Ultimato britânico de 1890: diferenças entre revisões

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==Antecedentes==
Em meados do século XIX, durante a chamada "[[partilha de África]]", Portugal reclamou vastas áreas do continente africano baseado no "direito histórico", alicerçado na primazia da ocupação, entrando em colisão com as principais potências europeias. A crescente presença inglesa, francesa e alemã no continente ameaçavam a hegemonia portuguesa, como alertou [[António Francisco da Silva Porto|Silva Porto]], comerciante sedeado no [[planalto do Bié]] que, assistindo aos movimentos, solicitou um destacamento português.<ref>{{Citar livro |nome=Maria Emília Madeira |sobrenome=Santos |url= http://books.google.com/books?id=f4d4qtYuYQYC&lpg=PP1&pg=PA17#v=onepage&q&f=false|título=Silva Porto e os problemas da África portuguesa no século XIX |subtítulo=Série Separatas / Centro de Estudos de Cartografia Antiga |local=Coimbra |editora=Junta de Investigações Científicas do Ultramar |ano=1983 |página=27|volume=149 }}</ref> A partir da [[década de 1870]] ficou claro que o direito histórico não bastava: à intensa exploração científica e geográfica europeia seguia-se muitas vezes o interesse comercial. Entre 1840 e 1872 [[David Livingstone]] explorou a África central, onde pouco depois se instalou a [[Companhia Britânica da África do Sul]]. Em 1874 [[Henry Morton Stanley]] explorou a bacia do [[rio Congo]] e foi financiado pelo rei [[Leopoldo II da Bélgica]], que em 1876 criou uma [[Associação Internacional Africana|associação]] para colonizar o Congo ignorando os interesses portugueses na região.<ref>{{citar web|url=http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/2002/09/06/001.htm|titulo=Stanley e Leopoldo II|autor=Educaterra/ História por Voltaire Shilling|data=|publicado=2002|acessodata=22 de Outubro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100505162258/http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/2002/09/06/001.htm|arquivodata=2010-05-05|urlmorta=yes}}</ref>
 
Em 1875 setenta e quatro subscritores, entre os quais [[Luciano Cordeiro]], fundaram a [[Sociedade de Geografia de Lisboa]] para apoiar a exploração, tal como as congéneres europeias<ref>{{citar web|url=http://www.socgeografialisboa.pt/historia|titulo=História|autor=Sociedade de Geografia de Lisboa|data=|publicado=2010|acessodata=22 de Outubro de 2010}}</ref>. Foi então criada a Comissão de África que preparou as primeiras grandes expedições de exploração científico-geográfica, financiadas por subscrição nacional, de [[Hermenegildo Capelo]], [[Roberto Ivens]] e [[Serpa Pinto]], que entre [[1877]] e [[1885]] mapearam o território. Pretendiam fazer o reconhecimento do [[rio Cuango]], das suas relações com o [[rio Congo]] e comparar a bacia hidrográfica deste com a do [[Zambeze]], concluindo assim a carta da África centro-austral (o famoso Mapa cor-de-rosa) e mantendo "estações civilizadoras" portuguesas no interior do continente. Entretanto, o ministro dos negócios estrangeiros [[João de Andrade Corvo]] procurou reafirmar a tradicional [[aliança Luso-Britânica]], propondo abrir Moçambique e Goa ao comércio e navegação britânicos<ref>[[#Ramos 2009|Ramos 2009]], pp. 550&mdash;551.</ref> que em troca reconheciam as suas exigências no Congo.
 
Em 1883 Portugal ocupou a região a norte do rio Congo. Contudo, na [[Conferência de Berlim|Conferência internacional de Berlim]] ([[1884]]–[[1885]]) convocada por [[Otto von Bismarck|Bismark]] para fixar as zonas de influência de cada potência em África e dirimir conflitos - incluindo a oposição Portuguesa e Britânica à expansão de Leopoldo II- a aliança decepcionou. Sob pressão da Alemanha e da França, Portugal perdeu o controlo da foz do Congo para Leopoldo II da Bélgica.<ref>[[#Ramos 2009|Ramos 2009]], pp. 550&mdash;551.</ref> Do Congo português apenas [[Cabinda (província)|Cabinda]] se manteve: em Fevereiro de 1885, os notáveis de Cabinda assinaram o [[Tratado de Simulambuco]], pelo qual aceitavam ser um protectorado da coroa portuguesa.<ref name="Institute">{{citar web | title=Cabinda. Notes on a soon-to-be-forgotten war | url=http://www.iss.co.za/pubs/papers/77/Paper77.html | publisher=Institute for Security Studies | author=Porto, João Gomes | date= | accessdate=2009-10-15 | acessodata=2010-10-25 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20100821083212/http://www.iss.co.za/pubs/papers/77/Paper77.html | arquivodata=2010-08-21 | urlmorta=yes }}</ref>
 
A exigência da «ocupação efectiva» sobre a ocupação histórica, determinada pela Conferência de Berlim