Luís Alves de Lima e Silva: diferenças entre revisões

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Irma
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{{ver desambig|redir="Duque de Caxias"||Duque de Caxias (desambiguação)}}
'''LuísAALuís Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias''' ([[Duque de Caxias (Rio de Janeiro)|Porto da Estrela]], {{dtlink|lang=br|25|8|1803}} – [[Valença (Rio de Janeiro)|Valença]], {{dtlink|lang=br|7|5|1880}}), apelidado de "O Pacificador" e "O Duque de Ferro", foi um militar, político e monarquista brasileiro. Caxias seguiu uma carreira militar, assim como seu pai e tios. Ele lutou em 1823 contra [[Reino de Portugal|Portugal]] na [[Independência do Brasil]] e depois passou três anos na [[Cisplatina (província)|Cisplatina]] enquanto o governo tentou resistir sem sucesso contra a [[Guerra da Cisplatina|secessão da província]]. Caxias permaneceu leal ao imperador [[Pedro I do Brasil|Pedro I]] durante protestos em 1831, apesar de seus familiares terem abandonado o monarca. Pedro I [[Abdicação de Pedro I do Brasil|abdicou]] em favor de seu filho [[Pedro II do Brasil|Pedro II]], a quem Caxias serviu como [[mestre de armas]], ensinando-lhe [[esgrima]] e [[hipismo]], eventualmente tornando-se seu amigo.
 
A [[Período regencial (Brasil)|regência]] que governou o [[Império do Brasil|Brasil]] durante a minoridade de Pedro II enfrentou várias revoltas por todo o país. Caxias novamente ficou contra seu pai e tios, que eram simpatizantes dos rebeldes, comandando as forças lealistas de 1839 a 1845 na supressão de revoltas como a [[Balaiada]], as [[Revoltas liberais de 1842|Revoltas Liberais]] e a [[Guerra dos Farrapos|Revolução Farroupilha]]. Sob seu comando o [[Exército Brasileiro|Exército do Brasil]] derrotou a [[Confederação Argentina]] em 1851 na [[Guerra do Prata]]. Uma década depois, já como [[Marechal]], ele novamente liderou as forças brasileiras para a vitória, desta vez na [[Guerra do Paraguai]]. Como recompensa foi elevado a nobre, tornando-se em sucessão barão, conde, marquês e, por fim, a única pessoa a receber um título de duque durante o reinado de Pedro II.
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Uma [[Período regencial (Brasil)|regência]] composta por três regentes foi eleita para governar o país até que o jovem imperador D. {{lknb|Pedro|II|do Brasil}}, então com cinco anos de idade, chegasse à maioridade e tivesse habilidade para governar sozinho. Um dos regentes escolhidos foi o pai de Luís Alves.{{sfn|Barman|1988|p=162}} A regência tinha pouca autoridade, resultando em nove anos de caos, período em que o país foi tomado por revoltas e tentativas de golpe por diferentes facções políticas.{{sfn|Barman|1988|p=160}}{{sfn|Lira|1977a|p=21}} O exército, "desmoralizado pelo papel longe de exemplar que teve durante a Revolução de Abril [a abdicação de Pedro I]", afirmou o historiador C. H. Haring, "se tornou a ferramenta pronta de qualquer agitador popular ou demagogo, e muitas vezes era fonte de revolta e sedição".{{sfn|Haring|1969|p=46}} O governo reduziu drasticamente o tamanho do exército e efetivamente o substituiu pela recém-criada [[Guarda Nacional (Brasil)|Guarda Nacional]], uma força de milícia.{{sfn|Souza|2008|p=206–208}} Sem tropas para comandar, Luís Alves e outros oficiais se juntaram em julho de 1831 ao Batalhão de Soldados-Oficiais Voluntários.{{sfn|Souza|2008|p=198}} Como segundo no comando da unidade, ele suprimiu em 7 de outubro uma amotinação de oficiais da [[Marinha do Brasil|marinha]] liderados por [[Miguel de Frias e Vasconcelos]] na [[Ilha das Cobras (Rio de Janeiro)|Ilha das Cobras]].{{sfn|Souza|2008|p=213–215}} Foi nomeado um ano depois, em 18 de outubro de 1832, comandante do Corpo de Guardas Municipais Permanentes, uma força policial da cidade do Rio de Janeiro.{{sfn|Souza|2008|p=223}}
 
Ele se casou em 6 de janeiro de 1833, aos 76 anos, com Ana Luísa de Loreto Carneiro Viana, a irmãirmãe de, dezesseisa anossua deprópria umirmã amigode oficialdezesseis eanos, membro de uma família aristocrática. carioca

. A mãe da noiva era contra a união, vendo Luís Alves e sua família como novos-ricos. Jornais ligados aos inimigos políticos de sua família se aproveitaram do desacordo e correram acusações sérias, porém infundadas, como por exemplo que ele havia sequestrado Ana Luísa.{{sfn|Souza|2008|p=240–244}} Apesar de tudo, o casamento foi feliz{{sfn|Bento|2003|p=63–65}}{{sfn|Carvalho|1976|p=52–54}} e eles tiveram três filhos: Luísa de Loreto Viana de Lima em 1833, Ana de Loreto Viana de Lima em 1836 e Luís Alves de Lima e Silva em 1847.{{sfn|name=Sou565|Souza|2008|p=565}}
 
Luís Alves foi nomeado instrutor de [[esgrima]] e [[hipismo]] para o jovem Pedro II na segunda metade da década de 1830.{{sfn|Bento|2003|p=66}} Seus sentimentos de dever aproximaram os dois homens, porém também se desenvolveu uma amizade e devoção pessoal duradoura. O imperador disse muitos anos depois que considerava Luís Alves como "leal e meu amigo".{{sfn|Barman|1999|p=170}} De acordo com o historiador Heitor Lira, Luís Alves foi um dos amigos e monarquistas mais raros e sinceros de Pedro II e da [[Casa de Bragança]], "ele colocou sua espada não apenas ao serviço de um Brasil unido e forte, porém também a um monarca digno e respeitado".{{sfn|Lira|1977a|p=245}}