Olga Benário Prestes: diferenças entre revisões

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Olga foi transferida para o [[campo de concentração]] de [[Lichtenburg]] nos primeiros dias de março de 1938, e em 1939 seria transferida para o campo de concentração feminino de [[Ravensbrück]]. Aqui, as prisioneiras viviam sob [[escravidão]] e eram sujeitas a experiências pelo médico [[Karl Gebhardt]] (''ver: [[experimentos médicos nazistas]]''). Relatos de sobreviventes contam que, durante o seu tempo em Ravensbrück, Olga organizou atividades de solidariedade e resistência, com aulas de ginástica e história.<ref>{{harvnb|Saidel|2006}}</ref> Sua resistência na prisão e nos campos de concentração chegou a ser assunto de documentação interna da Gestapo, que assinalava sua falta de colaboração em interrogatórios, que lhe valeram castigos físicos, confinamento em solitária ou privação de comida, além da restrição na comunicação com parentes e amigos fora da prisão.<ref name=nexo/>
 
Com a [[Segunda Guerra Mundial]] e sem mais possibilidades de recursos à opinião pública, Olga seria um alvo óbvio para as políticas de extermínio nazistas: na Páscoa de 1942, com 34 anos de idade e quase quatro anos depois de transferida para Lichtenburg, Olga foi enviada para o [[campo de extermínio de Bernburg]], onde foi executada na câmara de gás em 2423 de abril de 1942 com mais 199 prisioneiras, dentre elas suas amigas Sarah Fidermann, Hannah Karpow, Tilde Klose, Irena Langer e Rosa Menzer. A notícia de sua morte foi feita através de um bilhete escondido na barra da saia de uma das presas.<ref name="Exclusivo Online">{{citar web|url=http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT794517-1655,00.html|título="A vida da revolucionária Olga Benario Prestes"|obra=[[Revista Época]]|acessodata=4 de março de 2014}}</ref>
3 de abril de 1942 com mais 199 prisioneiras, dentre elas suas amigas Sarah Fidermann, Hannah Karpow, Tilde Klose, Irena Langer e Rosas Menzer. A notícia de sua morte foi feita através de um bilhete escondido na barra da saia de uma das presas.<ref name="Exclusivo Online">{{citar web|url=http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT794517-1655,00.html|títuloso="A vida da revolucionária Olga Benario Prestes"|obra=[[Revista Época]]|acessodata=4 de março de 2014}}</ref>
 
Sua família só soube de sua morte em julho de 1945, após o fim da guerra. Em 2015, na Rússia, arquivos da [[Gestapo]], referentes às atividades do órgão de segurança nazista confiscados pelos russos em 1945, foram tornados públicos pelos [[Fundação Max Weber]] e o [[Instituto Histórico Alemão]] em [[Moscou]]. A mais extensa documentação sobre uma única pessoa é a referente a Olga Benário – o “Processo Benario”, composto por oito dossiês num total de mais de 2000 folhas – considerada pela Gestapo como inimiga de Estado da [[Alemanha Nazista]]. Estes documentos mostram que a importância dada a Olga pela direção do [[III Reich]] era tal, a ponto do ''[[Reichsführer-SS]]'' [[Heinrich Himmler]], o segundo homem na hierarquia nazista, ter recebido um extenso relatório confidencial sobre ela, classificando-a como “uma comunista perigosa e obstinada” e que “durante o interrogatório realizado não relatou nada sobre sua atividade comunista; a continuidade de sua permanência na prisão é, por isso, necessária no interesse da segurança do Estado”. <ref name=nexo>{{citar web|url=https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/05/26/O-que-se-sabe-de-novo-sobre-a-hist%C3%B3ria-de-Olga-Benario-Prestes|título=O que se sabe de novo sobre a história de Olga Benario Prestes|último =Orenstein|primeiro =José|publicado=NexoJornal|acessodata=13 de julho de 2017}}</ref> Estes documentos também revelam cartas trocadas na prisão entre Olga, Luis Carlos Prestes e seus familiares, a última delas de abril de 1941, para tentar se manter informada sobre sua filha Anita, algo até desconhecido.<ref name=nexo/>