância do anticomunismo como uma política do governo. No entanto, o [[Exército Vermelho]] comunista derrotou o Movimento Branco e a União Soviética foi criada em 1922. Durante a existência da União Soviética, o anticomunismo tornou-se uma característica importante de muitos movimentos políticos e governos diferentes em todo o mundo.
 
== Divisões ==
Durante as décadas de 1920 e 1930, a oposição ao comunismo na Europa foi promovida por conservadores, social-democratas, liberais e fascistas. Os governos fascistas tornaram-se importantes oponentes do comunismo na década de 1930 e fundaram o [[Pacto Anti-Comintern]] em 1936 como uma aliança anticomunista. Na Ásia, o [[Império do Japão]] e o [[Kuomintang|Partido Nacionalista Chinês (Kuomintang)]] foram as principais forças anticomunistas neste período.
 
=== Anticomunismo liberal ===
Após a Segunda Guerra Mundial, o fascismo deixou de ser um grande movimento político devido à derrota das potências do Eixo. Os aliados vencedores eram uma coalizão internacional liderada principalmente pelos Estados Unidos, o [[Reino Unido]] e a União Soviética, mas depois da guerra essa aliança rapidamente se dividiu em dois campos opostos: um comunista liderado pela União Soviética e um capitalista liderado pelos Estados Unidos. A rivalidade entre os dois lados ficou conhecida como Guerra Fria e durante esse período o governo dos Estados Unidos desempenhou um papel de liderança no apoio ao anticomunismo mundial como parte de sua [[Contenção|política de contenção]]. Houve numerosos conflitos militares entre comunistas e anticomunistas em várias partes do mundo, incluindo a [[Guerra Civil Chinesa]], a [[Guerra da Coreia]], a [[Guerra do Vietnã]] e a [[Guerra Soviético-Afegã]]. A [[OTAN]] foi fundada como uma aliança militar anticomunista em 1949.
 
[[Ficheiro:Valdstejn palace garden.jpg|thumb|200px|right||[[Palácio de Wallenstein]], sede do [[senado]] da [[República Tcheca]], onde foi assinada em 3 de junho de 2008, a ''[[Declaração de Praga sobre Consciência Europeia e Comunismo]].'']]
Com as [[Revoluções de 1989]] e a [[Dissolução da União Soviética|dissolução da União Soviética em 1991]], a maioria dos governos comunistas do mundo foi derrubada e a Guerra Fria terminou. No entanto, o anticomunismo continua a ser um importante elemento intelectual de muitos movimentos políticos contemporâneos e o anticomunismo organizado é um fator na oposição interna encontrada em graus variados dentro da [[República Popular da China]] e de outros países governados por partidos comunistas.
 
Políticos e intelectuais liberais condenaram a [[Revolução de Outubro]] e combateram os partidos comunistas, a quem acusavam de [[autoritarismo]]. [[Economista]]s filiados ao [[Liberalismo económico]], como [[Friedrich Hayek|Hayek]], [[Mises]] e [[Milton Friedman]] desenvolveram uma crítica teórica ao [[socialismo]] em geral, afirmando que qualquer política de [[justiça social]] e [[nacionalização]] de riquezas é uma ameaça à liberdade individual e prejudicial à eficiência econômica e tecnológica. O [[Economia de mercado|livre mercado]], segundo os liberais, é o único sistema econômico compatível com a liberdade humana e com a moralidade. Os liberais vão mais longe, condenando toda redistribuição de riquezas como [[Coerção|coercitiva]].<ref>[http://www.forumdesalternatives.org/docs/grande_debate.pdf Forum des Alternatives] - A PLANIFICAÇÃO SOCIALISTA EM CUBA E O GRANDE DEBATE DOS ANOS SESSENTA.</ref><ref>[http://reginaldomoraes.files.wordpress.com/2012/01/livro_neoliberalismo.pdf Reginaldo Moraes] - Neoliberalismo - de onde vem, para onde vai?</ref> Por esta razão, os liberais opõem-se a toda a [[esquerda política]], e não apenas aos partidos [[comunistas]].<ref>[http://www.fea.usp.br/teses_dissertacoes_view.php?id=tde-15042009-165427&area=Economia FEAUSP] - Barbieri, Fábio: História do debate do cálculo econômico socialista.</ref> Na [[Argentina]] e no [[Chile]], as [[ditaduras militares]] de [[extrema-direita]] continuaram o [[liberalismo econômico]], embora rejeitassem o [[Democracia liberal|liberalismo democrático]].<ref>[http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3784&secao=358 IHUA] - Pinochet e a herança grotesca da ditadura.</ref>
==Movimentos anticomunistas==
===Anticomunismo de esquerda===
Desde a divisão dos partidos comunistas da [[Segunda Internacional]] para formar a [[Terceira Internacional]], os social-democratas criticaram o comunismo por sua natureza [[Antidemocrático|antidemocrática]]. Exemplos de críticos de esquerda dos Estados e partidos comunistas são tais como [[Friedrich Ebert]], [[Boris Souveraine]], [[Bayard Rustin]], [[Irving Howe]] e [[Max Shachtman]]. A Federação Americana do Trabalho sempre foi fortemente anti-comunista. No Reino Unido, o [[Partido Trabalhista (Reino Unido)|Partido Trabalhista]] resistiu vigorosamente aos esforços comunistas para se infiltrar em suas fileiras e assumir o controle dos moradores locais na década de 1930. O Partido Trabalhista tornou-se anticomunista e o primeiro-ministro trabalhista [[Clement Attlee]] foi um firme defensor da OTAN.<ref>Paul Corthorn and Jonathan Davis (2007). British Labour Party and the Wider World: Domestic Politics, Internationalism and Foreign Policy. I.B.Tauris. p. 105.</ref>
 
=== Anticomunismo na Igreja Católica ===
====Anarquistas====
Embora a maioria dos [[anarquistas]] se descreva como comunistas, a maioria dos anarquistas critica partidos e estados comunistas [[Autoritarismo|autoritários]]. Muitos argumentam que conceitos marxistas como a [[ditadura do proletariado]] e a propriedade estatal dos meios de produção são um anátema para o anarquismo. Alguns anarquistas criticam o comunismo do ponto de vista individualista.
 
O [[Magistério da Igreja Católica]] sempre condenou oficialmente qualquer forma de [[comunismo]], porque o comunismo nunca poderá ser compatível com a [[Doutrina Católica]]. Em 1846, na [[encíclica]] ''[[Qui pluribus]]'', o [[Papa Pio IX]] afirmou que o comunismo é "sumamente contrária ao próprio ''[[direito natural]]'', a qual, uma vez admitida, levaria à subversão radical dos ''[[direito]]s'', das coisas, das ''[[propriedade privada|propriedade]]s'' de todos e da própria sociedade humana."<ref>Encíclica ''Qui pluribus'', do [[Papa Pio IX]], a 9 de novembro de 1846: Acta Pii IX, vol. I, pág. 13. Cf. Sílabo, IV: A.A.S., vol. III, pág. 170.</ref> Em 1878, na encíclica ''[[Quod Apostolici muneris]]'', o [[Papa Leão XIII]] disse que o comunismo é uma "peste mortífera, que invade a medula da sociedade humana e a conduz a um perigo extremo."<ref>Encíclica ''Quod Apostolici muneris'', do [[Papa Leão XIII]], a [[28 de dezembro]] de 1878: Acta Leonis XIII, vol. I, pág. 40</ref>
Os anarquistas inicialmente participaram e se alegraram com a [[Revolução de Fevereiro de 1917]] como um exemplo de trabalhadores tomando o poder para si mesmos. No entanto, após a Revolução de Outubro, tornou-se evidente que os bolcheviques e os anarquistas tinham idéias muito diferentes. A anarquista [[Emma Goldman]], deportada dos Estados Unidos para a Rússia em 1919, inicialmente ficou entusiasmada com a revolução, mas ficou muito desapontada e começou a escrever seu livro ''My Disillusionment in Russia''.<ref>http://ditext.com/goldman/russia/preface.html</ref> O anarquista [[Peter Kropotkin]] fez uma crítica incisiva à emergente burocracia bolchevique em cartas a [[Vladimir Lenin]], observando em 1920 que "[uma ditadura partidária] é positivamente prejudicial para a construção de um novo sistema socialista. O que é necessário é a construção local por forças locais. [...] A Rússia se tornou uma república soviética apenas no nome".<ref>http://dwardmac.pitzer.edu/Anarchist_Archives/kropotkin/kropotlenindec203.html</ref> Muitos anarquistas lutaram contra comunistas russos, espanhóis e gregos - muitos foram mortos por eles, como Lev Chernyi, Camillo Berneri e Konstantinos Speras.
 
