Bolinho caipira: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 21:
 
== História ==
Não se conhece muito sobre a origem da iguaria, não havendo registros históricos ou fotográficos, tendo sido passada a gerações seguintes por meio de [[tradição oral]].<ref name="VNews">{{Citar web |url=http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=53443 |título=Jacareí: feira traz variações do bolinho caipira e reafirma valor cultural da iguaria na região |publicado=VNews |data=17/07/2009 |acessodata=14 de junho de 2010|urlmorta=yes|arquivourl=https://archive.fo/xYJTB|arquivodata=31 de dezembro de 2012}}</ref> Há diversas teorias sobre onde e quando se originou o prato. Uma delas diz que ocorreu [[História pré-colonial do Brasil|antes de colonização portuguesa]], entre os índios [[puris]], segundo a qual, eram utilizados peixes como [[lambari]] ou pequira, e farinha ou [[beiju]] na composição do salgado, até a vinda dos portugueses, que introduziram a carne de porco.<ref name="VNews"/><ref name="rural">{{Citar web|url=http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,ERT149230-18292,00.html|titulo=Orgulho caipira|acessodata=28 de outubro de 2013|publicado=Globo Rural|autor=KISS, Janice|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180401003613/http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,ERT149230-18292,00.html|arquivodata=1 de abril de 2018}}</ref>
 
Outra hipótese afirma que o bolinho teria surgido com os [[tropeiro]]s, durante o [[século XVII]]. De acordo com Elza Fortunato Carnevalli<ref name="gcaipira"/> de [[São José dos Campos]], “o quitute nasceu com os [[tropeiro]]s, há muito tempo, eles percorriam o Vale do Paraíba, a cavalo, margeando o rio. Na hora de comer, faziam uma mistura sovada de [[farinha de milho]] e água, temperavam e a enrolavam em um peixinho chamado piquira e fritavam”. Assim também davam o formato atual do bolinho caipira.<ref name="gcaipira"/> Segundo outros relatos, o bolinho poderia teria surgido à epoca da [[escravidão no Brasil]].<ref name="rural" />
Linha 31:
Independente da origem, os primeiros registros de comercialização do salgado datam de 1925 na cidade de [[Jacareí]], onde eram preparados por Nicota Gehrke, vendedora do Mercado Municipal do município. Os petiscos até hoje gozam de grande popularidade,<ref name="rural" /> e anualmente é celebrada a Feira do Bolinho Caipira no município.
 
Em 2009, houve uma mobilização nos municípios da região para que o quitute fosse oficialmente reconhecido como [[patrimônio histórico]] e cultural.<ref>{{Citar web |url=http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=52306 |título=Bolinho caipira será reconhecido como patrimônio cultural em cidades do Vale do Paraíba |publicado=VNews |data=28/06/2009 |acessodata=14 de junho de 2010|urlmorta=yes|arquivourl=https://archive.fo/vD7UC|arquivodata=6 de julho de 2009}}</ref> No ano seguinte, foi sancionado um projeto de lei neste sentido em Jacareí<ref>{{Citar web|url=http://www.jacarei.sp.gov.br/noticia/fundacao-cultural-de-jacarehy/2013/06/24/feira-apresenta-variedades-do-bolinho-caipira-a-partir-desta-sexta-feira/13688|titulo=Feira apresenta variedades do bolinho caipira a partir desta sexta-feira|publicado=Fundação Cultural de Jacarehy|data=24 de junho de 2013|acessodata=28 de outubro de 2013|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160303193600/http://www.jacarei.sp.gov.br/noticia/fundacao-cultural-de-jacarehy/2013/06/24/feira-apresenta-variedades-do-bolinho-caipira-a-partir-desta-sexta-feira/13688|arquivodata=3 de março de 2016}}</ref> sendo a receita da quituteira Nicota Gerkhe de 1925 tombada como [[patrimônio cultural imaterial]] pela lei municipal nº 5.497/2010.<ref>{{citar web|url=http://www.sitedejacarei.com.br/cultura-e-lazer-detalhe/detalhe/391/bolinho-caipira-de-jacarei-patrimonio-imaterial-da-cidade/|título=Bolinho Caipira de Jacareí - Patrimônio Imaterial da Cidade|publicado=Site de Jacareí|data=31 de julho de 2017|acessodata=26 de novembro de 2017|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171201034008/http://www.sitedejacarei.com.br/cultura-e-lazer-detalhe/detalhe/391/bolinho-caipira-de-jacarei-patrimonio-imaterial-da-cidade/|arquivodata=1 de dezembro de 2017}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.jacarei.sp.gov.br/noticia/fundacao-cultural-de-jacarehy/2014/08/26/feira-do-bolinho-caipira-agita-o-parque-da-cidade/15837|título=Feira do Bolinho Caipira agita o Parque da Cidade |publicado=Prefeitura Municipal de Jacareí|urlmorta=yes|arquivodata=3 de março de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160303195505/http://www.jacarei.sp.gov.br/noticia/fundacao-cultural-de-jacarehy/2014/08/26/feira-do-bolinho-caipira-agita-o-parque-da-cidade/15837|autor=ANTUNES, Rosana |acessodata=10 de Outubro de 2014}}</ref> Em São José dos Campos, o salgado figurou como peça no Museu do Folclore em 2016.<ref>{{citar web|url=https://www.portalr3.com.br/2016/06/museu-vivo-tera-bolinho-caipira-musica-sertaneja-e-croche-em-sao-jose/|título=Museu Vivo terá bolinho caipira, música sertaneja e crochê em São José|publicado=Portal R3|data=3 de junho de 2016|acessodata=26 de novembro de 2017}}</ref>
 
