Satélite artificial: diferenças entre revisões

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===Montagem===
[[Imagem:TacSat-2.jpg|thumb|Preparação para um teste térmico de um satélite]]
Todo satélite carrega instrumentos especiais para executar sua função no espaço. Um satélite de observação do universo, por exemplo, carrega um telescópio. Além desses instrumentos específicos, todos os satélites têm subsistemas básicos, ou seja, grupos de aparelhos que fazem os instrumentos trabalharem juntos e manter o satélite em funcionamento. Um exemplo importante é o subsistema de energia, responsável por distribuir a energia captada nos painéis solares e transformada em energia elétrica para todos os outros sistemas. Entretanto, cada sistema é criado, montado e testado individualmente. Depois de concluídos os testes, cada um é instalado no satélite de uma vez até que se complete a montagem e todos os sistemas estejam integrados. Posteriormente, o satélite é submetido a testes em condições que reproduzem àquelas a que se encontrarão no espaço. Somente depois de passar por todos os testes rigorosos estabelecidos é que o satélite pode ser lançado.<ref>{{citar web|url=http://mynasa.nasa.gov/worldbook/artificial_satellites_worldbook.html|título=Satélites Artificiais|acessodata=4-12-2012|autor=NASA|obra=World book|língua=en|wayb=20130220192940|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130220192940/http://mynasa.nasa.gov/worldbook/artificial_satellites_worldbook.html|arquivodata=2013-02-20}}</ref>
 
=== Lançamento ===
[[Imagem:SDO Launch and Deployment.ogv|thumb|Vídeo do lançamento de um satélite]]
Os satélites são colocados em órbita por meio de [[Foguete espacial|foguetes]] e [[Nave espacial|naves espaciais]] (que são chamados de [[veículo de lançamento|veículos de lançamento]]), lançados de diversos [[Base de lançamento espacial|centros de lançamentos]] localizados em diversos países. Os veículos de lançamento podem utilizar combustíveis sólidos ou líquidos. Os foguetes podem carregar até três ou quatro satélites de uma só vez.<ref>{{citar web|url=http://www.stmary.ws/highschool/physics/97/KDEUTSCH.HTM|título=Lançando satélites|acessodata=1-12-2012|autor=Kelly D.|ano=1997|língua=en|wayb=20120509164705|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120509164705/http://www.stmary.ws/highschool/physics/97/KDEUTSCH.HTM|arquivodata=2012-05-09}}</ref>
 
Geralmente os foguetes possuem três estágios que vão se separando até que se chegue ao espaço. O primeiro estágio contém o combustível necessário para que o foguete e o satélite, que pesam centenas de toneladas, cheguem ao espaço. Quando essa primeira etapa é concluída, essa parte do foguete é desprendida e geralmente cai no oceano ou em um deserto, dependendo da área em que foi lançada. Imediatamente o segundo estágio, que é um foguete menor, começa a queimar seu combustível para que se chegue à órbita desejada em torno da Terra. Quando o combustível acaba, esta parte também é liberada e cai na Terra. Por fim o terceiro estágio contém uma espécie de cápsula onde está o satélite. Uma vez atingida a órbita necessária, essa cápsula libera o satélite que abre seus painéis solares e suas antenas e começa a executar a função para qual foi criado.<ref>{{citar web|url=http://transition.fcc.gov/cgb/kidszone/satellite/kidz/into_space.html|título=Como os satélites chegam ao espaço?|acessodata=1-12-2012|autor=FCC|língua=en}}</ref>
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===Perturbações e manutenção em órbita===
Existem diversas forças e fatores que alteram a órbita de um satélite e para que o mesmo continue exercendo suas funções normais, é necessária a correção da trajetória. Alguns motivos de perturbação são causados por forças gravitacionais. A Terra não é uma esfera perfeita (na verdade o planeta tem um formato [[geoide]]) e por isso a aceleração gravitacional pode ser ligeiramente maior em algumas regiões e um pouco menor em outras, o que altera a trajetória do corpo que está orbitando o planeta. Outros corpos, como o [[sol]] e a [[lua]] também exercem influência gravitacional sobre os satélites, fazendo com que se desviem de suas órbitas originais, dando origem ao ''efeito do terceiro corpo''.<ref name="orbital perturbations">{{citar web|url=http://web.ics.purdue.edu/~ecalais/teaching/geodesy/Satellite_orbits.pdf|título=Satellite Orbits|autor=Purdue University - EAS Department|língua=en|acessodata=26-12-2012}}</ref><ref name="perturbations orbital elements">{{citar web|url=http://geophysics.ut.ac.ir/JournalData/1386A/Eshagh.pdf|título=Perturbations in orbital elements of a low earth orbiting satellite|autor=Eshagh e Najafi Alamdari|publicado=Journal of Earth and Space Physics|ano=2007|língua=en|acessodata=26-12-2012|wayb=20120131062120|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120131062120/http://www.geophysics.ut.ac.ir/JournalData/1386A/Eshagh.pdf|arquivodata=2012-01-31}}</ref>
 