Em 1891, na encíclica ''[[Rerum Novarum]]'', o Papa Leão XIII defendeu que:
[[Ficheiro:Valdstejn palace garden.jpg|thumb|200px|right||[[Palácio de Wallenstein]], sede do [[senado]] da [[República Tcheca]], onde foi assinada em 3 de junho de 2008, a ''[[Declaração de Praga sobre Consciência Europeia e Comunismo]].'']]
{{cquote|''A teoria marxista da ''[[Colectivismo|propriedade colectiva]]'' deve absolutamente repudiar-se como prejudicial àqueles membros a que se quer socorrer, contrária aos direitos naturais dos indivíduos, como desnaturando as funções do Estado e perturbando a tranquilidade pública.''<ref>Leão XIII, ''[http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_15051891_rerum-novarum_po.html Rerum Novarum]'' (1891), n. 7.</ref>}}
===Liberalismo clássico===
No ''[[Manifesto Comunista]]'', [[Karl Marx]] e [[Friedrich Engels]] descrevem algumas medidas provisórias de curto prazo que poderiam ser medidas em direção ao comunismo. Eles observam: "Estas medidas serão, obviamente, diferentes em diferentes países. No entanto, na maioria dos países avançados, [essas medidas] serão geralmente aplicáveis". O economista [[Ludwig von Mises]] descreveu isso como um "plano de 10 pontos" para a redistribuição de terra e produção e argumenta que as formas inicial e contínua de redistribuição constituem coerção direta.<ref>Von Mises, Human Action</ref><ref>Politics and Participation under Communist Rule by Peter J. Potichnyj and Jane Shapiro Zacek (1983).</ref> Nem o plano de 10 pontos de Marx nem o restante do manifesto dizem nada sobre quem tem o direito de executar o plano. O economista norte-americano [[Milton Friedman]] argumentou que a ausência de atividade econômica voluntária torna muito fácil para os líderes políticos repressivos conceder-se poderes coercitivos. A visão de Friedman também foi compartilhada por [[Friedrich Hayek]] e [[John Maynard Keynes]], ambos os quais acreditavam que o capitalismo é vital para que a liberdade sobreviva e prospere.<ref>Friedrich Hayek (1944). The Road to Serfdom. University of Chicago Press. ISBN 0-226-32061-8.</ref><ref>Bellamy, Richard (2003). The Cambridge History of Twentieth-Century Political Thought. Cambridge University Press. p. 60. ISBN 0-521-56354-2.</ref>
 
Em 1931, na encíclica ''[[Quadragesimo Anno]]'', o [[Papa Pio XI]] comentou que:
====Objetivismo====
{{cquote|''O [[socialismo]] quer se considere como doutrina, quer como facto histórico, ou como «acção», se é verdadeiro socialismo, [...] não pode conciliar-se com a doutrina católica; pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã. [...] E se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade, o que os Sumos Pontífices nunca negaram, funda-se contudo numa própria concepção da sociedade humana, diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica. Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista.''<ref>Pio XI, ''[http://www.vatican.va/holy_father/pius_xi/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_19310515_quadragesimo-anno_po.html Quadragesimo Anno]'' (1931), n. 117-120 (capítulo III, secção 2).</ref>}}
[[Objetivismo (Ayn Rand)|Objetivistas]] que seguem [[Ayn Rand]] são fortemente anticomunistas.<ref>Robert Mayhew, Ayn Rand and Song of Russia: Communism and Anti-Communism in 1940s Hollywood (2004).</ref> Eles argumentam que a riqueza (ou qualquer outro valor humano) é a criação de mentes individuais, que a natureza humana requer motivação por incentivo pessoal e, portanto, que apenas a liberdade política e econômica é consistente com a prosperidade humana. Eles acreditam que isso é demonstrado pela prosperidade comparativa das economias de [[livre mercado]] e socialista. Rand escreve que muitos ou todos os líderes comunistas foram corruptos e totalitários.<ref>Ayn Rand, Capitalism: the Unknown Ideal, 1966, New American Library.</ref>
[[Ficheiro:Is this tomorrow.jpg|thumb|150px|[[revista em quadrinhos]] publicada em [[1947]] pela editora estadunidense Catholic Catechetical Guild Educational Society]]
Em 1937, na encíclica ''[[Divini Redemptoris]]'', o Papa Pio XI criticou os [[bolchevista]]s e [[ateu]]s que pregavam que o comunismo era o:
{{cquote|''Novo «[[evangelho]]» e mensagem salvadora de redenção! Sistema cheio de erros e sofismas, igualmente oposto à revelação divina e à razão humana; sistema que, por destruir os fundamentos da sociedade, subverte a ordem social, que não reconhece a verdadeira origem, natureza e fim do Estado; que rejeita enfim e nega os direitos, a dignidade e a liberdade da pessoa humana.''<ref>Pio XI, ''[http://www.vatican.va/holy_father/pius_xi/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_19370319_divini-redemptoris_po.html Divini Redemptoris]'' (1937), n. 14.</ref>}}
 
Em 1949, o [[Santo Ofício]], com a aprovação do [[Papa Pio XII]], emitiu o ''[[decreto contra o comunismo]]'', que reafirmou que todos os católicos que fossem comunistas eram automaticamente [[excomunhão|excomungados]], porque eram [[apóstata]]s da fé católica.<ref name="decretumAAS">''Decretum'', 1 de Julho de 1949, in [[Acta Apostolicae Sedis]] (AAS) 1949, [http://www.vatican.va/archive/aas/documents/AAS%2041%20%5B1949%5D%20-%20ocr.pdf p. 334] (em latim).</ref><ref name="anticomun1">{{citar web | titulo= Decretum Contra Communismum | publicado = Associação Cultural Montfort | url= http://www.montfort.org.br/old/index.php?artigo=anticomunismo&lang=eng&secao=documentos&subsecao=decretos | lingua= inglês e latim | acessodata=27 de Abril de 2013}}</ref>
===Ex-comunistas===
[[Milovan Djilas]] foi um ex-oficial comunista iugoslavo que se tornou um proeminente dissidente e crítico do comunismo. [[Leszek Kołakowski]] foi um comunista polonês que se tornou um famoso anticomunista. Ele foi mais conhecido por suas análises críticas do pensamento marxista, especialmente sua aclamada obra de três volumes, ''Main Currents of Marxism'', que é "considerada por alguns<ref>http://entertainment.timesonline.co.uk/tol/arts_and_entertainment/the_tls/article5418361.ece</ref> como um dos livros mais importantes sobre a teoria política do século XX".<ref>http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/8157014.stm</ref> ''The God That Failed'' é um livro de 1949 que reúne seis ensaios com os testemunhos de vários ex-comunistas famosos que foram escritores e jornalistas. O tema comum dos ensaios é a desilusão e o abandono do comunismo pelos autores. O subtítulo do livro é ''Six famous men tell how they changed their minds about Communism'' (Seis homens famosos contam como mudaram de ideia sobre o Comunismo). Quatro outros anticomunistas notáveis ​​são [[Whittaker Chambers]], um ex-espião da União Soviética que testemunhou contra seus colegas espiões perante o [[Comitê de Atividades Antiamericanas]] da [[Câmara de Representantes dos Estados Unidos]];<ref>Chambers, Whittaker (1952). Witness. Random House. ISBN 0-89526-571-0.</ref> Dr. [[Bella Dodd]]; [[Anatoliy Golitsyn]] e [[Oleg Kalugin]] - ambos ex-membros da [[KGB]].
 
Em 1961, na encíclica ''[[Mater et Magistra]]'', o [[Papa João XXIII]] reafirmou que:
Outros anticomunistas que já foram marxistas incluem os escritores [[Max Eastman]], [[John Dos Passos]], [[James Burnham]], [[Morrie Ryskind]], [[Frank Meyer]], [[Will Herberg]], [[Sidney Hook]],<ref>John Diggins, Up From Communism, Harper & Row, 1975.</ref> [[Louis Fischer]], [[André Gide]], [[Arthur Koestler]], [[Ignazio Silone]], [[Stephen Spender]], [[Peter Hitchens]], [[Zita Seabra]], [[Tajar Zavalani]] e [[Richard Wright]].<ref>Richard Crossman, The God That Failed (1949).</ref> Os anticomunistas que já foram socialistas, liberais ou social-democratas incluem [[John Chamberlain]],<ref>John Chamberlain, A Life With the Printed Word, Regnery, 1982, p. 136.</ref> [[Friedrich Hayek]],<ref>Friedrich Hayek, The Fatal Conceit: The Errors of Socialism, 1988.</ref> [[Raymond Moley]],<ref>Raymond Moley, After Seven Years, 1939.</ref> [[Norman Podhoretz]] e [[Irving Kristol]].<ref>Irving Kristol, Neoconservatism: The Autobiography of an Idea, 1995.</ref>
{{cquote|''Entre comunismo e cristianismo, [...] a oposição é radical, e acrescenta não se poder admitir de maneira alguma que os católicos adiram ao socialismo moderado: quer porque ele foi construído sobre uma concepção da vida fechada no temporal, com o bem-estar como objetivo supremo da sociedade; quer porque fomenta uma organização social da vida comum tendo a produção como fim único, não sem grave prejuízo da [[liberdade]] humana; quer ainda porque lhe falta todo o princípio de verdadeira autoridade social.''<ref>João XXIII, [http://www.vatican.va/holy_father/john_xxiii/encyclicals/documents/hf_j-xxiii_enc_15051961_mater_po.html Mater et Magistra] (1961), n. 34.</ref>}}
 
