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{{artigo principal|Crise dos mísseis de Cuba}}
 
[[Imagem:Soviet b-59 submarine.jpg|thumb|direita|180px|[[Submarino Soviético B-59]] <ref>''The Cuban Missile Crisis: A History Just for Kids!'' KidCaps, BookCaps Study Guides, 2013, pág. 10, {{en}} ISBN 9781621075547 Adicionado em 22/07/2018.</ref> (c. 28 de Outubro de 1962) próximo a Cuba, sendo observado por um helicóptero da [[Marinha dos Estados Unidos]] (''ver: [[Vasili Arkhipov]]).]]
 
[[Cuba]], a maior das ilhas [[caribe]]nhas, sofreu uma [[Revolução Cubana|revolução]] em [[1959]], que retirou o [[ditador]] pró-estadunidenseEstados Unidos [[Fulgêncio Batista]] do poder, e instaurou a [[ditadura]] de [[Fidel Castro]]. A instauração de um regime socialista preocupou a [[Casa Branca]], que, ainda em 1959, tentou depor o novo governo, apoiando membros ligados ao antigo regime e iniciando um [[Embargo dos Estados Unidos a Cuba|embargo econômico à ilha]]. Com o bloqueio do comércio de [[petróleo]] e grãos, Cuba passa a adquirir esses produtos da URSS. O governo de Fidel Castro, inicialmente composto por uma frente de grupos nacionalistas, [[populista]]s e de esquerda, que variava de [[social-democrata]]s aos de inspiração [[marxista]]-[[Leninismo|leninista]], rapidamente polarizaria em torno dos líderes mais pró-URSS. Em [[1961]], a [[CIA]] chegou a organizar o desembarque de grupos de oposição armados que deporiam Fidel Castro na operação da [[invasão da Baía dos Porcos]], que foi um fracasso completo. Diante desta situação, o novo regime cubano se aproxima rapidamente da URSS, que oferece proteção militar.
 
Em [[1962]], a União Soviética foi flagrada construindo 40 silos[[silo]]s nucleares em Cuba. Segundo Kruschev, a medida era puramente defensiva, para evitar que os Estados Unidos tentassem nova investida contra os cubanos. Por outro lado, no plano estratégico global, isto representava uma resposta à instalação de mísseis [[Júpiter II]] pelos estadunidenses na cidade de [[Esmirna]], na [[Turquia]], que poderiam ser usadasusados para bombardear todas as grandes cidades da União Soviética.
 
[[Imagem:Cubacrisis 01 Nov 1962.jpg|thumb|esquerda|Local de lançamento de mísseis em [[Cuba]], dia 1 de novembro de 1962.]]
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Rapidamente, o presidente Kennedy tomou medidas contrárias, como a ordenação de [[quarentena]] à ilha de Cuba, posicionando navios militares no [[mar do Caribe]] e fechando os contatos marítimos entre a União Soviética e Cuba. Vários pontos foram levantados a respeito deste bloqueio naval: os soviéticos disseram que não entendiam porque Kennedy havia tomado essa medida, já que vários mísseis estadunidenses estavam instalados em territórios dos países da OTAN contra os soviéticos, em distâncias equivalentes àquela entre Cuba e os Estados Unidos; Fidel Castro revelou que não havia nada de ilegal em instalar mísseis soviéticos em seu território{{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}; e o primeiro-ministro britânico [[Harold Macmillan]] disse não ter entendido por que não foi sequer ventilada a hipótese de acordo diplomático{{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}.
 
Em 23 e 24 de outubro, Kruschev teria enviado uma carta a Kennedy{{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}, informando suas intenções pacíficas. Em 26 de outubro, disse que retiraria seus mísseis de Cuba se Washington se comprometesse a não invadir Cuba{{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}. No dia seguinte, pediu também a retirada dos balísticos Júpiter da Turquia. Mesmo assim, dois aviões espiões estadunidenses [[Lockheed U-2|U-2]] foram abatidos em Cuba e na Sibéria em [[27 de Outubro]], o ápice da crise. Neste mesmo dia, os navios mercantes soviéticos haviam chegado ao Caribe e tentariam passar pelo bloqueio. Em [[28 de Outubro]], Kennedy foi obrigado a ceder aos pedidos, e concordou em retirar os mísseis da Turquia e não atacar Cuba. Assim, Nikita Kruschev retirou os mísseis nucleares soviéticos da ilha. Apesar de o acordo ter sido negativo para os dois lados, o grande derrotado foi o líder soviético, que foi visto como um fraco que não soube manter sua posição frente aos estadunidenses.
 
Dois anos depois, Kruschev não aguentou a pressão e saiu do governo. Kennedy também foi mal-visto pelos comandantes militares dos Estados Unidos. O general [[Curtis LeMay]] disse a Kennedy que este episódio foi "a maior derrota da história estadunidense" {{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}, e pediu para que os Estados Unidos invadissem imediatamente Cuba{{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}.