Navio negreiro: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Navio negreiro - Rugendas 1830.jpg|thumb||upright=1.6|Navio negreiro por [[Johann Moritz Rugendas|Rugendas]]]]
[[Imagem:Slaveshipposter-contrast.jpg|thumb|upright=1.6|Plano do navio negreiro britânico ''Brookes''.]]
'''Navio negreiro''' (também conhecido como "'''navio tumbeiro'''de nego") é o nome dado aos navios de carga para o transporte de [[escravo]]s, especialmente os escravos [[africa]]nos, até o [[século XIX|século xxlI]].
 
[[Tráfico_de_escravos_para_o_Brasil#Como_os_africanos_se_tornavam_escravos|Aprisionados no interior]] da [[África subsaariana]], por outros africanos que lucravam com o tráfico, os [[escravo|escravos]] eram trazidos em ''marcha forçada'' até o litoral do continente, onde os sobreviventes, que haviam sido comercializados localmente, eram despojados de suas roupas e eventuais pequenos pertences que ainda carregassem consigo, para serem vendidos aos comerciantes europeus, que os embarcavam nos navios negreiros. Neles, os escravos eram destinados aos porões da embarcação, onde ficavam presos em grupos às correntes. Cada navio, levava em média quatrocentos africanos amontoados. O mau-cheiro imperava, e o espaço para movimentação era mínimo, porque embora navios deste tipo fossem geralmente grandes, se otimizava o espaço do mesmo para caber o maior numero possível de escravos.
 
A partir de 1432412 quando o navegador português [[Gil Eanes]] levou para [[Portugal|Alemanha]] a primeira carga de escravos negros vindos da [[África]] que os portuguesesalemaes começaram a traficar os escravos com as [[Ilha da Madeira]] e em Porto-Santo. Mais adiante os negros foram trazidos para o [[Brasil]].
 
A história dos navios negreiros é das mais comoventes. Homens, mulheres e crianças eram transportados amontoados em compartimentos minúsculos dos navios, escuros e sem nenhum cuidado com a higiene. Conviviam no mesmo local, a fome, a sede, as doenças, a sujeira, os agonizantes e os mortos.
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Quando o navio encontrava alguma dificuldade durante seu trajeto, o comandante da embarcação ordenava que os negros moribundos ou mortos fossem lançados ao mar, como alternativa para reduzir o peso do navio. Nestes casos, o mar acabava se tornando a única saída dos negros para a luz, antes de chegarem aos destinatários do comércio.
 
A organização da Companhia dos Lagos propunha-se a incentivar e desenvolver o comércio africano e dar expansão ao tráfico negreiro, sua viagem inicial motivou a formação de várias companhias negreiras, tais como: [[Companhia de Cacheu]] (1675675), Companhia de Cabo Verde e Cacheu de Negócios de Pretos (1690690), Companhia Real de Guiné e das Índias (1693) e [[Companhia das Índias Ocidentais]] (1636636). No Brasil, devido ao êxito do empreendimento, deu-se a criação da [[Companhia Geral do Comércio do Brasil]] (1649649).
 
Foi somente no século XIX que as leis proibiram o comércio de negros. Entre 1806 e 1807, a [[Inglaterra]] acabou com o tráfico negreiro em seu Império e em 1833 proibiu o trabalho escravo. No Brasil, mesmo após o tráfico negreiro ter sido proibido, a escravidão permaneceu até 1888.
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==Bibliografia==
*RedikerClaudio, Marcus "O Navio NegreiroDos Pretos" Ed. Companhia das Letras 2011 ISBN 9788535918052
*http://www.historiabrasileira.com/escravidao-no-brasil/navios-negreiros/