Em 1991, na encíclica ''[[Centesimus Annus]]'', o [[Papa João Paulo II]], actualizando os princípios da ''Rerum Novarum'', salientou que:
===Fascismo e extrema-direita===
{{cquote|''O erro fundamental do socialismo é de carácter antropológico. De facto, ele considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo económico-social, enquanto, por outro lado, defende que esse mesmo bem se pode realizar prescindindo da livre opção, da sua única e exclusiva decisão responsável em face do bem ou do mal. O homem é reduzido a uma série de relações sociais, e desaparece o conceito de pessoa como sujeito autónomo de decisão moral, que constrói, através dessa decisão, o ordenamento social. Desta errada concepção da pessoa, deriva a distorção do direito, que define o âmbito do exercício da liberdade, bem como a oposição à propriedade privada. [...] Se se questiona ulteriormente onde nasce aquela errada concepção da natureza da pessoa e da subjectividade da sociedade, é necessário responder que a sua causa primeira é o [[ateísmo]]. [...] O referido ateísmo está, aliás, estritamente conexo com o [[racionalismo]] [[Iluminismo|iluminístico]], que concebe a realidade humana e social do homem, de maneira [[Mecanicismo (filosofia)|mecanicista]].''<ref>João Paulo II, ''[http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_01051991_centesimus-annus_po.html Centesimus Anno]'' (1991), n. 13</ref>}}
O [[fascismo]] é frequentemente considerado uma reação às revoltas comunistas e socialistas na Europa.<ref>Walter Laqueur. Fascism – A Reader's Guide: Analyses, Interpretations, Bibliography. Berkeley and Los Angeles, California, University of California Press, 1976. pp. 16–17.</ref> O [[fascismo italiano]], fundado e liderado por [[Benito Mussolini]], assumiu o poder após anos de distúrbios esquerdistas que levaram muitos conservadores a temer que uma revolução comunista fosse inevitável. Os historiadores [[Ian Kershaw]] e [[Joachim Fest]] argumentam que no início da década de 1920, os [[Nazismo|nazistas]] eram apenas um dos muitos partidos políticos nacionalistas e fascistas que disputavam a liderança do movimento anticomunista da Alemanha. Os nazistas só chegaram a popularidade com a [[Grande Depressão]], quando organizaram batalhas de rua contra as formações comunistas alemãs. Quando Adolf Hitler chegou ao poder em 1933, seu ministro de propaganda, [[Joseph Goebbels]], montou o "Anti-Komintern". Publicou grandes quantidades de propaganda antibolchevique, com o objetivo de demonizar o [[bolchevismo]] e a União Soviética perante um público mundial.<ref>Waddington, Lorna L. (2007). "The Anti-Komintern and Nazi Anti-Bolshevik Propaganda in the 1930s". Journal of Contemporary History. 42 (4): 573–594. doi:10.1177/0022009407081488. JSTOR 30036470.</ref> Na Europa, numerosos ativistas de extrema-direita, incluindo alguns intelectuais conservadores, capitalistas e industriais, eram fortes opositores do comunismo. Durante o final dos anos 1930 e 1940, vários outros regimes e grupos anti-comunistas apoiaram o fascismo: a [[Falange Espanhola|Falange]] na Espanha; o [[França de Vichy|regime de Vichy]] na França; e na América do Sul, movimentos como o [[Ação Integralista Brasileira|integralismo brasileiro]] no Brasil.
 
O [[Catecismo da Igreja Católica]], publicado em 1992, reafirma que "A Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e ateias associadas, nos tempos modernos, ao 'comunismo' ou ao 'socialismo'."<ref>http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s2cap2_2196-2557_po.html Catecismo da Igreja Católica (1992), n. 2425.</ref>
===Outros===
A maioria dos aristocratas russos exilados, assim como os liberais russos exilados, eram ativamente anticomunistas nas décadas de 1920 e 1930.<ref>Serguei Glebov, "'Congresses of Russia Abroad' in the 1920s and the Politics Of Émigré Nationalism", Ab Imperio (2000), issue 3/4, pp. 159–185.</ref>
 
=== Anticomunismo de extrema-direita ===
Na Grã-Bretanha, o anticomunismo foi difundido entre a elite da política externa britânica nos anos 1930, com suas fortes conexões de classe alta.<ref>G. Bruce Strang, "The Spirit of Ulysses? Ideology and British Appeasement in the 1930s", Diplomacy & Statecraft (2008) 19#3 pp. 481–526.</ref> Nos Estados Unidos, o fervor anticomunista teve seu auge no final dos anos 1940 e início dos anos 1950, quando a [[Lista Negra de Hollywood]] foi estabelecida e o Comitê de Atividades Antiamericanas da Câmara realizou audiências lideradas pelo senador [[Joseph McCarthy]].
 
O anticomunismo era uma das bandeiras dos movimentos e regimes [[fascistas]] e [[salafistas]]<ref>[http://www.atimes.com/atimes/Middle_East/HF08Ak01.html HOW TO LOSE THE WAR ON TERROR PART 5: The politics of indignation]</ref>, sendo estes vistos muitas vezes como uma reação ao crescimento dos movimentos socialistas e comunistas.<ref>Walter Laqueur. Fascism - a reader's guide: analyses, interpretations, bibliography. Berkeley and Los Angeles, California, USA: University of California Press, 1976. pp. 16-17</ref>
==Religiões==
===Budismo===
[[Thüch Huyền Quang]] era um proeminente [[monge]] [[budista]] vietnamita e dissidente anticomunista. Em 1977, Quang escreveu uma carta ao primeiro-ministro [[Phom Văn Đồng]] detalhando os relatos de opressão do regime comunista. Devido a isso, ele e cinco outros monges seniores foram presos e detidos.<ref>https://web.archive.org/web/20080807023142/http://www.hdvnbtdt.org/article.php3?id_article=109</ref> Em 1982, Quang foi preso e posteriormente colocado sob prisão domiciliar permanente por oposição à política do governo depois de denunciar publicamente o estabelecimento da Igreja Budista Vietnamita, controlada pelo Estado.<ref>http://www.iht.com/articles/reuters/2008/07/06/asia/OUKWD-UK-VIETNAM-MONK.php</ref> [[Thích Quảng Độ]] é um monge budista vietnamita e um dissidente anticomunista. Em janeiro de 2008, a revista europeia ''A Different View'' o escolheu como um dos 15 campeões da World Democracy.<ref>http://www.iht.com/articles/reuters/2008/07/06/asia/OUKWD-UK-VIETNAM-MONK.php</ref>
 
Os [[Fascismo|fascistas]] justificavam seu anticomunismo como uma forma de defender a propriedade privada, a religião, o [[nacionalismo]] e a ordem social contra o [[internacionalismo]], o [[ateísmo]] e a [[Socialização (economia)|socialização]] dos [[meios de produção]], defendidas pelos movimentos e teorias socialistas. O líder dos [[Nazismo|nazistas]] alemães, [[Adolf Hitler]], alegava ainda que havia uma [[Conspiração judaico-maçônico-comunista internacional|conspiração judaico-marxista internacional]], e atribuía aos [[judeu]]s tanto o [[marxismo]] dos partidos comunistas, socialistas e social-democratas, quanto o [[liberalismo]]. O anticomunismo de Hitler, portanto, mesclava-se com o preconceito [[antissemitismo|antissemita]] e [[Racismo|racista]]:
===Cristianismo===
====Catolicismo====
A Igreja Católica tem uma história de anticomunismo. O mais recente [[Catecismo da Igreja Católica]] afirma: "A Igreja Católica rejeitou as ideologias totalitárias e [[ateístas]] associadas nos tempos modernos ao 'comunismo'. [...] Regulamentar a economia exclusivamente pelo planejamento centralizado perverte a base dos laços sociais [. ..] [Ainda assim,] a regulação razoável do mercado e das iniciativas econômicas, de acordo com uma justa hierarquia de valores e uma visão para o bem comum, deve ser elogiada".<ref>http://www.scborromeo.org/ccc/para/2425.htm</ref>
 