== Características ==
Linha 40:
Misturado com farinha branca e amarela ([[fubá]]), sendo que a última predomina na composição da massa, o recheio é composto em geral por carne bovina moída ou por linguiça bem temperada e colocada na massa crua. O salgado é então frito e servido.
 
Depois de sofrer influências dos imigrantes [[portugueses]] e dos tropeiros, passou a ser preparado essencialmente com farinha de milho branca ou amarela e recheios diferentes dependendo da cidade onde é feito. Em [[Taubaté]], adiciona-se [[carne moída]] cozida, enquanto que em São José dos Campos, é crua. Em [[Caçapava]], a carne é misturada à massa e em Jacareí, usa-se [[linguiça]], enquanto que [[lambari]] enrolado em folha de caetê é usado na variedade de [[Paraibuna]].<ref>{{citar web|url=http://redeglobo.globo.com/sp/tvvanguarda/noticia/2015/06/receita-indigena-deu-origem-ao-bolinho-caipira-de-paraibuna.html|título=Receita indígena deu origem ao bolinho caipira de Paraibuna|data=6 de junho de 2015|publicado=TV Vanguarda}}</ref> Nas cidades do Litoral Norte Paulista, há variedades que usam camarão na receita.<ref>{{citar web|url=http://vemprovale.com/festas-juninas-no-vale-bolinho-caipira/|título=Festas Juninas no Vale: experimente o bolinho caipira, tradição da região|obrapublicado=Vem pro Vale|data=4 de abril de 2019}}</ref> Há ainda versões [[vegetarianismo|vegetarianas]] e [[veganismo|veganas]],<ref name="paladar"/><ref>{{citar web|url=http://jornaljoseensenews.com.br/3a-feira-do-bolinho-caipira-vegano/|título=3ª Feira do Bolinho Caipira Vegano|data=11 de agosto de 2017|acessodata=26 de novembro de 2017|publicado=Jornal Joseense|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171128050701/http://jornaljoseensenews.com.br/3a-feira-do-bolinho-caipira-vegano/|arquivodata=28 de novembro de 2017}}</ref> recheadas por exemplo com legumes<ref>{{citar web|url=https://www.receitasedicasdochef.com.br/bolinho-caipira-vegano/|título=Bolinho Caipira Vegano|obrapublicado=Receitas e Dicas do Chef|acessodata=2 de junho de 2019}}</ref> ou [[Artocarpus heterophyllus|carne de jaca]].<ref>{{citar web|url=http://jornaljoseensenews.com.br/7a-edicao-da-feira-regional-do-bolinho/|título=7ª edição da Feira Regional do Bolinho|obrapublicado=Jornal Joseense|data=28 de junho de 2018|acessodata=2 de junho de 2019}}</ref>
 
{{Referências}}