Economia: diferenças entre revisões

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A utilidade e a renda são então usadas para modelar os efeitos de mudanças de preço nas quantidades demandadas.
 
 
1) A '''lei da demanda''' diz que, regra geral, o preço e a quantidade demandada num determinado mercado estão inversamente relacionados.
 
Por outras palavras, quanto mais alto for o preço de um produto, menos pessoas estarão dispostas ou poderão comprá-lo ( [[ceteris paribus|tudo o resto inalterado]]).
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Para uma determinada quantidade de um bem, o ponto do preço na curva da demanda permite determinar o ''valor'', ou [[utilidade marginal]]<ref>[[William Baumol|Baumol, William J.]] (2007). "Economic Theory" (Measurement and ordinal utility). ''The New Encyclopædia Britannica'', v. 17, p. 719.</ref> para os consumidores para essa unidade de produto. Ele indica a quantia que um consumidor estaria disposto a pagar por aquela unidade específica do bem: o seu ''[[custo marginal]]''. O preço no ponto de equilíbrio é determinado pela conjugação da oferta e demanda. Por isso podemos dizer que, em mercados perfeitamente competitivos, a oferta e a demanda conseguem um equilíbrio entre o custo e o valor.<ref name="Hicks">{{citar livro | título = [[Value and Capital]] | autor = John Richard Hicks | autorlink = John Hicks |data= 1939 | editora = Oxford University Press. 2nd ed., paper, 2001 | local = London |isbn= 978-0198282693}}</ref>
 
 
2) Do lado da oferta, alguns fatores de produção são relativamente [[custo fixo|fixos]] no [[curto prazo]], o que pode afetar os custos em caso de alteração do nível de produção. Por exemplo, equipamentos ou maquinaria pesada, espaço de fábrica adequado, e pessoal qualificado. Um [[custo variável|fator de produção variável]] pode ser alterado facilmente, para se adequar ao nível de produção escolhido. Exemplos incluem: o consumo de energia elétrica, a maioria das matérias primas, horas extraordinárias e trabalhadores temporários. No [[longo prazo]], todos os fatores de produção podem ser ajustados pela [[administração|gestão]]. Mas estas diferenças podem resultar numa diferente [[Elasticidade do preço da oferta|elasticidade]] (rapidez de resposta) da curva da oferta no curto prazo, que podem implicar diferenças face aos resultados de longo prazo previstos pelo modelo.
 
A oferta e demanda são usadas para explicar o comportamento dos mercados de concorrência perfeita, mas sua utilidade como modelo de referência é extensível a qualquer outro tipo de mercado. A oferta e demanda também pode ser generalizada para explicar a [[macroeconomia|economia]] como um todo. Por exemplo a [[PIB real|quantidade total produzida]] e o nível geral de preços (relacionado com a [[inflação]]) estudados pela macroeconomia.
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A oferta e demanda também pode ser usada para modelar a [[Distribuição (economia)|distribuição de renda]] pelos [[fatores de produção]], como o capital e trabalho, através de ''mercados de fatores''. Num mercado de trabalho competitivo, por exemplo, a quantidade de trabalho empregada e o preço do trabalho (o salário) são modelados pela [[Economia do trabalho#Modelo microeconômico neoclássico — Demanda|demanda por trabalho]] (pelas firmas) e pela oferta de trabalho (pelos potenciais trabalhadores).
 
 
3) A [[economia do trabalho]] estuda as interações entre trabalhadores e empregadores através desses mercados, para explicar os níveis de salários e outros rendimentos do trabalho, o desenvolvimento de [[competência (administração)|competências]] e [[capital humano]], e o (des)emprego.<ref>[[Richard B. Freeman|Freeman, R.B.]] (1987). "labour economics", ''The New Palgrave: A Dictionary of Economics'', v. 3, pp. 72–76.<br />&nbsp;&nbsp; • Taber, Christopher, and Bruce A. Weinberg (2008). "labour economics (new perspectives)," ''The New Palgrave Dictionary of Economics'', 2nd Edition, [http://www.dictionaryofeconomics.com/article?id=pde2008_L000241&q=labor%20economics&topicid=&result_number=14 Abstract.]<br />&nbsp;&nbsp; • Hicks, J.R. (1963, 2nd ed.). ''[[The Theory of Wages]]''. London: Macmillan.</ref>
 
Na análise de oferta e demanda, o ''preço'' de um bem equilibra as quantidades produzidas e consumidas.
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A teoria econômica do [[marginalismo]] aplica os conceitos de marginalidade na economia. O conceito de marginalidade dá relevância ao significado da variação da quantidade de um bem ou serviço, por oposição ao significado da quantidade como um todo. Mais especificamente, o conceito central ao marginalismo propriamente dito é a [[utilidade marginal]], mas uma corrente seguidora de [[Alfred Marshall]] baseou-se mais fortemente no conceito de [[produtividade marginal]] física para a explicação do [[custo]].
 
 
4) A corrente [[economia neoclássica|neoclássica]] que emergiu do marginalismo britânico trocou o conceito de utilidade pelo de [[taxa marginal de substituição]] no papel central da análise.
 
O marginalismo, tal como a teoria económica clássica, descreve os consumidores como agentes que almejam alcançar a posição mais desejada, sujeita a restrições como [[renda]] e [[riqueza]]. Descreve os produtores como agentes que buscam a maximização do lucro, sujeitos às suas próprias restrições (inclusive à demanda pelos bens produzidos, tecnologia e o preço dos insumos). Assim, para um consumidor, no ponto onde a utilidade marginal de um bem alcança zero, não há mais incremento no consumo desse bem. De forma análoga, um produtor compara a [[receita marginal]] contra o [[custo marginal]] de um bem, com a diferença sendo o ''lucro marginal''. No ponto onde o lucro marginal alcança zero, cessa o aumento na produção do bem. Para o movimento em direção ao equilíbrio e para mudanças no equilíbrio, o comportamento também muda "na margem" - geralmente mais-ou-menos de algo, ao invés de tudo-ou-nada.