{{Cquote|''A doutrina judaica do marxismo repele o princípio aristocrático na natureza. Contra o privilégio eterno do poder e da força do indivíduo levanta o poder das massas e o peso-morto do número. Nega o valor do indivíduo, combate a importância das ''[[nacionalidade]]s'' e das ''[[raças humanas|raças]],'' anulando assim na ''[[humanidade]]'' a razão de sua existência e de sua ''[[cultura]].'' Por essa maneira de encarar o ''[[universo]],'' conduziria a humanidade a abandonar qualquer noção de ordem. E como nesse grande organismo, só o caos poderia resultar da aplicação desses princípios, a ruína seria o desfecho final para todos os habitantes da'' Terra.<ref>[http://pensador.uol.com.br/frase/NjE4NjU5/ Pensador] - [[Adolf Hitler]] - [[Mein Kampf]]: A doutrina judaica do marxismo repele o princípio aristocrático na natureza.</ref>}}
O papa [[João Paulo II]] foi um duro crítico do comunismo,<ref>http://www.cnn.com/WORLD/9801/21/papal.politics/index.html</ref> assim como o papa [[Pio IX]], que publicou uma encíclica papal intitulada ''Quanta cura'', na qual ele chamou de "comunismo e socialismo" o erro mais fatal.<ref>Pius IX. Quanta cura (Condemning Current Errors). 8 December 1864. Retrieved 27 November 2007 from EWTN.com.</ref> As posições anticomunistas dos papas foram levadas à Itália pela Democracia Cristã (DC), o partido centrista fundado por [[Alcide De Gasperi]] em [[1943]], que dominou a política italiana por quase cinquenta anos, até sua dissolução em 1993,<ref>Maurizio Cotta; Luca Verzichelli (2007). Political Institutions in Italy. Oxford University Press. p. 38. ISBN 978-0-19-928470-2.</ref> impedindo que o Partido Comunista Italiano alcançasse o poder.<ref>De Rosa, Gabriele; Monina, Giancarlo (2003). Rubbettino (ed.). L'Italia repubblicana nella crisi degli anni Settanta: Sistema politico e istitutzioni. p. 79. ISBN 9788849807530.</ref><ref>Cortesi, Luigi (1999). FrancoAngeli (ed.). Le origini del PCI: studi e interventi sulla storia del comunismo in Italia. p. 301. ISBN 9788846413000.</ref>
 
Com a chegada de Hitler ao poder, em [[1933]], os militantes de esquerda (comunistas, socialistas, [[anarquista]]s e social-democratas) foram duramente reprimidos, muitos deles presos, torturados e [[Escravidão|escravizados]] nos [[campos de concentração]]. No [[Brasil]], o [[integralismo]] adotou as práticas do fascismo europeu, incluindo o seu anticomunismo. {{Carece de fontes|cod1|cod2|codN|data=setembro de 2017}}
Após a ocupação soviética da [[Hungria]] durante o fim da Segunda Guerra Mundial, muitos clérigos católicos foram presos. O caso do arcebispo [[József Mindszenty]], de Esztergom, chefe da Igreja Católica na Hungria, foi o mais conhecido. Ele foi acusado de traição às idéias comunistas e foi enviado para julgamentos e torturado durante vários anos entre 1949 e 1956. Durante a [[Revolução Húngara de 1956]] contra o comunismo, Mindszenty foi libertado e após o fracasso do movimento, ele foi forçado a se mudar para a embaixada dos Estados Unidos em Budapeste, onde viveu até 1971, quando ele foi obrigado a se exilar na [[Áustria]]. Nos anos seguintes, Mindszenty viajou por todo o mundo visitando as comunidades húngaras no Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Áustria, África do Sul e Venezuela. Ele liderou uma alta campanha crítica contra o regime comunista denunciando as atrocidades cometidas por eles contra ele e contra o povo húngaro. O governo comunista acusou-o e exigiu que o Vaticano lhe retirasse o título de arcebispo de Esztergom e proibisse-o de fazer discursos públicos contra o comunismo. O Vaticano finalmente anulou a excomunhão imposta a seus adversários políticos e o despojou de seus títulos. O papa, que declarou oficialmente a arquidiocese de Esztergom vaga, recusou-se a preencher o assento enquanto Mindszenty ainda estava vivo.<ref>Közi Horváth József: Mindszenty bíboros, München, 1980</ref>
 
Após a derrota do [[III Reich]], no contexto da [[Guerra Fria]], o governo dos [[Estados Unidos]] adotou uma [[política externa]] de apoio a movimentos regimes de extrema-direita, considerados aliados na luta contra o "comunismo ateu internacional". Para justificar essas medidas, foi elaborada a [[Doutrina de Segurança Nacional]], ensinada na [[Escola das Américas]] a [[militar]]es [[América latina|latino-americanos]], e reelaborada, no [[Brasil]], por [[Golbery do Couto e Silva]]. Existiram grupos [[paramilitar]]es como a AAB ([[Aliança Anticomunista Brasileira]]) e o CCC ([[Comando de Caça aos Comunistas]]). Uma das consequências dessa política foi a [[Operação Condor]], programa multinacional secreto de extermínio da esquerda [[latino-americana]], elaborado pelas [[ditaduras militares]] sul-americanas em parceria com o governo estadunidense.<ref>[http://resistir.info/eua/operacao_condor.html Resistir] - As sequelas da Operação Condor.</ref><ref>[http://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/65109_7371.PDF Sumários.org]</ref>
===Falun Gong===
Os praticantes [[Falun Gong]] são contra a perseguição imposta aos seus adeptos pelo [[Partido Comunista Chinês]]. Em abril de 1999, mais de dez mil praticantes Falun Gong se reuniram na sede do Partido Comunista em um protesto silencioso após um incidente em [[Tianjin]].<ref>Controversial New Religions, The Falun Gong: A New Religious Movement in Post-Mao China, David Ownby p. 195 ISBN 0-19-515683-8.</ref> Dois meses depois, o Partido Comunista proibiu a prática, iniciou uma operação de segurança e iniciou uma campanha de propaganda contra o Falun Gong.<ref>http://web.amnesty.org/library/Index/engASA170112000</ref><ref>https://fpc.state.gov/documents/organization/67820.pdf</ref><ref>Johnson, Ian, Wild Grass: three portraits of change in modern china, Vintage (8 March 2005)</ref> Desde 1999, praticantes do Falun Gong na China têm sido submetidos a tortura, prisão arbitrária, espancamentos, trabalhos forçados, extração de órgãos e abusos psiquiátricos.<ref>http://organharvestinvestigation.net/</ref><ref>Sunny Y. Lu, MD, PhD, and Viviana B. Galli, MD, "Psychiatric Abuse of Falun Gong Practitioners in China", J Am Acad Psychiatry Law, 30:126–30, 2002.</ref><ref>Robin J. Munro, "Judicial Psychiatry in China and its Political Abuses", Columbia Journal of Asian Law, Columbia University, Volume 14, Number 1, Fall 2000, p. 114.</ref> O Falun Gong respondeu com sua própria campanha na mídia e emergiu como uma notável voz dissidente contra o Partido Comunista por organizações como o jornal ''[[The Epoch Times]]'', a ''New Tang Dynasty Television'' e outros críticos do Partido Comunista.<ref>https://www.wsj.com/articles/SB119508926438693540</ref>
 
Nos Estados Unidos, a [[Ku Klux Klan]] adotou o anticomunismo, mesclando-o com as suas doutrinas [[racistas]] e [[fundamentalismo|fundamentalistas]],<ref>{{en}} [http://www.lib.usm.edu/legacy/spcol/exhibitions/anti-comm/civil_rights.html Lib.Usm] - Anti-Communism & Civil Rights.</ref><ref>{{en}} [http://www.michaelparenti.org/KozyWithKlan.html Michael Parenti] - Kozy with the Klan.</ref> e o [[macartismo]] da [[década de 1950]] lançou uma campanha de repressão contra milhares de indivíduos acusados de comunistas. Na [[década de 1970]], o [[neoconservadorismo]], em reação à [[Nova Esquerda]], incorporam o [[neoliberalismo]] à [[agenda política]] tradicional da extrema-direita estadunidense.<ref>[http://www.ces.uc.pt/opiniao/bss/084.php CES] - Os Neoconservadores</ref><ref>[http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bar/33004030017P7/2008/finguerut_a_me_arafcl.pdf Athena Biblioteca] - A influência do pensamento neoconservador na política externa de George W. Bush.</ref><ref>[http://www.rj.anpuh.org/resources/rj/Anais/2006/conferencias/Tatiana%20Poggi.pdf ANPUH] - Neoconservadorismo em tempos de capitalismo multina
Em 2006, surgiram alegações de que um grande número de praticantes do Falun Gong haviam sido mortos para abastecer a indústria chinesa de transplante de órgãos.<ref>http://organharvestinvestigation.net/</ref><ref>http://www.weeklystandard.com/Content/Public/Articles/000/000/015/824qbcjr.asp</ref> O relatório Kilgour-Matas descobriu que "a fonte de 41.500 transplantes para o período de seis anos de 2000 a 2005 é inexplicável" e concluiu que "houve e continua sendo hoje apreensões em larga escala de órgãos de praticantes do Falun Gong".<ref>http://organharvestinvestigation.net/</ref> Ethan Gutmann estimou que 65.000 praticantes do Falun Gong foram mortos por seus órgãos de 2000 a 2008.<ref>http://www.nationalreview.com/sites/default/files/nordlinger_gutmann08-25-14.html</ref><ref>https://www.thestar.com/life/2014/10/21/qa_author_and_analyst_ethan_gutmann_discusses_chinas_illegal_organ_trade.html</ref><ref>Ethan Gutmann (August 2014) The Slaughter: Mass Killings, Organ Harvesting and China's Secret Solution to Its Dissident Problem "Average number of Falun Gong in Laogai System at any given time" Low estimate 450,000, High estimate 1,000,000 p 320. "Best estimate of Falun Gong harvested 2000 to 2008" 65,000 p. 322.</ref>
cional.</ref>
 
