Abolicionismo: diferenças entre revisões

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O abolicionismo sempre foi um movimento político autônomo e passou ao largo de ideologias políticas contemporâneas a ela na Europa como por exemplo o [[Iluminismo]].<ref>Laurent Estève : Montesquieu, Rousseau, Diderot : du genre humain au bois d’ébène . Les silences du droit naturel Ed. [[Unesco]]</ref>
=== Os papas ===
Os papas da [[Era dos Descobrimentos|época dos descobrimentos europeus em África, Ásia e América]], prosseguindo na senda dos [[Padres da Igreja]] e de seus antecessores, combateram a "iniquidade" da escravidão e a subjugaçãosubugação dos povos não europeus.<ref>BALMES, Jaime - ''A Igreja Católica em face da Escravidão''. Centro Brasileiro de Fomento Cultural (1988)</ref> Em 13 de janeiro de 1435, através da [[Bula pontifícia|bula]] ''[[Sicut Dudum]]'',<ref>{{Citar web |url=http://www.papalencyclicals.net/Eugene04/eugene04sicut.htm |titulo=Sicut Dudum<!-- Titulo gerado automaticamente -->|acessodata=29 de Dezembro de 2010 }}</ref> o papa [[Eugénio IV]] mandou restituir à liberdade os cativos das ilhas [[Canárias]], para efeito de estabelecer, a estes, a [[justiça]]. Em 1462, o papa [[Pio II]] (1458-1464) deu instruções aos [[bispo]]s contra o tráfico de negros provenientes da [[Etiópia]]; o papa [[Leão X]] (1513-1521) despachou no mesmo sentido para os reinos de Portugal e Espanha. Em 1537, o papa [[Paulo III]] (1534-1549), através da bula ''[[Sublimus Dei]]''<ref>{{Citar web |url=http://www.saint-mike.org/library/papal_library/pauliii/sublimus_dei.html |titulo=Sublimus Dei – Pope Paul III – The Papal Library<!-- Titulo gerado automaticamente -->|acessodata=29 de Dezembro de 2010 }}</ref> (23 de maio) e da [[encíclica]] ''[[Veritas ipsa]]''<ref>{{citar web|url=http://www.montfort.org.br/index.php?secao=documentos&subsecao=decretos&artigo=veritas_ipsa&lang=bra|título=Bula Veritas Ipsa - MONTFORT|website=www.montfort.org.br}}</ref> (2 de Junho), lembrou, aos [[cristãos]], que os [[índio]]s "das partes ocidentais, e os do meio-dia, e demais gentes", eram seres livres por natureza.
 
Nunca, no entanto, a escravatura foi proibida até ao século XIX, e sempre os papas se dirigiram a casos pontuais. Tanto que, por várias bulas, Portugal tinha privilégio do comércio de escravos, mas não de fazer escravos. O papa [[Gregório XIV]] (1590-1591) publicou a ''[[Cum Sicuti]]''<ref>Um artigo que cita tal publicação pode ser encontrado aqui: http://users.binary.net/polycarp/slave.html {{Wayback|url=http://users.binary.net/polycarp/slave.html |date=20100416015029 }}</ref> (1591) e, nos séculos seguintes, se pronunciaram, também, os papas [[Urbano VIII]] (1623-1644), na ''[[Commissum Nobis]]''<ref>{{Citar web |url=http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/fontes_escritas/1_Jesuitico/annaes_da_biblioteca.htm |titulo=Annaes da Biblioteca e Archivo Publico do Pará. Colônia - Período Jesuítico. Fontes Escritas. Acervo. História, Sociedade e Educação no Brasil - HISTEDBR - Faculdade de Educaç...<!-- Titulo gerado automaticamente --> |acessodata=29 de Dezembro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090403075043/http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/fontes_escritas/1_Jesuitico/annaes_da_biblioteca.htm |arquivodata=3 de abril de 2009 |urlmorta=yes }}</ref> (1639) e [[Bento XIV]] (1740-1758) na ''[[Immensa Pastorum]]''<ref>{{citar web|url=http://books.google.com.br/books?id=A0M7UwVmhpwC&pg=PA113&lpg=PA113&dq=Immensa+Pastorum&source=bl&ots=ZOz0pDaBJ-&sig=hla0w3-7DrB47_o4w26_njqpLW0&hl=pt-BR&ei=6ICmS9qGJMKruAe808XcDg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=5&ved=0CBcQ6AEwBDgK#v=onepage&q=Immensa+Pastorum&f=false|título=Direitos humanos e ensinamento social da Igreja|publicado=Edicoes Loyola|via=Google Books}}</ref> (1741). No século XIX, no mesmo sentido, se pronunciou o papa [[Gregório XVI]] (1831-1846) ao publicar a bula [[In Supremo]]<ref>{{Citar web |url=http://www.fsspx-brasil.com.br/Page%2006-7-In-Supremo.htm |titulo=Gregório XVI, Carta Apostólica In Supremo<!-- Titulo gerado automaticamente --> |acessodata=29 de Dezembro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110524021602/http://www.fsspx-brasil.com.br/Page%2006-7-In-Supremo.htm |arquivodata=24 de Maio de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> (1839).
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A [[Sociedade Abolicionista Espanhola]] foi fundada em [[2 de abril]] de 1865 por iniciativa do porto-riquenho [[Julio Vizcarrondo]]. A Sociedade Abolicionista abriu seções em [[Sevilha]], [[Leão (Espanha)|Leão]], [[Barcelona]] e [[Saragoça]]. Em 1866, a Sociedade foi fechada pelo governo do general [[Ramón María Narváez]], coincidindo com a agudização da [[repressão política na Espanha|repressão política]] contra os progressistas.
Após a [[Revolução de 1868]], o ativismo abolicionista impulsionou a lei Moret (4 de Julho de 1870, chamada assim por causa de [[Segismundo Moret]], ministro de Ultramar e posteriormente de Fazenda; também recebeu o nome de lei de ventres livres ou de liberdade de ventres). Com ela, foi concedida a liberdade a qualquer nascido posteriormente a 17 de Dezembro de 1868, bem como aos escravos maiores de 60 anos ou que ajudassem a repressãorespeito da sublevação independentista simultânea em Cuba e Porto Rico.
 
Posteriormente, com a [[Primeira República Espanhola]] (1873-1874), foi proclamada a abolição da escravidão em Porto Rico (22 de Março de 1873), embora não em Cuba. O número de escravos em Porto Rico era significativamente menor (31 000).
 
A [[Restauração bourbônica na Espanha|Restauração]] (1875) começou impedindo o funcionamento da Sociedade Abolicionista, mas, em 1880, esta foi permitida. Em 7 de Outubro de 1886, a escravidão desapareceu legalmente. A Sociedade Abolicionista dissolveu-se em 1888.<ref>[http://www.cedt.org/biograf.htm Biografias de abolicionistas]. [http://www.cedt.org/ Comemoração de 120 aniversário da abolição da escravidão na Espanha].</ref>sou Daniel cara de pastel
 
== Ver também ==