Nicolás Salmerón y Alonso: diferenças entre revisões

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| partido=[[Partido Progressista]], [[Republicanismo unitário]]
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'''Nicolás Salmerón Alonso''' ([[Alhama de Almería]], [[província de Almeria|Almeria]], [[10 de abril]] de [[1838]] – [[Pau (França)|Pau]], [[França]], [[20 de setembro]] de [[1908]]) foi [[político]] e [[filósofo]] [[espanha|espanhol]], foi Presidente do Poder Executivo da [[Primeira República Espanhola]] durante mês e meio em [[1873]]. Demitiu por se negar a assinar uma [[pena de morte]]. Foi catedrático de História Universal na Universidade de Oviedo e de Metafísica na Universidade de Madrid. Foi estudioso das teorias de [[Krause]], que inspiraram a [[Institución Libre de Enseñanza]].
 
==Biografia==
 
Filho do médico [[Francisco Salmerón López]], e de Rosalía Alonso García, seu pai era conhecido pela convicção das suas ideias [[liberais]] (que o levariam a colaborar na tentativa de [[pronunciamento]] liberal de Almeria, conhecido como ''Los Coloraos''). Batizado como '''Nicolás María del Carmen''', queixara-se da sua infância, falto do carinho materno, pois sua mãe faleceu muito nova e foi criado pelas suas rígidas irmãs.
 
O seu irmão maior, [[Francisco Salmerón e Alonso|Francisco]] nascido em [[1822]],<ref>*[http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/46894943547467052532279/204896_007.pdf "La Ilustración Española y Americana" Ano XVII – num.VII - Madrid, 16 de fevereiro de 1873, pág. 105-106] notícias biográficas dos irmãos Nicolás e Francisco Salmerón</ref> também liberal, foi deputado por [[Almeria]] nas Constituintes de [[1854]] e ministro de Graça e Justiça em união com [[Joaquín Aguirre]], e ministro de Ultramar.
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Com a [[Revolução de 1868]] mudou-se a [[Madrid]], onde foi reposto na cátedra, da qual fora separado no princípio de ano, e participou nas juntas revolucionárias. Em [[1869]] apresentou-se a deputado pela [[província de Almeria]], mas foi derrotado. Em [[1871]] foi eleito [[deputado]] às ''[[Cortes Generales]]'' pela [[província de Badajoz]]. Partidário do [[republicanismo]], foi defensor de um modelo unitário frente à tese [[federalismo|federalista]], e um ativo lutador do [[Sexênio Democrático]]. A sua conhecida posição na defesa da extensão da democracia levá-lo-ia a defender em [[1871]] a legalidade, dentro da [[Constituição espanhola de 1869|Constituição de 1869]], da [[Primeira Internacional]] e do direito dos operários a associar-se livremente.
 
Com a chegada da [[Primeira República espanhola|República]], foi [[ministro]] de Graça e Justiça do gabinete de [[Estanislao Figueras]] e em [[13 de junho]] eleito Presidente das ''[[Cortes Generales]]''.
 
Após a demissão de [[Francesc Pi i Margall|Pi i Margall]], as Cortes Constituintes nomearam-no Presidente do Poder Executivo<ref>[http://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1873/201/A01109.tif Gaceta de Madrid Ano CII n.201 20 Julho 1873, Tomo III, pág. 1109]</ref> com 193 votos contra 93<ref>*[http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/90253951090392939543457/204919_002.pdf La ilustración Española y Americana Ano XVII - num.XXVIII - Madrid, 21 de julho de 1873, pág. 450] crônica da escolha de Nicolás Salmerón a Presidente da Primeira República</ref> de [[Francesc Pi i Margall|Pi i Margall]], cargo que exerceu de [[18 de julho]] a [[7 de setembro]] de [[1873]]. A situação de todo o período era especialmente crítica, o que o levou a não poder controlar as sublevações [[cantonalismo|cantonalistas]] que proliferavam na Espanha. Os seus problemas com o Exército foram importantes nessa curta Presidência, e a sua negativa a assinar diferentes [[Pena capital|condenações à morte]] obrigaram-no a demitir. Dois dias após abandonar o seu posto foi eleito [[Presidente do Congresso dos Deputados da Espanha|Presidente do Congresso dos Deputados]]. Os confrontos com o seu sucessor, [[Emilio Castelar]], ajudariam involuntariamente o [[golpe de Estado]] do [[general Pavia]] que, com o de [[Arsenio Martínez-Campos]] a [[29 de dezembro]] de [[1874]], daria fim à primeira experiência republicana.[[Ficheiro:Estatua Nicolas Salmeron centro Almeria.jpg|thumb|250px|right|Estátua de Nicolás Salmerón em [[Almeria]].]]
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Em [[1874]] regressou à sua cátedra de Metafísica, mas com a [[Restauração bourbônica na Espanha|Restauração bourbônica]] terá sido privado da praça a [[17 de julho]] de [[1875]] num amplo processo de depuração universitária. Embora tratasse de manter um escritório de advogados em Madrid, a situação obrigou-o ao exílio em [[Paris]], onde junto a [[Manuel Ruiz Zorrilla]] fundaria o [[Partido Republicano Progressista]]. Não voltou para Espanha até [[1885]], após a [[anistia]] de [[Práxedes Mateo Sagasta]] de [[1881]], e pôde recuperar a sua cátedra. Foi deputado novamente em [[1886]], e depois de [[1893]] até [[1907]]. Neste tempo manteve uma clara vocação política republicana e, em palavras de [[Claudio Sánchez Albornoz]], tornar-se-ia na "sombra da República que um dia terá de chegar". A sua incessante atividade levou-o a fundar o jornal ''La Justicia'', integrar-se no partido [[União Republicana (Espanha, 1903)|União Republicana]] (antes fora eleito pelo [[Partido Progressista]]) e a modificar as suas primeiras convicções unitárias por um apoio ao [[catalanismo]] moderado, ingressando em [[Solidaritat Catalana]].
 
De saúde precária, aproveitava as férias para receber águas termais. Mandou construír na sua povoação natal uma magnífica vila onde residir, enquanto tomava os banhos no balneário de San Nicolás de Alhama, a cuja Comissão de Banhos ele próprio pertencia.
 
Faleceu em [[Pau (Pireneus Atlânticos)|Pau]], [[França]], a [[20 de setembro]] de [[1908]], enquanto se encontrava de férias. Em [[1915]] os seus restos foram transladados para o monumento funerário levantado no cemitério civil de Madrid, à direita do mausoléu de [[Francisco Pi y Margall]], o seu predecessor na presidência da [[primeira república espanhola]]. No seu epitáfio aparece uma glosa realizada por [[Georges Clemenceau]] (primeiro-ministro francês de [[1907]] a [[1912]]), lembrando que ''"deixou o poder por não assinar uma sentença de morte"''.
 
=={{ Bibliografia}} ==
* RUIZ CORTÊS, F., e SÁNCHEZ COBOS, F., ''Diccionario Biográfico de Personajes Históricos del Siglo XIX Español''. Madrid, 1998.
 
{{Referências}}
{{Tradução/ref|es|Nicolás Salmerón Alonso}}
 
== Ligações externas ==
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{{Começa caixa}}
{{Caixa de sucessão
| título=[[Anexo:Lista de presidentes da República Espanhola|Presidente da República de Espanha]]
| anos=[[18 de julho]]—[[7 de setembro]] de [[1873]]
| antes=[[Francisco Pi y Margall]]