Em 2011, na [[Noruega]], [[Anders Behring Breivik]] realizou diversos [[Terrorismo|atentados terroristas]] contra prédios governo e militantes do partido governante, acusados pelo terrorista de serem agentes de uma [[teorias da conspiração|conspiração]] [[islâmica]]-[[marxista]] para destruir as culturas nacionais europeias. Muitos apontaram a enorme semelhança entre as crenças de Breivik e o discurso [[xenófobo]] e [[racista]] de vários políticos europeus. Um militante da [[Front National]] francesa chegou a elogiar as ideias de Breivik, dizendo discordar apenas do uso do [[terrorismo]] político para alcançar seus objetivos.<ref>{{en}} [http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/norway/8664568/Norway-attacks-National-Front-member-suspended-for-defending-Anders-Behring-Breivik.html The Telegraph] - Norway attacks: National Front member suspended for defending Anders Behring Breivik.</ref>
Em 2009, tribunais na [[Espanha]] e na [[Argentina]] acusaram altos funcionários chineses por [[genocídio]] e [[crimes contra a humanidade]] por seu papel na orquestração da repressão ao Falun Gong.<ref>https://www.reuters.com/article/2009/12/23/us-argentina-china-falungong-idUSTRE5BM02B20091223</ref><ref>http://www.genocidepreventionnow.org/GPNSearchResults/tabid/64/ctl/DisplayArticle/mid/400/aid/151/Default.aspx</ref><ref>http://www.elmundo.es/elmundo/2009/11/14/espana/1258230601.html</ref>
 
=== Esquerda anticomunista ===
==Na literatura==
[[George Orwell]], um social-democrata, escreveu dois dos romances anti-totalitários mais lidos e influentes, a saber, ''[[Nighteen Eighty Four]]'' e ''[[Animal Farm]]'', ambos apresentando alusões à União Soviética sob o governo de [[Joseph Stalin]].
 
[[Imagem:Питирим Сорокин.jpg|thumb|144px|direita|[[Pitirim Sorokin]], ex-membro do [[Partido Socialista Revolucionário (Rússia)|Partido Socialista Revolucionário da Rússia]], definiu o comunismo como "a praga do homem."<ref>[http://www.peace.maripo.com/n_russia.htm Peace.maripo] - 32 Notable Peacemakers in Russia. {{en}} Acessado em 09/10/2016.</ref>]]
Também à esquerda, [[Arthur Koestler]] - um ex-membro do Partido Comunista da Alemanha - explorou a ética da revolução de uma perspectiva anticomunista em uma variedade de obras. Sua trilogia de romances antigos testemunhava a convicção crescente de Koestler de que os fins utópicos não justificam os meios freqüentemente usados ​​pelos governos revolucionários. Esses romances são ''The Gladiators'' (que explora a revolta de escravos liderada por Spartacus no Império Romano como uma alegoria para a Revolução Russa), ''Darkness at Noon'' (baseado nos Julgamentos de Moscou, este foi um romance muito lido que fez Koestler um dos intelectuais anti-comunistas mais proeminentes do período), ''The Yogi and the Commissar'' e ''Arrival and Departure''.<ref>Edward Saunders (2017). Arthur Koestler. Reaktion Books. pp. 59–60.</ref>
 
Desde a divisão dos partidos comunistas dos [[Socialismo|socialista]] na [[Segunda Internacional]], os [[Socialismo democrático|socialistas democráticos]] e os [[social-democracia|social-democratas]] têm estado em conflito com o [[comunismo]] criticando-o por sua natureza antidemocrática. Exemplos de críticos de esquerda aos partidos comunistas, são Max Shachtman,<ref>Max Shachtman, [http://www.marxists.org/archive/shachtma/1936/xx/trial.htm ''Behind the Moscow Trial''], Pioneer Publishers, New York 1936.</ref><ref>Leon Trotsky,[http://www.marxists.org/archive/trotsky/1937/ssf/index.htm ''The Stalin School of Falsification''], Pioneer Publishers, New York 1937.</ref> [[George Orwell]], [[Bayard Rustin]],<ref>http://archive.org/download/AfricaSovietImperialismAndTheRetreatOfAmericanPower/SDP2.pdf</ref> e Irving Howe, que era profundamente crítico dos abusos do [[capitalismo]] mas era ainda mais repelido pelo [[totalitarismo]] de esquerda na [[União Soviética]], [[Cuba]] ou noutro local.<ref>http://www.nytimes.com/1993/05/06/obituaries/irving-howe-72-critic-editor-and-socialist-dies.html?pagewanted=all&src=pm</ref>
[[Whittaker Chambers]] - um ex-comunista americano que ficou famoso por sua cooperação com o Comitê de Atividades Antiamericanas, onde ele acusou [[Alger Hiss]] - publicou um livro de memórias anticomunista, Witness, em 1952. Tornou-se "o principal grito de guerra de conservadores anticomunistas".<ref>Charles W. Dunn; J. David Woodard (2003). The Conservative Tradition in America. Rowman & Littlefield. p. 106.</ref>
 
{{Cquote|''A classe trabalhadora foi derrotada e esquerda revolucionária esmagada por comunistas. É lamentável "que tão poucas pessoas na Inglaterra ainda não perceberam o fato de que o comunismo é hoje uma força ''[[Contrarrevolução|contrarrevolucionária]]'', que os comunistas em todos os lugares estão em aliança com o reformismo burguês e usando toda as suas máquinas poderosas para esmagar ou desacreditar qualquer partido que mostre sinais de tendências revolucionárias.'' <ref>George Orwell; Collected Essays, Journalism and Letters (CEJL); Penguin; (1971); primeiro volume; pagina 302-304</ref><ref name=inter>{{citar web |url=http://www. http://pubs.socialistreviewindex.org.uk/isj62/newsinger.htm|publicado=International Socialism Journal |obra=Numero 62 do International Socialism Journal |autor=John Newsinger |título=Orwell and the Spanish Revolution |data= Primavera de 1994 |acessodata=23 de julho de 2013 |língua=}}</ref>}}{{clr}}
[[Boris Pasternak]], um escritor russo, alcançou fama internacional depois que seu romance anticomunista, ''Doctor Zhivago'', foi contrabandeado para fora da União Soviética (onde foi banido) e publicado no Ocidente em 1957. Ele recebeu o [[Prêmio Nobel de Literatura]], muito para o desgosto das autoridades soviéticas.<ref>Peter Finn; Petra Couvée (2014). The Zhivago Affair: The Kremlin, the CIA, and the Battle Over a Forbidden Book. Knopf Doubleday. p. 189.</ref>
 
=== Anarquistas ===
[[Herta Müller]] é uma romancista, poeta e ensaísta alemã nascida na [[Romênia]], conhecida por suas obras retratando as duras condições de vida na Romênia comunista sob o regime ditatorial de [[Nicolae Ceauşescu]], a história dos alemães na [[Transilvânia]] e a perseguição de alemães étnicos romenos pelas forças de ocupação soviéticas stalinistas na Romênia e pelo regime comunista na Romênia. Müller é uma autora internacionalmente conhecida desde o início dos anos 1990 e seus trabalhos foram traduzidos para mais de 20 idiomas.<ref>http://www.dw-world.de/dw/article/0,,4774078,00.html</ref><ref>http://www.goethe.de/ins/us/bos/en5124021.htm</ref> Ela recebeu mais de 20 prêmios, incluindo o Prêmio Kleist de 1994, o Prêmio Aristeion de 1995, o 1998 International IMPAC Dublin Literary Award, o Prêmio Franz Werfel de Direitos Humanos de 2009 e o Nobel de Literatura de 2009.<ref>Anamaria Dutceac Segesten, "The Post-Communist Afterlife of Dissidents: The Case of Herta Müller". in M. Schoenhals; K. Sarsenov (2013). Imagining Mass Dictatorships: The Individual and the Masses in Literature and Cinema. Springer. pp. 28–51.</ref>
 