Outros fatores que não são de origem gravitacional devem ser considerados quando um satélite é colocado em órbita. O principal deles é o [[arrasto]] causado pela atmosfera terrestre, que é causado pela colisão dos satélites com as moléculas do ar, que faz com que o primeiro perca velocidade e, consequentemente, altitude. Esse efeito acontece principalmente sobre os satélites da órbita terrestre baixa, onde a densidade da atmosfera e a velocidade do corpo que orbita o planeta é maior. A radiação eletromagnética emitida pelo sol dá origem a um efeito chamado de [[pressão de radiação]], que consiste na força que a incidência dessas ondas exercem sobre um corpo, e essa força dá origem a um movimento que desvia o satélite de sua órbita original. A intensidade dessa força é diretamente proporcinal a área e inversamente proporcional ao peso do satélite, por isso, satélites maiores e mais leves são mais afetados por esse efeito.<ref name="orbital perturbations" /><ref name="perturbations orbital elements" />
 
Outra razão para alterar a trajetória da órbita de um satélite são os [[Detrito espacial|destroços espaciais]]. A colisão entre dois satélites em 2009, por exemplo, liberou pelo menos {{formatnum:2500}} peças no espaço, que se juntaram aos mais de dezoito mil objetos que estão em órbita e são monitorados constantemente, para evitar uma nova colisão que causaria a liberação de ainda mais destroços espaciais.<ref name="page 3">{{citar web|url=http://earthobservatory.nasa.gov/Features/OrbitsCatalog/page3.php|título=Catalog of Earth Satellite Orbits - page 3|acessodata=1-12-2012|autor=Holli Riebeek|data=4 de setembro de 2009|obra=NASA - Earth Observatory|língua=en}}</ref> As manobras geralmente são feitas com propulsores nos satélites, cujo principal propelente utilizado é a [[hidrazina]], que os direcionam de volta à orbita pretendida ou para uma nova, conforme os comandos recebido das centrais de controle. Essas manobras acontecem seguindo-se dois eixos principais de referência. O primeiro deles são as manobras perpendiculares ao plano orbital, que são utilizadas para mudar a inclinação da órbita e o segundo são as manobras realizadas no plano orbital, que acelera ou desacelera o satélite, colocando-o numa órbita mais alta ou mais baixa, respectivamente.<ref>{{citar web|url=http://www.cnes.fr/web/CNES-en/1097-some-classic-orbital-manoeuvres.php|título=Some classic orbital manoeuvres |acessodata=1-12-2012|data=4 de setembro de 2009|obra=CNES|língua=en}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.eumetsat.int/Home/Main/Satellites/SatelliteProgrammesOverview/SP_20100427132020806?l=en|título=Satelite Orbits|autor=Eumesat|acessodata=26-12-2012|língua=en|wayb=20120614084541|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120614084541/http://www.eumetsat.int/Home/Main/Satellites/SatelliteProgrammesOverview/SP_20100427132020806?l=en|arquivodata=2012-06-14}}</ref>
 
