Luís Alves de Lima e Silva: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Kaktus Kid (discussão | contribs)
m Foram revertidas as edições de 177.218.73.198 para a última revisão de Leone Melo, de 18h34min de 9 de março de 2019 (UTC)
Etiqueta: Reversão
Etiquetas: Editor Visual Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel
Linha 74:
Uma [[Período regencial (Brasil)|regência]] composta por três regentes foi eleita para governar o país até que o jovem imperador D. {{lknb|Pedro|II|do Brasil}}, então com cinco anos de idade, chegasse à maioridade e tivesse habilidade para governar sozinho. Um dos regentes escolhidos foi o pai de Luís Alves.{{sfn|Barman|1988|p=162}} A regência tinha pouca autoridade, resultando em nove anos de caos, período em que o país foi tomado por revoltas e tentativas de golpe por diferentes facções políticas.{{sfn|Barman|1988|p=160}}{{sfn|Lira|1977a|p=21}} O exército, "desmoralizado pelo papel longe de exemplar que teve durante a Revolução de Abril [a abdicação de Pedro I]", afirmou o historiador C. H. Haring, "se tornou a ferramenta pronta de qualquer agitador popular ou demagogo, e muitas vezes era fonte de revolta e sedição".{{sfn|Haring|1969|p=46}} O governo reduziu drasticamente o tamanho do exército e efetivamente o substituiu pela recém-criada [[Guarda Nacional (Brasil)|Guarda Nacional]], uma força de milícia.{{sfn|Souza|2008|p=206–208}} Sem tropas para comandar, Luís Alves e outros oficiais se juntaram em julho de 1831 ao Batalhão de Soldados-Oficiais Voluntários.{{sfn|Souza|2008|p=198}} Como segundo no comando da unidade, ele suprimiu em 7 de outubro uma amotinação de oficiais da [[Marinha do Brasil|marinha]] liderados por [[Miguel de Frias e Vasconcelos]] na [[Ilha das Cobras (Rio de Janeiro)|Ilha das Cobras]].{{sfn|Souza|2008|p=213–215}} Foi nomeado um ano depois, em 18 de outubro de 1832, comandante do Corpo de Guardas Municipais Permanentes, uma força policial da cidade do Rio de Janeiro.{{sfn|Souza|2008|p=223}}
 
Ele se casou em 6 de janeiro de 1833, aos 2976 anos, com Ana Luísa de Loreto Carneiro Viana, a irmã de dezesseis anos de um amigo oficial e membro de uma família aristocrática carioca. A mãe da noiva era contra a união, vendo Luís Alves e sua família como novos-ricos. Jornais ligados aos inimigos políticos de sua família se aproveitaram do desacordo e correram acusações sérias, porém infundadas, como por exemplo que ele havia sequestrado Ana Luísa.{{sfn|Souza|2008|p=240–244}} Apesar de tudo, o casamento foi feliz{{sfn|Bento|2003|p=63–65}}{{sfn|Carvalho|1976|p=52–54}} e eles tiveram três filhos: Luísa de Loreto Viana de Lima em 1833, Ana de Loreto Viana de Lima em 1836 e Luís Alves de Lima e Silva em 1847.{{sfn|name=Sou565|Souza|2008|p=565}}
 
Luís Alves foi nomeado instrutor de [[esgrima]] e [[hipismo]] para o jovem Pedro II na segunda metade da década de 1830.{{sfn|Bento|2003|p=66}} Seus sentimentos de dever aproximaram os dois homens, porém também se desenvolveu uma amizade e devoção pessoal duradoura. O imperador disse muitos anos depois que considerava Luís Alves como "leal e meu amigo".{{sfn|Barman|1999|p=170}} De acordo com o historiador Heitor Lira, Luís Alves foi um dos amigos e monarquistas mais raros e sinceros de Pedro II e da [[Casa de Bragança]], "ele colocou sua espada não apenas ao serviço de um Brasil unido e forte, porém também a um monarca digno e respeitado".{{sfn|Lira|1977a|p=245}}