{{Principal|Anarquismo e Comunismo}}
==No Brasil==
{{VT|Conservadorismo no Brasil}} {{VT|Regime militar no Brasil}}
Alguns setores da [[Igreja Católica]] e movimentos afiliados (como a [[Tradição, Família e Propriedade]]) tiveram papel importante no repúdio ao [[comunismo no Brasil]], principalmente nos anos pós-[[Segunda Guerra Mundial]].{{carece de fontes|data=junho de 2017}}
 
Embora alguns anarquistas se descrevem como [[comunista]]s, praticamente todos os anarquistas criticam os Estados e os partidos comunistas autoritários. Eles argumentam que os conceitos marxistas, como a [[ditadura do proletariado]] e a propriedade pelo Estado dos [[meio de produção]] são anátema para o anarquismo. Alguns anarquistas criticam o comunismo a partir de um individualista ponto de vista.
Entre os políticos, o economista [[Roberto Campos]] foi um importante intelectual anticomunista. No âmbito literário, [[José Guilherme Merquior]]<ref>{{citar web|url= http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2015/08/1671785-merquior-o-conformista-combativo.shtml |publicado=[[ Folha de S.Paulo]]|obra= Ilustríssima|acessodata=12 de setembro de 2016|título= Merquior, o conformista combativo}}</ref><ref>{{citar web|url= http://g1.globo.com/pop-arte/blog/maquina-de-escrever/post/documentario-e-reedicoes-mostram-falta-que-faz-merquior.html|publicado=Globo|obra= maquina-de-escrever|acessodata=12 de setembro de 2016|título= Documentário e reedições mostram a falta que faz Merquior}}</ref> e [[Nelson Rodrigues]]<ref>{{citar web|url= http://www.nelsonrodrigues.com.br/site/comnelson_det.php?Id=19 |publicado= nelsonrodrigues.com.br|obra= Entrevistas com Nelson Rodrigues|acessodata=12 de setembro de 2016|título= Comunismo foi pior experiência nos últimos 30 milhões de anos}}</ref> se destacaram dentre os que fizeram oposição ao comunismo. O [[escritor]], [[colunista]] e ex-comunista<ref>[http://wn.com/porque_me_frustrei_com_o_comunismo Worls News] - Vídeo: ''Porque me frustrei com o comunismo.'' Página visitada em 13 de maio de 2014.</ref> [[Olavo de Carvalho]] é considerado um notório anticomunista.<ref>{{pt}} (Diário do Comércio, 20 de maio de 2008)</ref> Alguns outros jornalistas engajados na crítica ao comunismo são [[Reinaldo Azevedo]], [[Diogo Mainardi]], [[Percival Puggina]] e [[Felipe Moura Brasil]].<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/artigo-por-que-eu-brasileiro-sou-um-conservador/|data=24-10-2016|acessodata=12-05-2017|publicado=[[Veja]]|título=ARTIGO – Por que eu, brasileiro, sou um conservador}}</ref> Ainda no jornalismo, o colunista [[Paulo Francis]] foi um grande expoente do conservadorismo e um dos mais fortes intelectuais anticomunistas do Brasil.
 
O anarquista [[Mikhail Bakunin]] debateu com [[Karl Marx]] na [[Primeira Internacional]], argumentando que o Estado marxista é outra forma de opressão.<ref>[http://dwardmac.pitzer.edu:16080/Anarchist_Archives/bakunin/Bakuninarchive.html Texts by Bakunin at Anarchy Archives];[http://dwardmac.pitzer.edu:16080/Anarchist_Archives/bakunin/Bakuninarchive.html Texts by Marx on Bakunin at Marxist Internet Archive]</ref> Ele detestava a ideia de um partido governando as massas sem consultá-las.
==Críticas ao anticomunismo==
Críticas ao anticomunismo e relatos de repressão política e desenvolvimento econômico sob o regime comunista são diversos. Partidários de vários partidos comunistas afirmaram que os relatos de repressão política são exagerados pelos anticomunistas e que o governo comunista forneceu alguns direitos humanos não encontrados no capitalismo, de modo que todos são tratados de forma independente da educação, estabilidade financeira ou qualquer outra coisa. pode manter um emprego ou há distribuição eficiente de recursos. Eles afirmam ainda que os países sob o domínio do Partido Comunista experimentaram maior desenvolvimento econômico do que teriam de outra forma, ou que os líderes comunistas foram forçados a tomar medidas duras para defender seus países contra o Ocidente durante a Guerra Fria.{{Carece de fontes}}
 
Ele também rejeitou fortemente o conceito marxista de "ditadura do proletariado", por manter o poder concentrado no estado.<ref name="GW158">Woodcock, George (1962, 1975). ''Anarchism'', 158. Harmondsworth, England: Penguin Books. ISBN 0140206221.</ref>
Alguns acadêmicos ocidentais argumentam que as narrativas anticomunistas exageraram a extensão da repressão política e da censura nos estados sob o regime comunista. [[Albert Szymanski]], por exemplo, faz uma comparação entre o tratamento de dissidentes anticomunistas na União Soviética após a morte de [[Stálin]] e o tratamento de dissidentes nos Estados Unidos durante o [[macartismo]], alegando que "em geral, parece que o nível de repressão na União Soviética no período de 1955 a 1980 estava aproximadamente no mesmo nível dos Estados Unidos durante os anos de McCarthy (1947-1956)".<ref>Szymanski, Albert (1984). Human Rights in the Soviet Union. p. 291.</ref>
 
{{Citação2|''Eles [os marxistas] defendem que nada além de uma ditadura - a ditadura deles, é claro - pode criar o desejo das pessoas, enquanto nossa resposta para isso é: Nenhuma ditadura pode ter qualquer outro objetivo para além de sua autoperpetuação, ela pode apenas levar à escravidão o povo que tolerá-la; a liberdade só pode ser criada através da liberdade, isto é, por uma rebelião universal de parte das pessoas e organização livre das multidões de trabalhadores de baixo para cima.''|Mikhail Bakunin, ''Estadismo e Anarquismo'' <ref>{{Citar web|url=http://www.gmu.edu/departments/economics/bcaplan/anarfaq.htm |título=Anarchist Theory FAQ Version 5.2 |publicado=Gmu.edu |data= |acessodata=2009-09-08}}</ref>}}
[[Mark Aarons]] argumenta que [[Regime autoritário|regimes autoritários]] de [[Direita (política)|direita]] e ditaduras apoiadas por potências ocidentais cometeram atrocidades e assassinatos em massa que rivalizam com o mundo comunista, citando exemplos como o [[Massacre na Indonésia de 1965-66|massacre indonésio de 1965-66]] e os assassinatos associados à [[Operação Condor]] e às ditaduras militares da [[América do Sul]].<ref>http://www.brill.com/legacy-nuremberg-civilising-influence-or-institutionalised-vengeance</ref> Escrevendo na revista estadunidense ''Current Affairs'' em outubro de 2017, o editor-chefe Nathan J. Robinson postula que "se as atrocidades soviéticas indicarem o socialismo", então "a crença consistente e baseada em princípios" sustentaria que "o apoio dos EUA ao assassinato de 500.000 comunistas indonésios [[Indiciamento|indicia]] a democracia capitalista americana".<ref>https://www.currentaffairs.org/2017/10/how-to-be-a-socialist-without-being-an-apologist-for-the-atrocities-of-communist-regimes</ref>
 
Os anarquistas inicialmente participaram da [[Revolução de Fevereiro|revolução de 1917]] como um exemplo dos trabalhadores tomando o poder para si. No entanto, após a [[revolução de outubro]], tornou-se evidente que os bolcheviques e os anarquistas tinham ideias muito diferentes.<ref name="Avrich180">Avrich, Paul; "The Russian Anarchists"; p.180; editor AK Press; Stirling; ISBN 1904859488; (2006)</ref>
Em seu livro ''The Communist Horizon'', de 2012, a filósofa política americana [[Jodi Dean]] argumenta que duas décadas após a dissolução da União Soviética, o virulento anticomunismo persiste no cenário político contemporâneo e é abraçado por todos os lados do espectro político, incluindo conservadores, liberais, democratas, capitalistas e social-democratas. Ela diz que existe um duplo padrão em como o comunismo e o capitalismo são percebidos na consciência popular. Os piores excessos do capitalismo, incluindo escravidão, desemprego, desigualdade econômica, aquecimento global, barões ladrões, guerra e imperialismo, a Grande Depressão e a Grande Recessão, são freqüentemente minimizados, o que permite que a história do capitalismo seja mais dinâmica e suavizada. Por outro lado, o comunismo é muitas vezes equiparado apenas à União Soviética (experimentos comunistas na Europa Oriental, América Latina, África e Ásia são freqüentemente ignorados) e somente aos vinte e seis anos do governo de Stalin, com forte ênfase em gulags, expurgos e fome e quase nenhuma consideração pela modernização da economia, pelos sucessos da ciência soviética (como o programa espacial soviético) ou pelo aumento do padrão de vida da outrora predominantemente sociedade agrária. O colapso da União Soviética é assim visto como a prova de que o comunismo não pode funcionar. Isso permite que toda a crítica de esquerda sobre os excessos do capitalismo [[Neoliberalismo|neoliberal]] seja silenciada, pois as alternativas supostamente resultarão inevitavelmente em ineficiência econômica e autoritarismo violento.<ref>Dean, Jodi (2012). The Communist Horizon. Verso. pp. 6–7. ISBN 978-1844679546.</ref><ref>Ghodsee, Kristen R. (2015). The Left Side of History: World War II and the Unfulfilled Promise of Communism in Eastern Europe. Duke University Press. p. xvi–xvii. ISBN 978-0822358350.</ref><ref>Ehms, Jule (2014). "The Communist Horizon". Marx & Philosophy Society.</ref>
 