===Rota no solo===
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[[Imagem:Kh-4b corona.jpg|thumb|left|Satélite de reconhecimento Corona KH-4b]]
Em tempos de [[Guerra Fria]] era necessária a utilização do espaço para observar o território inimigo. Para isso foi criado o programa Sistema Militar de Satélites que posteriormente foi dividido em três programas separados: o [[Programa Discoverer|Programa Discover]], o SAMOS (sigla em inglês que significa Sistema de Observação de Satélites e Mísseis) e o MIDAS (que significa Sistema de Alarme de Defesa contra Mísseis). Os dois primeiros programas eram responsáveis por fazer o reconhecimento fotográfico dos países inimigos. No programa Discover foram feitos 38 lançamentos diversas conquistas tecnológicas foram alcançadas, como a estabilização das órbitas e as manobras feitas com comandos vindos da Terra. Esses satélites gravavam o território inimigo e ejetavam uma cápsula com as gravações que voltava à Terra e eram recuperadas, o que deu inicio a era do reconhecimento via satélite. O programa acabou oficialmente em 1962, mas na verdade continuou acontecendo, só que com outro nome, [[Corona (satélites)|Corona]], por meio do qual foram feitos mais de 145 satélites. O [[Programa SAMOS]] tinha basicamente a mesma função que o Discover, mas a diferença estava na forma de transmissão de dados. Nesses satélites, as imagens obtidas seriam transmitidas eletronicamente. Entretanto, o projeto durou pouco, porque a tecnologia ainda não era avançada o suficiente para fazer a transmissão correta das imagens. E por fim, o programa MIDAS tinha o objetivo de desenvolver satélites com sensores infravermelhos que permitiriam rastrear mísseis e testes nucleares. Depois de muitas falhas no lançamento, o programa permitiu a detecção de diversos mísseis soviéticos. No ano de 1966, foram detectados pelo programa 139 lançamentos de mísseis americanos e soviéticos. O último satélite foi lançado no mesmo ano, marcando o fim da missão.<ref>{{citar web|url=http://www.losangeles.af.mil/shared/media/document/AFD-060912-025.pdf|título=Capítulo 5: Sistemas de Satélites|acessodata=27 de Novembro de 2012|autor=Los Angeles Air Force Base|língua=en|wayb=20131001055734|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131001055734/http://www.losangeles.af.mil/shared/media/document/AFD-060912-025.pdf|arquivodata=2013-10-01}}</ref>
 
