Anglo-saxões: diferenças entre revisões

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[[imagem:Sutton Hoo helmet 2016.png|thumb|200px|O elmo de Sutton Hoo é um elmo anglo-saxão decorado descoberto durante a escavação de 1939 no funeral do navio Sutton Hoo. Foi enterrado em torno de 625 e é amplamente acreditado ser o elmo do rei [[Redualdo da Ânglia Oriental]], e sua decoração elaborada pode ter lhe dado uma função secundária semelhante a uma coroa. ]]
 
Os '''anglo-saxões''' foram um povo que habitou a [[Grã-Bretanha]] a partir do {{séc|V}}. Eles compreendem um povo formado de tribos germânicas que migraram para a ilha a partir da Europa continental, seus descendentes ([[anglos]], [[frísios]], [[jutos]] e [[saxões]]) e grupos indígenas britânicos ([[bretões]]) que adotaram alguns aspectos da cultura e língua anglo-saxônica. Historicamente, o período anglo-saxão denota o período na Grã-Bretanha entre cerca de [[450]] e [[1066]], após o seu assentamento inicial e até a conquista normanda <ref name=":0">{{citar livro|título=The Anglo-Saxon World|ultimo=Higham|primeiro=Nicholas|ultimo2=Ryan|primeiro2=Martin|editora=Yale University Press|ano=2013}}</ref>. O período anglo-saxão inicial inclui a criação de uma nação inglesa, com muitos aspectos que sobrevivem hoje, incluindo o governo regional de condados (''shires'') e ''hundreds''. Durante este período, o cristianismo foi estabelecido e houve um florescimento da literatura e da linguagem. Cartas e leis também foram estabelecidas <ref name=":0" />. O termo anglo-saxão é popularmente usado para a língua que foi falada e escrita pelos anglo-saxões na Inglaterra e no leste da [[Escócia]], entre pelo menos meados do {{séc|V}} e meados do XII. Em uso acadêmico, o idioma é mais comumente chamado de [[inglês antigo]] <ref>{{citar livro|título=The Cambridge History of the English Language: Vol 1: the Beginnings to 1066|ultimo=Hogg|primeiro=Richard|ano=1992}}</ref>.
 
A história dos anglo-saxões é a história de uma identidade cultural. Ela desenvolveu-se a partir de grupos divergentes em associação com a adoção do cristianismo pelo povo e foi parte integrante do estabelecimento de vários reinos. Ameaçada por extensas invasões dinamarquesas e ocupação militar do leste da Inglaterra, essa identidade foi restabelecida; dominou até depois da Conquista Normanda <ref name=":0" />. A cultura anglo-saxônica visível pode ser vista na cultura material de edifícios, estilos de vestimenta, iluminuras e ofertas em túmulos. Por trás da natureza simbólica desses emblemas culturais, existem fortes elementos de laços tribais e senhoriais. A elite se descreveu como reis que desenvolveram burhs e identificaram seus papéis e povos em termos bíblicos. Acima de tudo, como Helena Hamerow observou, "grupos de parentesco locais e estendidos permaneceram... a unidade essencial da produção durante o período anglo-saxão" <ref>{{citar livro|título=Rural Settlements and Society in Anglo-Saxon England|ultimo=Hamerow|primeiro=Helena|editora=Oxford University Press|ano=2012|}}</ref> Os efeitos persistem no {{séc|XXI}}, de acordo com um estudo publicado em março de 2015, a composição genética das populações britânicas hoje mostra divisões das unidades políticas tribais do período anglo-saxão inicial <ref>{{citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/science/2016/03/14/britons-still-live-in-anglo-saxon-tribal-kingdoms-oxford-univers/|titulo=Britons still live in Anglo-Saxon tribal kingdoms, Oxford University finds|data=19 Março 2015|ultimo=Knapton|primeiro=Sarah}}</ref>.
 
O uso do termo anglo-saxão pressupõe que as palavras anglos, saxões ou anglo-saxões tenham o mesmo significado em todas as fontes. Este termo começou a ser usado apenas no {{séc|VIII}} para distinguir os grupos germânicos na Grã-Bretanha dos que estão no continente (Antiga Saxônia no norte da Alemanha) <ref name=":0" />. Catherine Hills resumiu os pontos de vista de muitos estudiosos modernos em sua observação de que as atitudes anglo-saxãs e, portanto, a interpretação de sua cultura e história, "foram mais condicionadas à teologia política e religiosa contemporânea como em qualquer tipo de evidência" <ref name=":1">{{citar livro|título=Origins of the English|ultimo=Hills|primeiro=Catherine|editora=Duckworth Pub|ano=2003}}</ref>.
 
== Etnônimo ==
O etnônimo inglês antigo "''Angul-Seaxan''" vem do latim ''Angli-Saxones'' e tornou-se o nome dos povos que Beda chama ''Anglorum'' <ref>{{citar livro|título=Bede's Angli: Angles or English?|ultimo=Richter|primeiro=Michael|ano=1984}}</ref> e Gildas chama ''Saxones'' <ref>{{citar periódico|ultimo=Sims-Williams|primeiro=Patrick|data=1983|titulo=Gildas and the Anglo-Saxons|jornal=Cambridge Medieval Celtic Studies 6}}</ref>. "Anglo-saxão" é um termo que raramente era usado pelos próprios anglo-saxões; não é um autônimo. É provável que eles se identifiquem como Ængli, Seaxe ou, mais provavelmente, os nomes locais ou tribais, como ''Mierce'', ''Cantie'', ''Gewisse'', ''Westseaxe'' ou ''Norþanhymbre''. Além disso, o uso de "anglo-saxão" oculta a medida em que o povo se identificou como anglo-escandinavo após a [[Era Viquingue]], ou como anglo-normando após a conquista normanda em 1066 <ref>{{citar livro|título=The Northern Conquest: Vikings in Britain and Ireland|ultimo=Holman|primeiro=Katherine|editora=Signal Books|ano=2007}}</ref>.