A anarquista [[Emma Goldman]], deportada dos Estados Unidos para a Rússia em 1919, era inicialmente entusiasmada com a revolução, mas ficou muito decepcionada, e escreveu seu livro [[Minha Desilusão na Rússia]] criticando o autoritarismo do [[Bolchevique|governo soviete]].<ref>Drinnon, Richard. ''Rebel in Paradise: A Biography of Emma Goldman''. Chicago: University of Chicago Press, 1961. pp. 236–237</ref>
 
O anarquista [[Peter Kropotkin]], proferiu crítica mordaz ao bolchevique observando, em 1920: "Isto enterra a revolução, os [[bolchevique]]s mostraram como a revolução não deve ser feita; com [[autoritarismo]] no lugar de [[Socialismo libertário|métodos libertários"]].<ref name="Marshall-2010-p311">{{citar livro|autor =Marshall, Peter|título=''Demanding the Impossible: A History of Anarchism'' |publicado=PM Press|ano=2010|isbn=9781604860641 |página=311| url=http://books.google.com/books?id=QDWIOL_KtGYC&pg=PA311}}</ref>
 
Diversos jornalistas e escritores anarquistas cubanos como [[Frank Fernández]] criticaram o governo comunista de [[Fidel Castro]] pela destruição da liberdade pessoal e pela criação de uma ditadura militar pior que a de [[Fulgencio Batista|Batista]], com um imenso sistema repressivo, capaz de violências e assassinatos para continuar no poder e que enganou e torturou prisioneiros políticos mais selvagemente que o anterior.<ref name="frank">{{citar livro |primeiro= Frank|último= Fernandez | título=Cuban Anarchism: the history of a movement |pagina=76-89 |url=http://libcom.org/library/cuba-anarchism-history-of-movement-fernandez|acessodata=23 de julho de 2013|ano=2001 |editora=Sharp Press | isbn=978-1884365195 |língua=en}}</ref>
 
Muitos anarquistas lutaram contra os comunistas russos, espanhóis e gregos, sendo muitos mortos ou executados após serem feitos prisioneiros por eles,<ref name="Voline, 1947">{{citar livro |autor=[[Voline|Volin]] | título=''The Unknown Revolution, 1917-1921'' |página=|url= http://www.ditext.com/voline/unknown.html |acessodata=23 de julho de 2013|editora= |isbn=|língua=en }}</ref> como [[Lev Chernyi]],<ref name="Avrich180"/> [[Simon Karetnik]] <ref name="Voline, 1947"/> e Constantinos Speras ou simplesmente como [[Camillo Berneri]] que durante as jornadas de [[Jornadas de Maio de 1937|Maio em Barcelona]], esquadrões de [[Partido Comunista da Espanha]] saíram às ruas para caçar os líderes anarquistas, Berneri foi arrastado de sua casa e assassinado.<ref name=berneri>{{citar web |url=http://www.libcom.org/library/tragic-week-may-days-barcelona-1937-souchy|publicado=libcom.org |título="The Murder of Berneri and Barbieri" |data= |acessodata=6 de janeiro de 2013 |língua=en}}</ref>
 
=== Ex-comunistas ===
 
[[Ficheiro:William C Bullitt.jpg|thumb|144px|direita|[[William Christian Bullitt, Jr.]] Primeiro [[embaixador]] dos [[Estados Unidos]] na [[União Soviética]]. Inicialmente simpatizante do comunismo tornou-se anticomunista.<ref>{{en}} [http://www.unc.edu/depts/diplomat/archives_roll/2003_01-03/sempa_bullitt/sempa_bullitt.html UNC] - American Diplomacy. Acessado em 14/09/2013.</ref>]]
 
Muitos ex-comunistas transformaram-se em anticomunistas: [[Mikhail Gorbachev]] passou de comunista para social-democrata.<ref name="Gorbachev sets up Russia movement">{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/7054274.stm|título=Gorbachev sets up Russia movement|publicado=BBC News|data=20 de outubro de 2007|acessodata=23 de julho de 2013}}</ref> [[Milovan Đilas]], foi um político e escritor comunista na ex-jugoslava e que se tornou um proeminente dissidente e crítico do comunismo.<ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/1995/04/21/obituaries/milovan-djilas-yugoslav-critic-of-communism-dies-at-83.html |título=Milovan Đilas died|publicado=New York Times|data=|acessodata=23 de julho de 2013}}</ref><ref name="Kaplan, Robert. Balkan Ghosts">{{citar web|url=http://www.ralphmag.org/djilasZA.html |título=Kaplan, Robert. '&#39;Balkan Ghosts'&#39;|publicado=Ralphmag.org |data= |acessodata=23 de julho de 2013}}</ref> [[Leszek Kołakowski]] foi um comunista polonês que se tornou um famoso anticomunista. Ele foi mais conhecido por suas análises críticas do pensamento marxista, especialmente a sua aclamada história em três volumes, "Principais Correntes do Marxismo", que é considerado por alguns<ref>[http://entertainment.timesonline.co.uk/tol/arts_and_entertainment/the_tls/article5418361.eceTimesOnline.co.uk]</ref> como um dos livros mais importantes sobre a teoria política do século XX.<ref>[http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/8157014.stm "Polish anti-Marxist thinker dies"], Adam Easton, BBC News, 17 July 2009</ref> ''The God That Failed'' é um livro de 1949 que recolhe seis ensaios com os testemunhos de uma série de famosos ex-comunistas, que eram escritores e jornalistas. O tema comum dos ensaios é a desilusão dos autores e ao abandono do comunismo.<ref>{{OCLC|47050448}};ISBN 0231123957 ISBN 9780231123952</ref>
 
Outros anticomunistas que eram marxistas incluem os escritores [[Max Eastman]], [[John Dos Passos]], [[James Burnham]], [[Sidney Hook]],<ref>John Patrick Diggins, ''Up From Communism'', Harper & Row, 1975.</ref> [[Louis Fischer]], [[André Gide]], [[Arthur Koestler]], a escritora portuguesa [[Zita Seabra]] <ref>{{citar web | titulo=''Zita Seabra: a história de uma expulsão'' | data=6 de Julho de 2007 | url=http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=829349&div_id=291 |datali= 2 de Maio de 2011 | autor=Portugal Diario | arquivourl=http://replay.web.archive.org/20070708140118/http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=829349&div_id=291 | arquivodata= 8 de Julho de 2007}}</ref> e [[Richard Nathaniel Wright]].<ref>Richard Crossman, ''[[The God That Failed]]'' (1949).</ref>
 
== História do anticomunismo ==
 
{{Mais informações|Descomunização|Lustração}}
 
A ideologia [[conservador]]a de [[Joseph de Maistre]], desde o [[século XIX]], adotou uma oposição de princípio ao [[ateísmo]], [[secularismo]], [[racionalismo]], [[revolução]], [[hedonismo]], [[democracia]] e [[socialismo]], considerados pelos conservadores como produtos nefastos do [[Iluminismo]]. Os conservadores acreditam que a crítica racional à [[religião]], à [[tradição]] e ao [[absolutismo]] produz apenas a dissolução da [[família]], da [[moral]], da [[propriedade privada]] e da ordem social e política. Contra isso, advogam o [[princípio da autoridade]] hierárquica.<ref>[http://robertoromanosilva.wordpress.com/2010/04/07/o-pensamento-conservador-roberto-romano/ Roberto Romano Silva] - O Pensamento Conservador</ref> Os movimentos [[socialistas]], [[comunistas]] e [[social-democracia|social-democratas]] foram alvos de críticas semelhantes. O [[político]] e [[escritor]] [[nazista]] [[Alfred Rosenberg]] criou a ideia de [[revolução conservadora]].<ref> [[Dmytro Dontsov]], With the cross and sword, 1956.</ref>
=== Guerra Fria ===
 
{{Artigo principal|Guerra Fria}}
 
Nas [[década]]s subsequentes à [[Segunda Guerra Mundial]], a política externa dos [[EUA]] assumiu explicitamente sua posição anticomunista, especialmente na presidência de [[Ronald Reagan]], ainda que, nestes anos, jamais tenham cessado os [[diálogo]]s diplomáticos entre este país e a [[URSS]].
 