===A consolidação como meio de comunicação===
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[[Imagem:STS-130 Endeavour approaches ISS 3.jpg|thumb|Estação Espacial Internacional]]
As '''[[Estação espacial|estações espaciais]]''' (ou estações orbitais) são espaçonaves capazes de suportar uma tripulação no espaço durante um período estendido de tempo, onde outras espaçonaves podem ancorar. As estações não possuem sistema de pouso e decolagem, por isso a carga e os tripulantes são transportados por outros veículos. As estações espaciais são utilizadas para estudar os efeitos causados pela longa permanência de seres humanos no espaço e servem como plataforma para diversos estudos que não seriam possíveis em outras naves ou na Terra.<ref>{{citar web|url=http://www.chinadaily.com.cn/china/2011tiangong/2011-09/26/content_13793881.htm|título=O que é uma estação espacial?|acessodata=30 de novembro de 2012|autor=Chinadaily|data=26 de setembro de 2011|língua=en}}</ref> Já foram colocadas em órbita diversas estações espaciais: sete da [[Salyut|série Salyut]] e a [[Mir]] pela União Soviética e a [[Skylab]] pelos Estados Unidos, sendo que todas estas já foram desativadas. Atualmente existem somente duas estações espaciais.<ref>{{citar web|url=http://www.spacestationinfo.com/space-stations.php|título=Space Station|acessodata=30 de novembro de 2012|autor=Space Station Info|data=|língua=en|wayb=20120118213739|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120118213739/http://www.spacestationinfo.com/space-stations.php|arquivodata=2012-01-18}}</ref> A [[Estação Espacial Internacional]] começou a ser montada em 1998 e atualmente possui 90 metros de comprimento e 43 metros de largura (sem levar em conta os painéis solares) e orbita a 402 quilômetros de altura.<ref>{{citar web|url=http://www.zenite.nu/|título=Estação Espacial Internacional|acessodata=30 de novembro de 2012|autor=Zênite}}</ref> A estação espacial foi construída com a cooperação de vários países, por meio de suas respectivas agências espaciais (NASA, [[Agência Espacial Canadiana|CSA]], [[ESA]], [[JAXA|NASDA]], [[Agência Espacial Federal Russa|RKA]] e [[INPE]]).<ref>{{citar web|url=http://www.pbs.org/spacestation/station/partners.htm|título=Estação Espacial Internacional - Parceiros|acessodata=30 de novembro de 2012|autor=Space Stationas|ano=1999|língua=en}}</ref> O [[Tiangong 1]] ("palácio celeste" em tradução livre) é uma estação espacial colocada em órbita pela China em setembro de 2011 que tem somente dois compartimentos e duas escotilhas de [[Acoplamento (astronáutica)|acoplamento]]. Até 2020 o país pretende ter sua própria estação espacial completa.<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/china-lancara-nova-nave-espacial-tripulada-em-junho-de-2013|título=China lançará nave espacial tripulada em junho de 2013|acessodata=30 de novembro de 2012|autor=Veja|data=12 de novembro de 2012}}</ref>
 
Os '''[[Satélite militar|satélites militares]]''' são utilizados para captar e retransmitir a comunicação entre as forças bélicas (como aviões, navios e [[submarino]]s). Os '''[[Satélite de reconhecimento|satélites de reconhecimento]]''' são tipos de satélites militares utilizados para fornecer informação de inteligência sobre outros países. Basicamente existem quatro tipos de satélites de reconhecimento. O primeiro utiliza imagens do território inimigo para detectar eventuais áreas de lançamentos de mísseis e movimentação de armas. O segundo tipo é o satélite que funciona como [[radar]], detectando movimentação mesmo através das nuvens. O terceiro são satélites super sofisticados que permitem capturar o sinal de rádio e microondas emitido em qualquer parte do mundo. E por fim os satélite militares de comunicação que fazem a comunicação muito mais rápido transmitindo dados de satélites espiões para estações de recepção na Terra.<ref>{{citar web|url=http://www.comciencia.br/reportagens/guerra/guerra04.htm|título=Satélites são poderosas ferramentas de estratégia militar|acessodata=30 de novembro de 2012|autor=COMCIENCIA}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.satellites.spacesim.org/english/engineer/copy/reconnai/index.html|título=Reconaissance Satellites|acessodata=30 de novembro de 2012|língua=en}}</ref> Alguns países possuem, ainda, [[Arma antissatélite|armas antissatélites]], que são projetadas para atingir alvos que estão em órbita da Terra. Atualmente somente Estados Unidos e China possuem meios de destruir satélites no espaço<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/7254540.stm#graphic|título=US missile hits 'toxic satellite' |autor=BBC|autorlink=BBC|língua=en|data=21 de fevereiro de 2008|acessodata=10-12-2012}}</ref>, mas Índia<ref>{{citar web|url =http://news.xinhuanet.com/english/2010-01/03/content_12749170.htm|título = India developing weapon system to neutralize enemy satellites | acessodata = 10-12-2012| data = 3 de janeiro de 2010| publicado=Xinhua News Agency}}</ref> e Rússia<ref>{{citar web|url=http://en.rian.ru/russia/20100515/159029349.html|título=Russian officer says developing new weapon for space defense|publicado=RIA Novosti|data=15 de maio de 2010|acessodata=10-12-2012|língua=en}}</ref> possuem planos para desenvolver esse tipo de arma.