Ahmed Sékou Touré: diferenças entre revisões

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Em finais de 1957 era vice-presidente do Conselho Executivo da Guiné. Quando o Presidente francês Charles de Gaulle propôs em 1958 o referendo nas colónias para criar una comunidade federal ou a independência de cada território, Touré fez campanha pela independência. Em 2 de outubro de 1958, a Guiné declarou-se independente. O governo francês reagiu retirando do pais todos os profissionais de nacionalidade francesa e retirando do pais todo o material público de transporte.
 
Maurice Robert, chefe do sector africano do Serviço de Documentação Externa e Contra-Inteligência (SDECE) de 1958 a 1968, explica que: "Tivemos de desestabilizar Sekou Touré, torná-lo vulnerável, impopular e facilitar a tomada de controlo pela oposição. Uma operação desta envergadura envolve várias fases: a recolha e análise de informação, a elaboração de um plano de acção baseado nesta informação, o estudo e implementação de meios logísticos e a adopção de medidas de execução do plano. Com a ajuda dos refugiados guineenses exilados no Senegal, organizámos também maquis da oposição em Fouta-Djalon. A supervisão foi assegurada por peritos franceses em operações clandestinas. Armámos e treinámos estes opositores guineenses para desenvolver um clima de insegurança na Guiné e, se possível, para derrubar Sékou Touré. Entre essas ações desestabilizadoras, posso citar a operação "Persil", por exemplo, que consistiu em introduzir no país uma grande quantidade de notas falsificadas guineenses para desequilibrar a economia. » <ref>Maurice Robert, « Ministre » de l’Afrique. Entretiens avec Alain Renault, Seuil, Paris, 2004</ref>
 
Ameaçado pelo desastre da economia, Touré procurou apoios no bloco comunista e nas nações ocidentais. Em 1961 incorporou a Guiné no bloco dos não-alinhados.