O anticomunismo nas [[igreja]]s [[Protestantismo|protestantes]] norte-americanas teve como um de seus principais representantes o [[evangelista]] [[Billy Sunday]] que, em certa oportunidade, defendeu o [[fuzilamento]] de comunistas.
 
O conservador [[Pat Robertson]] também pode ser considerado anticomunista. Alguns analistas entendem que a origem desse sentimento residiria no fato de que o [[protestantismo]] foi duramente perseguido durante os regimes comunistas do [[Leste Europeu]]. Isso aconteceu, por exemplo, com o [[Pastor (religião)|pastor]] [[Romênia|romeno]] [[Richard Wurmbrand]] e com refugiados [[Igreja Batista|batista]]s e [[menonita]]s que fugiram da antiga [[União Soviética]]. O grupo anticomunista [[John Birch Society]] foi assim nomeado em homenagem ao [[missionário]] [[cristão]] [[John Birch]] (1918-1945), assassinado por comunistas chineses.<ref>{{en}} [http://www.jbs.org/index.php/john-birch The John Birch Society]. Biografia de John Morrison Birch (1918-1945). Página visitada em 5 de maio de 2015.</ref>
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==== [[República Populista]] ====
==== [[Ditadura militar brasileira]] ====
=== Pós-Guerra Fria ===
==== [[Nova Ordem Mundial]] ====
==== [[Guerra ao Terrorismo]] ====
--->
 
=== No Brasil ===
 
{{Principal|Conservadorismo no Brasil}}
 
Alguns setores da [[Igreja Católica]] e movimentos afiliados (como a TFP-[[Tradição, Família e Propriedade]]) tiveram papel importante no repúdio ao [[comunismo no Brasil]], principalmente nos anos pós-[[Segunda Guerra Mundial]].{{carece de fontes|data=junho de 2017}}
 
Entre os políticos, o economista [[Roberto Campos]] foi um importante intelectual anticomunista. No âmbito literário, [[José Guilherme Merquior]]<ref>{{citar web|url= http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2015/08/1671785-merquior-o-conformista-combativo.shtml |publicado=[[ Folha de S.Paulo]]|obra= Ilustríssima|acessodata=12 de setembro de 2016|título= Merquior, o conformista combativo}}</ref><ref>{{citar web|url= http://g1.globo.com/pop-arte/blog/maquina-de-escrever/post/documentario-e-reedicoes-mostram-falta-que-faz-merquior.html|publicado=Globo|obra= maquina-de-escrever|acessodata=12 de setembro de 2016|título= Documentário e reedições mostram a falta que faz Merquior}}</ref> e [[Nelson Rodrigues]]<ref>{{citar web|url= http://www.nelsonrodrigues.com.br/site/comnelson_det.php?Id=19 |publicado= nelsonrodrigues.com.br|obra= Entrevistas com Nelson Rodrigues|acessodata=12 de setembro de 2016|título= Comunismo foi pior experiência nos últimos 30 milhões de anos}}</ref> se destacaram dentre os que fizeram oposição ao comunismo. O [[escritor]], [[colunista]] e ex-comunista<ref>[http://wn.com/porque_me_frustrei_com_o_comunismo Worls News] - Vídeo: ''Porque me frustrei com o comunismo.'' Página visitada em 13 de maio de 2014.</ref> [[Olavo de Carvalho]] é considerado um notório anticomunista.<ref>{{pt}} (Diário do Comércio, 20 de maio de 2008)</ref> Alguns outros jornalistas engajados na crítica ao comunismo são [[Reinaldo Azevedo]], [[Diogo Mainardi]], [[Percival Puggina]] e [[Felipe Moura Brasil]].<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/artigo-por-que-eu-brasileiro-sou-um-conservador/|data=24-10-2016|acessodata=12-05-2017|publicado=[[Veja]]|título=ARTIGO – Por que eu, brasileiro, sou um conservador}}</ref> Ainda no jornalismo, o colunista [[Paulo Francis]] foi um grande expoente do conservadorismo e um dos mais fortes intelectuais anticomunistas do Brasil.
 
== Galeria ==
Como exemplo desse duplo padrão, o crítico social [[Noam Chomsky]] declarou em sua crítica ao ''[[Livro Negro do Comunismo]]'' delineando a pesquisa do economista [[Amartya Sen]] sobre a fome que, enquanto as instituições democráticas da Índia impediam a fome, seu excesso de mortalidade sobre a China comunista - potencialmente atribuível para a distribuição mais igualitária de recursos médicos e outros - não obstante, perto de 4 milhões por ano para os anos sem fome. Assim, Chomsky argumentou que "supondo que agora aplicássemos a metodologia do Livro Negro" à [[Índia]], "o experimento capitalista democrático" causou mais mortes do que em toda a história do comunismo desde 1917: "mais de 100 milhões [...] de pessoas mortas em 1979, e dezenas de milhões a mais desde então, somente na Índia".<ref>Chomsky, Noam (2000). Rogue States: The Rule of Force in World Affairs. Pluto Press. p. 178. ISBN 978-0-7453-1708-3.</ref>
 
<gallery>
Outros acadêmicos e jornalistas, entre eles [[Kristen Ghodsee]] e [[Seumas Milne]], respectivamente, afirmam que, no período pós-Guerra Fria, qualquer narrativa que inclua as conquistas do comunismo é frequentemente ignorada, enquanto as que se concentram exclusivamente nos crimes de Stalin e de outros líderes comunistas são amplificadas. Ambos alegam que isso é feito em parte para silenciar qualquer crítica ao capitalismo.<ref>http://scholar.harvard.edu/files/kristenghodsee/files/history_of_the_present_galleys.pdf</ref> [[Michael Parenti]] sustenta que os regimes comunistas, por mais imperfeitos que tenham sido, desempenharam um papel em "moderar os piores impulsos do capitalismo e do imperialismo ocidentais", e castiga os anticomunistas de esquerda em particular por não entenderem isso no pós-Frio. A era da guerra, os interesses comerciais ocidentais "não são mais restringidos por um sistema concorrente", e agora estão "revertendo os muitos ganhos que os trabalhadores no Ocidente conquistaram ao longo dos anos". Ele acrescenta que "alguns deles ainda não têm".<ref>Parenti, Michael (1997), Blackshirts and Reds: Rational Fascism and the Overthrow of Communism, San Francisco: City Lights Books, p. 58, ISBN 978-0872863293</ref>
Imagem:Socialism Throttling the Country.jpg|Cartaz do [[Partido Conservador (Reino Unido)|Partido Conservador do Reino Unido]] mostrando o [[socialismo]] como a [[Besta do Apocalipse|Besta]] estrangulando a [[Britânia (mitologia)|Britânia]] ([[1909]]).
|Propaganda anticomunista alemã ([[1918]]).
Imagem:American anticommunism.jpg|Propaganda anticomunista [[estadunidense]] (jornal [[New York Herald]], 17 de Outubro de 1919).
Imagem:Kanal Moskva Volga Gulag.jpg|Prisioneiros do [[gulag]] de [[Dmitlag]], situado próximo da cidade de [[Dmitrov]], que trabalharam construção do [[canal de Moscou]] (c. 1932).
Imagem:Hài cốt.jpg|Crânios do [[Massacre de Ba Chúc]] ([[Vietnã]], 18 de Abril de 1978) (''ver: [[Assassinatos em massa sob regimes comunistas]]'').
Imagem:Goddess of Democracy at UBC.jpg|Réplica da [[Deusa da Democracia]], símbolo do [[protesto na Praça da Paz Celestial em 1989]], na [[Universidade da Colúmbia Britânica]].
Imagem:2443 - Siracusa - Graffiti - Foto Giovanni Dall'Orto - 22-May-2008.jpg|[[Grafite (arte)|Grafite]] anticomunista ([[Siracusa]], [[Itália]], [[2008]]).
Imagem:Monumento intentona comunista 1935.jpg|[[Monumento]] aos [[soldado]]s mortos na [[Intentona Comunista]] de [[1935]] ([[Praia Vermelha (Rio de Janeiro)]].
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== Ver também ==
{{dividir em colunas|col=3}}
* [[Antianticomunismo]]
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{{Referências|col=2}}
 
== Ligações externas ==
{{Commonscat|Anti-communism}}
* [http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1113 Instituto Ludwig von Mises Brasil] - "Anticomunismo" versus capitalismo. Página acessada em 12 de Junho de 2013.